Avicultura
Exportações brasileiras de ovos superam 1,8 mil toneladas em novembro
Volume embarcado aumenta 5,8% em relação a 2024, enquanto receita alcança US$ 5,25 milhões, impulsionada por destinos de alto valor agregado como Japão e México.

As exportações brasileiras de ovos, incluindo in natura e processados, totalizaram 1.893 toneladas em novembro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 5,8% o total das exportações de ovos registradas no mesmo período do ano passado, com 1.789 toneladas.
Em receita, as exportações do setor totalizaram US$ 5,247 milhões em novembro, saldo 32,8% maior em relação ao décimo primeiro mês de 2024, com US$ 3,953 milhões.

Presidente da ABPA, Ricardo Santin: “Volumes exportados de ovos seguem em ritmo elevado frente ao praticado nos anos anteriores” – Foto: Mario Castello
No ano (janeiro a novembro), o total dos embarques do setor chegou a 38.637 toneladas, volume 135,4% maior em relação ao ano passado, com 16.414 toneladas.
Em receita, o total registrado até novembro chegou a US$ 92,130 milhões, saldo 163,5% maior em relação aos onze primeiros meses de 2024, com US$ 34,965 milhões.
Entre os principais destinos, o Japão ocupou a liderança em novembro, com 757 toneladas (+266,8% em relação ao ano anterior), seguido por México, com 284 toneladas (+51%), Chile, com 261 toneladas (-29,1%), Emirados Árabes Unidos, com 205 toneladas (-9,7%) e Uruguai, com 96 toneladas (-16,9%). “Volumes exportados de ovos seguem em ritmo elevado frente ao praticado nos anos anteriores, agora, com novos destinos de alto valor agregado, o que vem favorecendo a rentabilidade dos embarques”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Avicultura
Avicultura gaúcha reforça posição estratégica para o desenvolvimento econômico do estado e do Brasil
Setor sustenta milhares de empregos, mantém exportações expressivas e projeta crescimento para 2026.

A avicultura do Rio Grande do Sul encerra 2025 reafirmando sua força como uma das cadeias produtivas mais relevantes para a economia estadual e nacional. Mesmo diante de adversidades sanitárias que pressionaram o desempenho das exportações, o setor manteve estabilidade na produção, assegurou receita expressiva nas vendas internacionais e reforçou seu papel como motor de geração de emprego, renda e desenvolvimento regional.
Dados atualizados pela Associação Gaúcha de Avicultura e pelo Sindicato da Indústria de Produtos Avícolas do Estado do Rio Grande do Sul (Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav)/Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do RS (Sipargs)), com base em projeções da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e em análise do desempenho local, mostram que o Estado segue como destaque nacional no segmento. O Rio Grande do Sul permanece como o terceiro maior produtor e exportador de carne de frango do Brasil e líder nacional nas exportações de ovos em 2024, posição que deve manter o estado entre os principais exportadores de ovos no ano vigente.
Em 2025, o Estado deverá alcançar 802,2 milhões de aves abatidas, alta de 0,7% frente ao ano anterior, confirmando estabilidade produtiva em um cenário de pressão de mercado. As exportações de carne de frango devem somar 679,9 mil toneladas, queda moderada de 1,7%, muito inferior ao recuo superior a 10% inicialmente projetado após o registro da Influenza Aviária no RS. No faturamento, o setor deve encerrar o ano em US$ 1,2 bilhão, redução suave de 1,4% em relação a 2024, mantendo solidez econômica.
Para o presidente executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos, os resultados demonstram a competência técnica e a rápida resposta do setor, articulada com instituições estaduais e nacionais.
“Este ano ficará registrado como uma grande demonstração de resiliência da avicultura gaúcha. Mesmo diante de embargos importantes e desafios sanitários que poderiam ter causado impactos muito maiores, conseguimos preservar a produção, manter empregos e proteger mercados estratégicos. A atuação conjunta com a ABPA, o Ministério da Agricultura e o Governo do Estado foi fundamental para superar os momentos mais críticos e assegurar estabilidade para o setor”, afirma.
O segmento de ovos também mantém contribuição fundamental ao desempenho estadual: a produção deve alcançar 3,4 bilhões de unidades em 2025, incremento de 2,4% sobre o ciclo anterior. Embora o volume exportado tenha recuado 6,1%, reflexo de restrições sanitárias em mercados como o Chile, a valorização global do produto compensou a queda e impulsionou o faturamento, que deve chegar a US$ 22,5 milhões, avanço expressivo de 31,9% em comparação com 2024.
Projeção positiva para 2026
Com elevada participação no agronegócio e impacto direto nas economias municipais, a avicultura gaúcha segue essencial para manter o Brasil entre os maiores supridores mundiais de proteína animal. A expectativa para 2026 é de recuperação ainda mais intensa nas exportações: crescimento entre 3% e 4% na carne de frango e entre 20% e 30% no segmento de ovos.
Santos reforça o otimismo. “Estamos muito confiantes de que 2026 será um ano de retomada vigorosa, com expansão das exportações de carne de aves e novos avanços no segmento de ovos, impulsionados por investimentos em modernização, competitividade industrial e biosseguridade”, disse.
Com resultados consistentes mesmo em meio a adversidades, o setor encerra 2025 com resiliência comprovada e preparado para um novo ciclo de crescimento, mantendo o Rio Grande do Sul em posição estratégica no mercado global de proteína animal.
Avicultura
Mercado de ovos tem pequenas oscilações nas principais praças
Levantamento do Cepea aponta ajustes discretos no branco e no vermelho, sem mudanças relevantes no cenário nacional.

Os preços dos ovos apresentaram oscilações moderadas nesta sexta-feira (05), de acordo com os dados do Cepea. O destaque do dia foi Recife (PE), onde o ovo branco subiu 2,16%, alcançando R$ 128,40 por caixa, enquanto o vermelho ficou praticamente estável, cotado a R$ 155,00, com leve variação negativa de 0,02%.
Nas demais regiões acompanhadas, predominou a estabilidade ou pequenas quedas. Em Bastos (SP), referência nacional, o ovo branco encerrou o dia a R$ 129,00 (queda de 0,01%) e o vermelho a R$ 144,66 (recuo de 0,01%).
Na Grande Belo Horizonte (MG), o branco registrou leve baixa de 0,02%, ficando em R$ 139,36, enquanto o ovo vermelho manteve o preço em R$ 151,76.
A Grande São Paulo apresentou estabilidade para ambos os tipos: R$ 136,02 no ovo branco e R$ 149,66 no vermelho.
Em Santa Maria de Jetibá (ES), praça importante do Espírito Santo, houve pequenas quedas: o ovo branco recuou 0,02%, para R$ 136,56, e o vermelho caiu 0,03%, ficando em R$ 144,47.
Avicultura
Carne de frango recua após três meses de avanço
Queda em novembro foi puxada pela oferta elevada de frango vivo e pela demanda mais fraca na segunda quinzena, enquanto o setor se divide sobre o rumo dos preços no fim do ano.

Os preços da carne de frango caíram em novembro, interrompendo três meses seguidos de alta, apontam levantamentos do Cepea.
De acordo com agentes consultados pelo Centro de Pesquisas, a maior disponibilidade de frango vivo para abate ao longo do mês acabou elevando a oferta de carne no mercado atacadista.
Além disso, o movimento sazonal de enfraquecimento da demanda na segunda quinzena do mês causou queda nos valores no período – o que pressionou a média mensal.
No atacado da Grande São Paulo o frango inteiro congelado teve média de R$ 7,77/kg em novembro, baixa de 2,1% frente à de outubro.
Para as próximas semanas, as expectativas de colaboradores do Cepea são divergentes. Uma parte do setor está otimista e à espera de reações nos preços, fundamentados no possível aquecimento na venda de aves neste período de final de ano.
Outros agentes, porém, estão atentos à oferta de animal vivo acima da procura, que tenderia a manter o mercado da carne pressionado.



