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Estudo revela potencial de uso das pastagens do Brasil para a agropecuária

Conhecer os melhores recursos disponíveis permite elaborar planos de produção e escolher as alternativas que mais contribuam para atender às demandas mundiais por alimentos, fibras e energia, garantindo, ao mesmo tempo, a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento regional, com geração de emprego e renda.

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Foto: Breno Lobato/Embrapa

Qual o uso potencial das pastagens em manipulação para a agropecuária brasileira? Essa é uma das questões a serem respondidas pelo estudo que a Embrapa Territorial está desenvolvendo para a Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Ministério da Agricultura e Pecuária (SDI/Mapa). Iniciada em outubro, uma pesquisa prevê a elaboração do zoneamento das pastagens do Brasil em função de sua situação e conforme seus aptidões agrícolas, e pode indicar: a intensificação do uso para cultivos (anuais, perenes ou semiperenes), a renovação ou recuperação das pastagens plantadas, o reflorestamento ou, ainda, a restauração da vegetação nativa.

O estudo utilizará mapeamentos das pastagens considerando seus níveis de manipulação. Serão restaurados como áreas protegidas (Unidades de Conservação, Terras Indígenas, Áreas Militares e Quilombolas) e as áreas destinadas à vegetação nativa dentro dos imóveis rurais, em Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reservas Legais, de acordo com dados disponíveis no Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural ( SiCAR ). A retirada das terras para o cultivo agrícola será superada conforme a  metodologia  inovadora pela Embrapa – e já consolidada há décadas – que compara as condições agrícolas com os níveis estipulados para cada classe, segundo o grau de manejo.

A pesquisa fará a proposição de atualização nestas classificações. Como explica o analista Rafael Mingoti,  da Embrapa Territorial,  a metodologia original considera como fatores de limitação para a exaustão agrícola a suscetibilidade à erosão, limitações para mecanização, excesso ou deficiência de água e deficiência de fertilidade. No estudo em desenvolvimento, será feita uma proposta de rendimento agrícola alterando as limitações de fertilidade previstas no trabalho original graças ao avanço da ciência agropecuária.

“Com a evolução tecnológica na agricultura, incluindo avanços no melhoramento e manejo das culturas e nos sistemas de cultivo em diferentes ambientes, as limitações oriundas da fertilidade do solo, um dos fatores previstos no método original, podem ser revistas, o que ampliaria os usos potenciais da terra em diversas áreas”, disse o analista.

Para definir o potencial de rendimento agrícola das áreas com pastagem em manipulação, serão cruzados os zoneamentos de prejuízo agrícola com mapas de manipulação em pastagens elaborados pelo  Lapig  e apresentados no  Observatório da Agropecuária Brasileira . Além disso, outros fatores serão considerados, como o zoneamento agrícola de risco climático ( ZARC ), e outras análises de contexto regional utilizando a metodologia consolidada de  Inteligência Territorial Estratégica  (ITE). Os dados também serão refinados com idas ao campo das equipes, para validação. “O trabalho será realizado em escala compatível com análises regionais, ou seja, com planejamento nacional, estadual e de mesorregiões e microrregiões, não sendo adequados para aplicação em escala local, como no nível de propriedade. Os refinamentos permitirão abarcar estudos elaborados por equipes de pesquisadores especialistas, tanto em questões climáticas específicas para algumas culturas, quanto em questões de contexto, como quais trarão maior adequação do zoneamento aos cultivos existentes nas diferentes regiões do país e ao risco climático relacionado”, explica o pesquisador Angelo Mansur, líder do estudo.

Outro diferencial da pesquisa será realizar a repartição territorial desses dados, levando em consideração a concentração dos ambientes-alvo e o tamanho das propriedades rurais presentes nos territórios. A concentração dos ambientes-alvo será realizada por meio de análises geoespaciais, as quais identificam e classificam padrões no território, os quais serão utilizados para selecionar e indicar políticas públicas específicas e adequadas.

O tamanho das propriedades rurais será utilizado para segmentação de políticas públicas conforme indicadas. Isso será feito a partir dos limites dos imóveis do SiCAR e do tamanho do módulo fiscal (MF) de cada município  informado pelo Incra . Será feita a classificação dos imóveis em pequenos (até 4 Módulos Fiscais); médios (de 4,1 a 15 Módulos Fiscais) e grandes (acima de 15 Módulos Fiscais).

Políticas Públicas 

Essas análises poderão ajudar o  Ministério da Agricultura e Pecuária  na elaboração de políticas públicas. “Para cada território considerado apto à intensificação do uso da terra, podemos sugerir, futuramente, as tecnologias da Embrapa à disposição dos produtores rurais para aumentar o nível tecnológico e proporcionar uma conversão de maneira sustentável e competitiva”, disse Gustavo Spadotti, chefe-geral da Embrapa Territorial.

“Se o foco para o apoio a pequenos produtores para conversão de pequenas áreas para fins produtivos, a Embrapa poderá apresentar um rol de tecnologias disponíveis, como aquelas para a fruticultura; se forem selecionados os grandes produtores, por exemplo, seriam sugeridas tecnologias para grãos ou reflorestamento”, explica Spadotti.

Como informa o Ministério da Agricultura e Pecuária, alinhado com as diretrizes previstas pela Presidência da República, poderá estabelecer políticas públicas assertivas, tanto para recuperação de pastagens degradadas como para sua conversão para produção de grãos.

Segundo a massa, a expansão da área agrícola no Brasil gira em torno de 2,5 milhões de hectares por ano, exercendo pressão sobre a mudança do uso da terra. A utilização de pastagens com produtividade deprimida, para abrigar essa expansão, constitui uma oportunidade, tanto para aumento da produção como para produtividade agropecuária e em total alinhamento com a sustentabilidade e com os compromissos reforçados pelo País para mitigação das emissões de gases de efeito estufa.

A convergência de políticas desenvolvidas pelo Mapa, como o Renovagro (antigo Programa ABC+), cria as condições adequadas para a efetividade das políticas públicas. “Os recursos captados internacionalmente também encontram, nesse ambiente, as condições adequadas para sua aplicação, em função de todo o arcabouço legal e de tecnologias disponibilizadas que suportam o ambiente empreendedor do setor produtivo”, disse Renata Miranda, secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI/Mapa).

Os zoneamentos poderão ser ampliados para incluir, futuramente, todas as áreas de pastagens, ou seja, não apenas as áreas de pastagens em manipulação. A conclusão dos trabalhos está prevista para o primeiro semestre de 2025.

Produtores rurais

Líder do portfólio de Pastagens da Embrapa, a pesquisadora Patrícia Menezes Santos, da Embrapa Pecuária Sudeste, considera que a recuperação de áreas degradadas pelos produtores, com ou sem mudança de atividade econômica, é positiva. “Tanto a recuperação das pastagens quanto a sua conversão em áreas de agricultura, com a adoção de práticas sustentáveis, proporciona aumento de produtividade, melhor conservação do solo e da água, aumento da fertilidade do solo, sequestro de carbono e a prestação de outros serviços ambientais ”, afirma. Ela complementou ressaltando que ações estratégicas de governo podem criar um ambiente favorável para que todo esse processo aconteça, com benefícios para todos os atores envolvidos e também para a sociedade em geral.

Com mais de três décadas envolvidas no estudo da temática, ela destaca que o sistema agroalimentar é bastante complexo e que planejou o uso da terra contribui para que o País tome decisões estratégicas, que envolvam desde ações mais imediatas, como a criação de programas de capacitação e de acesso ao crédito, até ações de médio e longo prazo, como investimentos em infraestrutura e logística.

Para ela, conhecer os melhores recursos disponíveis permite elaborar planos de produção e escolher as alternativas que mais contribuam para atender às demandas mundiais por alimentos, fibras e energia, garantindo, ao mesmo tempo, a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento regional, com geração de emprego e renda.

Fonte: Embrapa Territorial

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Presidente da Lar assume Conselho Diretivo da ABPA

Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial.

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Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, com o Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial e do Conselho Diretivo da ABPA - Foto: Divulgação/Lar

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) anunciou na última semana a continuidade do mandato de Ricardo Santin como presidente, garantindo estabilidade e liderança consistente para a entidade. Simultaneamente, Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial, foi nomeado para presidir o Conselho Diretivo, trazendo sua vasta experiência e visão estratégica para fortalecer ainda mais a representatividade do setor.

A reafirmação de Ricardo Santin na presidência da ABPA é um reconhecimento de sua competência e dedicação à indústria de proteína animal. Santin demonstrou habilidade em enfrentar desafios complexos e impulsionar o desenvolvimento sustentável do segmento es ua recondução ao cargo é uma demonstração da confiança depositada pelos membros da ABPA em sua liderança.

Por sua vez, Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial. Sua nomeação para presidir o Conselho Diretivo representa um marco importante na história da ABPA, evidenciando o compromisso da entidade em diversificar sua liderança e garantir representatividade para todos os segmentos da cadeia produtiva.

Em uma entrevista exclusiva ao programa de rádio da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues compartilhou sua visão e expectativas para o novo papel que assumirá na ABPA. Ele enfatizou a importância de promover o diálogo e a cooperação entre as empresas associadas, destacando a necessidade de buscar o consenso e a harmonia em prol do desenvolvimento sustentável do setor. “Assumir a presidência do Conselho Diretivo da ABPA é uma honra e um desafio que encaro com muita responsabilidade”, afirmou Irineo da Costa Rodrigues durante a entrevista. “Estou comprometido em trabalhar em conjunto com todas as empresas associadas, buscando sempre o interesse comum e contribuindo para o crescimento e a valorização da indústria de proteína animal.”

A renovação de Ricardo Santin na presidência da ABPA e a nomeação de Irineo da Costa Rodrigues para o Conselho Diretivo marcam um momento de continuidade e renovação para a entidade. Com essa combinação de liderança experiente e novas perspectivas, a ABPA se fortalece para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que se apresentam, assegurando seu papel como uma das principais vozes do agronegócio brasileiro.

Importância da ABPA na indústria brasileira de proteína animal

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) é uma entidade fundamental para a representação e promoção dos setores de avicultura e suinocultura do Brasil. Como uma organização sem fins lucrativos, a ABPA é administrada por um Conselho Diretivo, com o respaldo de um Conselho Consultivo, e desempenha um papel crucial na defesa dos interesses desses segmentos.

A estrutura funcional da ABPA é composta por câmaras setoriais temáticas, responsáveis por tratar de questões técnicas e conjunturais relevantes para os setores de aves e suínos. Sob a liderança do presidente executivo Ricardo Santin, a ABPA tem como missão primordial representar esses setores em fóruns tanto nacionais quanto internacionais, zelando pela qualidade, sanidade e sustentabilidade dos produtos.

Além de sua atuação representativa, a ABPA também se dedica ao fomento do desenvolvimento tecnológico e à expansão da atuação do setor produtivo nos mercados interno e internacional. Por meio de diversas iniciativas, a associação busca promover a profissionalização e o crescimento sustentável da indústria de proteína animal, contribuindo para a economia brasileira e para a geração de empregos no país.

Um dos principais focos da ABPA é viabilizar novas oportunidades para o setor produtivo, tanto por meio de negociações internacionais quanto através de relações institucionais junto aos stakeholders no Brasil e no exterior. Ações para a abertura de novos mercados e a promoção da qualidade e segurança dos produtos brasileiros também estão entre as prioridades da associação.

Assim, a ABPA desempenha um papel central na promoção e defesa dos interesses da avicultura e da suinocultura brasileiras, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a competitividade desses setores no cenário nacional e internacional.

Composição do Conselho

O novo conselho diretivo contará ainda, entre titulares e suplentes com a participação de Neivor Canton, diretor presidente da Aurora Coop, José Carlos Garrote de Souza, presidente conselho de administração da São Salvador Alimentos, Cláudio Almeida Faria, gerente geral da Pif Paf Alimentos, Irani Pamplona Peters, presidente da Pamplona Alimentos, José Roberto Fraga Goulart, diretor-presidente da Alibem, José Mayr Bonassi, Rudolph Foods, Fábio Stumpf, diretor vice-presidente de agro e qualidade da BRF, Marcelo Siegmann, diretor de exportações da Seara, Dilvo Grolli, diretor presidente Coopavel, Bernardo Gallo, diretor-geral Cobb-Vantress, Rogério Jacob Kerber, diretor-executivo SIPS, Antônio Carlos Vasconcelos Costa, CEO Avivar Alimentos, Dilvo Casagranda, diretor de exportações da Aurora Alimentos, Carlos Zanchetta, diretor de Operações da Zanchetta Alimentos, Nestor Freiberger, presidente da Agrosul, Cleiton Pamplona Peters, diretor comercial mercado interno da Pamplona Alimentos, Elias Zydek, diretor-executivo da Frimesa, Gerson Muller, conselheiro Vibra Agroindustrial, Leonardo Dall’Orto, vice-presidente de mercado internacional e planejamento da BRF, Jerusa Alejarra, Relações Institucionais da JBS, Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol, Mauro Aurélio de Almeida, diretor da Hendrix Genetics para o Brasil, José Eduardo dos Santos, presidente da Asgav, Jorge Luiz de Lima, Diretor da ACAV/Sindicarne, e Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar.

O ex-ministro e ex-presidente da ABPA, Francisco Turra, também foi reconduzido à presidência do Conselho Consultivo da associação, juntamente com os demais membros do conselho.

Fonte: Assessoria Lar
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41ª Conferência Facta WPSA-Brasil será realizada em setembro de 2025

Tradicional evento da avicultura brasileira agora é bienal. Evento vai trazer como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal” manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário avícola mundial.

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Presidente da Facta, Ariel Mendes: "Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro" - Foto: Divulgação/Facta

A partir de 2025 a Conferência Facta WPSA-Brasil será bienal, a próxima edição ocorrerá entre os dias 02 e 03 de setembro, na Sociedade Hípica de Campinas (SP). O evento, que traz como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal”, manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário mundial da avicultura.

“Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro. Essa escolha se baseia no término das férias na Europa e nos Estados Unidos, o que facilita a participação de palestrantes estrangeiros, além de ser um mês com menos eventos no Brasil. Essa mudança visa otimizar a participação e o aproveitamento do evento pelos profissionais do setor avícola”, explica o presidente da Facta, Ariel Mendes.

A evolução da conferência, desde seus primórdios como um seminário até sua consolidação como a Conferência Facta de Ciência e Tecnologia Avícolas, demonstra seu compromisso contínuo com a excelência e a inovação. Por isso, nesta edição, a organização abordará estratégias eficientes de controle de salmonela, competitividade na produção de frango sem antimicrobianos, temas sobre incubação, manejo da microbiota em poedeiras, automação, gestão de dados e qualidade na produção, uso de inteligência artificial na gestão avícola e gestão integrada de sanidade e dados.

A Conferência Facta é o principal evento técnico da avicultura brasileira, reconhecido por sua qualidade técnica, com palestrantes nacionais e internacionais, o evento aborda temas essenciais ao setor. “O lançamento da próxima conferência está previsto para ocorrer durante o SIAVS 2024, em agosto, com o programa completo já planejado até setembro ou outubro, proporcionando às empresas tempo para incluí-lo em seus orçamentos para o próximo ano”, lembrou Mendes.

Fonte: Assessoria Facta
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Chuvas no Rio Grande do Sul prejudicam lavouras e dificultam logística

Estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

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Foto: Divulgação

A fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última terça-feira (30) deixou um rastro de destruição e prejuízos por onde passou. O estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

O Rio Grande do Sul é segundo maior estado produtor de soja no Brasil. Por isso, as intensas chuvas têm deixado agricultores em alerta. Além de retardar as atividades de campo, as precipitações em excesso vêm gerando preocupações sobre a qualidade das lavouras. O excesso de umidade tente a elevar a acidez do óleo de soja, o que pode reduzir a oferta de boa qualidade deste subproduto, especialmente para a indústria alimentícia.

De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o Brasil colheu, até agora, 90,5% da área de soja da safra 2023/24. O Sul é a região com as atividades de campo mais atrasadas – no Rio Grande do Sul, somam 60%, contra 70% no mesmo período de 2023, conforme aponta a Conab. A Emater/RS, por sua vez, indica que 76% da área sul-rio-grandense havia sido colhida até o dia 2 de maio, inferior aos 83% na média dos últimos cinco anos. Em Santa Catarina, a colheita alcançou 57,6% da área, abaixo dos 82,8% há um ano (Conab).

Para o milho, a colheita da safra verão está praticamente paralisada no Rio Grande do Sul.  Segundo a Emater/RS, os trabalhos atingiram 83% da área sul-rio-grandense até o dia 2 de maio, avanço semanal de apenas 1 p.p.. No Paraná, foram colhidos 98% da área total até essa segunda-feira, leve aumento de 1 p.p. em relação ao dado divulgado no dia 29 pela Seab/Deral. Em Santa Catarina, a colheita chegou a 93% no dia 28, segundo a Conab.

Frango, suínos e ovos

De acordo com colaboradores do Rio Grande do Sul consultados pelo Cepea, as fortes chuvas dos últimos dias têm prejudicado as negociações envolvendo frango, suínos e ovos. Com rodovias e pontes interditadas, o transporte do produto para atender à demanda em parte das regiões sul-rio-grandenses e também de fora do estado vem sendo comprometido.

Além disso, produtores relatam dificuldade em adquirir insumos, como rações e também embalagens e caixas, no caso de ovos. Agentes consultados pelo Cepea também indicam que algumas propriedades de produção suinícola e avícola foram danificadas; eles estão à espera de que a situação seja controlada para que os prejuízos sejam calculados.

Pecuária de corte

Agentes consultados pelo Cepea no Rio Grande do Sul indicam que, como as chuvas destruíram pontes e danificaram trechos de estradas, muitos lotes de animais para abate não conseguem ser transportados aos frigoríficos. Com isso, muitos compradores e vendedores estão fora do mercado nestes últimos dias, à espera de que a situação seja controlada.

Arroz

O Rio Grande do Sul é o principal estado produtor de arroz do Brasil, e as intensas chuvas desta semana deixaram orizicultores em alerta. Segundo pesquisadores do Cepea, a colheita, que já estava bastante atrasada em relação a anos anteriores, pode ser ainda mais prejudicada.

Colaboradores consultados pelo Cepea relatam que as recentes tempestades deixaram as lavouras debaixo d’água, inviabilizando as atividades.

Além disso, algumas estradas estão interditadas, o que também dificulta o carregamento do cereal. Esse cenário aumenta as incertezas quanto à produtividade da safra 2023/24, ainda conforme apontam pesquisadores do Cepea.

Dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgados no dia 22 de abril indicavam que, até aquele momento, a média era de 8.612 quilos por hectare no estado.

Cenoura

Dentre os produtos hortifrutícolas acompanhados pelo Cepea no Sul, o mais prejudicado foi a cenoura. O Cepea ainda não conseguiu levantar a extensão das perdas na praça produtora de Caxias do Sul (RS), mas o cenário é crítico.

Em Vacaria (RS), localizada em uma altitude mais elevada, os impactos do temporal foram menos severos. Pesquisadores do Cepea ressaltam que, diante da situação delicada, a amostragem de preços de cenoura desta semana foi significativamente menor.

Estima-se que as inundações resultem em uma janela de oferta e, em muitos casos, dificultem, inclusive, a retomada das áreas afetadas.

De acordo com a prefeitura de Caxias do Sul, a barragem São Miguel está em estado de alerta. Sinal de evacuação já foi emitido, e, em caso de ruptura, tanto a área urbana quanto a rural correm risco de alagamento.

Tomate e batata

As safras de batata em Bom Jesus e de tomate em Caxias do Sul estão próximas do final, mas os danos neste encerramento de safra devem ser grandes, devido aos volumes e à duração das chuvas.

Fonte: Com assessoria Cepea
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