Notícias Salão lotado
EuroTier 2022 atrai grande público de olho nas tecnologias voltadas a garantir melhor eficiência das cadeias produtivas
Evento concentra as tendências atuais e futuras da pecuária, como adoção de sistemas de celeiros alternativos, proteção climática e ambiental, digitalização, processamento e refinamento das atividades de criação de animais.

Em busca de tecnologias e inovações em equipamentos e serviços voltados para as cadeias produtivas de origem animal, centenas de pessoas visitam à EuroTier 2022, principal feira mundial de criação profissional e gestão de animais vivos, que acontece até esta sexta-feira (18) no Centro de Exposições de Hanôver, na Alemanha. O evento concentra as tendências atuais e futuras da pecuária, como adoção de sistemas de celeiros alternativos, proteção climática e ambiental, digitalização, processamento e refinamento das atividades de criação de animais.
Com empresas de 55 países expondo na feira, a linha de equipamento voltados ao setor suinícola tem despertado grande interesse dos visitantes, que vieram à exposição em busca de tecnologias que auxiliam no controle mais efetivo das granjas e que o produtor possa acompanhar em tempo real por meio de aplicativos.
Entre as inovações estão sistemas que através do som dos animais conseguem detectar de forma preventiva indícios de alguma doença no rebanho, tecnologias que movimentam a gaiola elevando a matriz para não haver esmagamento de leitão, autolimpeza das gaiolas para evitar contaminação através de dejetos dos animais, pesagem dos animais por análise corporal, avanços em melhoramento genético, sistemas de filtragem para diminuir odores nas granjas, principalmente de amônia, a fim de evitar que esse gás seja lançado no ar, reduzindo desta forma a contaminação e a emissão de CO₂ no meio ambiente; aditivos na alimentação dos animais visando melhor absorção dos nutrientes fazendo que os suínos excretem menos contaminantes, reduzindo as emissões de gases do efeito estufa pela atividade pecuária, dentre outros.
“Através destas tecnologias no campo espera-se baixar os níveis de CO₂ nas diversas cadeias produtivas. A indústria e as cadeias de produção animal europeias têm buscado em conjunto alternativas para baixar os custos, principalmente com alimentação, usando subprodutos que sanem as necessidades nutricionais dos animais, garantem performance eficiente e melhorem a lucratividade dos
produtores. Outra preocupação o setor é com os surtos de Peste Suína Africana, o que tem exigido melhorias constantes em ambiência”, detalha o diretor de Comunicação e Marketing de O Presente Rural, Selmar Franck Marquesin, que está na EuroTier 2022 junto com o gerente comercial Klaus Zachow.
Essa é a quinta participação de O Presente Rural na feira internacional e a cobertura completa das principais discussões apresentadas durante o evento poderão ser conferidas nas próximas edições do jornal O Presente Rural.

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Brasil e Reino Unido avançam em diálogo sobre agro de baixo carbono na COP30
Fávaro apresenta o Caminho Verde Brasil e discute novas parcerias para financiar recuperação ambiental e ampliar práticas sustentáveis no campo.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu nesta quarta-feira (19) com a ministra da Natureza do Reino Unido, Mary Creagh, durante a COP30, em Belém. O encontro teve como foco a apresentação das práticas sustentáveis adotadas pelo setor agropecuário brasileiro, reconhecidas internacionalmente por aliarem produtividade e conservação ambiental.
Fávaro destacou as iniciativas do Caminho Verde Brasil, programa que visa impulsionar a recuperação ambiental e o aumento da produtividade por meio da restauração de áreas degradadas e da promoção de tecnologias sustentáveis no campo.
Segundo o ministro, a estratégia tem ampliado a competitividade do agro brasileiro, com acesso a mercados mais exigentes, ao mesmo tempo em que contribui para metas climáticas.
A agenda também incluiu discussões sobre mecanismos de financiamento voltados a ampliar projetos de sustentabilidade no setor. As autoridades avaliaram oportunidades de cooperação entre Brasil e Reino Unido para apoiar ações de recuperação ambiental, inovação e produção de baixo carbono na agricultura.
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Oferta robusta pressiona preços do trigo no mercado brasileiro
Levantamento do Cepea aponta desvalorização influenciada pela ampla oferta interna, expectativas de safra recorde no mundo e competitividade do produto importado.

Levantamento do Cepea mostra que os preços do trigo seguem enfraquecidos. A pressão sobre os valores vem sobretudo da oferta nacional, mas também das boas expectativas quanto à produtividade desta temporada.
Além disso, pesquisadores do Cepea indicam que o dólar em desvalorização aumenta a competitividade do trigo importado, o que leva o comprador a tentar negociar o trigo nacional a valores ainda menores.

Foto: Shutterstock
Em termos globais, a produção mundial de trigo deve crescer 3,5% e atingir volume recorde de 828,89 milhões de toneladas na safra 2025/26, segundo apontam dados divulgados pelo USDA neste mês.
Na Argentina, a Bolsa de Cereales reajustou sua projeção de produção para 24 milhões de toneladas, também um recorde.
Pesquisadores do Cepea ressaltam que esse cenário evidencia a ampla oferta externa e a possibilidade de o Brasil importar maiores volumes da Argentina, fatores que devem pesar sobre os preços mundiais e, consequentemente, nacionais.
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Instabilidade climática atrasa plantio da safra de verão 2025/26
Semeadura avança lentamente no Centro-Oeste e Sudeste devido à má distribuição das chuvas e períodos secos, segundo dados do Itaú BBA Agro.

O avanço do plantio da safra de verão 2025/26 tem sido afetado por condições climáticas instáveis em diversas regiões do país. De acordo com dados do Itaú BBA Agro, os estados do Centro-Oeste e Sudeste registraram os maiores atrasos, reflexo da combinação entre pancadas de chuva isoladas, má distribuição das precipitações e períodos prolongados de estiagem. O cenário manteve os níveis de umidade do solo abaixo do ideal, dificultando o ritmo da semeadura até o início de novembro.
Enquanto isso, outras regiões apresentaram desempenho distinto. As chuvas mais intensas ficaram concentradas entre Norte e Sul do Brasil, com destaque para o centro-oeste do Paraná, oeste de Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul, onde os volumes superaram 150 mm somente em outubro. Nessas áreas, o armazenamento hídrico mais elevado favoreceu o avanço do plantio, embora episódios de granizo e temporais tenham provocado prejuízos em algumas lavouras. A colheita do trigo também sofreu atrasos e, em determinados pontos, perdas de qualidade.

Foto: José Fernando Ogura
No Centro-Oeste, a distribuição das chuvas variou significativamente ao longo de outubro. Regiões como o noroeste e o centro de Mato Grosso, além do sul de Mato Grosso do Sul, receberam volumes acima de 120 mm, enquanto outras áreas não ultrapassaram os 90 mm. Somente no início de novembro o padrão começou a mostrar maior regularidade.
No Sudeste, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo registraram precipitações que ajudaram a recompor a umidade do solo. Minas Gerais, por outro lado, enfrentou acumulados abaixo da média — especialmente no Cerrado Mineiro, onde outubro terminou com menos de 40 mm de chuva. Com a retomada das precipitações em novembro, ocorreu uma nova florada do café, embora os efeitos da estiagem prolongada continuem gerando preocupação entre produtores.
O comportamento irregular das chuvas segue como fator determinante para o ritmo da safra e mantém o setor em alerta para os próximos meses.



