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Eurotier 2016: Tonisity apresenta suplemento alimentar suíno que reduz mortalidade de leitões
Startup sediada na Irlanda, a empresa desenvolveu uma série de testes científicos que comprovam a eficácia do produto
Há uma crença entre criadores de suínos, forjada na experiência de gerações, de que leitões em seus primeiros dias de existência não gostam de beber água ou qualquer coisa que não seja o leite materno. Mas assim como o mundo dos humanos, o dos suínos também está sujeito a disrupturas. Os sinais de que se aproxima uma mudança importante nos hábitos alimentares dos porquinhos recém-nascidos estão em uma série de testes científicos realizados pelos pesquisadores de uma startup chamada Tonisity.
O produto disruptivo desenvolvido pela startup é o Px, lançado este ano nos Estados Unidos e na Europa. Ele será apresentado na maior feira internacional especializada em pecuária e manejo de animais, a Eurotier, que acontece em Hannover, na Alemanha, de 15 a 18 de novembro. Na edição de 2016, o evento contará com a participação de 2.523 expositores de 57 países diferentes e ocupará uma área de 280 mil metros quadrados. A Tonisity vai recepcionar os participantes no corredor 20, estande A07.
Como vieram comprovar os testes, realizados em fazendas na Irlanda do Norte, na Espanha e nos Estados Unidos, além de estudo realizado em parceria com a Universidade de Lleida na Espanha, ao Px pode contribuir muito para superar algumas dos maiores desafios que os criadores enfrentam no delicado período que vai até o desmame dos animais. O principal é elevar a taxa de sobrevivência das crias nas primeiras semanas após o parto. A taxa de mortalidade é alta, motivada por problemas de esmagamento ou sufocamento durante a disputa, entre as crias, para conseguir um lugar no peito da mamãe porca. Outros motivos são a diarréias, desidratação e baixo peso. Em relação a esses fatores, o uso do Px na alimentação dos leitões age favoravelmente, contribuindo para reduzir a mortalidade e aumentar a produtividade da criação. A ação do produto se dá principalmente sobre os enterócitos – células intestinais que constituem o último estágio do processo de absorção de proteínas e carboidratos pelo organismo. Se os enterócitos trabalham com eficiência, o corpo do animal absorve mais nutrientes e ele cresce de forma mais saudável.
O isotônico protéico Px também se provou uma bebida agradável ao paladar dos leitões. Esse atrativo é importante, pois estimula o consumo do produto no período em que os animais mais precisam dele. Com a administração do Px os leitões reduzem a dependência em relação ao aleitamento materno e diminui a disputa, na ninhada, para conseguir um lugar no peito da mamãe porca, o que reduz o risco de esmagamento. Os testes feitos com a administração de isotônico mostram que os animais tratados com ele também adquirem maior peso. Ficou afastada, além disso, qualquer possibilidade de efeitos nocivos pelo consumo do Px.
Um dos testes, realizado em uma fazenda em Iowa, Estados Unidos, com 968 leitões a partir do segundo dia de vida, mostrou que, no oitavo dia, o grupo de leitões que recebeu Px como suplemento alimentar pesava em média 1,55kg contra 1,25kg do grupo que não recebeu Px (grupo de controle). No 35º dia, os leitões do grupo Px pesavam 9,8 kg em média, em comparação com 8,78kg do grupo de controle. A taxa de mortalidade, por sua vez, foi de 10,3% na turma do Px, contra 15,1% no grupo de controle. Em outro teste, realizado na Irlanda, leitões alimentados com mingau à base de Px pesaram 370g mais do que os demais uma semana após o desmame. Depois de 13 semanas, os leitões do grupo que recebeu Px pesavam em média 4,78 kg a mais do que os que não receberam.
O uso do Px como suplemento alimentar para leitões no período de amamentação mostrou-se também muito benéfico para a morfologia intestinal dos porcos. Nos testes realizados na Espanha, com 608 leitões, verificou-se que aqueles que receberam Px tinha uma morfologia intestinal significativamente melhor do que a daqueles que não consumiram o isotônico. Acrescente-se, ainda, que o Px foi utilizado com grande sucesso como substituto da água em soluções com antibiótico, quando é preciso medicar os leitões atacados por diarreia. Ao todo, foram 11 estudos.
Sediada na Irlanda do Norte, a Tonisity nasceu, em 2014, do casamento poliempresarial entre um representante norte-americano de isotônicos para cães e gatos, um fabricante irlandês de alimentos para animais domésticos e o empreendedor brasileiro Arie Halpern, um entusiasta de negócios tecnológicos inovadores e disruptivos.
Fonte: Assessoria

Empresas Ameaça silenciosa
Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves
Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.
A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.
Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.
“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.
Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.
“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.
A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.
Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.
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Boehringer Ingelheim anuncia Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing de Aves e Suínos
A executiva assume a posição anteriormente ocupada por Filipe Fernando, que ascendeu ao cargo de Head de Grandes Animais da empresa

A Boehringer Ingelheim, multinacional farmacêutica referência na produção de medicamentos para humanos e animais, anuncia a chegada de Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing da unidade de negócios de Aves e Suínos, assumindo o cargo anteriormente ocupado por Filipe Fernando, novo diretor de Grandes Animais da companhia.
A gerente é graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria, onde também concluiu o mestrado. Além disso, possui doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e um MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No âmbito profissional, Patricia conta com mais de 18 anos de experiência em empresas nas áreas de saúde, produção e nutrição animal, com forte atuação em marketing estratégico.
“Estou muito contente e animada em iniciar esse novo capítulo profissional em uma empresa líder e referência global na área da saúde, como a Boehringer Ingelheim. Com minha sólida experiência técnica e prática no segmento de avicultura e suinocultura, estou ansiosa para colaborar com a equipe e contribuir ativamente para os resultados e inovações da empresa”, afirma Patricia Aristimunha.
A chegada da executiva, que ingressou no cargo na primeira semana de novembro, reforça o compromisso da Boehringer Ingelheim em fortalecer sua liderança e inovação no mercado de saúde animal, especialmente nos setores de aves e suínos. Com sua vasta experiência no segmento, a empresa espera que Patrícia impulsione ainda mais as estratégias de marketing da companhia, contribuindo significativamente para o sucesso contínuo de seus clientes e parceiros no agronegócio.
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Ventilação eficiente é chave na preparação do agro para a chegada do calor
Manutenção preventiva dos motores ajuda a reduzir perdas e preservar o bem-estar animal

Com a chegada da primavera e a aproximação do verão, as altas temperaturas passam a impactar diretamente a produção animal no Brasil. O calor excessivo é um dos principais fatores de estresse térmico, comprometendo o desempenho dos animais, reduzindo a produtividade e elevando riscos sanitários e econômicos para os produtores.
Segundo Drauzio Menezes, diretor da Hercules Energia em Movimento, a manutenção preventiva dos motores é fundamental nesse período. “A confiabilidade dos motores determina o bom funcionamento dos sistemas de ventilação, que são essenciais para manter as granjas em condições adequadas”, afirma.
Manutenção e ventilação: aliados da produtividade
A ventilação é um dos recursos mais eficazes para preservar o bem-estar dos animais durante os meses mais quentes. Para que os equipamentos cumpram sua função com eficiência, é essencial que os motores estejam revisados e em pleno funcionamento. Entre as ações mais importantes estão a manutenção dos motores, isolamento térmico das estruturas, controle da umidade e fornecimento constante de água fresca, além de ajustes na densidade de lotação em períodos de calor extremo. “Esses sistemas precisam operar com segurança e sem falhas para garantir conforto térmico, reduzir o estresse dos animais e evitar perdas na produção”, reforça Menezes.
Segundo ele, a Hercules Energia em Movimento oferece soluções adequadas para esse tipo de demanda, com motores monofásicos, trifásicos e customizados, todos com alta eficiência energética, conformidade com as normas NEMA e IEC, e aprovação do Inmetro. Os equipamentos são projetados para atender ambientes de produção animal, que exigem desempenho constante mesmo em condições severas.
Alta nas temperaturas exige preparação antecipada
De acordo com previsões do INMET e da Climatempo, a primavera e o verão de 2025/2026 devem registrar temperaturas acima da média histórica em várias regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste, Sudeste e partes do Sul. A previsão também aponta para chuvas mal distribuídas e períodos prolongados de tempo seco, elevando o risco de ondas de calor e agravando os desafios para a criação de aves.
Esse cenário reforça a necessidade de antecipar cuidados com a climatização das áreas de produção animal. “Ambientes bem ventilados ajudam a mitigar os efeitos do calor excessivo, preservando o desempenho zootécnico das aves e garantindo a continuidade da produção com segurança”, conclui Menezes.

