Conectado com

Notícias Mercado

Exportação de milho do Brasil acumula 2 mi t e supera soja na 1ª semana de agosto

Média diária de embarques de milho passou de 332,8 mil toneladas em agosto de 2019 para 408,5 mil toneladas nos cinco primeiros dias úteis deste mês

Publicado em

em

Divulgação/AENPr

As exportações brasileiras de milho alcançaram 2 milhões de toneladas na primeira semana de agosto e superaram os embarques de soja no período, conforme dados do governo federal divulgados na segunda-feira (10), à medida que avança a colheita da segunda safra do cereal no país. A média diária de embarques de milho passou de 332,8 mil toneladas em agosto de 2019 para 408,5 mil toneladas nos cinco primeiros dias úteis deste mês, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Na soja, as exportações somaram 1,59 milhão de toneladas na primeira semana do mês, com média diária de 318,7 mil toneladas, ante 227,5 mil em agosto do ano passado.

A colheita da safrinha de milho já ultrapassou 90% da área em Mato Grosso e um terço das lavouras do Paraná, os dois principais Estados produtores do cereal, aumentando a disponibilidade do grão para exportação. Com o avanço dos trabalhos, a expectativa é que os embarques se intensifiquem ao longo do segundo semestre. Os embarques de milho devem agora ganhar ritmo, após o Brasil exportar volumes recordes de soja no primeiro semestre, o que reduziu a disponibilidade da oleaginosa.

Outro destaque entre as commodities ficou com o açúcar, cujas vendas externas mais que dobraram na primeira semana de agosto, com alta de 127% na média diária de embarques para 164 mil toneladas. Em cinco dias úteis, o país exportou 820 mil toneladas do adoçante.

O ritmo de exportação de café verde aumentou 50,9%, para 12,9 mil toneladas ao dia, acumulando 64,8 mil toneladas (1,08 milhão de sacas de 60 kg) na parcial deste mês.

Na indústria extrativa, petróleo acumulou 1,67 milhão de toneladas exportadas na primeira semana de agosto, com média diária de 335,2 mil toneladas ante 216,5 mil em agosto do ano passado.

A média de embarques do minério de ferro saiu de 1,5 milhão de toneladas em agosto de 2019 para 1,64 milhão, totalizando 8,2 milhões de toneladas neste mês.

Fonte: Reuters

Notícias

Exportações ao mercado dos EUA começam a reagir

Liberação de tarifas impulsiona retomada tímida nos embarques, mas agro ainda sente ritmo lento.

Publicado em

em

Foto: Claudio Neves/ Portos do Paraná

Os impactos das tarifas impostas pelos Estados Unidos começam a mostrar mudanças no ritmo das exportações brasileiras. No dia 13 de novembro, entrou em vigor a isenção para a alguns produtos agrícolas enviados ao mercado americano. A liberação vale para carne bovina, café, suco de laranja e frutas como manga, açaí, castanhas, banana e mamão. Já itens como sebo bovino, uva, café solúvel, pescados e mel permanecem tarifados.

Mesmo recente, a medida já reflete nos números. As exportações totais do Brasil para os EUA voltaram a crescer após meses de queda, atingindo US$ 2,66 bilhões, um avanço de 19% em relação a outubro. Ainda assim, o resultado segue 28% abaixo do registrado em novembro do ano passado.

No agronegócio, porém, o movimento ainda é tímido. As vendas do setor somaram US$ 643 milhões, queda de 57% na comparação anual e retração de 7,7% frente ao mês anterior. A expectativa é de que, com a retirada das tarifas para grande parte dos produtos, o fluxo de embarques volte a ganhar ritmo nas próximas semanas, especialmente pela importância do mercado americano para diversas cadeias do agro.

Fonte: O Presente Rural com informações Consultoria Agro Itaú BBA
Continue Lendo

Notícias

Novas regras reforçam estabilidade e reduzem entraves no meio rural

Medidas recentes trazem mais segurança jurídica, clareza fundiária e agilidade na contratação de mão de obra no campo.

Publicado em

em

Foto: Roberto Dziura Jr

O Senado e a Câmara dos Deputados aprovaram, na noite de terça-feira (09), ações que garantem segurança jurídica e agilidade no meio rural. As medidas envolvem a tese do Marco Temporal, a ratificação de registros imobiliários na Faixa de Fronteira e o direito a benefícios sociais dos trabalhadores safristas.

O Sistema Faep, junto com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), teve atuação direta na construção das propostas dos três temas, que traz segurança jurídica, agilidade e assertividade para o produtor rural e para as tarefas no meio rural. “Esses três temas são de fundamental importância para o meio rural, que há tempos o Sistema Faep tem trabalhado para garantir o direito do nosso produtor rural. Com a aprovação destas medidas, acreditamos na estabilidade e segurança jurídica no meio rural, permitindo que nossos agricultores e pecuaristas possam trabalhar”, destaca o presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette.

Os senadores votaram pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 48/2023 para incluir a tese do Marco Temporal, que estabelece que os indígenas só têm direito às terras que ocupavam na data da promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988. O texto da proposta tem um único dispositivo, que inclui no artigo 231 da Constituição a previsão do “Marco Temporal de 5 de outubro de 1988” para fins de garantia da “posse permanente” dos territórios aos indígenas.

Foto: Pixabay

O texto segue para a Câmara dos Deputados. “Esse é um tema fundamental e que precisa ser resolvido em definitivo. Afinal, não podemos admitir que um tema tão crucial como o Marco Temporal permaneça em uma eterna instabilidade jurídica. A lei é resultado de um amplo debate e deve ser respeitada para assegurar estabilidade ao produtor rural e ao setor agropecuário”, afirma Meneguette. “A Lei do Marco Temporal assegura objetividade e segurança jurídica tanto para a demarcação de terras indígenas quanto para a proteção do patrimônio dos produtores rurais”, complementa.

Ainda no Senado, os parlamentares aprovaram o Projeto de Lei 715/2023, que compatibiliza a percepção de benefícios sociais com a celebração de contratos de safra. A proposta corrige uma defasagem de mão de obra na colheita, já que muitos trabalhadores preferem não formalizar a contratação de curta duração em detrimento do Bolsa Família. O texto segue para análise na Câmara dos Deputados.

Já na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 4497/2024, de autoria do deputado Tião Medeiros (PP-PR), foi aprovado. A proposta corrige entraves antigos e dá previsibilidade a proprietários que há décadas enfrentavam incertezas sobre a titularidade de imóveis em regiões fronteiriças. O projeto segue agora para sanção presidencial.

Entre as principais mudanças do novo marco está a fixação do prazo de 15 anos para que os proprietários solicitem a averbação da ratificação. No caso de imóveis com mais de 2,5 mil hectares, a regularização dependerá de manifestação do Congresso Nacional, considerada tácita, se não houver deliberação em até dois anos.

O projeto também atualiza as regras de georreferenciamento, que passa a ser obrigatório apenas a partir de 31 de dezembro de 2028. Para imóveis de até quatro módulos fiscais, o prazo só valerá após regulamentação do Poder Executivo. “Todas essas medidas são fundamentais para o setor agropecuário, pois terminam com entraves históricos e modernizam etapas que geravam dúvidas e insegurança jurídica no meio rural”, reforça o presidente do Sistema Faep.

Fonte: Assessoria Sistema Faep
Continue Lendo

Notícias

Agro brasileiro mira expansão com possível acordo entre Mercosul e Emirados Árabes

Setor aposta em novos mercados no Oriente Médio, mas mantém atenção ao tarifaço dos EUA e aos riscos econômicos para 2026.

Publicado em

em

Fotos: Claudio Neves/Portos do Paraná

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) avalia que o acordo de livre comércio entre Mercosul e Emirados Árabes Unidos, caso seja concluído, pode ampliar não só as exportações brasileiras para o país do Golfo, mas também para outros mercados árabes. A avaliação foi feita pela diretora de Relações Internacionais da entidade, Sueme Mori, durante coletiva online realizada na terça-feira (09), na qual a CNA apresentou o balanço de 2025 e as projeções para 2026.

Segundo Mori, o agronegócio brasileiro mantém um “relacionamento estável” com os países do Oriente Médio e do Norte da África. Ela destacou que os Emirados Árabes funcionam como um importante polo de distribuição e reexportação, o que tende a abrir portas para outros destinos da região.

Embora tarifas não sejam o maior entrave, a diretora explicou que um acordo comercial ajuda a destravar outros tipos de barreiras, melhora o ambiente de negócios e cria condições para ampliar o acesso dos produtos brasileiros. “É uma região que depende muito da importação de alimentos, e nós, como maior exportador líquido de alimentos do mundo, temos grande interesse em avançar. A diversificação de mercados e produtos é prioridade para o Brasil e para a CNA”, afirmou.

Mori também ressaltou que o Mercosul tem ampliado sua agenda de negociações com outros países. Para ela, a entrada dos Emirados nesse processo “traz expectativa muito positiva”. Ainda assim, ponderou que 2026 pode trazer desafios: caso os Estados Unidos mantenham a taxação de 40% sobre produtos brasileiros, o impacto pode chegar a US$ 2,7 bilhões ao longo do ano. Até novembro de 2025, porém, o agro brasileiro conseguiu crescer 1,7% nas exportações, mesmo sob o tarifaço.

Produção recorde e desafios internos

O presidente da CNA, João Martins, destacou que o país atingiu neste ano uma safra recorde de 354,8 milhões de toneladas de grãos, apesar da restrição de crédito e dos problemas climáticos. Para ele, o próximo passo é ampliar a capacidade produtiva e exportadora.

O diretor técnico da entidade, Bruno Lucchi, listou os principais pontos de atenção para 2026: Selic ainda alta, dívida pública crescente, insegurança jurídica, ano eleitoral e efeitos dos fenômenos climáticos La Niña (já em andamento) e El Niño (esperado para o próximo ano).

Segundo ele, o cenário pode dificultar cortes de gastos e pressionar a inflação, o que impactaria produtores e atrasaria a queda dos juros. A expectativa da CNA é que a Selic termine 2026 em 12,25% ao ano — ainda elevada.

Lucchi também alertou para o aumento da inadimplência entre produtores e observou que muitos deles têm recorrido ao próprio capital para manter investimentos no campo.

Fonte: O Presente Rural com informações ANBA
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.