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Estudo aponta que vacinação contra Diarreia Viral Bovina, Rinotraqueíte Infecciosa e Leptospirose aumenta a taxa de prenhez em protocolos de IATF

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Vacas Nelore vacinadas de forma estratégica contra Diarreia Viral Bovina (BVD), Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR) e Leptospirose têm taxas de prenhez superiores em protocolos de Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF). É essa a conclusão de um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), em conjunto com veterinarios do laboratório Biogénesis Bagó, de Curitiba (PR) e Lab Axys Análises Diagnóstico, de Porto Alegre (RS), cujo resultado será apresentado na 41ª Conferência Anual da International Embryo Transfer Society, que será promovida em Versailles, na França, em janeiro de 2015.
A realização da pesquisa foi motivada pela ainda controversa eficiência da vacinação no controle de perdas reprodutivas causadas pelas doenças BVD, IBR e Leptospirose, que causam grandes impactos negativos nas taxas produtivas e reprodutivas dos rebanhos.
Para o estudo foram utilizadas 1172 vacas Nelore, provenientes de quatro fazendas localizadas no Mato Grosso do Sul, distribuídas em dois grupos na estação de monta 2013/2014. O primeiro grupo recebeu os manejos vacinais no início do protocolo de IATF e no diagnóstico de gestação aos 30 dias após a inseminação. O segundo grupo recebeu apenas solução salina 0,9%.
Os animais vacinados tiveram taxas de prenhez em IATF de 58,2% enquanto que o grupo de controle teve 44,7%, demonstrando um índice superior de 13,5 pontos percentuais ou um aumento de 27% em prenhez.
“Esses resultados demonstram que não é preciso ter receio para colocar em prática vacinação contra enfermidades reprodutivas junto com protocolos de IATF, pois com as vacinas recomendadas de forma estratégica o produtor pode ter reprodução com saúde, emprenhando mais vacas, na época certa, mantendo as gestações e minimizando as perdas”, explica o médico veterinário da Biogénesis Bagó, Lucas Souto, que participou da realização do estudo que será apresentado na França.
 
Resultado comprovado na prática

“Por não ter experiência, eu não acreditava que a vacinação na IATF dava tanta diferença, mas comprovei que é realmente eficaz. Nos 400 animais que vacinamos para o teste tivemos um índice de prenhez 10% superior aos não vacinados. Eu mesmo vacinei e fiz os ultrassons e pude comprovar na prática os resultados”, atesta o veterinário da Fazenda Piray, de Iguatemi (MS), Rodrigo Bussman, que participou do estudo.
“Foi muito bom participar desse estudo. Os nossos animais que foram vacinados tiveram um índice de prenhez 12% superior aos que não foram. Agora a gente acredita na eficácia da vacinação”, afirma o veterinário da Fazenda Água Azul, de Porto Murtinho (MS), Caio Augusto Rocha.
“Para nós, foi ótimo. Vacinamos 159 animais e pelo resultado vamos vacinar todos na próxima estação de monta. O índice de prenhez médio da Fazenda é de 86 a 88% com IATF. Esperamos com a vacinação chegar a 90 ou 92% na próxima estação”, acredita o gerente da Fazenda Água Azul, Valdivino Colis.
“Venho adotando a prática de vacinação em IATF há mais de quatro anos nos meus clientes e já tinha identificado não só um aumento da taxa de prenhez, mas também uma diminuição nos índices de fundo de maternidade. Existe uma resistência a vacinar em IATF, tanto por parte de veterinários como de pecuaristas, que veem somente o custo da vacina. Porém, com a valorização maior do bezerro até mesmo por conta da IATF, a vacinação se tornou uma ferramenta a mais para tornar a atividade mais eficiente, em conjunto com outros fatores, como o uso correto dos protocolos e a qualidade do sêmen. Como o Brasil é um país de dimensões continentais, seria interessante fazer o estudo em outras regiões”, afirma o médico veterinário Luigi Carrer Filho, proprietário da Campos e Carrer, de Londrina (PR) e vice-presidente do CRMV do Paraná.
Na Fazenda Segredo, em Bataguassu (MS), que participou do estudo com 360 animais, o índice de prenhez nos animais vacinados foi 20% superior. “O resultado foi muito bom, surpreendente! Foi muito interessante ter participado, pois eu tinha receio de que o resultado não justificasse o custo da vacina, mas compensa muito. Vamos implantar a vacinação no rebanho na próxima estação de monta”, garante o veterinário José Eduardo Pereira Lima Filho, gerente da Fazenda.
“Foi um acréscimo excepcional no índice de prenhez, principalmente na categoria de primíparas”. Assim definiu o veterinário Gabriel de Bacco Jorge, da CRIA LG, que faz o acompanhamento da Fazenda São Geraldo, localizada em Santa Rita do Rio Pardo (MS) e que participou do experimento com 250 animais, tanto primíparas quanto multiprímaras. O índice de prenhez nos animais vacinados foi 11% maior do que nos não-vacinados. “Nos exames de sangue havia titulagem alta de doenças reprodutivas e o excelente índice de prenhez atingido se deve à vacina. Usamos somente sêmen de dois touros e fui eu mesmo que realizou todas as inseminações para anular essas variáveis. Se existe alguma resistência à vacinação é porque não se mensura números. O resultado que dá paga a vacina com um ‘pé nas costas’”, ressalta o veterinário.

Fonte: Ass. Imprensa da Biogenesis Bagó

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Boi gordo enfrenta semanas de instabilidade e pressão nas cotações

Recuo de até R$ 13/@ reflete um mercado mais sensível antes do período de maior consumo.

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Foto: Ana Maio

A possibilidade de novas medidas protecionistas da China voltou a gerar incerteza no mercado pecuário brasileiro. O país asiático, principal destino da carne bovina do Brasil, estaria avaliando restringir a entrada do produto, mas não há qualquer confirmação oficial até o momento. Mesmo assim, os rumores foram suficientes para pressionar os contratos futuros do boi nas últimas semanas.

As especulações ganharam força no início de novembro, indicando que Pequim poderia retomar o movimento iniciado em 2024, quando alegou excesso de oferta interna para reduzir as importações. A decisão, que inicialmente seria tomada em agosto de 2025, foi adiada para novembro, ampliando a cautela dos agentes e intensificando a queda na curva futura: em duas semanas, os contratos recuaram entre R$ 10 e R$ 13 por arroba.

Foto: Gisele Rosso

Com a China respondendo por cerca de 50% das exportações brasileiras de carne bovina, qualquer redução nos embarques tende a impactar diretamente os preços do boi gordo, especialmente em um momento de forte ritmo de produção.

Apesar da tensão, o cenário de curto prazo permanece positivo. A demanda doméstica, reforçada pela sazonalidade do fim de ano, e o recente alívio nas barreiras impostas pelos Estados Unidos ajudam a sustentar as cotações. Caso os abates não avancem mais de 10% em novembro e dezembro, a disponibilidade interna deve ficar abaixo da registrada em outubro, movimento que favorece a recuperação dos preços da carne nos próximos 30 dias.

Para 2026, as projeções seguem otimistas para a pecuária brasileira. A expectativa é de menor oferta de animais terminados, custos de produção mais competitivos e demanda externa firme, em um contexto de queda da produção e das exportações de concorrentes, especialmente dos Estados Unidos. A principal atenção fica por conta do preço da reposição, que subiu de forma expressiva e exige valores mais ajustados na venda do boi gordo para assegurar a rentabilidade na terminação.

Fonte: O Presente Rural com informações Consultoria Agro Itaú BBA Agro
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Novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável busca impulsionar produção de leite no Noroeste de Minas Gerais

Assistência técnica, pesquisa aplicada e melhorias genéticas a 150 propriedades familiares, com foco em produtividade, sustentabilidade e fortalecimento da cadeia leiteira no Noroeste mineiro até 2028.

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Foto: Carlos Eduardo Santos

O fortalecimento e a ampliação da produção de leite de produtores de Paracatu (MG), de forma sustentável, eficiente e de qualidade, ganharam impulso com o início do novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável, desenvolvido em parceria entre a Embrapa Cerrados e a Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu (Coopervap).

O projeto é desenvolvido no âmbito do Programa Mais Leite Saudável (PMLS) do MAPA desde 2020. O Programa Mais Leite Saudável é um incentivo fiscal que permite a laticínios e cooperativas obter até 50% de desconto (crédito presumido) no valor de PIS/Pasep e COFINS relativo à comercialização do leite cru utilizado como insumo, desde que desenvolvam projetos que fortaleçam e qualifiquem a cadeia produtiva por meio de ações diretas junto aos produtores.

O treinamento dos técnicos recém-selecionados foi realizado no fim de outubro, e as primeiras visitas às propriedades ocorreram no início de novembro. Essa é a terceira fase do projeto, que conta com o acompanhamento do pesquisador José Humberto Xavier e do analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Carlos Eduardo Santos.

O projeto articula as dimensões de assistência técnica e pesquisa e atuará nessa etapa com uma rede de 150 propriedades rurais familiares, que receberão acompanhamento de três veterinários e dois agrônomos, seguindo o modelo implantado em 2020. A equipe da Embrapa atua na capacitação técnica e metodológica dos técnicos e na condução de testes de validação participativa de tecnologias promissoras junto aos agricultores da rede.

A nova etapa, prevista para ser concluída em 2028, busca desenvolver alternativas para novos sistemas de cultivo com foco na agricultura de conservação, oferecer apoio técnico ao melhoramento genético dos animais de reposição com o uso de inseminação artificial e ampliar o alcance dos resultados já obtidos, beneficiando mais agricultores familiares e contribuindo para o desenvolvimento regional.

Segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados, José Humberto Xavier, os sistemas de cultivo desenvolvidos até agora melhoraram o desempenho das lavouras destinadas à alimentação do rebanho, mas ainda são necessários ajustes para reduzir a perda de qualidade do solo causada pelo preparo convencional e pela elevada extração de nutrientes advinda da colheita da silagem, além de evitar problemas de compactação quando o solo está úmido. Ele destaca também os desafios de aumentar a produtividade e reduzir a penosidade do trabalho com mecanização adequada.

O analista Carlos Eduardo Santos ressaltou a importância de melhorar o padrão genético do rebanho. “A reposição das matrizes é, tradicionalmente, feita pela compra de animais de outros rebanhos. Isso gera riscos produtivos e sanitários, além de custos elevados. Por isso, a Coopervap pretende implementar um programa próprio de reposição, formulado com base nas experiências dos técnicos e produtores ao longo da parceria”, afirmou.

Fonte: Assessoria Embrapa Cerrados
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Curso gratuito da Embrapa ensina manejo correto de resíduos na pecuária leiteira

Capacitação on-line orienta produtores a adequar propriedades à legislação ambiental e transformar dejetos em insumo seguro e sustentável.

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Foto: Julio Palhares

Como fazer corretamente o manejo dos dejetos da propriedade leiteira e adequá-la à legislação e à segurança dos humanos, animais e meio ambiente? Agora, técnicos e produtores têm à disposição um curso on-line, disponível pela plataforma de capacitações a distância da Embrapa, o E-Campo, para aprender como realizar essa gestão. A capacitação “Manejo de resíduos na propriedade leiteira” é gratuita e deve ocupar uma carga horária de aproximadamente 24 horas do participante.

O treinamento fecha o ciclo de uma série de outros cursos relacionados ao manejo ambiental da atividade leiteira: conceitos básicos em manejo ambiental da propriedade leiteira e manejo hídrico da propriedade leiteira, também disponíveis na plataforma E-Campo.

De acordo com o pesquisador responsável, Julio Palhares, identificou-se uma carência de conhecimento sobre como manejar os resíduos da atividade leiteira para adequar a propriedade frente às determinações das agências ambientais. “O correto manejo é importante para dar qualidade de vida aos que vivem na propriedade e no seu entorno, bem como para garantir a qualidade ambiental da atividade e o uso dos resíduos como fertilizante”, explica Palhares.

A promoção do curso ainda contribui para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), como as metas 2 e 12. A 2 refere-se à promoção da agricultura sustentável de produção de alimentos e prevê práticas agropecuárias resilientes, manutenção dos ecossistemas, fortalecimento da capacidade de adaptação às mudanças climáticas, etc. O ODS 12 diz respeito ao consumo e produção responsáveis, principalmente no que diz respeito à gestão sustentável.

O treinamento tem oferta contínua, ou seja, o inscrito terá acesso por tempo indeterminado.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sudeste
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