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Exportações de ovos avançam pelo terceiro mês consecutivo

Ainda assim, ficaram 65,8% abaixo do registrado em junho de 2023.

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Foto: Rodrigo Felix Leal

Dados da Secex compilados e analisados pelo Cepea apontam que as exportações brasileiras de ovos (produtos in natura e processados) somaram 1,606 mil toneladas em junho, volume 18,6% superior ao de maio, impulsionado sobretudo pelas compras do Catar.

Trata-se do terceiro mês consecutivo de aumento, com os embarques alcançando o melhor desempenho desde fevereiro deste ano.

Ainda assim, ficaram 65,8% abaixo do registrado em junho de 2023.

Quanto ao mercado doméstico, pesquisas do Cepea mostram que a liquidez segue baixa neste início de julho, com as cotações variando pouco na maioria das praças acompanhadas.

 

Fonte: Assessoria Cepea

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Manejo de solo qualificado eleva vantagem do produtor no seguro rural com novo Zarc por níveis

Piloto no Paraná mostra que práticas conservacionistas reduzem risco climático e fortalecem a eficiência do PSR.

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Foto: SAA SP

O Zoneamento Agrícola de Risco Climático em Níveis de Manejo (ZarcNM) começou a ser operado pela primeira vez no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A nova modalidade está em fase piloto, tendo como foco inicial a cultura da soja no Paraná. Vinte e nove áreas de produção, totalizando cerca de 2.400 hectares, aderiram à iniciativa e efetivaram a contratação de seguro rural, acessando percentuais diferenciados de subvenção nas apólices de acordo com o nível de manejo adotado na propriedade. 

O piloto usa a metodologia desenvolvida pela Embrapa que permite classificar talhões em quatro níveis de manejo (NM), baseada em indicadores objetivos, verificáveis e auditáveis. Juntamente com as avaliações de risco climático do ZarcNM, o produtor e demais interessados podem verificar o quanto a adoção de boas práticas pode reduzir os riscos potenciais de perdas da produção por seca. Quanto melhor o nível de manejo, maior a subvenção do seguro. 

Da área total participante do projeto-piloto, cerca de 5% foram classificadas com o nível quatro, o melhor da escala do ZarcNM e que resulta numa subvenção de 35% no valor do seguro rural. Do restante, 27% da área foi classificada no nível de manejo 3, com subvenção de 30%, 57% no nível 2, com 25% de subvenção da apólice, e 11% da área ficou com o nível 1, mantendo os 20% de subvenção padrão do PSR. 

Fotos: Divulgação/Abisolo

De acordo com Diego Almeida, diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Mapa, o novo formato de subvenção deve se tornar permanente. Ele explica que, após a avaliação dos resultados da primeira fase, a expectativa é ampliar o programa para outros estados, começando pela cultura da soja e, posteriormente, incluindo o milho.  

A metodologia ZarcNM contribui para reduzir um problema recorrente do seguro rural que é a necessidade da quantificação mais individualizada do risco, por gleba ou talhão, conforme o manejo de cada área. Ao aplicar incentivos financeiros, a gestão do PSR coloca em prática um mecanismo de indução de boas práticas e adaptação da agricultura brasileira, tornando-a mais resiliente à variabilidade climática e aos crescentes riscos de seca. 

Aumento de produtividade e resiliência

O pesquisador José Renato Bouças Farias, da Embrapa Soja (PR), afirma que essa atualização do ZarcNM é muito relevante porque quanto melhor o nível de manejo adotado, menor será o risco de perdas por déficit hídrico. De acordo com o pesquisador, a adoção de práticas conservacionistas é determinante para aumentar a infiltração de água e reduzir o escorrimento superficial, comuns durante chuvas intensas e em grandes volumes. Junto a outras práticas de manejo do solo, elas promovem maior disponibilidade de água às plantas. “O aprimoramento do manejo do solo leva a um aumento significativo na produtividade das culturas, à redução do risco de perdas causadas por condições de seca e ao aumento da fixação de carbono no solo. Além disso, promove a conservação tanto do solo quanto dos recursos hídricos”, destaca Farias. 

Segundo o pesquisador, culturas não irrigadas, como a maior parte das áreas de soja no Brasil, dependem da água da chuva e da umidade armazenada no solo para suprirem suas necessidades hídricas. Farias destaca que práticas de manejo capazes de aumentar a disponibilidade de água no solo são fundamentais para reduzir os riscos de perdas por seca, especialmente diante de cenários climáticos cada vez mais desafiadores para a atividade agrícola.  

Modelo de operação

Foto: SAA SP

Neste modelo testado pela primeira vez, são considerados seis indicadores: tempo sem revolvimento do solo, porcentagem de cobertura do solo em pré-semeadura (palhada), diversificação de cultura nos três últimos anos agrícolas, percentual de saturação por bases, teor de cálcio e percentual de saturação por alumínio. Além dos indicadores quantitativos, alguns pré-requisitos precisam ser observados como, por exemplo, semeadura em contorno ou em nível, explica Farias. 

No projeto-piloto, os agricultores submetem seus projetos às seguradoras e agentes financeiros, indicando o talhão a ser analisado, passando as informações solicitadas e análises de solo feitas em laboratórios credenciados. Por meio de uma plataforma digital desenvolvida pela Embrapa Agricultura Digital, o Sistema de Informações de Níveis de Manejo (SINM), os dados são cruzados com informações de sensoriamento remoto para cálculo e classificação dos níveis de manejo. 

O pesquisador da Embrapa Agricultura Digital e coordenador da Rede Zarc de Pesquisa, Eduardo Monteiro, destaca a importância do sensoriamento remoto nesse processo. Ele exemplifica com uma das áreas aprovadas no Nível de Manejo 3 e que está ao lado de outra com sinais de erosão. “Apesar de vizinhas, as classificações podem ser bem diferentes. A área erodida não obteria classificação maior que NM1. Isso mostra a importância de um sistema de verificação independente e bem estruturado para ser capaz de observar esses detalhes de forma automatizada à medida que ganha escala e o número de operações chega aos milhares”, afirma. 

Recompensa ao agricultor

De acordo com o gerente executivo técnico da Coocamar Cooperativa Agroindustrial, Renato Watanabe, essa é uma demanda antiga. E é altamente positivo que o nível de manejo de solo venha beneficiar financeiramente os produtores. “A gente encontra produtores nos solos arenosos com mais habilidade de produção do que os dos solos argilosos, muito em função do nível de manejo. São duas realidades. Onde se faz apenas a rotação soja e milho, é comum isto causar problemas físicos e biológicos para o solo, principalmente físicos, em função de as raízes ficarem concentradas somente a até 20 cm de profundidade. Com isso, as lavouras acabam sentindo mais um período de seca, mesmo de curta duração. Já quem faz um bom trabalho, seja em solos arenosos ou argilosos, mesmo em anos difíceis, tem conseguido manter a estabilidade da produção”, afirma.  

Watanabe destaca ainda que o ZarcNM se conecta com outras frentes trabalhadas pela Cocamar, como soja baixo carbono e integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). 

O cooperado José Henrique Orsini, do município de Floresta (PR), é reconhecido por técnicos da Cocamar por dedicar especial atenção ao solo, utilizando braquiária logo após a colheita da soja como forma de melhorar o solo e ter palhada em abundância para o plantio direto na safra de verão seguinte. “Faltava um seguro assim para reconhecer o trabalho do produtor que faz um bom manejo do solo”, diz Orsini, explicando que, neste ano, por não ter feito o consórcio milho e braquiária conseguiu acessar o NM2 do seguro e terá direito a uma subvenção de 25%. Se tivesse feito o consórcio, chegaria ao nível 3 e a subvenção seria de 30%. 

Já o produtor e cooperado José Rogério Volpato alcançou classificação NM3. “Importante diferenciar os produtores que investem no manejo sustentável do solo. É um reconhecimento que serve de incentivo para outros”, ressalta. Ele cultiva solos arenosos em Ourizona e em Presidente Castelo Branco (PR), onde implementa o programa de integração lavoura-pecuária (ILP) e o consórcio milho e braquiária como opção de inverno. Há mais de uma década, Volpato investe em práticas que asseguram a estabilidade das safras, mesmo quando há períodos de veranicos e altas temperaturas em momentos críticos da lavoura. 

Entre outros benefícios, a braquiária, com seu enraizamento agressivo, rompe a camada de compactação e abre pequenos canais que propiciam a infiltração das águas das chuvas, evitando as enxurradas e contendo a erosão. Além de aumentar o volume de matéria orgânica, o capim cicla nutrientes das camadas mais profundas e, com sua palhada intensa, inibe o surgimento de ervas daninhas e mantém o solo úmido por mais tempo após uma chuva, criando um microclima que favorece o desenvolvimento da lavoura. A cobertura protege o solo, também, da incidência dos raios solares, mantendo uma temperatura mais suportável para as plantas. 

Projeto Piloto

Instrução Normativa Nº 2 de 2025, que regulamenta o ZarcNM, foi publicada no Diário Oficial em 9 de julho, após a Resolução nº 107 do Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural que aprovou as regras do projeto-piloto. Com isso, o manejo adotado entra no cálculo para avaliação do risco climático da cultura. Nesta fase inicial do projeto, o Mapa destinou R$ 8 milhões. 

Fonte: Assessoria Mapa
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Coopavel estrutura novo ciclo de crescimento com criação do Conselho Executivo

Colegiado vai padronizar análises, aprimorar decisões e apoiar a expansão sustentável planejada para os próximos anos.

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A Coopavel deu início a uma nova fase em seu modelo de governança, gestão e planejamento estratégico. Durante Assembleia Geral Extraordinária realizada em 11 de novembro, os cooperados aprovaram atualizações no estatuto e autorizaram a criação do Conselho Executivo, colegiado formado por gerentes e superintendentes que passa a planejar, coordenar e acompanhar projetos fundamentais para o futuro da cooperativa.

O novo formato marca um avanço na profissionalização da gestão e foi oficialmente inaugurado na última quinta-feira (13), na primeira reunião do Conselho, que contou com a presença do presidente do Conselho de Administração, Dilvo Grolli. Ele destacou que o modelo moderniza processos, fortalece a governança e prepara a cooperativa para um ciclo sustentável de expansão. O grupo passará a se reunir mensalmente.

Fotos: Divulgação/Coopavel

Primeiras deliberações
Na reunião inicial, os executivos avançaram em temas considerados estruturantes. Um dos primeiros pontos aprovados foi a criação de um modelo unificado de análise gerencial, que será aplicado a todas as áreas da Coopavel. A padronização vai fortalecer a visão integrada dos resultados, facilitar decisões estratégicas e permitir comparativos precisos entre setores.

Também ficou definida a elaboração de comparativos periódicos de crescimento, apoiados por indicadores estratégicos e KPIs padronizados. O objetivo é estabelecer metas sustentáveis e aprimorar a leitura de desempenho ao longo do tempo.

Planejamento baseado em dados
O grupo reforçou ainda a necessidade de ampliar a cultura de planejamento projetado, construído com metas de curto, médio e longo prazos. Para isso, haverá uso intensivo de dados, análises robustas e novas ferramentas gerenciais já em desenvolvimento pelas áreas técnicas — movimento que deve aumentar a precisão das informações e a capacidade de prever cenários.

Revisões processuais e alinhamento organizacional
O Conselho Executivo também avançou na discussão sobre diagnósticos individuais e avaliações 1×1, em alinhamento com a nova estrutura organizacional. A proposta é revisar processos internos, garantir clareza de papéis e assegurar que gestores e equipes atuem de forma integrada dentro do novo modelo de governança.

Presidente da Coopavel, Dilvo Grolli: “Buscamos informações e modelos em algumas das principais cooperativas e empresas do agro no mundo. Assim, conseguimos elaborar um documento ideal à realidade da Coopavel” – Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural

Outro ponto de destaque foi a análise de indicadores da área de Tecnologia da Informação, com foco em eficiência operacional, segurança e otimização de investimentos. A expectativa é ampliar o uso de soluções digitais que gerem retorno financeiro e fortaleçam a base tecnológica da cooperativa.

Cultura de inovação como pilar permanente
O colegiado também definiu suas funções práticas, entre elas o acompanhamento contínuo dos resultados, a proposição de melhorias estratégicas e a integração entre departamentos, sempre em alinhamento com o Conselho de Administração. A consolidação de uma cultura permanente de inovação, com foco em tecnologia, novos modelos de gestão e modernização contínua, foi estabelecida como um dos eixos centrais desse novo momento.

Modernização construída ao longo de quatro anos
Grolli destaca que o processo de modernização administrativa levou quatro anos para ser estruturado. “Buscamos informações e modelos em algumas das principais cooperativas e empresas do agro no mundo. Assim, conseguimos elaborar um documento ideal à realidade da Coopavel, que avançou muito nos seus 55 anos, mas que certamente vai crescer ainda mais com um modelo de gestão moderno e comprovadamente eficiente”, afirma.

Com a criação do Conselho Executivo, a Coopavel abre um novo capítulo de sua trajetória, reforçando a governança e ampliando sua capacidade de inovação, planejamento e competitividade para os próximos anos.

Fonte: O Presente Rural com Coopavel
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Governo reconhece certificadoras e Opacs para fortalecer programas de produção sustentável no agro

Portaria Interministerial valida instituições responsáveis por BPA, PI Brasil e Produção Orgânica, garantindo governança, acesso a bonificações e mais segurança na concessão de crédito rural com critérios ambientais.

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Foto: Freepik

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em conjunto com o Ministério da Fazenda, reconheceu as instituições certificadoras e os Organismos Participativos de Avaliação da Conformidade Orgânica (Opacs) responsáveis por três importantes programas do Mapa: Produção Integrada (PI Brasil), Boas Práticas Agrícolas (BPA) e Produção Orgânica.

O reconhecimento foi publicado no Diário Oficial da União de segunda-feira (17), por meio da Portaria Interministerial Mapa/MF nº 27, com validade até 30 de junho de 2026.

A medida regulamenta a aplicação da Resolução CMN nº 5.229/2025, que estabelece bonificações para produtores que adotam práticas sustentáveis, além de fortalecer a governança das certificações utilizadas no acesso ao crédito rural com critérios ambientais.

Ao todo, os programas de Boas Práticas Agropecuárias (BPA) e Produção Integrada (PI Brasil) reúnem aproximadamente 21 mil produtores habilitados. No Sistema Orgânico de Produção, há 24.607 produtores registrados. “Entre os serviços a serem oferecidos pela Plataforma Agro Brasil + Sustentável (AB+S) está a disponibilização de uma solução de verificação de conformidade para usuários interessados na redução da taxa de juros nas operações de custeio do Plano Safra, conforme a Resolução nº 5.152, de 3 de julho de 2024. Dessa forma, eventuais atrasos na operação do sistema da plataforma poderão comprometer o acesso dos produtores a essa bonificação”, explicou o secretário de Desenvolvimento Rural, Marcelo Fiadeiro.

Após validadas, as instituições passam a ser responsáveis pelo cumprimento dos critérios dos programas e pelos produtores certificados, devendo comprovar e verificar todas as exigências. Também deve ser assegurado que os produtos certificados atendam ao sistema de produção orgânica vigente. As instituições e organizações deverão manter atualizadas na Plataforma AB+S todas as informações relativas à classificação, inclusão ou exclusão de produtores certificados.

Em caso de descumprimento dos critérios de práticas sustentáveis previstos na Portaria Interministerial, tanto as certificadoras quanto os produtores poderão ser penalizados, conforme a legislação vigente, com perda da bonificação prevista. As instituições financeiras poderão consultar a plataforma para verificar a regularidade das certificações antes da concessão do crédito.

Confira a lista de completa aqui.

Fonte: Assessoria Mapa
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