Conectado com

Bovinos / Grãos / Máquinas

Excesso de umidade exige aplicações imediatas no trigo

Publicado em

em

Choveu muito no Paraná e a previsão do tempo estendida é de que vem mais chuva pela frente, nas próximas semanas, e nem tanto frio, o que já deixa em alerta os produtores de trigo do Paraná, que neste ano pretende colher safra recorde do cereal. O excesso de umidade agora aumenta mais o risco de doenças na cultura. Preocupação também para quem está com milho em ponto de colheita e tem pressa de fazer o trabalho antes que mais chuva caia.  Conforme o supervisor comercial regional da Coodetec, Martin Herpich, o clima está favorável ao desenvolvimento de doenças no trigo e até mesmo no milho, ainda que este já esteja em uma fase adiantada de desenvolvimento, em processo de maturação.
No caso do milho, ressalta Herpich, não há o que fazer neste momento e quem fez o tratamento preventivo terá vantagens. A decisão para a cultura, expõe, é com relação à colheita. Ele explica que o produtor precisa analisar bem para decidir o que fazer, sendo necessário avaliar alguns aspectos: “Os grãos estão úmidos ainda, certamente, mas as plantas estão frágeis e podem sofrer um acamamento com vento, o que aumentaria ainda mais as perdas. Assim, em muitos casos é conveniente colher até com umidade”, analisa. Outro aspecto a ser levado em conta é que as empresas têm um limite para secagem de grãos, mas que neste início de colheita ainda é possível receber mais produto.
Trigo
Já para o trigo, a decisão é outra, ressalta Martin Herpich. Conforme ele, o triticultor deve fazer as aplicações necessárias para combater as possíveis pragas e doenças que encontram facilidade de desenvolvimento com o ambiente criado a partir da alta umidade. Contudo, encontrar, com o clima atual, um bom momento para aplicação é uma grande dificuldade. “A aplicação precisa ser preventiva. O trigo é uma cultura sensível  e boa parte das lavouras começam entrar em uma fase crítica de doenças, o que torna necessário redobrar a atenção e fazer o controle preventivo. Na fase de floração é necessário estar muito atento”, ressalta.
O momento para as aplicações é agora, admite Herpich. Mas o que fazer com tanta umidade e vento? Ele lembra que para aplicação a planta não pode estar molhada de orvalho ou chuva para que possa absorver o produto. Também não pode haver vento. Talvez, expõe o profissional da Coodetec, o produtor tenha que sacrificar um pouco mais e entrar com a máquina a campo mesmo com o solo ainda úmido. Isto porque, lembra Martin Herpich, ainda há previsão de chuva para os próximos dias. “No entanto ele precisa fazer a aplicação com as condições certas para que o produto atinja o alvo”, relata.
O investimento na cultura vale a pena, destaca o supervisor regional da Coodetec, tendo em vista que as cotações do cereal estão em alta neste ano. “Existem variedades extremamente produtivas e que o mercado também paga de forma mais compensadora, dando ainda mais motivos para investir no manejo da lavoura”, conclui.  
Otimismo
Já o engenheiro agrônomo da Copagril, Darci Sônego, é otimista com o desenvolvimento futuro das lavouras, apesar da intensa chuva ocorrida nos últimos dias. Ele avalia que não houve perdas consideráveis no milho safrinha. Conforme ele, os prejuízos foram pontuais, para alguns agricultores, cuja área foi alagada. “Tivemos bastante chuva, mas esperamos que a partir de agora o mês de junho, além de julho tenha um tempo seco. Por isso o produtor agora só precisa esperar para colher na hora certa com o tempo mais seco possível”, diz ele, ao lembrar que a pressão de doenças com a umidade será menor sobre o milho porque a maioria das lavouras foi plantada em janeiro e, com isso, já está em final de ciclo.

Fonte: O Presente Rural

Continue Lendo

Bovinos / Grãos / Máquinas

Novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável busca impulsionar produção de leite no Noroeste de Minas Gerais

Assistência técnica, pesquisa aplicada e melhorias genéticas a 150 propriedades familiares, com foco em produtividade, sustentabilidade e fortalecimento da cadeia leiteira no Noroeste mineiro até 2028.

Publicado em

em

Foto: Carlos Eduardo Santos

O fortalecimento e a ampliação da produção de leite de produtores de Paracatu (MG), de forma sustentável, eficiente e de qualidade, ganharam impulso com o início do novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável, desenvolvido em parceria entre a Embrapa Cerrados e a Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu (Coopervap).

O projeto é desenvolvido no âmbito do Programa Mais Leite Saudável (PMLS) do MAPA desde 2020. O Programa Mais Leite Saudável é um incentivo fiscal que permite a laticínios e cooperativas obter até 50% de desconto (crédito presumido) no valor de PIS/Pasep e COFINS relativo à comercialização do leite cru utilizado como insumo, desde que desenvolvam projetos que fortaleçam e qualifiquem a cadeia produtiva por meio de ações diretas junto aos produtores.

O treinamento dos técnicos recém-selecionados foi realizado no fim de outubro, e as primeiras visitas às propriedades ocorreram no início de novembro. Essa é a terceira fase do projeto, que conta com o acompanhamento do pesquisador José Humberto Xavier e do analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Carlos Eduardo Santos.

O projeto articula as dimensões de assistência técnica e pesquisa e atuará nessa etapa com uma rede de 150 propriedades rurais familiares, que receberão acompanhamento de três veterinários e dois agrônomos, seguindo o modelo implantado em 2020. A equipe da Embrapa atua na capacitação técnica e metodológica dos técnicos e na condução de testes de validação participativa de tecnologias promissoras junto aos agricultores da rede.

A nova etapa, prevista para ser concluída em 2028, busca desenvolver alternativas para novos sistemas de cultivo com foco na agricultura de conservação, oferecer apoio técnico ao melhoramento genético dos animais de reposição com o uso de inseminação artificial e ampliar o alcance dos resultados já obtidos, beneficiando mais agricultores familiares e contribuindo para o desenvolvimento regional.

Segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados, José Humberto Xavier, os sistemas de cultivo desenvolvidos até agora melhoraram o desempenho das lavouras destinadas à alimentação do rebanho, mas ainda são necessários ajustes para reduzir a perda de qualidade do solo causada pelo preparo convencional e pela elevada extração de nutrientes advinda da colheita da silagem, além de evitar problemas de compactação quando o solo está úmido. Ele destaca também os desafios de aumentar a produtividade e reduzir a penosidade do trabalho com mecanização adequada.

O analista Carlos Eduardo Santos ressaltou a importância de melhorar o padrão genético do rebanho. “A reposição das matrizes é, tradicionalmente, feita pela compra de animais de outros rebanhos. Isso gera riscos produtivos e sanitários, além de custos elevados. Por isso, a Coopervap pretende implementar um programa próprio de reposição, formulado com base nas experiências dos técnicos e produtores ao longo da parceria”, afirmou.

Fonte: Assessoria Embrapa Cerrados
Continue Lendo

Bovinos / Grãos / Máquinas

Curso gratuito da Embrapa ensina manejo correto de resíduos na pecuária leiteira

Capacitação on-line orienta produtores a adequar propriedades à legislação ambiental e transformar dejetos em insumo seguro e sustentável.

Publicado em

em

Foto: Julio Palhares

Como fazer corretamente o manejo dos dejetos da propriedade leiteira e adequá-la à legislação e à segurança dos humanos, animais e meio ambiente? Agora, técnicos e produtores têm à disposição um curso on-line, disponível pela plataforma de capacitações a distância da Embrapa, o E-Campo, para aprender como realizar essa gestão. A capacitação “Manejo de resíduos na propriedade leiteira” é gratuita e deve ocupar uma carga horária de aproximadamente 24 horas do participante.

O treinamento fecha o ciclo de uma série de outros cursos relacionados ao manejo ambiental da atividade leiteira: conceitos básicos em manejo ambiental da propriedade leiteira e manejo hídrico da propriedade leiteira, também disponíveis na plataforma E-Campo.

De acordo com o pesquisador responsável, Julio Palhares, identificou-se uma carência de conhecimento sobre como manejar os resíduos da atividade leiteira para adequar a propriedade frente às determinações das agências ambientais. “O correto manejo é importante para dar qualidade de vida aos que vivem na propriedade e no seu entorno, bem como para garantir a qualidade ambiental da atividade e o uso dos resíduos como fertilizante”, explica Palhares.

A promoção do curso ainda contribui para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), como as metas 2 e 12. A 2 refere-se à promoção da agricultura sustentável de produção de alimentos e prevê práticas agropecuárias resilientes, manutenção dos ecossistemas, fortalecimento da capacidade de adaptação às mudanças climáticas, etc. O ODS 12 diz respeito ao consumo e produção responsáveis, principalmente no que diz respeito à gestão sustentável.

O treinamento tem oferta contínua, ou seja, o inscrito terá acesso por tempo indeterminado.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sudeste
Continue Lendo

Bovinos / Grãos / Máquinas

Produção de leite no Brasil se mantém estável e polos regionais se destacam

Produção nacional alcançou 35,74 bilhões de litros em 2024, com liderança do Sudeste, crescimento expressivo do Nordeste e destaque do Oeste Catarinense e municípios do Paraná entre os maiores produtores.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OP Rural

A produção de leite no Brasil manteve estabilidade em 2024 e evidenciou a força regional da atividade, conforme dados atualizados do IBGE. O levantamento mostra que o país produziu 35,74 bilhões de litros no ano passado, ligeiro avanço frente aos 35,25 bilhões registrados em 2023.

O destaque ficou com a Região Sudeste, que liderou a oferta nacional com 12,03 bilhões de litros, o equivalente a 34% de toda a produção do país. Em seguida aparecem as Regiões Sul, com 11,95 bilhões de litros (33%), e Nordeste, responsável por 6,43 bilhões (18%). O desempenho nordestino chamou atenção: a região registrou o maior crescimento entre as cinco grandes regiões, com alta de 5% na comparação anual. O Sudeste cresceu 3% e o Sul, 1%.

Na direção oposta, Centro-Oeste e Norte tiveram retrações de 3% e 5%, respectivamente, somando 3,66 bilhões e 1,67 bilhão de litros em 2024.

Oeste Catarinense segue entre os maiores polos leiteiros do país

Foto: Arnaldo Alves/AEN

A análise por mesorregiões reforça a importância do Sul na atividade. O Oeste Catarinense ocupou a segunda posição entre as dez maiores regiões produtoras, com 2,54 bilhões de litros. O volume fica atrás apenas do Noroeste Rio-Grandense, no Rio Grande do Sul, que liderou com 2,73 bilhões de litros.

Juntas, as duas mesorregiões responderam por 15% de toda a produção nacional. Outras regiões de destaque foram o Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba (2,41 bilhões) e o Sul/Sudoeste de Minas (1,67 bilhão).

Municípios do Paraná e de Minas Gerais dominam o ranking nacional

Entre os dez maiores municípios produtores do Brasil, aparecem cidades dos estados do Paraná, Minas Gerais, Pernambuco, Goiás e Sergipe. Essas localidades somaram 1,94 bilhão de litros em 2024, representando 5% da produção nacional.

Castro (PR) manteve a liderança com 480 milhões de litros, seguido de Carambeí (PR), que produziu 290 milhões. Minas Gerais também marcou forte presença no ranking, com Patos de Minas (230 milhões), Patrocínio (160 milhões), Coromandel (140 milhões) e Lagoa Formosa (140 milhões).

A lista inclui ainda Itaíba (PE), Arapoti (PR), Orizona (GO) e Poço Redondo (SE), todos com produção entre 120 e 130 milhões de litros.

Os números reforçam a pulverização da atividade leiteira no país e a importância de polos regionais consolidados, que seguem impulsionando a produção mesmo em um cenário de crescimento moderado.

Fonte: O Presente Rural com informações Epagri/Cepa
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.