Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias

Expodireto Cotrijal:Ex-ministros debatem o agronegócio

Publicado em

em

Roberto Rodrigues, Luis Carlos Guedes Pinto e Francisco Turra, ex-ministros da Agricultura, debateram sobre panorama e perspectivas do agonegócio brasileiro, no segundo dia da 16ª Expodireto Cotrijal.

O encontro contou ainda com a presença do vice-governador e secretário de Agricultura do RS

"Panorama e perspectivas do agronegócio brasileiro na visão de líderes do setor", esse foi o tema central que norteou a conversação entre três ex-ministros da agricultura, durante o Fórum Itinerante do Agronegócio Brasileiro. Luis Carlos Guedes Pinto, Roberto Rodrigues e Francisco Turra expuseram as potencialidades e os principais entraves e gargalos do Brasil em relação a produção, comercialização e legislação. Estiveram presentes também, o vice-governador José Paulo Cairoli, o Secretário da Agricultura do RS Ernani Polo, e o Secretário de Desenvolvimento Rural do RS Tarcísio Minetto.

Na abertura, o presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, destacou que o Fórum Itinerante enriquece a Expodireto, mostrando a preocupação em continuar inovando. "Vivemos um momento conturbado, tanto politicamente, quanto economicamente. E eu sempre digo, precisamos ouvir os mais experientes para saber o melhor caminho para tomar. Nesse momento é importantíssimo ouvirmos esses três ministros que tem uma vasta experiência e uma vida em defesa ao agronegócio brasileiro", mencionou.

Cairoli, por sua vez, destacou a boa safra que está por vir, a alta produtividade e a importância do setor para a economia nacional. "Sabemos que vivemos um momento turbulento econômico, mas, nós como produtores temos essa capacidade de superação", expressou o vice-governador. O Secretário da Agricultura exaltou o esforço, trabalho e dedicação da Cotrijal em realizar a Expodireto e o debate entre os ex-ministros. "Estamos buscando trabalhar em sintonia com setor produtivos do Estado, buscando potencializar cada vez mais o setor primário. Os desafios são enormes, mas o potencial, a qualidade, a vocação e o dom da nossa gente, nos dá esperança e traz expectativas que possamos superar os problemas, principalmente, fora da porteira", afirmou Polo.

A prefeita de Não-Me-Toque, Teodora Lutkemeyer, pontuou que a Expodireto Cotrijal é uma referência, principalmente, pelos debates, discussões e temáticas relacionadas às políticas públicas do agronegócio.

Autoridades no assunto

Turra falou sobre a proteína animal e disse que o principal desafio dos produtores brasileiros é investir em sanidade e agregar valor aos produtos. Segundo ele, a cotação de mercadorias brasileiras no mercado externo é excelente e há muito espaço para ser ocupado. "Uma feira como essa é uma pós-graduação do tamanho do mundo. A dádiva de Deus é o solo, o clima, a semente, ou seja, é tudo o que nós temos e muitos países não tem. E as possibilidades são imensas", ponderou o ex-ministro.

Para Luis Carlos Guedes Pinto, que foi o titular do Ministério da Agricultura entre 2006 e 2007 a sanidade no Brasil é muito frágil e o país precisa tornar-se independente na produção de fertilizantes agrícolas. Atualmente o Brasil caminha para ser o maior produtor de alimentos do mundo e importa 70% dos fertilizantes que utiliza. E concorda com Francisco Turra quando diz que outro desafio é agregar valor nos produtos brasileiros. "O Brasil é muito mais comprado do que vende produtos. Nos falta organização de pensar o futuro da agricultura brasileira e qual o caminho que queremos seguir para que esse sucesso da agricultura possa se refletir no bem-estar da coletividade brasileira", destacou.

Roberto Rodrigues avançou no debate, elencando ainda a necessidade urgente de uma estratégia de segurança alimentar no país. Ele apontou que em 2050 serão nove bilhões de habitantes no mundo. "Em função disto será necessário aumentar a produção de alimentos em 70%", expôs o ex-ministro. O Brasil precisa ainda, segundo Rodrigues, vencer os obstáculos em logística, política de renda no campo, e políticas comerciais, buscando acordos bilaterais que fortaleçam o comércio dos produtos brasileiros no mercado internacional.

Fonte: Ass. Imprensa da Expodireto

Continue Lendo

Notícias

Cotações do milho iniciam setembro em alta

Reação dos preços é impulsionada pela demanda externa e recompra de fundos, enquanto a colheita avança nos EUA e a oferta interna no Brasil segue restrita.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após registrar três meses seguidos de queda, as cotações do milho iniciaram o mês de setembro em alta na bolsa de Chicago. No Brasil, os preços seguem em trajetória de alta em setembro, após terem subido 4% em agosto na praça de Campinas (SP).

A colheita do milho iniciou nos EUA, com bom ritmo registrado na primeira semana. A demanda externa pelo milho brasileiro se aqueceu no último mês, porém segue abaixo do ritmo registrado no ano passado.

Balanço global de milho, em milhões de toneladas. Fonte: USDA.

A safra americana seguiu se desenvolvendo bem, mas nesse início de setembro, um movimento de recompra dos fundos (que ainda seguem bem vendidos) e uma boa demanda pelo grão dos EUA ajudou a valorizar o cereal. Apesar disso, a expectativa de grande safra americana deve moderar o movimento de alta da CBOT.

A valorização externa somada à depreciação do real resulta em elevação da paridade de exportação, que acaba levando de carona os preços internos. Além disso, os produtores seguem comercializando o milho em ritmo mais lento e limitando a oferta disponível, acompanhando o desenvolvimento do clima nas regiões produtoras de milho 1ª safra. Nos primeiros dez dias de setembro, o cereal em Campinas (SP) apresentou valorização de 4%, para R$ 62/saca.

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os americanos já colheram 5% dos campos com o cereal, contra 4% do ano passado e 3% da média das últimas cinco safras. O estado mais adiantado é o Texas, onde o plantio começa mais cedo e 75% da colheita já foi concluída. Em Illinois, 2% dos campos foram colhidos enquanto em Indiana, 1%.

De acordo coma Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os embarques em agosto somaram 6 MM t, quase o dobro das 3,6 MM t exportadas em julho. Contudo, na soma do ano comercial fev-ago, a exportação de milho está 31% abaixo de 2023. A menor oferta interna, ausência da China no mercado internacional e maior competitividade do milho americano ajudam a explicar o movimento.

 

Balanço interno de milho, em milhões de toneladas. Fonte: USDA, Secex, Itaú BBA.

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA
Continue Lendo

Notícias Com R$ 44,6 milhões do Fundo Clima

BNDES financia produção sustentável da Cooperativa Agrária no Paraná

Cooperativa vai substituir caldeira a lenha por uma mais moderna e sustentável, a cavaco e resíduo agroindustrial, e expandir a estocagem de resíduos de cereais.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 44,6 milhões, por meio do Fundo Clima, à Cooperativa Agrária Agroindustrial para substituição da caldeira da indústria de óleo em Guarapuava (PR) a lenha por uma mais moderna e sustentável, a cavaco e resíduo agroindustrial, e para a expansão da estocagem de resíduos de cereais.

A unidade fornece matéria-prima para refinarias de óleo de soja, indústrias de margarinas, biodiesel, entre outros produtos que abastecem empresas do mercado interno e de exportação. A fábrica também produz farelo de soja para as indústrias de nutrição animal, tanto no Brasil quanto no exterior.

Com 30 anos de uso, a atual caldeira da fábrica não foi projetada para consumir resíduos de cereais. A substituição por uma mais moderna reduzirá o custo de frete, além de reduzir o preço da tonelada de vapor com o consumo de recurso disponível na própria unidade. O objetivo é queimar todo resíduo cereal produzido em Guarapuava, o que corresponde a cerca de 5 mil toneladas por ano.

Também serão instalados silos para armazenamento de 500 toneladas de resíduos finos de cereais, além da implantação de sistema de recepção, moagem e armazenagem.

“Com a modernização para maior eficiência energética e redução de custos operacionais, a cooperativa deixará de emitir 582 toneladas de CO2 por ano. Esse é o objetivo do Fundo Clima no governo do presidente Lula: um importante instrumento de investimento em projetos de sustentáveis e que visem a descarbonização no país”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“O projeto atende às diretrizes da nova política industrial, que visa o desenvolvimento da bioeconomia, a descarbonização e a transição energética”, explica o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon.

Fundo Clima ‒ O financiamento na modalidade Transições Energéticas se alinha aos objetivos de apoiar a aquisição de máquinas e tecnologia para reduzir emissões de gases do efeito estufa. Em abril deste ano, o BNDES e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima anunciaram a transferência de R$ 10,4 bilhões ao Fundo, que agora é o principal instrumento do Governo Federal no combate às mudanças climáticas. Até 2023, o orçamento era de R$ 2,9 bilhões.

Cooperativa Agrária Agroindustrial ‒ Hoje, a cooperativa tem 728 cooperados e cerca de 1.900 colaboradores, que atuam no recebimento, industrialização e comercialização de produtos agropecuários. As principais culturas do grupo são a soja, o milho, o trigo e a cevada, com matriz energética predominantemente formada por fontes renováveis. Em 2023, a produção total de grãos pelos cooperados foi de 932 mil toneladas.

Fonte: Assessoria BNDES
Continue Lendo

Notícias

Competitividade da carne suína sobe frente ao boi, mas cai em relação ao frango

Preços médios destas carnes vêm registrando altas no mercado atacadista da Grande São Paulo neste mês de setembro.

Publicado em

em

Foto: Shutterstock

Os preços médios das carnes suína, de frango e de boi vêm registrando altas no mercado atacadista da Grande São Paulo neste mês de setembro.

Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que os avanços nos valores da carne suína, no entanto, se destacam em relação aos do frango, mas ficam abaixo dos observados para a bovina.

Diante desse contexto, de agosto para setembro, a competividade da carne suína tem crescido frente à bovina, mas diminuído em relação à avícola.

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo
IFC

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.