Notícias EuroTier 2022:
Evento desse ano terá programação diferenciada com oportunidades de vendas diretas
A EuroTier, feira mundial para profissionais da pecuária que acontece de 15 a 18 de novembro de 2022 em Hanover, Alemanha, trara produtos e serviços para vendas diretas de fazendas e lojas.

A DLG (German Agricultural Society), organizadora da feira EuroTier, que será realizada de 15 a 18 de novembro de 2022 em Hanover, na Alemanha, oferecerá, pela primeira vez, oportunidade de venda direta de fazendas.
O tema que também faz parte da programação científica, é sustentado pelo tema norteador da exposição “Transformando a Pecuária”. Soluções técnicas, produtos e serviços, bem como estratégias de marketing atuais são alguns dos muitos destaques que estarão presentes. A feira, considerada líder mundial para profissionais da pecuária destaca uma área de crescimento que atrai um número crescente de empresas agrícolas. A EuroTier oferece aos expositores uma ampla gama de oportunidades para participar da exposição e do programa técnico.
Os produtos da própria região com origem e rastreáveis são razões importantes pelas quais muitas pessoas decidem comprar produtos agrícolas “diretamente do agricultor”. O processamento na fazenda e as vendas diretas estão, portanto, se tornando cada vez mais atraentes para empresas e fazendas agrícolas. Somente na Alemanha, 30.000 a 40.000 agricultores atualmente vendem diretamente da fazenda. O sprodutos vendios vão desde a venda de alguns ovos ou legumes até lojas agrícolas ou serviços de refeições perfeitamente organizados, e essa tendência ainda está aumentando.
“A EuroTier não é apenas uma feira considerada líder mundial, é também uma plataforma para estratégias alternativas de distribuição na cadeia de valor. Com nossas ofertas de vendas diretas de fazendas, estamos abordando um tema relevante para o setor agrícola. Nossos visitantes agrícolas ou profissionais estão interessados nessa tendencia de vendas diretas de fazendas. Cada vez mais agricultores estão planejando investimentos específicos em tecnologia de produção e embalagem, bem como máquinas de venda automática”, diz Ines Rathke, gerente de projetos da EuroTier.
Espera-se uma alta demanda de informações por parte dos visitantes. “Como organizadora, a DLG tem uma extensa rede de especialistas e parceiros do setor de vendas diretas de fazendas. A EuroTier, portanto, representa a plataforma ideal para trocar informações sobre os últimos desenvolvimentos neste segmento em crescimento e aprender sobre as soluções técnicas disponíveis, bem como a rede especificamente com outros profissionais de vendas diretas de fazendas”, acrescentou Rathke.
Oportunidades de participação atraentes para expositores
O programa desse ano, “vendas diretas na fazenda”, sera uma oportunidade para fornecedores de tecnologia e serviços para processamento e embalagem de alimentos, armazenamento, logística, processos de tratamento térmico, equipamentos de armazenamento, máquinas de venda automática, balanças, recursos operacionais, auxiliares tecnológicos, aditivos e especiarias, assim como expositores das áreas de organizações e editoras. Um programa técnico com destaque para oportunidades, tendências e desafios de vendas diretas de fazendas complementará a porgramação do evento.
Feira líder mundial com ofertas digitais adicionais
Além da feira presencial em Hannover, a principal feira mundial de pecuária vai oferecer aos expositores e visitantes um programa digital adicional na plataforma “DLG Connect” (www.dlg-connect.com). Nessa plataforma interativa desenvolvida pela DLG, tera como também como finalidade aprofundar o conhecimento no setor agrícola internacional. Os expositores da EuroTier podem usar esta plataforma para fornecer informações direcionadas sobre seus produtos e inovações em preparação para sua presença na feira. Os visitantes se beneficiam da oportunidade de interagir especificamente com expositores na preparação para o EuroTier e também se beneficiam de informações especializadas atualizadas.

Notícias
Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025
Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves
A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.
Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.
Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.
Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves
Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.
Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.
Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.
Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro
Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.
No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.
Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável
Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”
Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.
Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.
As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).
Maior mercado mundial de bioinsumos
O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.
A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.
Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.
Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.



