Avicultura
Exportações de carne de frango crescem 23,2% em novembro
Receita registra alta de 32,1%, chegando a US$ 893,4 milhões no décimo primeiro mês deste ano, contra US$ 676,1 milhões no mesmo período de 2023.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informa que as exportações de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 465,1 mil toneladas em novembro, número que supera em 23,2% o saldo registrado no mesmo período do ano anterior, com 377,4 mil toneladas.

Foto: Claudio Neves
Em receita, a alta é ainda mais expressiva, chegando a 32,1%, com US$ 893,4 milhões registrados no décimo primeiro mês deste ano, contra US$ 676,1 milhões no mesmo período de 2023.
No ano (janeiro a novembro), as exportações de carne de frango acumulam alta de 3,7%. Ao todo, foram exportadas 4,845 milhões de toneladas embarcadas nos onze primeiros meses de 2024, contra 4,671 milhões de toneladas no mesmo período de 2023.
No mesmo período comparativo, foram obtidos US$ 9,071 bilhões neste ano, saldo que supera em 1% o total acumulado entre janeiro e novembro de 2023, com US$ 8,977 bilhões.
Líder entre os principais destinos, a China importou 46,3 mil toneladas em novembro deste ano, saldo 17% superior ao obtido no mesmo período do ano passado. Em seguida estão Japão, com 34,8 mil toneladas (+7,3%), Emirados Árabes Unidos, com 34,2 mil toneladas (+6,4%), México, com 33,7 mil toneladas (+99,8%), Arábia Saudita, com 29,8 mil toneladas (-6,3%), África do Sul, com 26,1 mil toneladas (+12,5%) e União Europeia, com 23 mil toneladas (+62,8%). “Houve crescimento expressivo nas exportações em oito dos 10 principais destinos das exportações de carne de frango do Brasil em novembro, mês que foi marcado por forte elevação comparativa, considerando também o fato que novembro de 2023 registrou o menor desempenho mensal daquele ano. As exportações de carne acumularam altas consecutivas nos últimos três meses e devem confirmar as previsões positivas do setor para 2024”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
O Paraná segue como principal exportador de carne de frango do Brasil, com 182,1 mil toneladas embarcadas em novembro (+26%), seguido por Santa Catarina, com 105,2 mil

Foto: Ari Dias
toneladas (+15,2%), Rio Grande do Sul, com 65,1 mil toneladas (+16,5%), São Paulo, com 27,5 mil toneladas (+20,9%) e Goiás, com 18,2 mil toneladas (+4,6%).
Coletiva com dados e projeções
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) realizará coletiva de imprensa híbrida no dia 12 de dezembro (quinta-feira), às 10h, em São Paulo (SP).
Durante a coletiva, serão divulgados os dados e as projeções do setor para a produção e as exportações da avicultura e da suinocultura do Brasil.
Participarão da coletiva o presidente da ABPA, Ricardo Santin, a diretora técnica, Sula Alves, o diretor administrativo e financeiro, José Perboyre, o diretor de relações institucionais, Marcelo Osório e a gerente de marketing e promoção comercial, Isis Sardella.
A coletiva será realizada em formato híbrido, sendo presencial em São Paulo (SP), com transmissão para os demais Estados.
A inscrição para participação presencial deve ser feita clicando aqui.

Avicultura
Avicultura encerra 2025 em alta e mantém perspectiva positiva para 2026
Setor avança com produção e consumo em crescimento, margens favoráveis e preços firmes para proteínas, apesar da atenção voltada aos custos da ração e à segunda safra de milho.

O setor avícola deve encerrar 2025 com desempenho positivo, sustentado pelo aumento da produção, pelo avanço do consumo interno e pela manutenção de margens favoráveis, mesmo diante de alguns desafios ao longo do ano. A avaliação é de que os resultados permanecem sólidos, apesar de pressões pontuais nos custos e de um ambiente externo mais cauteloso.
Para 2026, a perspectiva segue otimista. A expectativa é de continuidade da expansão do setor, apoiada em um cenário de preços firmes para as proteínas. Um dos principais pontos de atenção, no entanto, está relacionado à segunda safra de milho, cuja incerteza pode pressionar os custos de ração. Ainda assim, a existência de estoques adequados no curto prazo e a possibilidade de uma boa safra reforçam a visão positiva para o próximo ano.

No fechamento de 2025, o aumento da produção, aliado ao fato de que as exportações não devem avançar de forma significativa, tende a direcionar maior volume ao mercado interno. Esse movimento ocorre em um contexto marcado pelos impactos da gripe aviária ao longo do ano e por um desempenho mais fraco das exportações em novembro. Com isso, a projeção é de expansão consistente do consumo aparente.
Para os próximos meses, mesmo com a alta nos preços dos insumos para ração, especialmente do milho, o cenário para o cereal em 2026 é considerado favorável. A avaliação se baseia na disponibilidade atual de estoques e na expectativa de uma nova safra robusta, que continuará sendo acompanhada de perto pelo setor.
Nesse ambiente, a tendência é de que as margens da avicultura se mantenham em patamares positivos, dando suporte ao crescimento da produção e à retomada gradual das exportações no próximo ano.
Já em relação à formação de preços da carne de frango em 2026 e nos anos seguintes, o cenário da pecuária de corte deve atuar como fator de sustentação. A menor disponibilidade de gado e os preços mais firmes da carne bovina tendem a favorecer a proteína avícola. No curto prazo, porém, o setor deve considerar os efeitos da sazonalidade, com maior oferta de fêmeas e melhor disponibilidade de gado a pasto, o que pode influenciar o comportamento dos preços.
Avicultura
Frango congelado registra estabilidade após leves ajustes de preço
Após recuos pontuais ao longo de dezembro, a cotação se mantém sem variação diária e acumula leve queda de 0,25% no mês, segundo dados do Cepea/Esalq.

Os preços do frango congelado no mercado paulista mantiveram-se estáveis nesta terça-feira (16), de acordo com dados do Cepea/Esalq. A cotação permaneceu em R$ 8,09 por quilo, sem variação diária.
Na comparação com o dia anterior, o valor já havia recuado 0,25% na segunda-feira (15), quando o produto passou de R$ 8,11 para R$ 8,09. O movimento de queda teve início no fim da semana passada, após o frango congelado atingir R$ 8,13 por quilo nos dias 10 e 11 de dezembro, período em que os preços ficaram estáveis.
No acumulado do mês, o mercado registra leve retração de 0,25%, refletindo um cenário de ajustes nas negociações ao longo de dezembro. Desde o dia 12, quando a cotação estava em R$ 8,11, o produto perdeu R$ 0,02 por quilo, consolidando o patamar atual.
O comportamento dos preços indica acomodação do mercado no Estado de São Paulo, com oscilações pontuais e sem novos movimentos de alta no curto prazo, segundo o acompanhamento do Cepea.
Avicultura
Exportações de carne de peru do Paraná crescem em 2025
Embarques e receitas avançam no ano e sinalizam retomada gradual do setor após reestruturação da produção no estado.

As exportações de carne de peru no Paraná voltaram a crescer em 2025. Dados do Agrostat Brasil, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), mostram alta nos embarques e nas receitas geradas pelo segmento da proteína. Entre janeiro e outubro deste ano, o Estado exportou 12,2 mil toneladas de carne de peru, com receitas de US$ 38,7 milhões. Na comparação com o mesmo período de 2024, o setor paranaense registrou altas de 12,7% e 53,9%, respectivamente.
O Paraná já foi o maior produtor nacional de perus. Em 2018, com o fechamento da planta de abates da BRF em Francisco Beltrão, na região Sudoeste, o setor diminuiu a produção e diversos avicultores migraram para outras atividades, como a criação de frangos de corte.
Em 2021, a BRF retornou ao município do Sudoeste, após a habilitação de uma planta de abates de peru para exportação ao México, maior parceiro comercial do Brasil nesse tipo de proteína.
Desde então, o Paraná vem retomando gradualmente a produção dessa ave para se aproximar dos patamares da década passada. Hoje, o Paraná ocupa a terceira posição no ranking nacional.
“O Sistema Faep esteve junto do produtor durante a crise no setor e vê com bons olhos essa retomada na produção e exportação de perus. Essa atividade tem um papel importante para a avicultura paranaense e esperamos que siga com esses bons índices para o próximo ano”, avalia o presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette.
Mercado interno

Paraná deve terminar 2025 com o maior crescimento na exportação de perus entre os estados da Região Sul
A produção de perus tem algumas particularidades em relação a outras proteínas. Uma delas é a importância do mercado interno no escoamento dos abates.
Em 2024, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, 49,6% dessa carne foram consumidas dentro do país, enquanto o restante seguiu para exportação. Na média, o consumo interno da proteína é de 297 gramas por habitante.
Historicamente, o peru produzido no Brasil passou por uma redução no tempo e peso de abate. Até a década de 1980, a ave era abatida com até 19 quilos, em um período de 112 a 140 dias. Atualmente, essas marcas reduziram para cinco quilos e janela de 60 a 62 dias.



