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Notícias Meio ambiente

Estudo indica bioinsumo como solução sustentável na produção alimentar

País deixaria de emitir 18 milhões de toneladas de gás carbônico.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Brasil é capaz de deixar de emitir o equivalente a 18 milhões de toneladas de gás carbônico apenas com a substituição de fertilizantes minerais por bioinsumos na plantação das gramíneas, família que reúne várias espécies plantas usadas na produção de alimentos.

A conclusão é de trabalho apresentado na última terça-feira (24) pela pesquisadora do Instituto Senai de Inovação em Biossintéticos e Fibras, Luana Nascimento, que faz parte do projeto de cooperação internacional responsável pelo estudo Bioinsumos como alternativa a fertilizantes químicos em gramíneas: uma análise sobre os aspectos de inovação do setor. O estudo foi produzido pelo Senai e pela Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI).

De acordo com Luana, a pesquisa partiu de demanda estratégica do Ministério da Agricultura e Pecuária para subsidiar novas políticas públicas voltadas para segurança alimentar, desenvolvimento sustentável e competitividade do agronegócio brasileiro.

“As gramíneas representam a base da alimentação mundial humana e animal. São plantas como, trigo, milho, milheto, aveia e diversas outras e são base para a alimentação. Além disso, estão ligadas à produção de energia, tais como cana, e também aquelas ligadas a pasto, sejam naturais sejam pastos reformados.”

O óxido nitroso usado em fertilizantes minerais é apontado como um dos mais pontentes gases de efeito estufa causadores do aquecimento global.

O principal objetivo foi compreender os efeitos do uso de bioinsumos associados à fixação biológica de nitrogênio e solubilização de fósforo e potássio no solo. Para isso, os pesquisadores mapearam o mercado brasileiro a partir da análise de produtos disponíveis, patentes e artigos científicos realizados nos últimos cinco anos anteriores a 2023.

Fertilizantes

A equipe constatou que cerca de 80 % dos fertilizantes minerais usados no setor são importados e, além de representar grande parte do custo de produção em larga escala, causam impacto ambiental quando são depositados no solo pelas chuvas e evaporam. Um exemplo é o óxido nitroso, apontado por estudos como um dos mais potentes gases do efeito estufa causadores do aquecimento global.

Com a substituição dos fertilizantes minerais pelos bioinsumos, também seria possível diminuir em 7 milhões de toneladas anuais a adição de nitrogênio ao meio ambiente, consequentemente diminuindo a conversão desse gás em óxido nitroso, por bactérias naturalmente presentes na água e no solo.

Além da vantagem ambiental, a pesquisa revelou a possibilidade de um dos principais setores da produção de alimento economizar até US$5,1 bilhões com a alternativa mais sustentável e ainda alavancar um setor que já produz a partir de uma tecnologia predominantemente brasileira.

O estudo concluiu que dos bioinsumos disponíveis no mercado, 63% têm como base a bactéria Azospirillum brasilense, mas outras espécies de microrganismos também foram observadas na composição dos produtos revelando um potencial de expansão do uso de organismos e microrganismos em novos produtos. “Isso corresponde a uma oportunidade real para o Brasil no desenvolvimento tecnológico para as específicas condições do nosso país. Isso faz com que o Brasil, que já está na vanguarda da utilização continue na vanguarda da produção desses insumos”, diz.

O estudo também foi promovido pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), que reúne 34 países em cooperação técnica internacional no desenvolvimento de tecnologia e inovação para a agricultura. De acordo com o representante do IICA no Brasil, Gabriel Delgado, a pesquisa é um avanço na agenda ambiental para o setor. “O tema de bioinsumo é uma amostra do que pode se fazer em um país rapidamente para tratar de melhorar e fortalecer a resiliência dos sistemas alimentares”, conclui.

Fonte: Assessoria Agência Brasil

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Os preços do trigo apresentam variações entre diferentes regiões

A colheita vem avançando no Brasil e, consequentemente, lotes da nova safra começam a ser ofertados no spot nacional.

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Foto: Shutterstock

Levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apontam forte disparidade entre os preços do trigo pedidos por vendedores e os ofertados por compradores, além de variações distintas entre as regiões acompanhadas.

Segundo pesquisadores do Cepea, enquanto a colheita vem avançando no Brasil e, consequentemente, lotes da nova safra começam a ser ofertados no spot nacional, o cereal importado também tem sido disponibilizado no mercado.

No campo, a retomada das chuvas no Sul do País, ao mesmo tempo que favorece o desenvolvimento vegetativo, pode atrapalhar a fase final de parte das lavouras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Brasil e China avançam em negociações para ampliar comércio agropecuário

A China é o principal parceiro comercial do Brasil no setor agrícola, respondendo por 33,91% das exportações do país

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Secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa, secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart e vice-ministro chinês, Zhao Zenglian. - Fotos: Divulgação/Mapa

Nesta última terça-feira (24), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) sediou uma importante reunião técnica com a Administração Geral de Alfândega da China (GACC). O secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa, conduziu o encontro acompanhado do secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, que contou com a participação do vice-ministro chinês, Zhao Zenglian.

Durante a reunião, foram discutidos temas estratégicos para a ampliação do comércio agropecuário entre Brasil e China, com foco na revisão e atualização de protocolos sanitários e fitossanitários, fortalecendo ainda mais a parceria entre os dois países.

A delegação brasileira apresentou o interesse na abertura do mercado chinês para miúdos de bovinos e carne bovina com osso, ampliando as oportunidades de exportação de produtos de origem animal. Também foram discutidos avanços na revisão do protocolo de exportação de carne de aves, com a inclusão de miúdos e o reconhecimento da regionalização para Influenza Aviária de Alta Patogenicidade e para a Doença de Newcastle.

Outro ponto central da reunião foi a revisão do protocolo de exportação de carne bovina, onde o Brasil busca remover a suspensão automática das exportações em casos de ocorrência atípica de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB). O reconhecimento do status sanitário brasileiro para febre aftosa também foi destaque, reforçando a importância desse avanço para as exportações de carne suína e bovina.

A reunião ainda tratou da previsão de assinatura de protocolos para a exportação de uvas frescas, gergelim, sorgo, farinha e óleo de pescados durante a próxima reunião da cúpula do G20, que ocorrerá no Rio de Janeiro. Além disso, o Brasil reafirmou seu interesse em habilitar novos estabelecimentos para exportação de carne de aves, suínos e bovinos, além de avançar nas discussões sobre certificação eletrônica para produtos cárneos.

Diretores e servidores de diversas secretarias do Mapa também participaram da reunião, fortalecendo a colaboração técnica entre os dois países e ressaltando a importância das tratativas para ampliar o acesso dos produtos brasileiros ao mercado chinês, que segue como um dos principais destinos das exportações agropecuárias do Brasil.

“As relações comerciais entre Brasil e China têm se fortalecido de forma contínua ao longo dos últimos 20 meses, período no qual fomos sempre muito bem recebidos em cada visita e negociação. A parceria estratégica entre nossos países é fundamental para o crescimento do comércio agropecuário, e estamos avançando em importantes protocolos que beneficiarão nossos produtores e ampliarão ainda mais as oportunidades de exportação para o mercado chinês”, destacou o secretário Perosa.

Relação comercial

A China é o principal parceiro comercial do Brasil no setor agrícola, respondendo por 33,91% das exportações do país. Nos primeiros oito meses deste ano, o Brasil exportou aproximadamente US$ 38 bilhões em produtos agrícolas para o mercado chinês, com 68% desse total provenientes do complexo da soja.

Fonte: Assessoria Mapa
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Notícias Em Foz do Iguaçu

Piscicultura do Paraná é destaque em feira internacional do setor

Cidade do Oeste recebe a 6ª edição do International Fish Congress & Fish Expo Brasil, maior evento da cadeia de pescados do país e um dos maiores eventos da América Latina. O Paraná tem três municípios entre os cinco principais produtores de peixe no País: Nova Aurora (2º), Palotina (4º) e Assis Chateaubriand (5º).

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Foto: Divulgação

A abertura da 6ª edição do International Fish Congress & Fish Expo Brasil, na noite da última terça-feira (24), em Foz do Iguaçu, destacou o potencial do Paraná na cadeia da piscicultura. O evento, que tem apoio do Governo do Estado, encerra na quinta-feira (26) e tem palestras, trabalhos científicos e mais de 150 expositores. Esse é o maior evento da cadeia de pescados do país e um dos maiores eventos da América Latina.

O IFC Brasil 2024 espera reunir cerca de 4 mil participantes de todos os elos da cadeia produtiva, entre lideranças da indústria e do mercado, aquicultores, pescadores, cadeia de suprimentos e investidores.

O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza, destacou que a cadeia já representa R$ 2 bilhões no Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) estadual, e que 25 mil propriedades no Paraná têm na piscicultura um meio de sustento. Dessas, aproximadamente 71% são de agricultores familiares. “O Paraná produz hoje a melhor agricultura do país, é o principal produtor de proteínas animais, como é o caso da piscicultura”, afirmou.

O secretário disse ainda que a união entre o estado e as entidades representativas do agro é capaz de transformar a realidade. “O bom do Paraná é essa capacidade de articulação. As cooperativas ajudaram a fazer uma revolução, e nós temos a oportunidade de continuar fazendo o Paraná se transformar no maior supermercado do mundo, mas de forma sustentável, do ponto de vista ambiental, econômico e social”, avaliou o secretário.

Análise – Projeções da FAO, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, apontam a aquicultura e a pesca com papel central no desafio de alimentar um mundo com população crescente que vai demandar alimentos saudáveis, seguros, com menor impacto ambiental e viabilidade econômica.

A programação do IFC 2024 está alinhada a um momento promissor do mercado de pescados no País, além de um contexto de aumento da demanda por alimentos saudáveis e sustentáveis em todo o mundo, avaliou o presidente do evento, Altemir Gregolin. “Nos últimos 10 anos, a aquicultura brasileira realmente ganhou ritmo de crescimento. Nas próximas décadas, estaremos sentados ao lado de grandes produtores mundiais”, disse. O consumo de pescados no mundo subiu de 20,2 quilos por habitante ao ano em 2020 para 20,7 quilos por habitante ao ano em 2022.

Destaque nacional– Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados em setembro mostram que a piscicultura nacional cresceu 6,2% em 2023, atingindo a produção de 655 mil toneladas. O Paraná tem três municípios entre os cinco principais produtores de peixe no País: Nova Aurora (2º), Palotina (4º) e Assis Chateaubriand (5º). Além disso, o Estado é líder nacional na produção de tilápia, com 39,6% da produção de todo o país.

O ministro interino da Pesca e Aquicultura, Edipo Araujo, defendeu o setor como uma ferramenta para o combate à fome e para a garantia de emprego e renda. Ele falou sobre um acordo de cooperação técnica a ser firmado com a Itaipu Binacional para fomento da cadeia e destacou, entre as prioridades do órgão, a inclusão do pescado na cesta básica e na merenda escolar. O Paraná já tem uma lei aprovada nesse sentido. “O Brasil reafirmou o compromisso com esse setor estratégico”, disse Araujo.

Programação – O IFC Brasil 2024 vai reunir sete eventos simultâneos: Congresso Internacional de Aquicultura; Feira de Tecnologias e Negócios (VI Fish Expo): 2ª Aquacultura 4.0: 2ª Rodada Internacional de Negócios; Apresentação de Trabalhos Científicos; 4ª Encontro Mulheres da Aquicultura e Workshop sobre Sistema de Recirculação de Água.

Realização – O IFC Brasil 2024 é correalizado pela Fundep (Fundação de Apoio ao Ensino, Extensão, Pesquisa e Pós-graduação), Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), UFPR (Universidade Federal do Paraná) e a sua Fundação, a Funpar.

Patrocinam o IFC Brasil: CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Itaipu Binacional, Caixa Econômica Federal, MPA (Ministério da Pesca e Aquicultura), Governo Federal, Copel Energia, Sanepar, Governo do Paraná, BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) e Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

O apoio é da APEX Brasil, ABIPESCA (Associação Brasileira das Indústrias de Pescados), PEIXE BR (Associação Brasileira da Piscicultura) e Unila (Universidade Federal da Integração).

Presenças – Representando o Sistema Estadual de Agricultura (Seagri), também estiveram no evento o diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater (IDR-Paraná); Richard Golba; o diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Cesar Martins; a chefe do escritório regional da Adapar em Cascavel, Odete Medeiros; além de servidores do Seagri.

Fonte: AEN-PR
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