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Expoqueijo Brasil tem recorde de inscritos; 410 produtores vão participar do concurso internacional

Candidatos de nove países concorrem ao título de “Super Ouro” na competição que será realizada em Minas Gerais.

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Foto: Divulgação

A Expoqueijo Brasil – Araxá International Cheese Awards – encerrou as inscrições para o principal concurso internacional de queijos do país, que será realizado durante o evento, entre os dias 24 e 27 de agosto, na cidade mineira de Araxá. Neste ano, 410 produtores inscreveram seus produtos. Mil e trezentos queijos de nove países (Brasil, Itália, Suíça, Canadá, México, Uruguai, Peru Argentina e Nigéria) vão participar da competição que garante ao grande vencedor o título de “Super Ouro”.

“Nos últimos dois anos, tivemos queijos italianos como os grandes vencedores, mas sempre com os brasileiros se destacando com notas altíssimas. Nossa expectativa com esse novo recorde de inscritos é de que teremos uma competição ainda mais acirrada”, aposta a organizadora do evento, Maricell Hussein.

O concurso contemplará cerca de 50 categorias de queijos de leite de vaca, cabra, ovelha, búfala, bem como a mistura de espécies. Somadas prova e contraprova, o evento terá em julgamento mais de duas toneladas de queijos artesanais certificados. Para o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Thales Fernandes, o interesse dos produtores nacionais e internacionais demonstra a força de Minas Gerais como referência mundial no segmento. “Pela primeira vez, temos uma instituição brasileira atuando como curadora de um concurso internacional, que é o Instituto de Laticínio Cândido Tostes (ILCT), vinculado à Epamig. O nível de competitividade é alto, com a participação de produtos devidamente regularizados. A combinação de todos esses elementos, incluindo o treinamento dos jurados de forma organizada e técnica, tem contribuído para elevar o nível da competição, que tem apresentado um crescimento ao longo dos anos. Esse progresso se refletiu no aumento do número de inscrições, demonstrando a confiança dos produtores no trabalho que está sendo conduzido, sob a liderança da Secretaria de Agricultura”, destaca.

Curadoria
A partir deste ano, o Instituto de Laticínios Cândido Tostes (Epamig ILCT) assume a curadoria do Concurso Internacional da ExpoQueijo Brasil 2023 ¬- Araxá International Cheese Awards. A metodologia desenvolvida pelo órgão, vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, vai permitir que o país realize, em agosto, o primeiro concurso internacional de queijo genuinamente brasileiro.

O sistema permitirá ao corpo de jurados, com mais de 200 especialistas, dar notas a atributos sensoriais dos queijos inscritos no concurso. Serão avaliados o aspecto global, cor, textura, odor, aroma, consistência e sabor. Para cada quesito há um peso, o que permitirá chegar a uma nota final. As premiações consistem em primeiro colocado (ouro), segundo (prata) e terceiro (bronze), classificados por categoria, sendo ainda premiado um queijo com a honraria máxima (Super Ouro).

Entrega dos Queijos
Os queijos (prova e contraprova) podem ser enviados via endereçamento postal, transportadora ou entregues em mãos à comissão organizadora. Há pontos de coleta em cidades brasileiras e na Itália. A relação completa você encontra no site oficial do evento. “É importante ressaltar que as amostras devem ser encaminhadas devidamente embaladas e acondicionadas em recipientes que protejam sua integridade. Sugerimos que, além da embalagem, sejam colocados dois sacos plásticos transparentes e a ficha dentro da segunda embalagem, evitando o extravio e umidade”, orienta Maricell.

A data limite para chegada dos queijos enviados via endereçamento postal é dia 19 de agosto. As amostras devem ser entregues até as 11h. A entrega dos queijos em mãos para a comissão organizadora ocorrerá no dia 24 de agosto, no local do evento, de 9h às 14h. Não serão recebidos queijos após este horário.

Outras atrações

Além do Concurso Internacional, a ExpoQueijo Brasil 2023 – Araxá International Cheese Awards – conta com uma Feira Internacional de Negócios com cem estandes que valorizam o consumo de produtos da agricultura familiar. O Fórum Internacional de Produtos da Agricultura Familiar desenvolve uma agenda de palestras, conferências e mesas de debate sobre inovações, métodos e práticas para melhorar a qualidade e agregar valor comercial ao queijo artesanal regularizado, entre outros produtos da gastronomia rural. A vila gastronômica e cultural promove uma experiência sensorial na degustação de queijos artesanais harmonizados com outras iguarias da culinária regional. Uma celebração dos sabores e da cultura, com música ao vivo, mostras e exposições.

ExpoQueijo Brasil

Principal evento do segmento no país, a ExpoQueijo Brasil 2023 – Araxá International Cheese Awards tem reconhecimento e participação dos principais países produtores, atraindo a atenção da comunidade internacional, de especialistas e da imprensa. O encontro conta com uma grande estrutura montada no pátio principal e nos luxuosos salões do Grande Hotel e Termas de Araxá, patrimônio cultural e histórico de Minas Gerais.

Neste ano, a ExpoQueijo será realizada entre os dias 24 e 27 de agosto com impacto nas áreas de turismo, varejo, agropecuária, logística, indústria alimentícia e de suprimentos e relações internacionais.

O evento é realizado pela Bonare Eventos, com o patrocínio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio da Superintendência Federal de Agricultura MG, Sistema Ocemg, Faemg Senar, ITA – Italian Trade Agency, Sicoob Crediara e McCain. São parceiros da ExpoQueijo, o Governo de Minas, por meio da Seapa e de suas vinculadas, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Prefeitura de Araxá, Aqmara e Amiqueijo. A curadoria é do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), órgão ligado à Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).

Fonte: Assessoria

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Instabilidade climática atrasa plantio da safra de verão 2025/26

Semeadura avança lentamente no Centro-Oeste e Sudeste devido à má distribuição das chuvas e períodos secos, segundo dados do Itaú BBA Agro.

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Foto: Sistema Faep

O avanço do plantio da safra de verão 2025/26 tem sido afetado por condições climáticas instáveis em diversas regiões do país. De acordo com dados do Itaú BBA Agro, os estados do Centro-Oeste e Sudeste registraram os maiores atrasos, reflexo da combinação entre pancadas de chuva isoladas, má distribuição das precipitações e períodos prolongados de estiagem. O cenário manteve os níveis de umidade do solo abaixo do ideal, dificultando o ritmo da semeadura até o início de novembro.

Enquanto isso, outras regiões apresentaram desempenho distinto. As chuvas mais intensas ficaram concentradas entre Norte e Sul do Brasil, com destaque para o centro-oeste do Paraná, oeste de Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul, onde os volumes superaram 150 mm somente em outubro. Nessas áreas, o armazenamento hídrico mais elevado favoreceu o avanço do plantio, embora episódios de granizo e temporais tenham provocado prejuízos em algumas lavouras. A colheita do trigo também sofreu atrasos e, em determinados pontos, perdas de qualidade.

Foto: José Fernando Ogura

No Centro-Oeste, a distribuição das chuvas variou significativamente ao longo de outubro. Regiões como o noroeste e o centro de Mato Grosso, além do sul de Mato Grosso do Sul, receberam volumes acima de 120 mm, enquanto outras áreas não ultrapassaram os 90 mm. Somente no início de novembro o padrão começou a mostrar maior regularidade.

No Sudeste, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo registraram precipitações que ajudaram a recompor a umidade do solo. Minas Gerais, por outro lado, enfrentou acumulados abaixo da média — especialmente no Cerrado Mineiro, onde outubro terminou com menos de 40 mm de chuva. Com a retomada das precipitações em novembro, ocorreu uma nova florada do café, embora os efeitos da estiagem prolongada continuem gerando preocupação entre produtores.

O comportamento irregular das chuvas segue como fator determinante para o ritmo da safra e mantém o setor em alerta para os próximos meses.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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Mercado da soja inicia novembro com preços instáveis e influência do cenário internacional

Oscilações refletem exportações brasileiras em alta, avanço do plantio e incertezas sobre o acordo China–EUA, aponta análise da Epagri/Cepa.

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Foto: Daiane Mendonça

O mercado da soja entrou novembro sob influência de uma combinação de fatores internos e externos que têm gerado oscilações nos preços e incertezas quanto ao comportamento da demanda global. Em Santa Catarina, conforme o Boletim Agropecuário elaborado pela Epagri/Cepa, a média mensal paga ao produtor em outubro registrou leve recuo de 0,6%, fechando o mês em R$ 124,19 a saca.

Já no início de novembro, até o dia 10, há indicação de recuperação: a média estadual subiu para R$ 125,62/sc, movimento influenciado principalmente pelo comportamento das exportações brasileiras e pelas notícias vindas do mercado internacional.

Foto: Claudio Neves

A elevação dos embarques do Brasil em outubro, 6,7 milhões de toneladas, com volume acumulado superior a 100 milhões de toneladas em 2025, ajudou a firmar as cotações internas. Ao mesmo tempo, o anúncio da retomada das importações de soja dos Estados Unidos pela China e os avanços no acordo comercial entre os dois países impulsionaram os contratos futuros em Chicago (CBOT), com reflexos imediatos nos preços no Brasil.

A análise é do engenheiro-agrônomo Haroldo Tavares Elias, da Epagri/Cepa, que classifica o momento como de viés misto, com o mercado reagindo de forma alternada a notícias de estímulo e pressão.

Fatores que influenciam mercado 
Segundo o boletim, fatores de baixa predominam no curto prazo, puxados principalmente pela lentidão nas negociações internas no Brasil, pelo avanço do plantio da nova safra e pela sinalização do acordo China–EUA. Esse movimento pressiona o mercado brasileiro, ao mesmo tempo que fortalece o mercado americano e sustenta as cotações em Chicago.

1. Mercado internacional
Dados de USDA, CBOT, Esalq-Cepea, Investing.com e Bloomberg, compilados pela Epagri/Cepa, apontam:

Foto: Claudio Neves

Fatores de alta:

  • Importações recordes da China em outubro, 9,48 milhões de toneladas, majoritariamente provenientes da América Latina;
  • Recuperação da CBOT por quatro semanas consecutivas.

Fatores de baixa:

  • Falta de confirmação pela China da compra de 12 milhões de toneladas dos EUA;
  • Retomada das importações chinesas de soja americana, reduzindo o espaço para o produto brasileiro;
  • Negociações internas mais lentas no Brasil, o ritmo mais baixo em quatro anos;
  • Correção técnica de estocásticos e realização de lucros após sequência de altas em Chicago.

2. Oferta e mercado interno

Fatores de alta:

  • Exportações brasileiras mantêm ritmo forte;
  • Estruturação da presença chinesa no Brasil, com ampliação de operações, incluindo um novo escritório no Mato Grosso.

Fatores de baixa:

  • Pressão sobre os preços internos, com queda de 1,4% em outubro.

3. Safra e clima
Fatores de baixa:

  • Plantio avançado, com 47% da safra já implantada, reforçando a expectativa de safra recorde entre 177 e 180 milhões de toneladas no

    Foto: Claudio Neves

    ciclo 2025/26;

  • Produtores nos EUA voltaram a vender após as recentes altas, aumentando a oferta global no curto prazo.

Acordo China-EUA 
Embora o mercado tenha reagido às declarações do governo dos Estados Unidos sobre um novo acordo com a China envolvendo a compra de soja, não houve confirmação por parte dos chineses até 12 de novembro, ressalta a Epagri/Cepa. Caso confirmado, o pacto poderia redirecionar parte da demanda da China para a soja americana, reduzindo o volume destinado ao Brasil.

Contudo, a proximidade da entrada da nova safra brasileira — combinada com o calendário já avançado para novembro, torna improvável a formalização do acordo ainda este ano. Por isso, a tendência, segundo a análise, é que a China siga priorizando a soja brasileira nas próximas semanas.

Fonte: O Presente Rural
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Santa Catarina mantém 93% das lavouras de milho em boa condição no início da safra

Epagri/Cepa registra avanço consistente do plantio, com alertas para falhas de germinação e manejo fitossanitário.

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Foto: Shutterstock

O avanço do plantio do milho em Santa Catarina, que já alcança 92% da área prevista para a safra de verão 2025/2026, confirma um início de ciclo predominantemente positivo no estado, mas acompanhado de sinais de alerta pontuais. Segundo o Boletim Agropecuário da Epagri/Cepa, 93% das lavouras são classificadas como boas, um indicador robusto para o período, porém a evolução do desenvolvimento apresenta nuances importantes entre as microrregiões produtoras.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

De maneira geral, o estabelecimento das plantas ocorreu dentro do esperado, com solo apresentando boa umidade e clima favorável nas principais áreas de produção. Ainda assim, a distribuição das chuvas definiu comportamentos distintos entre as regiões, influenciando estandes, sanidade e andamento dos tratos culturais.

No Alto Vale do Itajaí, onde 90% das lavouras estão em boas condições, o desenvolvimento vegetativo é satisfatório, com umidade adequada e apenas focos pontuais de percevejos e cigarrinha. Situação semelhante aparece em Campos de Lages, Planalto Norte e Concórdia, todas com 100% das lavouras avaliadas como boas, apresentando germinação regular, plantas sadias e baixa pressão de pragas. Em Concórdia, inclusive, as primeiras áreas já entraram em floração.

Outras regiões apresentam ritmos distintos. Em Joaçaba, por exemplo, parte das áreas atrasou o plantio devido ao excesso de chuva, e os técnicos registraram ocorrências de percevejo, lagarta e tripes. Já no Litoral Norte, apesar de 100% de condição boa, o excesso de precipitação provocou falhas de germinação, especialmente em lavouras entre os estádios V3 e V8.

No Oeste, regiões importantes para o milho catarinense também mostram realidades variadas. Chapecó/Xanxerê registra 90% das

Foto: Gessí Ceccon

lavouras em boas condições, com plantas em V6 e crescimento favorecido por radiação solar. Em São Miguel do Oeste, o plantio já está finalizado, com início de floração e controle de cigarrinha e ervas daninhas em andamento; 94% das lavouras são classificadas como boas.

O extremo Sul do estado, por sua vez, vem sendo impactado por chuvas intensas. Ainda que 98% das áreas apresentem condição boa, os agrônomos alertam para os efeitos acumulados da umidade elevada nas fases seguintes do desenvolvimento. Em Curitibanos, a semana chuvosa também impôs ajustes no cronograma de tratos culturais, embora as lavouras sejam avaliadas como boas a ótimas.

No cenário estadual, a cigarrinha-do-milho continua sob vigilância, embora com baixa incidência até o momento. A manutenção de condições de sanidade dependerá do monitoramento contínuo e da disciplina no manejo fitossanitário, especialmente em áreas com histórico de enfezamento e maior pressão de insetos.

A Epagri/Cepa reforça que, apesar dos pontos de atenção, o potencial produtivo da safra é positivo. Os próximos dias, marcados pelo comportamento das chuvas e pela manutenção de temperaturas adequadas, serão decisivos para consolidar esse cenário. Se as condições atuais persistirem, Santa Catarina tende a iniciar a colheita com nível elevado de desempenho agronômico e produtivo.

Fonte: O Presente Rural
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