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Notícias No Paraná

Estudo avalia dinâmica da chuva em solo com terraceamento

Efeitos erosivos e quantidade de água infiltrada são importantes para tomada de decisões agronômicas.

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Arquivo/OP Rural

Conhecer bem a dinâmica da água no solo, suas implicações e consequências para a atividade produtiva e também para o meio ambiente é fundamental para que o produtor rural possa tomar decisões e proteger seu maior patrimônio: a terra. Essa abordagem está presente no subprojeto “Avaliação de parâmetros hidrológicos de duas megaparcelas na região Noroeste do Paraná”, que faz parte da Rede de AgroPesquisa e Formação Aplicada Paraná (Rede AgroParaná), iniciativa que conta com recursos do governo do Estado e do SENAR-PR.

De acordo com o trabalho, a erosão é influenciada por diversos fatores, como a textura da terra. Nos solos arenosos, a infiltração de água ocorre de forma mais acelerada, enquanto em argilosos, o processo ocorre de maneira mais lenta.

Este estudo vem sendo conduzido em duas áreas agrícolas localizadas em Cianorte e Presidente Castelo Branco, ambas com dois hectares, localizadas na região Noroeste do Estado. Nos locais, o solo tem perfil mais arenoso. O objetivo é avaliar o efeito da erosão em diferentes condições: em ambas as megaparcelas existem áreas com terraceamento e outras sem.

“O objetivo é verificar se os terraços são uma boa estratégia para conter o escoamento superficial de água. Se eles conseguirem conter esse escoamento, é de se esperar que mais água infiltre no solo”, afirma o responsável pelo estudo, André Ribeiro da Costa, e pesquisador do Instituto Cesumar de Tecnologia e Informação e professor do curso de Agronomia da Unicesumar.

Segundo Costa, conhecendo a curva de retenção da água no solo, que possibilita medir a umidade naquela área, será possível planejar a condução das culturas. Em Presidente Castelo Branco, a cultura atual do experimento é a cana-de-açúcar. Nas megaparcelas de Cianorte existe alternância de culturas (soja e mandioca já foram cultivados).

A coleta de dados é feita por meio de calhas parshall e calhas H. “Na calha H tem uma espécie de caixa d’água, que funciona como reservatório. A chuva passa pela calha H e cai nesse reservatório, onde medimos os volumes de sedimentos da água”, afirma Costa.

Como ocorreu em outros experimentos da Rede AgroParaná, a estiagem prolongada que acomete o Paraná há alguns anos afetou a coleta de dados. Sem a ação das chuvas, é impossível verificar a dinâmica da água no solo. “O objetivo é avaliar 15 chuvas, mas por enquanto tiveram só três. E não é qualquer chuva, existe uma relação entre escoamento e infiltração, queremos a chuva com escoamento”, afirma Costa.

Segundo o pesquisador, outro intuito do projeto é que, no longo prazo, tenhamos uma equação da perda de solo para o Estado do Paraná. Para chegar nesta equação, existem outros parâmetros que outros pesquisadores estão desenvolvendo no âmbito da Rede AgroParaná.

Fonte: Assessoria Faep

Notícias Com apoio do Governo do Paraná

17ª ExpoFrísia propõe discussões sobre o mercado leiteiro

Uma produção com os pés calcados em desenvolvimento, inovação e sustentabilidade. Essas premissas são destaque na 17ª edição da ExpoFrísia e 7º Digital Agro, abertos nesta quinta-feira (25) no Pavilhão Frísia, anexo ao Parque Histórico de Carambeí.

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Uma produção com os pés calcados em desenvolvimento, inovação e sustentabilidade. Essas premissas são destaque na 17ª edição da ExpoFrísia e 7º Digital Agro, abertos na quinta-feira (25) no Pavilhão Frísia, anexo ao Parque Histórico de Carambeí (PR). A crise vivida pelo setor leiteiro no estado paranaense, proveniente principalmente do aumento na importação do produto em pó de países do Mercosul, também dá o tom no ambiente.

Vice-governador do Paraná, Darci Piana, participou da abertura da ExpoFrísia: “Das 10 maiores cooperativas da América, sete estão no Paraná, e isso é um orgulho para nós” – Fotos: Igor Jacinto/Vice-Governadoria

O vice-governador do Paraná, Darci Piana, participou da abertura e destacou as qualidades da economia do Paraná. O PIB estadual cresceu 5,8% ao longo do ano passado, enquanto o brasileiro teve alta de 2,9%. Ele também citou os avanços de produção na cadeia de proteína animal em 2023, que fizeram do Estado ainda mais protagonista no setor. “É fruto do trabalho dos cooperados, que produzem com muita tecnologia e empregam muita gente”, destacou. “Das 10 maiores cooperativas da América, sete estão no Paraná, e isso é um orgulho para nós”.

O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, disse que a feira dos Campos Gerais é uma das que mais promovem conhecimento, inovação e ciência. “A Frísia oportuniza um momento em que pode apresentar seus resultados do passado e estender um olhar para o futuro, além de possibilitar às famílias um contato com a vida rural”, afirmou.

O secretário lembrou a crise enfrentada pelos produtores de leite por causa do aumento na importação de leite em pó dos países do Mercosul. “Perdemos muitos produtores nos últimos anos, mas estamos unidos para vencer a crise. No Paraná, já tomamos atitudes, taxando o leite em pó e o queijo industrializado importados, favorecendo a produção local”, afirmou.

A primeira decisão foi a publicação do Decreto 5.396/2024 , que altera o tratamento tributário na importação dos dois produtos. Além disso, o Governo encaminhou à Assembleia projeto de lei para alterar a legislação do ICMS (Lei Estadual 13.212/2001) da importação do leite em pó e do queijo mussarela.

Até então, a importação de insumos utilizados em processos produtivos ocorria com suspensão total de ICMS. Com as mudanças, a importação dos dois produtos passa a ter taxação de ICMS. Dessa maneira, tanto o leite em pó quanto o queijo mussarela importados passam a pagar ICMS de 7% – valor mínimo de cobrança do imposto, já que ambos os produtos fazem parte da cesta básica e, por isso, não podem ser taxados na alíquota cheia de 19,5%. No Paraná, os maiores importadores dos dois produtos são as indústria, para quem passa a valer a regra.

ExpoFrísia

Secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara: “Perdemos muitos produtores nos últimos anos, mas estamos unidos para vencer a crise”

Pelo terceiro ano consecutivo, a ExpoFrísia e o Digital Agro acontecem de forma simultânea em Carambeí. Os eventos levam ao público exposição de gado leiteiro e soluções para o agronegócio que atendam a dinâmica do campo com sustentabilidade, inovações e tendências para a agricultura digital e a pecuária. A feira é realizada pela Cooperativa Frísia com apoio técnico da Fundação ABC.

Dentre os temas que serão abordados neste ano estão gestão hídrica; conforto térmico para os animais – assunto que afetou o desempenho da cadeia leiteira; genoma bovino; principais usos de forrageiras; entre outros. Na feira ainda são apresentadas a exposição de bovinos da raça holandesa e realizados o Clube de Bezerras e a Copa dos Apresentadores.

“O Brasil acontece, o Paraná acontece e o cooperativismo acontece porque temos nossos cooperados que trabalham arduamente no dia a dia”, disse o presidente da Frísia, Renato Greidanus. “Quanto mais trabalhamos junto com Governo do Estado, o município, a cooperativa e os produtores poderemos mais. Temos que nos unir e planejar nosso futuro, nossas atividades e estamos fazendo isso”.

A prefeita de Carambeí, Elisangela Pedroso, disse que o crescimento da feira reflete o processo de crescimento econômico do município e da região. “Carambeí, que é o berço do cooperativismo no Brasil, está passando por um momento importante de industrialização que muito nos orgulha. Nestes três dias de feira, poderemos discutir inovações para o mundo da agricultura, do agronegócio e o melhoramento genético, além de fomentar o grande potencial turístico que a cidade possui”, comentou.

Fonte: AEN-PR
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Notícias

Instituições do Paraná divulgam nota técnica sobre quebramento da haste e podridão de grãos da soja

Ocorrências têm aumentado significativamente nos últimos anos em lavouras da região Médio-Norte de Mato Grosso e Rondônia, tendo sido observado durante a safra 2023/2024 nos estados do Paraná e de Santa Catarina.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Embrapa Soja, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e o Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) divulgaram nesta semana uma nota técnica enfatizando que a área de ocorrência de quebramento da haste no Paraná, na safra 2023/2024, foi pouco expressiva. Na nota técnica, as instituições informam ainda que as lavouras acometidas pelo quebramento da haste, nem sempre, apresentaram ocorrência de podridão de grãos, bem como esclarecem alguns aspectos relacionados ao quebramento da haste da soja e a podridão de grãos e ressalta que não há dados suficientes que comprovem a relação entre os problemas.

As ocorrências de quebramento de haste e podridão de grãos na cultura da soja têm aumentado significativamente nos últimos anos. A podridão de grãos tem sido particularmente preocupante desde a safra 2018/2019, afetando principalmente a região Médio-Norte de Mato Grosso e Rondônia. Por outro lado, o quebramento de haste tornou-se um problema mais proeminente a partir da safra 2020/2021, também sendo observado tanto na região mato-grossense quanto nos estados do Paraná e de Santa Catarina durante a safra 2023/2024.

Quebramento de plantas de soja – Fotos: Maurício Meyer

Quebramento de haste da soja

O quebramento de haste da soja é um problema recorrente na cultura, relatado e estudado há mais de três décadas no Brasil, cujas conclusões das possíveis causas recaem na interação da sensibilidade genética de cultivares e o estresse ambiental. O quebramento de haste da soja ocorre, geralmente, a partir do período de pré-fechamento das entrelinhas de semeadura, podendo ser visualizado somente após o início da formação de grãos. É caracterizado pela maior fragilidade de sustentação da planta na base da haste, próximo ao nó cotiledonar.

Essa fragilidade favorece o quebramento das hastes em decorrência de ventos. As plantas afetadas, com uma leve pressão lateral, estralam ao quebrar. As plantas quebradas podem permanecer com a parte aérea viva e verde, podendo completar a formação de grãos, mas oferecem dificuldades para a operação de colheita, em virtude de sua posição deitada no solo. Em condições de escassez de chuvas e temperaturas elevadas, as plantas quebradas secam antecipadamente e o enchimento dos grãos não é completado. As plantas quebradas comumente apresentam maior número de vagens chochas, com o enchimento de grãos interrompido.

Estrias necróticas na parte periférica do lenho da haste

Na região do quebramento, podem ser observadas estrias necróticas na parte periférica do tecido lenhoso das hastes, mas as mesmas estrias podem ser encontradas em regiões superiores das plantas e em plantas sem quebramento. O possível envolvimento de fungos fitopatogênicos e/ou outros fatores bióticos e abióticos, causando ou potencializando o quebramento de hastes, ainda está em estudo pela Embrapa e por outras instituições.

Podridão de grãos da soja

A podridão de grãos é observada a partir do início de enchimento de grãos. Externamente, as vagens podem apresentar sintomas de encharcamento e/ou escurecimento, sem abertura visível e, internamente, apresentam apodrecimento dos grãos.

A presença de vagens com sintomas e de grãos apodrecidos ocorre de forma aleatória na planta e na vagem, respectivamente, não necessariamente acometendo todos os grãos. Por consequência, a incidência da podridão de grãos eleva a presença de grãos avariados, depreciando a qualidade do produto colhido. Os fungos que predominam nos isolamentos a partir dos grãos e das vagens (com e sem sintomas) são diferentes espécies de Diaporthe, Fusarium, Colletotrichum e, em algumas safras, também foi observada alta incidência de mancha-púrpura nos grãos, causada por Cercospora spp. Esses e outros fungos podem ser encontrados de forma latente na planta e nos grãos, como endofíticos, sem causar sintomas aparentes, cada um associado a uma doença quando ocorrem os sintomas.

Podridão de grãos de soja e alta incidência de grãos avariados

Os sintomas de apodrecimento de grãos observados em lavouras brasileiras, assemelham-se aos causados pelo complexo de Diaporthe spp., descrito em 1920 nos Estados Unidos. Espécies de Diaporthe estão associadas a uma série de doenças da soja, incluindo apodrecimento de grãos, seca da haste e das vagens e cancro da haste, e levam a perdas de produção consideráveis em todo o mundo. A podridão de grãos é favorecida por condições climáticas quentes e úmidas, especialmente desde o enchimento da vagem (R5) até a maturidade fisiológica (R8).

O principal controle da podridão de grãos é por meio de seleção de cultivares menos suscetíveis. Fungicidas podem ser utilizados para reduzir a incidência. Exposição das plantas às condições de elevadas temperaturas (acima de 30 ºC) durante a fase de enchimento de grãos pode provocar deterioração e elevados índices de enrugamento dos grãos. Esse enrugamento normalmente é mais intenso sob déficit hídrico, mas pode também ocorrer em condições normais de disponibilidade hídrica.

O enrugamento afeta drasticamente a qualidade dos grãos e das sementes e propicia a infecção secundária por Diaporthe spp., o que pode propiciar o apodrecimento das vagens, principalmente em situações de ocorrência de chuvas frequentes em pré-colheita. Sabe-se que o caráter de enrugamento de grãos tem grande influência genética. Supõe-se que as cultivares que estão apresentando esse problema possam ser mais suscetíveis à sua expressão, aspecto esse que merece ser avaliado pela pesquisa.

Relação entre os problemas

Ainda não há dados suficientes que comprovem a relação entre o quebramento de haste da soja e a podridão de grãos. Cultivares mais sensíveis ao quebramento de haste e menos suscetíveis à podridão de grãos e vice-versa já foram observadas no campo, assim como cultivares sensíveis aos dois problemas.

Fonte: Com Adapar
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Notícias Gestão eficiente

Fundesa-RS tem contas aprovadas do primeiro trimestre de 2024

Saldo total do fundo até agora é de R$ 145,3 milhões e as despesas no período chegaram a R$ 2,5 milhões, ante R$ 6,7 milhões de receita

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Conselheiros do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul aprovaram, na última semana, a prestação de contas do primeiro trimestre de 2024. O saldo total do fundo até agora é de R$ 145,3 milhões e as despesas no período chegaram a R$ 2,5 milhões, ante R$ 6,7 milhões de receita.

Entre as despesas, destaque novamente para as indenizações na pecuária leiteira, que somaram R$ 1,3 milhão. Também foi homologado o aporte de recursos para a reforma do prédio da Inspetoria de Defesa Agropecuária de Júlio de Castilhos, superando R$ 180 mil. A reforma está em fase de finalização e o atendimento aos produtores já está sendo realizado na unidade. Antes o funcionamento da IDA se dava em um prédio alugado.

Os conselheiros também homologaram uma série despesas relacionadas ao Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor que consistem em aferição de instrumentos de laboratório, aquisição de insumos e aquisição de equipamentos.

Outro aporte de recursos aprovado durante a assembleia foi a cobertura de despesas com estadia e deslocamento de oito técnicos da Secretaria da Agricultura do RS, na reunião da Cosalfa, comemorativa aos 50 anos do grupo. A Comissão de Luta Sul-Americana de Luta contra a Febre Aftosa se realizará no final deste mês no Rio de Janeiro e contará com a apresentação da Plataforma de Defesa Sanitária Animal do RS, como destaque entre os participantes.

Fonte: Assessoria Fundesa-RS
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