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Suínos

Exportações de carne suína são as menores desde fevereiro de 2023

Retração no volume exportado se deve à menor demanda de importantes parceiros do Brasil na Ásia, como China, Hong Kong e Singapura.

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Foto: Shutterstock

As exportações brasileiras de carne suína caíram fortemente em março, registrando o menor resultado, tanto em volume como em receita, desde fevereiro de 2023.

De acordo com dados da Secex compilados e analisados pelo Cepea, foram embarcadas 90,7 mil toneladas (produtos in natura e processados), queda de 6,3% em relação a fevereiro de 2024 e de 14,3% sobre março de 2023.

Segundo pesquisadores do Cepea, a retração no volume exportado se deve à menor demanda de importantes parceiros do Brasil na Ásia, como China, Hong Kong e Singapura.

Ainda assim, no primeiro trimestre de 2024, o total escoado somou 286 mil toneladas, 5,3% acima do embarcado nos três primeiros meses do ano passado e um recorde para o período, considerando-se a série histórica da Secex, iniciada em 1997.

Quanto à receita, o montante arrecadado em março deste ano, de R$ 953,2 milhões, ficou 6% abaixo do registrado no mês anterior e 25,9% inferior ao de março/23. No balanço trimestral, exportadores brasileiros receberam R$ 2,9 bilhões, queda de 11,8% frente ao mesmo intervalo do ano passado.

 

Fonte: Assessoria Cepea

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Suinocultura de Santa Catarina lidera exportações e responde por 25% do PIB estadual em 2025

Estado manteve a liderança nacional na produção e nas vendas externas de carne suína, com crescimento da receita, ampliação do consumo interno e projeções positivas para 2026, apesar dos desafios de custos e infraestrutura.

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Foto: Ari Dias/AEN

A suinocultura industrial de Santa Catarina manteve, em 2025, a posição de maior produtor e exportador de carne suína do Brasil, com decisiva contribuição ao desenvolvimento econômico do Estado. Consolidou-se como segmento essencial do agronegócio catarinense, representando  cerca de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual.

Ao fazer a avaliação do ano, o presidente do Sindicado das Indústrias da Carne e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne), José Antônio Ribas Júnior, destacou o desempenho da cadeia produtiva barriga-verde. A liderança catarinense está expressa no fato de representar 51,2% de todo o volume exportado pelo Brasil e 51,9% da receita de exportações, tendo como principais mercados Japão, Filipinas, China, México e Chile. Para obter esses resultados, ampliou o volume da produção em 5,9% em relação a 2024. Dessa forma, a receita foi a melhor da série histórica: teve alta de 12,5%. Os custos de produção, porém, também cresceram (6,1%).

Presidente do Sindicado das Indústrias da Carne e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne), José Antônio Ribas Júnior: “Nosso maior mérito é garantir o pleno abastecimento do mercado interno e exportar o excedente” – Foto: Divulgação

A dimensão da cadeia de suínos de Santa Catarina ganha expressão frente ao cenário nacional. A produção brasileira está estimada em até 5,550 milhões de toneladas em 2025, crescimento de 4,6% em relação ao volume registrado em 2024, que foi de 5,305 milhões de toneladas. Para 2026, espera-se nova elevação, com produção estimada em até 5,700 milhões de toneladas, incremento de 2,7% sobre o ano anterior.

Citando dados da ABPA, Ribas mostra que o Brasil acompanha a trajetória catarinense e projeta até 1,490 milhão de toneladas exportadas em 2025, volume 10% superior ao total de 1,353 milhão de toneladas embarcadas em 2024. Para 2026, o número pode chegar a 1,550 milhão de toneladas, com nova alta de 4%.

“Nosso maior mérito é garantir o pleno abastecimento do mercado interno e exportar o excedente”, assinalou o presidente do Sindicarne. A disponibilidade interna da proteína deverá crescer até 2,7% neste ano, com cerca de 4,060 milhões de toneladas projetadas para 2025. Para 2026, a expectativa de crescimento é de 2,2%, com 4,150 milhões de toneladas. O consumo per capita deve subir 2,3% em 2025 para 19 quilos. Em 2026, o consumo per capita crescerá mais 2,5%, passando a 19,5 kg/habitante/ano.

Desafios

As previsões para 2026 são moderadamente otimistas porque, na prospecção do Sindicarne, o próximo ano deverá transcorrer em meio a um cenário de custos adequados e demanda sustentada pelos produtos, tanto no mercado interno quanto internacional.

Apesar disso, o setor continuará enfrentando um ambiente de negócios hostil em razão do “custo Brasil”  na forma da elevada carga tributária, das deficiências logísticas, da burocracia e do excesso de normas que regulam a extensa cadeia produtiva da suinocultura industrial brasileira em todas as etapas do processo – produção a campo,  industrialização e comercialização.

“Um dos pontos de atenção para 2026 é a preservação do status sanitário porque estão surgindo muitos casos de peste suína africana (PSA) na Europa e isso pode representar a abertura de novos mercados para o Brasil”, observou o dirigente.

José Ribas lembrou que o Sindicarne, historicamente, reivindica a recuperação das rodovias federais com duplicação ou construção de terceiras faixas, a ampliação dos portos marítimos, a conclusão dos projetos de ferrovias para a construção e pelo menos duas vias férreas essenciais.

A situação mais crítica localiza-se no oeste catarinense, principal região produtora, que necessita da duplicação da BR-282, da recuperação da BR-163 e de toda a malha rodoviária estadual (destaque para a crítica situação da SC-283), da construção de novos sistemas de suprimento de água, de novas subestações de energia elétrica e novas redes de distribuição. Além disso, precisa de gasoduto para gás de uso industrial, da qualificação dos aeroportos, do novo centro de pesquisa da Embrapa (para área de pastagens) e das ferrovias Norte-Sul (Chapecó-Cascavel, braço da Ferroeste) e Leste-Oeste (São Miguel do Oeste-Itajaí).

Fonte: Assessoria Sindicarne
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Demanda sazonal eleva preços dos principais cortes suínos

Com a proximidade das festas de fim de ano, maior procura por pernil e lombo impulsiona as cotações no mercado atacadista.

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Foto: Divulgação

A demanda por alguns cortes suínos tipicamente consumidos nas festas de final de ano tem se aquecido no mercado atacadista, elevando as cotações, conforme levantamentos do Cepea.

Segundo o Centro de Pesquisas, a média do pernil negociado no atacado do estado de São Paulo na parcial de dezembro (até o dia 16) está em R$ 14,11/kg, 2,3% acima da registrada em novembro.

Entre os outros cortes tradicionalmente mais demandados neste período, o lombo também vem se destacando, conforme pesquisas do Cepea.

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos

Consumo de carne suína no Brasil cresce e deve atingir 20,2 kg por habitante em 2025

Projeção da ABCS aponta alta de 35% em dez anos, sustentada por produção robusta, maior oferta ao mercado interno e mudança no comportamento do consumidor brasileiro.

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Foto: Shutterstock

O consumo de carne suína no Brasil mantém trajetória de crescimento e deve alcançar 20,2 kg por habitante em 2025, segundo projeção da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS). O número representa um avanço de 35% nos últimos dez anos, consolidando a proteína como uma das que mais ganham espaço na alimentação do brasileiro.

O crescimento é sustentado por uma produção nacional robusta e cada vez mais eficiente. Para 2025, a produção brasileira é estimada em 5,64 milhões de toneladas de carcaças, volume suficiente para atender às exportações e, principalmente, à crescente demanda do mercado interno, que hoje absorve parcela cada vez maior da carne suína produzida no país.

Foto: Freepik

Mesmo com exportações em alta, a maior disponibilidade interna tem impulsionado o consumo doméstico. Fatores como preço competitivo, diversificação de cortes e ações contínuas de promoção do consumo realizadas pela ABCS ajudam a explicar essa mudança no comportamento do consumidor brasileiro.

Segundo o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, o avanço reflete o trabalho conjunto de toda a cadeia produtiva. “O crescimento do consumo acompanha uma produção estruturada, eficiente e comprometida com o mercado interno, reforçando a carne suína como proteína presente no dia a dia do brasileiro”, afirma.

Como a ABCS calcula o consumo per capita

Diante de divergências entre diferentes fontes do setor, a ABCS reforça que o consumo per capita divulgado pela entidade segue metodologia própria, transparente e baseada exclusivamente em dados oficiais.

O cálculo considera:

  • a produção anual de carne suína em carcaças (dados do IBGE),
  • menos a exportação de carne suína in natura,
  • dividida pela população brasileira (dados do IBGE).

A metodologia não inclui estoques, parte do princípio de que a carne disponível no mercado interno é consumida e desconsidera importações, consideradas estatisticamente irrelevantes. Em 2024, por exemplo, as importações representaram menos de 15 gramas por habitante ao ano.

Outro ponto importante é que a ABCS considera apenas a exportação de carne in natura, que responde por mais de 88% do total exportado, excluindo itens que não fazem parte da carcaça, como vísceras e produtos processados.

Perspectiva positiva para 2026

Embora os dados de 2025 ainda sejam projeções, o cenário indica continuidade do crescimento. Mantido o ritmo atual, a ABCS projeta que o consumo de carne suína no Brasil deve chegar a 21 kg por habitante em 2026, consolidando a proteína como uma das que mais crescem no país.

Fonte: Assessoria ABCS
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