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Exportações de frango disparam e rentabilidade melhora no mercado interno

Retomada das vendas à China e a diversificação dos destinos impulsionaram os embarques brasileiros, enquanto a estabilidade dos preços e o controle dos custos fortaleceram a margem da atividade no País.

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Foto: Jonathan Campos

Segundo dados do Itaú BBA Agro, as exportações brasileiras de carne de frango registraram forte recuperação em outubro, enquanto o mercado interno apresentou estabilidade nos preços e avanço na rentabilidade da atividade. O desempenho foi impulsionado pela retomada das vendas à China e pela diversificação de destinos.

A China anunciou recentemente a retirada do embargo imposto desde maio, reabrindo um mercado estratégico para pés e patas de frango, cortes de baixo valor agregado, mas fundamentais para a renda das indústrias. A medida reforça o papel do país asiático como parceiro essencial para o segmento.

No campo externo, outubro consolidou o melhor resultado do ano: o Brasil embarcou 501 mil toneladas de carne de frango, volume 8,2% superior ao registrado no mesmo mês de 2024. Houve ainda retomada das exportações à União Europeia, que voltaram após quase quatro meses de suspensão, ampliando a diversificação dos mercados atendidos.

Foto: Divulgação/Freepik

No mercado doméstico, os preços do frango inteiro congelado, que haviam subido em outubro, se estabilizaram próximos de R$ 8/kg, em linha com as cotações observadas há um ano.

Do lado da oferta, os abates cresceram em setembro e outubro após ritmo mais contido em agosto. Mesmo com o aumento das exportações ajudando a enxugar parte da produção, a disponibilidade interna permanece maior que a de 2024, sustentando o equilíbrio dos preços.

A rentabilidade também avançou. O spread do frango abatido subiu de 38% em setembro para 42% em outubro, impulsionado pela valorização de 6,2% da ave e por custos de produção estáveis. Há um ano, o indicador estava em 37%; em maio, antes dos impactos da gripe aviária, havia atingido 44%.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro

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Sul vive ano de contrastes no frango entre Paraná e Santa Catarina

Paraná sustenta preços mais altos ao produtor e puxa as valorizações de 2025, enquanto Santa Catarina mantém estabilidade regional e vê cortes premium, como o filé de peito, seguirem liderando no atacado.

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Foto: Divulgação/Freepik

O setor avícola do Sul do Brasil registrou um ano de oscilações importantes tanto no preço do frango vivo quanto nos principais cortes no atacado. Dados da Epagri/Cepa e de levantamentos regionais mostram que Paraná e Santa Catarina seguiram trajetórias distintas ao longo de 2025, com disparada mais intensa no mercado paranaense a partir do segundo trimestre.

Paraná abre vantagem e mantém preços mais altos ao produtor

Entre abril e julho, o Paraná puxou as valorizações no frango vivo, alcançando pico de R$ 5,18/kg em maio, bem acima de Santa Catarina, que chegou a R$ 4,76/kg em junho. Enquanto o Paraná manteve preços mais aquecidos no segundo semestre, Santa Catarina apresentou movimento mais moderado e estável, com variações menores entre suas regiões produtoras.

No estado catarinense, o Meio Oeste liderou as cotações durante todo o ano, superando Litoral Sul e Oeste e alcançando R$ 5,13/kg em julho, antes de se estabilizar em torno de R$ 5,10/kg.

No atacado, filé de peito segue isolado no topo

Os preços da carne de frango no atacado catarinense confirma a diferença entre os cortes. O filé de peito congelado manteve-se como o produto de maior valor agregado, encerrando novembro (parcial) a R$ 17,74/kg, praticamente no mesmo patamar de outubro.

Outros cortes mostram comportamento mais suave:

  • Peito com osso congelado recuou do pico de abril (R$ 14,49/kg) para R$ 13,58/kg em novembro.

  • Coxa e sobrecoxa seguiu trajetória de leve queda, chegando a R$ 8,63/kg.

  • Frango inteiro congelado permaneceu estável, fechando novembro a R$ 12,90/kg.

Mercado firme, mas com comportamentos diferentes

O Paraná teve um ano mais pressionado por demanda e exportações, sustentando preços mais elevados ao produtor.

Santa Catarina manteve estabilidade regional, com diferenças marcantes entre Meio Oeste, Litoral Sul e Oeste.

No atacado, cortes premium, especialmente o filé, seguem resistentes, enquanto os cortes populares refletem maior equilíbrio entre oferta e demanda.

A avicultura catarinense, marcada pela forte integração, mostrou novamente um padrão de menor volatilidade, mesmo em um ano de custos variáveis e ritmo intenso nas indústrias.

Fonte: O Presente Rural com informações do Boletim Agropecuário Epagri/Cepa
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AVES reconhece os melhores ovos do Espírito Santo em 2025

Concurso reuniu 39 amostras e avaliou rigorosamente casca, clara e gema em três etapas técnicas, confirmando a evolução da avicultura capixaba e premiando produtores que se destacam em excelência e manejo.

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Fotos: Divulgação/AVES

A Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES) realizou em Santa Maria de Jetibá mais uma edição do Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba, iniciativa já tradicional que reconhece o profissionalismo, o cuidado e a evolução técnica da avicultura do Estado. A edição de 2025 registrou uma forte participação, com 27 amostras de ovos brancos e 12 de ovos vermelhos enviadas por produtores de diversas regiões capixabas, reforçando o alcance da atividade e a importância do evento para a cadeia produtiva.

Marcado por rigor técnico, o concurso estruturou sua avaliação em três etapas conduzidas pela Comissão Organizadora e por um grupo de dez jurados convidados, representantes de empresas, instituições e entidades do setor avícola de diferentes estados. O médico-veterinário Leandro Marinho, do Idaf, atuou como auditor externo, garantindo neutralidade e transparência ao processo.

Na primeira fase, as amostras passaram pela análise objetiva da Máquina Digital Egg Tester, que avaliou resistência e espessura da casca e Unidade Haugh, parâmetro de referência internacional para medir a qualidade interna dos ovos. Todas as amostras foram submetidas aos mesmos critérios, e apenas as dez mais bem classificadas de cada categoria avançaram. A segunda etapa consistiu em uma análise visual minuciosa da qualidade externa, em que os jurados avaliaram uniformidade de tamanho, limpeza, textura e formato dos ovos, além da coloração da casca no caso dos ovos vermelhos. As amostras iniciavam com pontuação máxima e perdiam pontos conforme fossem identificadas pequenas imperfeições, o que destacou o cuidado dos produtores com manejo, nutrição e ambiência.

A etapa final abriu quatro ovos de cada amostra finalista para avaliação interna. Os jurados observaram presença de manchas de sangue, resíduos de oviduto, consistência do albúmen, centralização da gema e uniformidade de cor, consolidando a pontuação final. Representando a Avimig, o jurado Gustavo Ribeiro Fonseca elogiou o desempenho dos produtores capixabas: “No contexto geral, os avicultores estão de parabéns. São ovos de muita qualidade”, exaltou.

Já a médica-veterinária Karin Grossman, da Poly Sell, destacou a relevância do concurso para o fortalecimento do setor: “É uma satisfação para mim estar participando desse concurso. É um reconhecimento de um trabalho realizado ao longo dos anos, colaborando para a melhoria da qualidade dos ovos”, salientou.

Para a coordenadora técnica da AVES, Carolina Covre, os resultados reforçam o papel estratégico da iniciativa. Segundo ela, a edição de 2025 ocorreu exatamente como planejado, com forte adesão, avaliações criteriosas e alto nível de desempenho entre os concorrentes. “O concurso cumpre seu papel de estimular qualidade, aprimorar práticas e fortalecer a avicultura do Espírito Santo”, afirmou.

Vencedores

Ao final das três etapas, a AVES anunciou os vencedores. Na categoria ovos brancos, o primeiro lugar ficou com Jerusa Stuhr, da Avícola Mãe e Filhos, seguida por Waldemiro Berger, da Ovos Santa Maria, e por Jesebel Foesch Botelho e Thiago Botelho, da Botelho Alimentos. Na categoria ovos vermelhos, o campeão foi Antônio Venturini, da Ovos da Nonna, enquanto Jesebel e Thiago Botelho ficaram em segundo lugar e Lourival Bold, do Sítio Pai e Filhos, em terceiro.

As empresas vencedoras do primeiro lugar que possuem marca comercial própria terão o direito de usar um selo especial em suas embalagens, identificando os produtos como “Melhor Ovo Branco do Espírito Santo – Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba 2025” e “Melhor Ovo Vermelho do Espírito Santo – Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba 2025”.

Empresas reconhecidas

Também foram divulgadas as empresas de genética e nutrição responsáveis pelo suporte técnico aos produtores vencedores, reforçando o papel fundamental desses parceiros na obtenção de resultados de excelência. Na categoria Ovos Brancos, a campeã Jerusa Stuhr contou com genética Bovans White e nutrição fornecida pela ADM-Nutriminas. O segundo colocado, Waldemiro Berger, utilizou genética Hy-Line W80 e recebeu assistência nutricional da DSM. Já o terceiro lugar, representado por Jesebel Foesch Botelho e Thiago Botelho, trabalhou com genética Bovans White e nutrição da Brasfeed.

Na categoria Ovos Vermelhos, o primeiro colocado, Antônio Venturini, utilizou genética Hy-Line Brown e nutrição da Agroceres Multimix. Em segundo lugar, Jesebel Foesch Botelho e Thiago Botelho competiram com genética Bovans Brown e suporte nutricional da Brasfeed. O terceiro colocado, Lourival Bold, participou com aves de genética Hy-Line Brown e nutrição fornecida pela Auster.

A edição 2025 do Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba reafirma o compromisso da AVES com a promoção de boas práticas, a difusão de conhecimento e o reconhecimento do trabalho dos avicultores. Mais do que premiar os melhores ovos do ano, o evento funciona como ferramenta técnica e educativa, contribuindo diretamente para o avanço da avicultura capixaba.

Fonte: Assessoria AVES
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Primeiro Encontro da Avicultura Capixaba impulsiona diálogo, inovação e qualidade

Evento da AVES reuniu a cadeia produtiva, premiou excelência em ovos e reforçou a importância econômica da atividade para o Espírito Santo.

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Fotos: Divulgação

A Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES) realizou, em 13 de novembro, a primeira edição do Encontro da Avicultura Capixaba, em Santa Maria de Jetibá. O evento reuniu produtores, empresas dos segmentos de corte e postura, pesquisadores, lideranças do setor e representantes do poder público para um dia de debates, capacitação e integração, reforçando a força da avicultura no Estado.

O produtor e presidente da Nater Coop e do Conselho Deliberativo da AVES, Denilson Potratz, destacou o avanço da atividade no Espírito Santo e o compromisso da entidade com o fortalecimento do setor. “Precisamos atuar de forma constante na cadeia para incentivar excelência na produção e garantir alimentos de qualidade ao consumidor”, afirmou.

O diretor executivo da associação, Nélio Hand, reforçou o papel econômico e social da avicultura capixaba, que fornece carne de frango e ovos com segurança e qualidade. “Eventos como este refletem a importância de um setor organizado e voltado à solução de desafios e geração de oportunidades”, salientou.

A abertura contou com autoridades estaduais e municipais, entre elas o secretário de Agricultura, Ênio Bergoli, o deputado estadual Adilson Espindula e o prefeito de Santa Maria de Jetibá, Ronan Zocoloto. Em seus discursos, destacaram a relevância da avicultura para a economia regional, especialmente na região serrana, e o papel da AVES como articuladora do desenvolvimento produtivo.

Santa Maria de Jetibá, conhecida como a “Capital do Ovo”, foi palco para o encontro. O município é o maior produtor de ovos do Brasil, com cerca de 14 milhões de unidades por dia. “Nada mais justo que este evento seja realizado aqui”, afirmou o prefeito.

Concurso valoriza qualidade dos ovos

Um dos destaques da programação foi o Concurso Qualidade de Ovos, que incentiva boas práticas de manejo, nutrição, sanidade e excelência no produto final. A edição recebeu 39 inscrições, 27 de ovos brancos e 12 de vermelhos, e teve avaliação técnica criteriosa. “O número expressivo de participantes mostra o interesse dos produtores em qualificar ainda mais seus produtos”, avaliou a coordenadora técnica da AVES, Carolina Covre.

O concurso foi transmitido ao vivo no YouTube, com grande participação de produtores e empresas.

Espaço Empresarial aproxima produtores e fornecedores

O encontro também contou com o Espaço Empresarial, área destinada à interação entre empresas e produtores, com demonstração de tecnologias, produtos e serviços. O formato interativo foi bastante elogiado pelos visitantes.

Durante o dia, duas palestras de destaque foram ministradas: Bruno Pessamilio apresentou detalhes do Plano de Contingência para Influenza Aviária, enquanto Christian Lohbauer analisou cenários e tendências para o agronegócio no Brasil e no mundo.

O evento terminou com apresentações de grupos de dança pomerana, valorizando a cultura local, seguidas de um jantar de confraternização.

Com a forte participação do público e o sucesso da iniciativa, a AVES anunciou que o Encontro da Avicultura Capixaba passará a ser anual, integrando oficialmente o calendário da entidade. A ação reforça o compromisso da associação em impulsionar o setor e valorizar o trabalho dos produtores.

Fonte: O Presente Rural com Aves/Ases
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