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Avicultura Segundo ABPA

Exportações de carne de frango mantém alta em 2020

Embarques para Arábia Saudita e União Europeia apresentam maiores altas de outubro

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Arquivo/OP Rural

Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de carne de frango mantêm alta nos 10 primeiros meses em 2020, na comparação com o mesmo período de 2019. Ao todo, foram embarcadas 3,498 milhões de toneladas entre janeiro e outubro deste ano, contra 3,490 milhões de toneladas no ano passado.

Em receita, as vendas do setor totalizaram US$ 5,066 bilhões, número 13% inferior ao registrado nos dez primeiros meses de 2019, com US$ 5,820 bilhões.

No comparativo mensal, foram exportadas 319,7 mil toneladas no décimo mês de 2020, número 9,4% inferior às 353 mil toneladas exportadas no mesmo período de 2019. O resultado em dólares dos embarques de outubro alcançou US$ 446,8 milhões, número 21,2% menor em relação ao registrado no mesmo mês do ano anterior, com US$ 567 milhões.

A China segue como principal destino da carne de frango brasileira em 2020. Ao todo, foram exportadas 564 mil toneladas entre janeiro e outubro deste ano, número 24% superior ao registrado no mesmo período de 2019. Outros destaques da Ásia são Coreia do Sul, com 109,5 mil toneladas (+7%), e Singapura, com 106,4 mil toneladas (+32%).

Considerando apenas o mês de outubro, A Arábia Saudita foi o principal destaque, com 44,9 mil toneladas embarcadas no período, número 22% superior ao registrado no mesmo período de 2019. Outros destaques no mês foram União Europeia, com 21,2 mil toneladas (+29%) e África do Sul, com 23,3 mil toneladas (+5%).

“Apesar dos impactos sentidos pela falta do México e Filipinas nas vendas deste mês em relação à outubro de 2019, as exportações internacionais seguem, de forma geral, em patamares equivalentes ao verificado em 2019. A retomada gradativa dos embarques para a Arábia Saudita e o incremento dos volumes enviados para a Europa indicam maior capilaridade nos embarques do setor”, avalia Ricardo Santin, presidente da ABPA.

Entre os estados, o Paraná segue como maior exportador, com 1,366 milhão de toneladas entre janeiro e outubro (+0,91%), seguido por Santa Catarina, com 808 mil toneladas (-26,3%), Rio Grande do Sul, com 559,8 mil toneladas (+19,9%) e Goiás, com 176,2 mil toneladas (+37,1%).

Fonte: Assessoria ABPA

Avicultura

Influenza aviária deixa de ser exótica no Brasil, alerta auditora fiscal do Mapa

Com o avanço dos casos em aves silvestres e de subsistência, o Brasil deixa de ser território livre da Influenza aviária, reforçando a urgência de vigilância constante e biosseguridade rigorosa em toda a cadeia avícola.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Influenza aviária de Alta Patogenicidade se tornou uma das maiores emergências sanitárias do mundo. O vírus, que já provocou a morte ou o sacrifício de mais de 630 milhões de aves ao redor do globo desde 2021, deixou um rastro de impactos sanitários, ambientais e econômicos em praticamente todos os continentes. A doença, que antes atingia principalmente aves silvestres, passou a circular com força na avicultura comercial, acelerando a disseminação e trazendo novos desafios para a saúde animal e para a segurança alimentar global. Casos crescentes em mamíferos ampliam a preocupação, reforçando a dimensão de emergência sanitária.

No Brasil, o primeiro registro ocorreu em maio de 2023, em aves silvestres no Espírito Santo. Desde então, foram identificados focos em aves de subsistência em diferentes estados, até que, em maio de 2025, surgiu o primeiro e único caso, até o momento, em um plantel comercial, rapidamente contido pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO).

Denise de Magalhães Viégas, auditora fiscal federal agropecuária do Mapa: “Estamos diante de uma emergência global que ameaça a agricultura, a segurança alimentar, o comércio e os ecossistemas” – Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural

Até 10 de setembro deste ano, o Brasil já havia realizado 1.256 coletas de amostras e conduzido mais de 4,7 mil investigações relacionadas à Influenza aviária. No momento, quatro investigações seguem em andamento: duas em criações domésticas, nos municípios de São Paulo de Olivença (AM) e Mirante da Serra (RO), e duas em aves silvestres, em Selvíria (MS) e Guarujá (SP). Desde a primeira detecção, foram confirmados 185 focos da doença no país, sendo um em aves comerciais e 12 em aves não comerciais, além dos registros em populações silvestres.

No Brasil, a Influenza aviária deixou de ser considerada uma doença exótica, após registros de surtos do vírus em aves residentes de diversas regiões do país. Quem chama a atenção para essa mudança é a médica-veterinária Denise de Magalhães Viégas, mestre em Medicina Veterinária e auditora fiscal federal agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). “O desafio, agora, é garantir vigilância contínua, medidas de biosseguridade cada vez mais robustas e resposta ágil a qualquer foco. Para isso, o Mapa reforça a necessidade de responsabilidade compartilhada entre o Serviço Veterinário Oficial e toda a cadeia avícola”, expôs a profissional durante sua participação no Avicultor Mais 2025 – Frangos, Ovos & Peixes, evento que reuniu especialistas e lideranças do setor em Minas Gerais.

Para enfrentar e conter a disseminação da doença, o Brasil conta com diretrizes claras de vigilância ativa e passiva, que sustentam o Plano Nacional de Vigilância para Influenza aviária e Doença de Newcastle (DNC). O objetivo principal é fortalecer a capacidade de detecção precoce da infecção nessas duas doenças, tanto em aves domésticas quanto em aves silvestres. “Além disso, o sistema busca demonstrar a ausência de Influenza aviária e Newcastle nas populações comerciais, requisito essencial para a manutenção dos mercados internacionais, e monitorar o surgimento de novas cepas virais, com implicações diretas para a saúde animal e pública”, sustenta Denise.

O plano é estruturado em diferentes componentes de vigilância. Ele inclui a investigação de casos suspeitos de síndrome respiratória nervosa (SRN) em aves domésticas, a análise de eventos excepcionais de mortalidade em aves silvestres, a vigilância ativa na avicultura industrial e em aves de subsistência localizadas em áreas de maior risco, além do monitoramento em compartimentos oficialmente reconhecidos como livres de Influenza aviária e Newcastle.

A preparação para possíveis emergências sanitárias também é prioridade. Denise ressaltou que o trabalho do Mapa vai além da estruturação técnica e inclui ações de comunicação com o setor e com a sociedade. Campanhas de conscientização sobre biosseguridade e sobre a obrigatoriedade da notificação de casos suspeitos são ferramentas indispensáveis para ampliar a vigilância e garantir respostas rápidas. “A comunicação de riscos é parte essencial do processo. Precisamos que produtores, trabalhadores e a comunidade entendam que cada notificação é uma peça-chave na defesa sanitária do país”, afirmou.

Para a auditora fiscal, o enfrentamento da Influenza aviária só será possível com a união de esforços. “Estamos diante de uma emergência global que ameaça a agricultura, a segurança alimentar, o comércio e os ecossistemas. O vírus já está aqui e a defesa depende de vigilância ativa, biosseguridade rigorosa e, acima de tudo, da responsabilidade compartilhada entre produtores, técnicos e Serviço Veterinário Oficial”, enfatizou.

versão digital está disponível gratuitamente no site oficial de O Presente Rural. A edição impressa já circula com distribuição dirigida a leitores e parceiros em 13 estados brasileiros.

Fonte: O Presente Rural
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Avicultura

Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango

Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

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Foto: Shutterstock

O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

Foto: Shutterstock

Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.

O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

Foto: Shutterstock

Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.

Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.

O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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Avicultura

União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil

Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

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A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Foto: Freepik

Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.

A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.

Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias

Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.

Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.

Fonte: Assessoria Mapa
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