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Estratégias para retenção de talentos nas granjas suínas

Com o aumento das oportunidades no mercado, os trabalhadores escolhem empresas onde percebem um bom ambiente de convivência, crescimento e valorização, além de gestores e colegas que os respeitam e apoiam.

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Fotos: Divulgação

Para obter resultados de excelência e expressivos na produção, uma série de fatores são fundamentais: genética de qualidade, nutrição adequada, bem-estar animal, ambiência, entre outros. Um item muitas vezes esquecido ou mesmo deixado de lado é a gestão da mão de obra – fator essencial para o bom desenvolvimento das atividades na propriedade rural. “Gestores que investem na criação de ambientes de trabalho mais engajadores e que atendam melhor às novas expectativas dos trabalhadores vêm percebendo que, embora os incentivos financeiros ajudem a atrair novos colaboradores, são insuficientes para mantê-los engajados a longo prazo. A mudança de foco para o desenvolvimento humano tem refletido positivamente nos índices zootécnicos e econômicos, destacando que investir nas pessoas não é mais uma escolha, mas uma condição determinante para o sucesso da granja”, explica o médico-veterinário e especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade.

De acordo com ele, o mundo moderno, com suas facilidades e maior volume de oportunidades, além da pandemia da Covid-19, acentuou o desafio da gestão de mão de obra. “Com mais opções, os trabalhadores se tornaram mais exigentes e criteriosos na escolha da empresa onde desejam trabalhar. Isso aumentou o desafio de reter trabalhadores, principalmente nas granjas que não conseguem oferecer essas condições. Consequentemente, olhar atentamente para essa questão tornou-se uma necessidade prioritária para os gestores, que buscam soluções para essa nova realidade”, defende o especialista.

Trindade explica que em um mercado cada vez mais incerto e complexo, os gerentes e encarregados de granjas necessitam mais do comprometimento de suas equipes. “A pressão por resultados mais desafiadores cria um clima de trabalho tenso quando os gestores não têm suas habilidades interpessoais bem desenvolvidas, contribuindo para a maior evasão de profissionais nos últimos tempos”, diz.

Como evitar a rotatividade?

O especialista desenvolveu uma pesquisa sobre engajamento na suinocultura em diversas granjas no Brasil, entrevistando mais de 1,3 mil pessoas. Entre os pontos mais recorrentes vistos por ele foram a falta de reconhecimento e valorização das equipes; comunicação deficiente entre gestores e funcionários; ambientes de trabalho pouco motivadores; ausência de oportunidades de crescimento e desenvolvimento pessoal e profissional; e promoção de encarregados sem habilidades comportamentais. “Esses elementos combinados criam um ambiente de trabalho desengajado e incapaz de reter talentos”, afirma.

Para evitar problemas como esse, Trindade desenvolveu um método: o BPL (Boas Práticas de Liderança). “Ele tem sido muito bem recebido, especialmente porque foi criado com base em pesquisas dentro da própria suinocultura, levando em conta os desafios específicos do setor. Desenvolvi o BPL para resolver essa lacuna da má comunicação e alta rotatividade, focando na profissionalização dos gerentes e encarregados de granjas, que são os profissionais que convivem com a equipe operacional e por isso influenciam fortemente o engajamento. O método combina experiência técnica e habilidades comportamentais, ajudando a melhorar o engajamento e a performance das equipes, além dos indicadores zootécnicos e econômicos”, informa.

De acordo com ele, um exemplo prático foi realizado em uma UPL (Unidade Produtora de Leitões), que após a utilização do método reduziu a rotatividade em mais de 30% e aumentou a produtividade média em 20% em menos de um ano, o que refletiu diretamente no desempenho dos leitões, que passaram a atingir uma média de peso superior a 6 quilos aos 22 dias de idade, algo que antes não conseguiam manter. Outro exemplo é de uma granja em Minas Gerais, que conseguiu redefinir papéis, melhorar a comunicação e o clima da equipe, resultando em melhorias nos indicadores, inicialmente na maternidade, onde tinha maiores desafios e, consequentemente, nos demais setores do seu ciclo completo. “Esses resultados mostram que a capacitação adequada de gerentes e encarregados para lidar com equipes e criar um ambiente engajador é essencial para o sucesso zootécnico e econômico. Ou seja, um trabalho feito da porteira para dentro da granja”.

Comunicação clara e objetiva

Médico veterinário e especialista em liderança, engajamento e produtividade na suinocultura, Leandro Trindade: “Precisamos rever o hábito comum de se promover esses profissionais apenas baseados em critérios de capacidade técnica.”

Trindade explica que é essencial profissionalizar a liderança dos gerentes e encarregados de produção para manter as equipes motivadas e produtivas. “Precisamos rever o hábito comum de se promover esses profissionais apenas baseados em critérios de capacidade técnica. Se não possui habilidade para se relacionar e se comunicar eficazmente com a equipe, não pode ser promovido ou, se assim for, que seja conscientizado e incentivado a desenvolver essas habilidades essenciais para tal papel. Isso envolve oferecer treinamento e desenvolvimento de habilidades comportamentais, essenciais para enfrentar os desafios da rotina de granja e lidar com uma força de trabalho cada vez mais exigente”, defende.

Outro ponto fundamental nas granjas é a comunicação eficaz, clara e não ofensiva, o que assegura a qualidade das operações, ajuda a alinhar expectativas, resolver conflitos e manter a equipe motivada e informada. Trindade traz três pontos que podem ser trabalhados para aprimorar essas habilidades: o desenvolvimento de comunicação e escuta ativa; práticas de feedback contínuo; e criação a manutenção de um ambiente de comunicação aberta. “Workshops e palestras sobre comunicação eficaz, com uma abordagem prática e contextualizada para o setor, são excelentes recursos para desenvolver essa habilidade. Além disso, é importante seguir com um acompanhamento para superar as dificuldades que normalmente surgem durante a aplicação prática dos aprendizados adquiridos”.

Trindade defende que é fundamental criar uma cultura que valorize e incentive a transparência e a comunicação aberta entre todos os níveis da equipe, especialmente os colaboradores da equipe operacional, que conhecem bem os problemas da granja. “Para isso, deve-se estabelecer um canal de diálogo com esses colaboradores, de forma que se sintam seguros e confiantes para se expressar sem medo de represálias. Isso cria um ambiente onde todos se sentem parte do processo e permite a segurança para falar e contribuir, o que fortalece a comunicação interna, antecipa a solução dos problemas, acelera as melhorias e, assim, apoia a contínua evolução de performance da equipe”, comenta.

 Cultura organizacional afeta

A cultura é o jeito de funcionar da granja, manifestando-se por meios de padrões de comportamentos observáveis e repetitivos. Ela inclui a forma de comunicar, tomar decisões, resolver problemas e enxergar oportunidades. Esses padrões representam a cultura da granja e estão diretamente relacionados ao desempenho da equipe.

De acordo com o especialista, mesmo com excelentes treinamentos técnicos, se a cultura não permite que o conhecimento seja aplicado, a performance não avança. “A cultura tem um impacto significativo na formação de equipes de alta performance. Uma cultura que valoriza a aprendizagem, a colaboração, a inovação e a sustentabilidade cria um ambiente onde os colaboradores se sentem motivados e engajados. Isso resulta em equipes mais produtivas, comprometidas e capazes de alcançar resultados além do esperado”.

Retendo talentos

De acordo com Trindade, a retenção de talentos é essencial, mas hoje em dia é mais sobre conquistar pessoas, já que são os colaboradores que decidem se engajar e permanecer na granja. “Com o aumento das oportunidades no mercado, os trabalhadores escolhem empresas onde percebem um bom ambiente de convivência, crescimento e valorização, além de gestores e colegas que os respeitam e apoiam. Essas características são comuns nas granjas com baixos índices de rotatividade e resultados duradouros”, explica.

Ele diz que para enfrentar dificuldades na retenção de talentos, a recomendação é focar na criação de um ambiente de trabalho engajador e positivo. “A construção dessa mudança é complexa e não há atalhos; é necessário investir na formação de líderes. Gerentes e encarregados devem ser treinados para desenvolver habilidades relacionais e de comunicação, capacitando-os a treinar, envolver e delegar responsabilidades adequadamente”, informa. O especialista alerta, porém, que antes de tudo, fará toda diferença realizar um diagnóstico para identificar áreas de melhoria e implementar soluções específicas para a realidade e o momento da granja. “Esse diagnóstico ajudará a direcionar os esforços de forma eficiente na criação de um ambiente de trabalho onde os colaboradores decidem permanecer por julgarem que vale a pena”.

Trindade comenta ainda que o avanço tecnológico na suinocultura continuará a otimizar resultados e melhorar a qualidade do trabalho das equipes, mas não resolverá os problemas de alta rotatividade causados por desafios de relacionamento e comunicação. Apenas a formação de líderes pode fazer isso. Dessa forma, ele traz algumas tendências futuras para gestão de equipes na suinocultura: ocupação de cargos de gestão apenas por pessoas com habilidades humanas bem desenvolvidas; maior adoção de tecnologias para facilitar a comunicação e a gestão; foco crescente no bem-estar e no desenvolvimento dos colaboradores; práticas de liderança mais humanizadas e centradas nas pessoas; valorização da cultura organizacional como fator chave para o sucesso das granjas; e maior ênfase na sustentabilidade e na inclusão, refletindo as mudanças de comportamento das novas gerações. “Essas tendências indicam que, além da tecnologia, é fundamental investir na formação de líderes que possam criar ambientes de trabalho engajadores e sustentáveis”, afirma.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo na suinocultura acesse a versão digital de Suínos clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

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Suinocultura teve ano de recuperação, mas cenário é de cautela

Conjuntura foi apresentada ao longo de reunião da Comissão Técnica de Suinocultura da Faep. Encontro também abordou segurança do trabalho em granjas de suínos.

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Foto: Divulgação/Sistema Faep

Depois de dois anos difíceis, a suinocultura paranaense iniciou um período de recuperação em 2024. As perspectivas para o fim deste ano são positivas, mas os primeiros meses de 2025 vão exigir cautela dos produtores rurais, que devem ficar de olho em alguns pontos críticos. O cenário foi apresentado em reunião da Comissão Técnica (CT) de Suinocultura do Sistema Faep, realizada na última terça-feira (19). Os apontamentos foram feitos em palestra proferida por Rafael Ribeiro de Lima Filho, assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A mesma conjuntura consta do levantamento de custos de produção do Sistema Faep, que será publicado nos próximos dias.

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

O setor começou a se recuperar já em janeiro deste ano, com a retomada dos preços. Até novembro, o preço do suíno vivo no Paraná acumulou aumento de 54,4%, com a valorização se acentuando a partir de março. No atacado, o preço da carcaça especial também seguiu esse movimento. A recomposição ajudou o produtor a se refazer de um período em que a atividade trabalhou no vermelho.

Por outro lado, a valorização da carne suína também serve de alerta. Com o aumento de preços, os produtos da suinocultura perdem competitividade, principalmente em relação à carne de frango, que teve alta bem menor ao longo ano: o preço subiu 7,7%, entre janeiro e novembro. Com isso, a tendência é que o frango possa ganhar a preferência do consumidor, em razão dos preços mais vantajosos.

“Temos que nos atentar com a competitividade da carne suína em relação a outras proteínas. Com seus preços subindo bem menos, o frango se tornou mais competitividade. Isso é um ponto de atenção para a suinocultura, neste cenário”, assinalou Lima Filho.

Exportações

Foto: Claudio Neves

Com 381,6 mil matrizes, o Paraná mantém 18% do rebanho brasileiro de suínos. A produção nacional está em estabilidade nos últimos três anos, mas houve uma mudança no portifólio de exportações paranaenses. Com a recomposição de seus rebanhos, a China reduziu as importações de suínos. O país asiático – que chegou a ser o destino de 40% das vendas externas paranaenses em 2019 – vai fechar 2024 com a aquisição de 17% das exportações de suínos do Paraná.

Em contrapartida, os embarques para as Filipinas aumentaram e já respondem por 18% das vendas externas de carne suína do Estado. Entre os destinos crescentes, também aparece o Chile, como destino de 9% das exportações de produtos da suinocultura paranaense. Nesse cenário, o Paraná deve fechar o ano com um aumento de 9% no volume exportado em relação a 2023, atingindo 978 mil toneladas. Os preços, em compensação, estão 2,3% menores. “Apesar disso, as margens de preço começaram a melhorar no segundo semestre”, observou Lima Filho.

Perspectivas

Diante deste cenário, as perspectivas são positivas para este final de ano. O assessor técnico da CNA destaca fatores positivos, como o recebimento do 13º salário pelos trabalhadores, o período de férias e as festas de final de ano. Segundo Lima Filho, tudo isso provoca o aquecimento da economia e tende a aumentar o consumo de carne suína. “A demanda interna aquecida e as exportações em bons volumes devem manter os preços do suíno vivo e da carne sustentados no final deste ano, mantendo um momento positivo para o produtor”, observou o palestrante.

Para 2025, se espera um tímido crescimento de 1,2% no rebanho de suínos, com produção aumentando em 1,6%. As exportações devem crescer 3%, segundo as projeções. Apesar disso, por questões sazonais, os produtores podem esperar uma redução de consumo nos dois primeiros meses de 2025. “É um período em que as pessoas tendem a ter mais contas para pagar, como alguns impostos. Além disso, a maior concorrência da carne de frango pode impactar a demanda doméstica”, disse Lima Filho.

Além disso, o aumento nos preços registrados neste ano pode estimular o alojamento de suínos em 2025. Com isso, pode haver uma futura pressão nos preços nas granjas e nas indústrias. Ou seja, o produtor deve ficar de olho no possível aumento dos custos de produção, puxado principalmente pelo preço do milho, da mão de obra e da energia elétrica. “O cenário continua positivo para a exportação, mas o cenário para o ano que vem é de cautela. O produtor deve se planejar e traçar suas estratégias para essa conjuntura”, apontou o assessor da CNA.

Segurança do trabalho

Além disso, a reunião da CT de Suinocultura da FAEP também contou com uma palestra sobre segurança do trabalho em granjas de suínos. O engenheiro e segurança do trabalho e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Sandro Andrioli Bittencourt, abordou as Normas Regulamentadoras (NRs) que visam prevenir acidentes de trabalho e garantir a segurança e o bem-estar dos trabalhadores.

Entre as normativas detalhadas na apresentação estão a NR-31 (que estabelece as regras de segurança do trabalho no setor agropecuário), a NR-33 (que diz respeito aos espaços confinados, como silos, túneis e moegas) e a NR-35 (que versa sobre trabalho em altura). Em seu catálogo de cursos, o Sistema Faep dispõe de capacitações para cada uma dessas regulamentações.

Fonte: Assessoria Sistema Faep
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Cooperado da Coopavel vence Prêmio Orgulho da Terra na categoria suínos

Adriano e a esposa, Claudiane, administram um sítio de cinco hectares em Toledo. Na propriedade, duas granjas abrigam 1.620 cabeças de suínos.

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Fotos: Divulgação/Coopavel

O cooperado Adriano Trenkel, da Coopavel, foi o grande vencedor na categoria Suinocultura do Prêmio Orgulho da Terra promovido pelo programa RIC Rural, da RIC TV no Paraná. A cerimônia de anúncio e entrega das premiações ocorreu no último dia 12 de novembro, durante uma prestigiada celebração do setor pecuário em Curitiba. A Coopavel foi destaque também na categoria Avicultura, com a vitória do cooperado Jacenir da Silva, de Três Barras do Paraná.

Cooperado da Coopavel, Adriano Trenkel

Adriano e a esposa, Claudiane, administram um sítio de cinco hectares em Toledo. Na propriedade, duas granjas abrigam 1.620 cabeças de suínos. A produção, realizada com foco na qualidade e bem-estar animal, inclui cuidados rigorosos com alimentação, sanidade, manejo, ventilação e ambiência. Adriano destaca que gostar do que faz e seguir as orientações dos técnicos da Coopavel são diferenciais para alcançar os resultados desejados. “Estamos muito felizes e orgulhosos com esse título”, afirma Adriano.

Willian Stein é o técnico da Coopavel que atende a propriedade dos Trenkel e enaltece o empenho do casal: “São produtores rurais exemplares, sempre presentes nos treinamentos oferecidos pela cooperativa e atentos às recomendações passadas. Essa dedicação reflete diretamente na qualidade dos suínos entregues no frigorífico e nos resultados do trabalho do casal”, afirma Willian.

Empenho coletivo

O presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, parabeniza Adriano, Claudiane, suinocultores e técnicos da cooperativa pelos resultados no Orgulho da Terra. “A organização e o cuidado nas propriedades rurais refletem diretamente nos excelentes resultados obtidos, fortalecendo um movimento de grande sucesso em todo o mundo. A suinocultura da Coopavel é referência em eficiência e qualidade e estamos todos muito satisfeitos com isso”, declara Dilvo.
A pequena propriedade dos Trenkel vai além da suinocultura. O casal é adepto da diversificação de culturas, prática sustentável capaz de melhorar significativamente a renda gerada na atividade rural. Adriano investiu em uma usina de energia solar, adota práticas sustentáveis, como o uso de dejetos no pasto, eliminando quase totalmente a utilização de químicos, melhorando assim a alimentação do seu plantel de bovinos. A produção de feno também contribui para fortalecer a renda familiar.

VBP

A produção agropecuária e a cadeia do agronegócio fazem de Toledo o município com maior Valor Bruto de Produção do Paraná e um dos raros no País a contar com mais de 400 quilômetros de estradas rurais pavimentadas, facilitando assim o escoamento das riquezas do campo. O VBP de Toledo é de aproximadamente R$ 4,6 bilhões, consolidando o município como o maior produtor agropecuário do Estado. Toledo lidera especialmente na suinocultura, com um VBP de R$ 1,8 bilhão, e na avicultura, com cerca de R$ 1 bilhão.

Fonte: Assessoria Coopavel
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Práticas sustentáveis e eficiência energética guiam produção de suínos da Coopavel

Uma das principais iniciativas adotadas nas unidades de produção de suínos é o uso de sistemas de biodigestores para o tratamento dos dejetos.

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Fotos: Divulgação/Coopavel

Com desafios crescentes relacionados à eficiência no uso de recursos, à redução de emissões de gases de efeito estufa e ao manejo adequado de resíduos, a cadeia suinícola brasileira tem dado exemplo ao implementar práticas sustentáveis que, além de preservar o ambiente também melhora a imagem do produtor e atende às exigências de consumidores e mercados cada vez mais preocupados com a origem e o impacto dos alimentos que consomem.

Entre as maiores cooperativas agroindustriais do Brasil e uma das poucas que dominam todas as etapas da produção de suínos, a Coopavel é um belo exemplo de como a sustentabilidade na suinocultura é possível e rentável ao investir em soluções ao longo da cadeia produtiva que conciliam crescimento econômico e respeito ao meio ambiente.

Uma das principais iniciativas adotadas nas unidades de produção de suínos é o uso de sistemas de biodigestores para o tratamento dos dejetos. Esse processo resulta na geração de biogás, que é capturado e convertido em energia elétrica. “Essa energia oriunda do processo de tratamento dos dejetos é considerada limpa e renovável, o que contribui para reduzirmos de maneira significativa as emissões de GEE na atmosfera”, aponta o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

Além da produção de energia, o sistema de biodigestores gera biofertilizantes, que são utilizados na fertilização do solo e na adubação de florestas de eucalipto, reaproveitamento que beneficia tanto a agricultura quanto o meio ambiente.

A Coopavel também foca na melhoria contínua da dieta dos suínos, o que contribui para reduzir a liberação de gases como amônia. “A eficiência alimentar diminui as concentrações de gases nocivos nos dejetos, colaborando para a mitigação dos impactos ambientais da atividade suinícola”, salienta Grolli, enfatizando que essa abordagem faz parte de um plano mais amplo da cooperativa, que inclui o uso de tecnologias avançadas nas unidades industriais para o tratamento de resíduos e efluentes, alinhando a produção com a missão de produzir alimentos sustentáveis.

Uso eficiente de energia

O uso eficiente de energia é outro pilar das ações sustentáveis da Coopavel. Nas unidades de produção e processamento de suínos, a geração de energia renovável e o reuso de água fazem parte da rotina. “Investimos na reutilização de parte do efluente tratado em algumas atividades específicas dentro da granja, como limpeza de pisos e canaletas, desta forma conseguimos reduzir a extração de água subterrânea”, afirma Grolli.

Práticas sustentáveis na UPL

Foto: Shutterstock

Para garantir a melhoria contínua, a Coopavel realiza o monitoramento regular das emissões de GEE em sua Unidade de Produção de Leitões (UPL), utilizando os dados para nortear ações de melhorias no processo produtivo. Somado a isso, está em andamento um projeto de expansão do sistema de tratamento de dejetos na UPL, que inclui a ampliação da capacidade de produção de biogás. “Nosso objetivo é sempre melhorar a qualidade do efluente final e ampliar a capacidade da usina para produção de biogás”, expõe o presidente.

Integração de boas práticas ambientais

Além de cumprir todas as exigências ambientais impostas pelos órgãos reguladores e atender aos mercados nacional e internacionais, a cooperativa busca continuamente aprimorar seus processos, trazendo práticas ainda mais sustentáveis. “O objetivo não é apenas garantir a conservação dos recursos naturais, mas também promover a geração de renda e riqueza para toda a cadeia produtiva”, salienta.

Grolli frisa que a Coopavel reconhece a necessidade crescente de aumentar a produção de alimentos para atender ao crescimento populacional global. No entanto, ressalta que esse aumento deve ser realizado de forma sustentável, uma vez que o planeta possui limites em sua capacidade de suporte e exploração de recursos naturais. Por essa razão, a adoção de práticas cada vez mais eficientes e sustentáveis precisa acompanhar, e até mesmo antecipar, o aumento da produção. “Esse equilíbrio é essencial para garantir que as demandas alimentares da população mundial sejam atendidas, ao mesmo tempo em que se preserva a qualidade de vida na Terra”, evidencia.

O acesso é gratuito e a edição Suínos pode ser lida na íntegra on-line clicando aqui. Tenha uma boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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