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Exportações da avicultura crescem 0,4% em 2014

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Levantamentos feitos pela Associação  Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que  as exportações brasileiras de avicultura – que incluem os embarques de frangos, ovos, perus, patos e marrecos, ovos férteis e material genético – totalizaram 950,2 mil toneladas nos três primeiros meses de 2014, resultado 0,4% maior em relação ao mesmo período do ano passado.  Em receita, houve queda de 11,5%, com total de US$ 1,832 bilhão.
Na avaliação mensal, houve crescimento de 0,2% no volume total embarcado em março deste ano em comparação com o mesmo período de 2013, atingindo 332,3 mil toneladas. Com total de US$ 640,9 milhões, a receita das exportações do setor registrou queda de 14,3%.
De acordo com o presidente da ABPA, Francisco Turra, proporcionalmente, os embarques de carne de frango apresentaram maior influência no resultado positivo dos volumes embarcados e no saldo negativo da receita.  
“Ao mesmo tempo, tivemos boas surpresas com o ótimo desempenho das exportações de ovos férteis, segmento com bom potencial para expansão da rentabilidade da avicultura, indicando que, por sua característica sanitária, o Brasil pode expandir ainda mais seu papel de hub mundial de material genético”, destaca o presidente da ABPA.
Ainda com relação aos embarques de carne de frango, conforme explica o vice-presidente de aves da ABPA, Ricardo Santin, o desempenho de determinados segmentos exportados melhorou o resultado final da receita.
“O aumento da venda de cortes de frango com valor médio superior amenizou a queda da receita, agregando maior valor às exportações”, ressalta Santin.
 

Carne de Frango

As exportações brasileiras de carne de frango acumulam alta de 0,7% em volumes nos três primeiros meses de 2014, com total de 907,3 mil toneladas embarcadas.  Em receita, houve decréscimo de 11,5%, atingindo US$ 1,705 bilhão entre janeiro e março deste ano.
Considerando apenas o embarque mensal, as exportações registraram queda de 0,5% em março deste ano, com 318,1 mil toneladas.  Também houve redução na receita, de 16,1%, atingindo US$ 595,7 milhões no período.
Na análise por produto, os cortes se mantiveram como principal produto da pauta exportadora do setor, 500,9 mil toneladas embarcadas entre janeiro e março, com crescimento de 7% em relação ao mesmo período de 2013.  Em segundo lugar, os embarques de produtos inteiros atingiram 325,4 mil toneladas (-7,5%).  As carnes salgadas, no terceiro posto, totalizaram 41,4 mil toneladas (-1,2%).  Por último, as exportações de industrializados chegaram a 39,7 mil toneladas (+0,8).
No ranking dos principais destinos de exportação, o Oriente Médio manteve-se como maior importador, com 332 mil toneladas (-4,6%).  A Ásia, na segunda posição, importou 270,5 mil toneladas (+7,5%) de carne de frango made in Brazil.  Os países da África – terceiro maior destino – foram responsáveis por 125,3 mil toneladas (1,7%).  No quarto posto, os embarques para a União Europeia totalizaram 101 mil toneladas (-0,8%). Países das Américas, com 58,8 mil toneladas (+6,1%), da Europa não membros da União Europeia, com 18,9 mil toneladas (-7,4%) e da Oceania, com 536 toneladas (+18,6%) completam a lista.
 

Ovos

As exportações de ovos in natura e processados totalizaram no primeiro trimestre deste ano 3,7 mil toneladas, resultado 26,8% menor em relação ao mesmo período do ano passado.  Em receita, a queda foi de 41,5%, com US$ 5,2 milhões.
Verificado o desempenho do segmento apenas no mês de março, houve queda de 40,9% em volumes (com 533 toneladas) e de 46,5% em receita (com US$ 835 mil).
O Oriente Médio manteve-se como principal destino das exportações no primeiro trimestre, com 2,9 mil toneladas, com aumento de 44% em relação ao mesmo período do ano passado.  A África – segundo maior importador – foi responsável por 485 toneladas (-81%).  Os países das Américas, com 339,9 toneladas (-21%) e da Ásia, com 22,4 toneladas (-67%) completam a lista.
 

Perus

Os embarques de carne de peru no primeiro trimestre de 2014 registraram queda de 12% em relação ao mesmo período do ano passado, com total de 32,7 mil toneladas.  Também houve decréscimo na receita, de 16,5%, com US$ 88,1 milhões.
Na avaliação mensal, houve aumento de 11,1% nos volumes (total de 11,4 mil toneladas) e de 15,5% na receita (com US$ 31,4 milhões).
 

Patos e Gansos  

No segmento de patos e gansos houve aumento de 806% nos embarques dos três primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período de 2013, com total de 3,5 mil toneladas.  O aumento também foi expressivo em receita, de 239,8%, com US$ 3,7 milhões.
Considerando apenas o mês de março, a elevação foi de 451,8%, com 1,2 mil toneladas.  Em receita, a elevação foi de 112,7%, com US$ 1,2 milhão.
 

Ovos férteis

As exportações de ovos férteis totalizaram 2,6 mil toneladas entre janeiro e março deste ano, resultado 28,6% maior em relação ao mesmo período do ano anterior.  Houve crescimento também no resultado cambial, de 29,3%, com US$ 16 milhões.
Em março deste ano, os embarques do segmento atingiram 1 mil toneladas, dado 59,5% maior na comparação com o mesmo mês de 2013.  Também foi registrado crescimento em receita, de 60,3%, com US$ 6,2 milhões.
 

Material genético

Com 187 toneladas embarcadas, as exportações de material genético apresentaram queda de 28% no primeiro trimestre deste ano. Houve retração também na receita total do segmento, de 3,1%, com US$ 14,1 milhões.
O resultado do mês de março também apresentou quedas em volume, de 22,8% (com 64 toneladas), mas com elevação de 9,2% em receita (com US$ 5,5 milhões).
 

Fonte: ASCOM ABPA

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Avicultura

Brasil abre mercado em Moçambique para exportação de material genético avícola

Acordo sanitário autoriza envio de ovos férteis e pintos de um dia, fortalece a presença do agronegócio brasileiro na África e amplia para 521 as oportunidades comerciais desde 2023.

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O governo brasileiro concluiu negociação sanitária com Moçambique, que resultou na autorização de exportações brasileiras de material genético avícola (ovos férteis e pintos de um dia) àquele país.

Além de contribuir para a melhoria de qualidade do plantel moçambicano, esta abertura de mercado promove a diversificação das parcerias do Brasil e a expansão do agronegócio brasileiro na África, ao oferecer oportunidades futuras para os produtores nacionais, em vista do grande potencial do continente africano em termos de crescimento econômico e demográfico.

Com cerca de 33 milhões de habitantes, Moçambique importou mais de US$ 24 milhões em produtos agropecuários do Brasil entre janeiro e novembro de 2025, com destaque para proteína animal.

Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcança 521 novas oportunidades de comércio, em 81 destinos, desde o início de 2023.

Tais resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Fonte: Assessoria Mapa
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Indústria avícola amplia presença na diretoria da Associação Brasileira de Reciclagem

Nova composição da ABRA reforça a integração entre cadeias produtivas e destaca o papel estratégico da reciclagem animal na sustentabilidade do agronegócio brasileiro.

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A Associação Brasileira de Reciclagem (ABRA) definiu, na última sexta-feira (12), a nova composição de seu Conselho Diretivo e Fiscal, com mandato até 2028. A assembleia geral marcou a renovação parcial da liderança da entidade e sinalizou uma maior aproximação entre a indústria de reciclagem animal e setores estratégicos do agronegócio, como a avicultura.

Entre os nomes eleitos para as vice-presidências está Hugo Bongiorno, cuja chegada à diretoria amplia a participação do segmento avícola nas decisões da associação. O movimento ocorre em um momento em que a reciclagem animal ganha relevância dentro das discussões sobre economia circular, destinação adequada de subprodutos e redução de impactos ambientais ao longo das cadeias produtivas.

Dados do Anuário da ABRA de 2024 mostram a dimensão econômica do setor. O Brasil ocupa atualmente a terceira posição entre os maiores exportadores mundiais de gorduras de animais terrestres e a quarta colocação no ranking de exportações de farinhas de origem animal. Os números reforçam a importância da atividade não apenas do ponto de vista ambiental, mas também como geradora de valor, renda e divisas para o país.

A presença de representantes de diferentes cadeias produtivas na diretoria da entidade reflete a complexidade do setor e a necessidade de articulação entre indústrias de proteína animal, recicladores e órgãos reguladores. “Como único representante da avicultura brasileira e paranaense na diretoria, a proposta é levar para a ABRA a força do nosso setor. Por isso, fico feliz por contribuir para este trabalho”, afirmou Bongiorno, que atua como diretor da Unifrango e da Avenorte Guibon Foods.

A nova gestão será liderada por Pedro Daniel Bittar, reconduzido à presidência da ABRA. Também integram o Conselho Diretivo os vice-presidentes José Carlos Silva de Carvalho Júnior, Dimas Ribeiro Martins Júnior, Murilo Santana, Fabio Garcia Spironelli e Hugo Bongiorno. Já o Conselho Fiscal será composto por Rodrigo Hermes de Araújo, Wagner Fernandes Coura e Alisson Barros Navarro, com Vicenzo Fuga, Rodrigo Francisco e Roger Matias Pires como suplentes.

Com a nova configuração, a ABRA busca fortalecer o diálogo institucional, aprimorar práticas de reciclagem animal e ampliar a contribuição do setor para uma agropecuária mais eficiente e ambientalmente responsável.

Fonte: O Presente Rural com Unifrango
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Avicultura supera ano crítico e pode entrar em 2026 com bases sólidas para crescer

Após enfrentar pressões sanitárias, custos elevados e restrições comerciais em 2025, o setor mostra resiliência, retoma exportações e reforça a confiança do mercado global.

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O ano de 2025 entra para a história recente da avicultura brasileira como um dos anos mais desafiadores. O setor enfrentou pressão sanitária global, instabilidade geopolítica, custos de produção elevados e restrições comerciais temporárias em mercados-chave. Mesmo assim, a cadeia mostrou capacidade de adaptação, coordenação institucional e resiliência produtiva.

A ação conjunta do Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e de entidades estaduais foi decisiva para conter danos e recuperar a confiança externa. Missões técnicas, diplomacia sanitária ativa e transparência nos controles sustentaram a reabertura gradual de importantes destinos ao longo do segundo semestre, reposicionando o Brasil como fornecedor confiável de proteína animal.

Os sinais de retomada já aparecem nos números do comércio exterior. Dados preliminares indicam que as exportações de carne de frango em dezembro devem superar 500 mil toneladas, o que levará o acumulado do ano a mais de 5 milhões de toneladas. Esse avanço ocorre em paralelo a uma gestão mais cautelosa da oferta: o alojamento de 559 milhões de pintos em novembro ficou abaixo das projeções iniciais, próximas de 600 milhões. O ajuste ajudou a equilibrar oferta e demanda e a dar previsibilidade ao mercado.

Para 2026, o cenário é positivo. A agenda econômica global tende a impulsionar o consumo de proteínas, com a retomada de mercados emergentes e regiões em recuperação. Nesse contexto, o Brasil – e, em especial, o Paraná, líder nacional – está bem-posicionado para atender ao mercado interno e aos principais compradores internacionais.

Investimentos contínuos para promover o bem-estar animal, biosseguridade e sustentabilidade reforçam essa perspectiva. A modernização de sistemas produtivos, o fortalecimento de protocolos sanitários e a adoção de práticas alinhadas às exigências ESG elevam o padrão da produção e ampliam a competitividade. Mais do que reagir, a avicultura brasileira se prepara para liderar, oferecendo proteína de alta qualidade, segura e produzida de forma responsável.

Depois de um ano de provas e aprendizados, o setor está ainda mais robusto e inicia 2026 com fundamentos sólidos, confiança renovada e expectativa de crescimento sustentável, reafirmando seu papel estratégico na segurança alimentar global.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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