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Exportações de maçãs e suínos em destaque no Boletim Agropecuário de abril

Em março Santa Catarina bateu novo recorde de exportações mensais de carne suína, tanto em volume quanto em receita

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O crescimento das exportações de suínos e maçã é o destaque do Boletim Agropecuário de abril. No caso do frango, as vendas para o mercado externo seguem em tendência de queda, apesar de uma pequena elevação entre fevereiro e março. O Boletim Agropecuário é uma publicação mensal da Epagri/Cepa com o comportamento das principais cadeias produtivas da agropecuária de Santa Catarina.

Maçã

No primeiro trimestre de 2021 o Brasil aumentou sua exportação de maçã em 112% no valor e 89% no volume. As vendas ao exterior fazem parte da estratégia do setor de diversificar a comercialização, diante da demanda retraída, o aumento da oferta e a consequente queda de preços no mercado interno.

Arroz

O mês de março foi marcado pela continuidade da tendência de queda nos preços pagos ao produtor de arroz, no momento de encerramento da colheita. Entre fevereiro e março, os valores da saca do grão recuaram 1,71% no Estado. Apesar disso, os preços reais de março no mercado catarinense ficaram 38,88% maiores do que os praticados no mesmo mês do ano passado.

Feijão

No mês de março, o preço médio pago para produtores catarinenses de feijão-carioca, para a praça de referência de Joaçaba, recuou 1,37% em relação a fevereiro, fechando em R$281,09 a saca de 60 kg. Já os preços do feijão-preto se mantiveram estáveis, fechando a média mensal para a praça de referência de Canoinhas em R$280,00 a saca de 60 kg. A área plantada no feijão primeira safra recuou em 5% e a produtividade caiu em 5%. O resultado é uma produção 9% menor em relação à primeira safra do ano passado.

Milho

A elevação dos preços pagos ao produtor catarinense de milho no primeiro trimestre do ano foi a maior registrada na série histórica. A estimativa para a primeira safra do milho caiu de 2,83 milhões de toneladas para 1,92 milhões de toneladas, uma retração superior a 900 mil toneladas. A segunda safra também já tem estimativa de perdas, em decorrência da estiagem.

Soja

Os preços internos e mercado futuro se mantêm em um patamar elevado, próximo de US$30 a saca. A soja é o grão mais cultivado em Santa Catarina e a expectativa é que o Estado colha mais de 2,44 milhões de toneladas em uma área superior a 700 mil hectares

Trigo

Na comparação entre fevereiro e março, o valor pago aos produtores de trigo teve variação positiva de 2,87% para a saca de 60kg. No intervalo entre março de 2020 e de 2021, os valores aumentaram em 68%.

Alho e cebola

O Banco Central iniciou o pagamento do seguro agrícola Proagro para agricultores que tiveram perdas por problemas climáticos nas cadeias produtivas da cebola e do alho. Dos 3.518 produtores de cebola que financiaram lavouras na safra 2020/21, 2.363 comunicaram perdas. Foram 2.101 contratos analisados, deferidos e pagos até agora, com valor total indenizado de R$144,4 milhões. No caso do alho, 43 agricultores comunicaram as perdas e o Banco Central deferiu e pagou 12 solicitações. O alho catarinense já está colhido e os produtores seguem segurando os estoques em busca de melhores preços. A cebola também teve colheita concluída e em março os preços recebidos ficaram acima do custo de produção, apesar da redução de até 26% nos valores pagos aos produtores.

Suínos

Em março Santa Catarina bateu novo recorde de exportações mensais de carne suína, tanto em volume quanto em receita. O Estado exportou 55,68 mil toneladas de carne suína (in natura, industrializada e miúdos) no terceiro mês de 2021, alta de 36,6% em relação a fevereiro e de 47,9% na comparação com março de 2020. As receitas, por sua vez, foram de US$138,39 milhões, crescimento de 42,8% em relação ao mês anterior e de 61,8% na comparação com março de 2020. Apesar do cenário positivo no mercado externo, os produtores têm enfrentado dificuldades, tanto pelos elevados custos de produção, quanto pela queda nos preços. Nas primeiras semanas de abril, o preço médio estadual do suíno vivo caiu 5,5% em relação ao mês anterior. Isso se deve, principalmente, às vendas enfraquecidas no mercado interno, provocada pela forte perda de poder de compra de grande parte dos consumidores. A perspectiva é de que os preços ao produtor melhorem um pouco ao longo das próximas semanas, em decorrência do aumento nas exportações.

Bovinos

Nas primeiras semanas de abril, o preço médio do boi gordo em Santa Catarina registrou alta de 3,5% em relação ao mês anterior, atingindo o patamar de R$285 a arroba. Por outro lado, os custos de produção também apresentaram elevações expressivas no período, principalmente no caso dos animais de reposição: 12,1% no preço dos bezerros de até um ano e 10,7% no caso dos novilhos de um a dois anos. Os consumidores também têm sentido os efeitos desse cenário. Em abril, os preços de atacado da carne bovina mantiveram o movimento de alta que vem sendo observado desde meados do ano passado. No ano, a elevação média acumulada é de 10,4%. Na comparação com abril de 2020, registra-se variação de 39,5%.

Frangos

O frango catarinense segue enfrentando queda nos valores e volumes exportados. No acumulado do primeiro trimestre, Santa Catarina exportou 225,98 mil toneladas de frango (in natura e industrializada), com receitas de US$368,22 milhões, quedas de 10,1% e 14,0%, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano passado. Em março foram exportadas 84,68 mil toneladas de carne de frango (in natura e industrializada), alta de 4,7% em relação ao mês anterior, mas 1,1% abaixo do montante embarcado em março de 2020. As receitas foram de US$138,84 milhões, crescimento de 7,0% em relação ao mês anterior, mas queda de 3,1% na comparação com março de 2020. A elevação dos custos de produção segue sendo uma preocupação central para o setor.

Leite

O mês de abril registrou o primeiro aumento nos preços pagos aos produtores catarinenses de leite. O crescimento ficou abaixo do esperado, já que esse é o período de menor oferta do produto no Brasil e em Santa Catarina. O Estado catarinense segue aumentando a sua participação na quantidade de leite recebida pelas indústrias inspecionadas do Brasil. Entre 2010 e 2020, a participação catarinense saltou de 7,5% para 11,3%. No ano 2000, a participação estadual era de apenas 4%.

Fonte: Assessoria

Notícias Recorde de público

24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura reúne mais de dois mil profissionais em Chapecó

Além de 16 palestras técnicas, SBSA contou com a 15ª Brasil Sul Poultry Fair e eventos paralelos.

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Mais de duas mil pessoas circularam pelo Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC), entre 09 e 11 de abril, para o 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura e a 15ª Brasil Sul Poultry Fair. O evento promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), foi palco de relevantes debates do setor e contou com uma programação científica de três dias que reuniu, em 16 palestras técnicas, especialistas que debateram tendências, inovações, avanços, desafios e futuro do setor.

Presidente do Nucleovet, Tiago José Mores – Fotos: Divulgação/UQ Eventos

O presidente do Nucleovet, Tiago José Mores, declarou que a massiva participação do público consolidou, mais uma vez, a relevância do Simpósio para o setor avícola latino-americano. “Esse é o resultado de um projeto coletivo, uma longa jornada compartilhada entre nossos associados do Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas e os demais atores desse vasto setor da avicultura industrial brasileira. Tivemos, também, o essencial apoio e a cooperação das entidades empresariais representativas do setor, das Universidades, de centros de pesquisa, das empresas fornecedoras de insumos e das agroindústrias”, destacou o presidente ao celebrar o sucesso de mais um evento.

Desde a sua fundação, em 1971, o objetivo principal do Nucleovet como entidade de classe é a difusão de conhecimentos. Para o presidente, o Simpósio Brasil Sul representa o auge dessa jornada. “São nesses três dias de evento que atingimos o objetivo como entidade representante dos médicos-veterinários e zootecnistas”.

A programação do evento foi preparada pela comissão científica durante um ano para integrar os temas de maior relevância. Estiveram em pauta, nessa edição, assuntos de alta indagação como cenário e perspectivas para o mercado de carnes, exportação, bem-estar animal, biossegurança, produção animal sustentável, entre dezenas de outros enfoques. “Destaque especial para a extraordinária contribuição do economista e ex-ministro da economia Paulo Guedes, que apresentou o cenário econômico mundial e destacou a importância da produção avícola brasileira”, apontou Mores.

Comissão organizadora do 24º SBSA comemora sucesso do evento – Foto: Divulgação/MB Comunicação

Em nome da diretoria do Nucleovet, o presidente Mores registrou seus agradecimentos a todos que tornaram possível a realização de mais um grande evento: os palestrantes, os patrocinadores, a comissão organizadora, as equipes de apoio e os meios de comunicação.

15ª Brasil Sul Poultry Fair

Mais de 80 empresas nacionais e multinacionais de genética, sanidade, nutrição, aditivos, equipamentos para a avicultura participaram da 15ª Brasil Sul Poultry Fair, um espaço onde os patrocinadores geradores de tecnologias apresentaram suas novidades e seus produtos. A feira ainda permitiu, para as empresas, a construção de networking e de um maior relacionamento com os clientes.

Doação

Tradicionalmente, em todos os Simpósios que promove, o Nucleovet doa parte do valor das inscrições pagas para entidades. Nesta edição do SBSA, a comissão organizadora definiu por fazer a doação para a APAE de Chapecó e para a Rede Feminina de Combate Ao Câncer. O presidente da APAE, Jaime Francisco Battisti, e a presidente da Rede Feminina, Fatima Da Cas Zanella, receberam um cheque simbólico de R$ 10 mil durante a solenidade de abertura.

Durante o evento, no espaço da 15º Poultry Fair, o Nucleovet também promoveu a NúcleoStore – loja exclusiva com produtos personalizados. A renda total obtida na comercialização será destinada a Associação dos Voluntários do Hospital Regional Oeste (AVHRO).

Apoio

O 24º SBSA teve apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRMV-SC), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Prefeitura de Chapecó e da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc).

Fonte: Assessoria SBSA
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Notícias

Valor bruto da produção agropecuária ultrapassa R$ 1,14 trilhão em março

Soja, milho, cana-de-açúcar, café e a laranja foram responsáveis por 52% do valor total. E na pecuária, bovinos, aves e suínos representaram 25%.

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Foto: Shutterstock

O Valor Bruto da Produção (VBP) em março deste ano foi de R$1,147 trilhão. As lavouras participaram com R$ 775,8 bilhões (67,6%) e a pecuária R$ 371,4 bilhões (32,4%). Nos últimos cinco anos o VBP cresceu 12,5%, influenciado por aumento de 36,7% da cana-de-açúcar, 55,6% do cacau, 21% do arroz e, 50% da mandioca.

Em março, a soja, o milho, a cana-de-açúcar, o café e a laranja foram responsáveis por 52% do valor total. E na pecuária, bovinos, aves e suínos representaram 25%.

No comparativo do mesmo período do ano anterior, o resultado apresenta redução de 1,4%. As lavouras sofreram diminuição no VBP de 4,4% no mês, influenciada por clima desfavorável e queda de preços, principalmente soja e milho. Já a pecuária apresentou aumento de 5,5%, favorecido pelo crescimento na suinocultura (65,4%) e avicultura (9,2%).

Segundo a Secretaria de Política Agrícola do Mapa, a atividade da agricultura e pecuária, apesar da queda no VBP em março, vem mostrando resiliência conseguindo desempenho relevante mesmo nestes momentos de crise climática e de rebaixamentos preços dos grãos, mantendo, pelo 5º ano seguido, valor acima de um trilhão de reais.

O arroz aumentou 21,8%, o feijão 18,2% e o café 17%, por conta da alta nos preços no mercado externo para o arroz e café e, redução na estimativa de produção do feijão, na segunda safra. No caso das lavouras, a cultura que teve maior redução no VBP foi a soja, com 19,8%, seguida pelo milho com 10,8%.

O Valor Bruto da Produção calcula o volume financeiro apropriado pela agricultura e pecuária brasileira, baseado na variação dos preços e da quantidade estimada de produção.

>> VBP Brasil

O que é o VBP?

O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária no decorrer do ano, correspondente ao faturamento dentro do estabelecimento. É calculado com base na produção agrícola e pecuária e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do país dos 26 maiores produtos agropecuários nacionais.

O valor real da produção é obtido, descontada da inflação, pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A periodicidade é mensal com atualização e divulgação até o dia 15 de cada mês.

Fonte: Assessoria Mapa
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Colunistas Editorial

Semeando a discórdia e a desordem

Neste momento crucial, conclamamos as autoridades competentes a agirem com firmeza e determinação para garantir o cumprimento da lei e a preservação da ordem pública.

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Nos últimos dias, o Brasil testemunhou uma série de invasões de terras promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), uma prática que merece uma condenação veemente e inegociável. O país, reconhecido mundialmente como uma potência agrícola, tem sua reputação manchada por ações que atentam contra a segurança jurídica e a ordem pública.

O agronegócio brasileiro é um pilar essencial da economia, sustentado por milhões de produtores de diferentes escalas, desde pequenos agricultores até grandes empreendimentos, que dedicam suas vidas ao trabalho árduo no campo. São esses homens e mulheres que, ao longo de gerações, alimentam não só a população brasileira, mas também contribuem significativamente para a segurança alimentar global, fornecendo produtos de qualidade e competitivos nos mercados internacionais.

Entretanto, ações como as invasões promovidas pelo MST representam uma ameaça direta a esse setor vital da economia. Apesar de reconhecermos a importância da reforma agrária e a necessidade de garantir o acesso à terra para os brasileiros, é inaceitável que tais questões sejam abordadas por meio de invasões ilegais e truculentas.

É fundamental ressaltar que o MST não representa os verdadeiros agricultores do Brasil. Ao contrário, é composto por indivíduos que muitas vezes são utilizados como massa de manobra por interesses políticos que visam apenas semear a discórdia e a desordem. Esses atos de violência e desrespeito à propriedade privada só servem para atrasar o progresso e dificultar o desenvolvimento do nosso país.

Neste momento crucial, conclamamos as autoridades competentes a agirem com firmeza e determinação para garantir o cumprimento da lei e a preservação da ordem pública. É hora de reafirmarmos nosso compromisso com a legalidade, a justiça e o progresso do Brasil.

Fonte: Por Giuliano De Luca, jornalista e editor-chefe do Jornal O Presente Rural
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