Avicultura
Exportações de carne de frango crescem 17,9% em fevereiro
O resultado em dólares registrou crescimento ainda mais expressivo, de 23,1%, com US$ 870,4 milhões em fevereiro deste ano, contra US$ 707 milhões no mesmo período do ano passado.

As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) cresceram 17,9% em volumes no mês de fevereiro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram embarcadas 468,4 mil toneladas no segundo mês deste ano, contra 397,2 mil toneladas no mesmo período do ano passado. É o melhor desempenho já registrado em um mês de fevereiro.

Fotos: Claudio Neves
O resultado em dólares registrou crescimento ainda mais expressivo, de 23,1%, com US$ 870,4 milhões em fevereiro deste ano, contra US$ 707 milhões no mesmo período do ano passado.
A soma das exportações deste ano (janeiro e fevereiro) chegaram a 911,4 mil toneladas, número 13,6% maior em relação ao mesmo período do ano passado, com 802,2 mil toneladas. Em receita, o crescimento obtido no primeiro bimestre chegou a US$ 1,696 bilhão, saldo 22% maior em relação ao total registrado no ano passado, com US$ 1,390 bilhão.
Entre os destinos de exportação de fevereiro, a China segue na liderança, com 49,6 mil toneladas, volume 18,1% superior ao obtido no mesmo período do ano passado. Em seguida estão Emirados Árabes Unidos, com 38,8 mil toneladas (-1,5%), Arábia Saudita, com 31,5 mil toneladas (-3,6%), Japão, com 27,7 mil toneladas (-24%), África do Sul, com 24,5 mil toneladas (+36,1%), Filipinas, com 23,2 mil toneladas (+2,1%), México, com 20,9 mil toneladas (+272,3%), União Europeia, com 20,6 mil toneladas (+11,5%), Coreia do Sul, com 18 mil toneladas (+23,3%), e Iraque, com 15,6 mil toneladas (-2,6%).

Paraná segue como maior exportador de carne de frango do Brasil, com 186 mil toneladas exportadas em fevereiro (+15,9% em relação ao mesmo período do ano passado), seguido por Santa Catarina, com 106,6 mil toneladas (+15,5%), Rio Grande do Sul, com 69,8 mil toneladas (+19,5%), São Paulo, com 27,1 mil toneladas (+40,3%) e Goiás, com 20,5 mil toneladas (+18,7%).
“O mercado internacional segue com alta demanda por carne de frango do Brasil, seja em consequência às rupturas de fluxo de comércio geradas entre nações com registros de H5N1, ou como resultado de medidas de apoio ao abastecimento interno de países com dificuldades. O comportamento dos embarques até aqui indicam que as projeções inicialmente estabelecidas para as exportações brasileiras deverão ser superadas”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Confira aqui a análise do presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Avicultura
Avicultura encerra 2025 em alta e mantém perspectiva positiva para 2026
Setor avança com produção e consumo em crescimento, margens favoráveis e preços firmes para proteínas, apesar da atenção voltada aos custos da ração e à segunda safra de milho.

O setor avícola deve encerrar 2025 com desempenho positivo, sustentado pelo aumento da produção, pelo avanço do consumo interno e pela manutenção de margens favoráveis, mesmo diante de alguns desafios ao longo do ano. A avaliação é de que os resultados permanecem sólidos, apesar de pressões pontuais nos custos e de um ambiente externo mais cauteloso.
Para 2026, a perspectiva segue otimista. A expectativa é de continuidade da expansão do setor, apoiada em um cenário de preços firmes para as proteínas. Um dos principais pontos de atenção, no entanto, está relacionado à segunda safra de milho, cuja incerteza pode pressionar os custos de ração. Ainda assim, a existência de estoques adequados no curto prazo e a possibilidade de uma boa safra reforçam a visão positiva para o próximo ano.

No fechamento de 2025, o aumento da produção, aliado ao fato de que as exportações não devem avançar de forma significativa, tende a direcionar maior volume ao mercado interno. Esse movimento ocorre em um contexto marcado pelos impactos da gripe aviária ao longo do ano e por um desempenho mais fraco das exportações em novembro. Com isso, a projeção é de expansão consistente do consumo aparente.
Para os próximos meses, mesmo com a alta nos preços dos insumos para ração, especialmente do milho, o cenário para o cereal em 2026 é considerado favorável. A avaliação se baseia na disponibilidade atual de estoques e na expectativa de uma nova safra robusta, que continuará sendo acompanhada de perto pelo setor.
Nesse ambiente, a tendência é de que as margens da avicultura se mantenham em patamares positivos, dando suporte ao crescimento da produção e à retomada gradual das exportações no próximo ano.
Já em relação à formação de preços da carne de frango em 2026 e nos anos seguintes, o cenário da pecuária de corte deve atuar como fator de sustentação. A menor disponibilidade de gado e os preços mais firmes da carne bovina tendem a favorecer a proteína avícola. No curto prazo, porém, o setor deve considerar os efeitos da sazonalidade, com maior oferta de fêmeas e melhor disponibilidade de gado a pasto, o que pode influenciar o comportamento dos preços.
Avicultura
Frango congelado registra estabilidade após leves ajustes de preço
Após recuos pontuais ao longo de dezembro, a cotação se mantém sem variação diária e acumula leve queda de 0,25% no mês, segundo dados do Cepea/Esalq.

Os preços do frango congelado no mercado paulista mantiveram-se estáveis nesta terça-feira (16), de acordo com dados do Cepea/Esalq. A cotação permaneceu em R$ 8,09 por quilo, sem variação diária.
Na comparação com o dia anterior, o valor já havia recuado 0,25% na segunda-feira (15), quando o produto passou de R$ 8,11 para R$ 8,09. O movimento de queda teve início no fim da semana passada, após o frango congelado atingir R$ 8,13 por quilo nos dias 10 e 11 de dezembro, período em que os preços ficaram estáveis.
No acumulado do mês, o mercado registra leve retração de 0,25%, refletindo um cenário de ajustes nas negociações ao longo de dezembro. Desde o dia 12, quando a cotação estava em R$ 8,11, o produto perdeu R$ 0,02 por quilo, consolidando o patamar atual.
O comportamento dos preços indica acomodação do mercado no Estado de São Paulo, com oscilações pontuais e sem novos movimentos de alta no curto prazo, segundo o acompanhamento do Cepea.
Avicultura
Exportações de carne de peru do Paraná crescem em 2025
Embarques e receitas avançam no ano e sinalizam retomada gradual do setor após reestruturação da produção no estado.

As exportações de carne de peru no Paraná voltaram a crescer em 2025. Dados do Agrostat Brasil, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), mostram alta nos embarques e nas receitas geradas pelo segmento da proteína. Entre janeiro e outubro deste ano, o Estado exportou 12,2 mil toneladas de carne de peru, com receitas de US$ 38,7 milhões. Na comparação com o mesmo período de 2024, o setor paranaense registrou altas de 12,7% e 53,9%, respectivamente.
O Paraná já foi o maior produtor nacional de perus. Em 2018, com o fechamento da planta de abates da BRF em Francisco Beltrão, na região Sudoeste, o setor diminuiu a produção e diversos avicultores migraram para outras atividades, como a criação de frangos de corte.
Em 2021, a BRF retornou ao município do Sudoeste, após a habilitação de uma planta de abates de peru para exportação ao México, maior parceiro comercial do Brasil nesse tipo de proteína.
Desde então, o Paraná vem retomando gradualmente a produção dessa ave para se aproximar dos patamares da década passada. Hoje, o Paraná ocupa a terceira posição no ranking nacional.
“O Sistema Faep esteve junto do produtor durante a crise no setor e vê com bons olhos essa retomada na produção e exportação de perus. Essa atividade tem um papel importante para a avicultura paranaense e esperamos que siga com esses bons índices para o próximo ano”, avalia o presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette.
Mercado interno

Paraná deve terminar 2025 com o maior crescimento na exportação de perus entre os estados da Região Sul
A produção de perus tem algumas particularidades em relação a outras proteínas. Uma delas é a importância do mercado interno no escoamento dos abates.
Em 2024, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, 49,6% dessa carne foram consumidas dentro do país, enquanto o restante seguiu para exportação. Na média, o consumo interno da proteína é de 297 gramas por habitante.
Historicamente, o peru produzido no Brasil passou por uma redução no tempo e peso de abate. Até a década de 1980, a ave era abatida com até 19 quilos, em um período de 112 a 140 dias. Atualmente, essas marcas reduziram para cinco quilos e janela de 60 a 62 dias.



