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Suínos / Peixes Produção

Estratégias para incremento dos leitões nascidos vivos e aumento da produtividade

Existem estratégias que podem ser utilizadas neste período crítico com intuito de minimizar indesejáveis efeitos do incremento da produtividade

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Arquivo/OP Rural

Artigo escrito por Tiago Paranhos – Gerente Técnico SC e RS da DB Genética Suína

Com o incremento da produtividade e a busca por melhora nos dados das unidades o aumento do número de leitões nascidos se torna um ponto chave na produção. As empresas de genética elevaram este índice a patamares que não se imaginava há 10 anos, chegando hoje a números superiores a 18 leitões vivos. Junto com estes números o incremento de índices indesejáveis como natimortos e mortos ao nascer se tornou um problema para as fêmeas hiperprolíficas.

Desta forma podemos questionar: Como aumentar o número de nascidos e não prejudicar a vida produtiva e reprodutiva das fêmeas? A sobrevivência destes animais pode estar relacionada ao status energético que a matriz se encontra no período pré-parto?

De acordo com resultados dinamarqueses da Universidade de Aarhus, existem estratégias que podemos utilizar neste período crítico com o intuito de minimizar os indesejáveis efeitos do incremento da produtividade e consequentemente melhorar o período pós-parto das fêmeas. Uma delas é garantir o aporte energético nos dias pré parto.

O manejo realizado na grande maioria das unidades é arraçoar as fêmeas duas vezes desde a entrada até o parto. Algumas granjas arraçoam 3 vezes, porém este acontece nos períodos que os funcionários trabalham no setor de maternidade, com isso as fêmeas ficam de 12-15 horas sem novo fornecimento de energia via ração. Arraçoando estes animais mais de 3 vezes por dia com intervalos de no máximo 6-8 horas é possível reduzir o período de parto e consequentemente diminuir o número de leitões natimortos e mortos ao nascer.

A duração de um parto normal ocorre em 4 a 7 horas. Neste estudo realizado pelos pesquisadores dinamarqueses, demonstrou-se que a duração do parto foi inferior a 4 horas quando o intervalo entre o último trato e o início do parto foi entre a 3-6 horas, consequentemente o índice de natimortos foi inferior a 5% e a probabilidade de intervenção ao parto próximo, 2 %. Nas fêmeas em que o intervalo entre o último trato e o início do parto foi entre 6-12 horas, o índice de natimortos foi próximo a 6% e a probabilidade de intervenção ao parto superior a 4%. Nos casos onde o último trato e o início do parto excedem as 12 horas os índices de natimortos superam os 8% e a probabilidade de intervenção ao parto também superaram os 4%.

Assim verificou-se que para cada aumento de 1 hora, entre o intervalo do último trato e o início do parto, houve o incremento de 1 hora na duração de parto.

Fibras

Estes dados nos levam a conclusão que quanto maior o período entre o último arraçoamento e o início do parto, maior a probabilidade de incremento dos natimortos e  maior o percentual de intervenção nos partos, aumentando os riscos de infecção que poderão resultar em diminuição da produção de leite, problemas reprodutivos na vida da fêmea e redução da vida produtiva da mesma.

Além disto temos que considerar que a qualidade, formulação e composição das rações influenciam diretamente o status energético destas matrizes. Especialmente a quantidade de fibras alimentares. Estudos realizados no Danish Pig Research Centre (SEGES) demonstraram que as fibras alimentares contribuem para manter e prolongar o status energético elevado durante o parto. Além disso alguns tipos de fibras de qualidade demonstraram que são capazes de aumentar a quantidade e qualidade de colostro produzido, ajudando na imunidade e aumentando o peso do leitão nos primeiros dias de vida. Nestes estudos foram fornecidos 3 kg/fêmea/dia divididos em 3-4 tratos no período pré-parto. Este fornecimento resultou em um fornecimento de 500-600 g de fibras alimentares de qualidade.

Com este contexto, o que podemos recomendar é o seguinte:

  • Arraçoar as fêmeas 3-4 vezes por dia do momento que entram na maternidade até o parto.
  • Priorizar os momentos que as fêmeas se alimentam melhor (primeiras horas da manhã e final de tarde) – 7 da manhã, 11 da manhã, 16 horas e se possível às 21 horas
  • Dois a três dias antes do parto arraçoar os animais com fibras alimentares de qualidade (em torno de 2,6-2,8 kg/dia), cuidado com rações muito energéticas

Aporte energético

Observando estes períodos estratégicos garantimos um maior aporte energético para a matriz no momento do parto, diminuição dos índices de natimortos, aumento dos leitões nascidos vivos e consequentemente aumento dos dados produtivos da granja.

Outras notícias você encontra na edição de Suínos e Peixes de julho/agosto de 2019 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Brasil conquista dois novos mercados para pescados na Índia

Agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

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Foto: Shutterstock

A missão do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, à Índia em novembro do ano passado segue gerando resultados positivos para o Brasil. Após encontros com Shri Parshottam Rupala, ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos da Índia e Kamala V Rao, CEO da Autoridade de Segurança dos Alimentos da Índia, o Brasil obteve, na última sexta-feira (19), a confirmação da abertura de dois novos mercados: pescado de cultivo (aquacultura) e pescado de captura (pesca extrativa).

O anúncio se soma a expansões recentes da pauta agrícola do Brasil para o país asiático. Nos últimos 12 meses, o governo indiano autorizou a importação de açaí em pó e de suco de açaí brasileiros.

Em 2023, a Índia foi o 12º principal destino das exportações agrícolas brasileiras, com vendas de US$ 2,9 bilhões. Açúcar e óleo de soja estiveram entre os produtos mais comercializados.

Segundo o Agrostat (Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), nos três primeiros meses deste ano, o Brasil exportou mais de 12 mil toneladas de pescado para cerca de 90 países, gerando receitas de US$ 193 milhões. Esse valor mostra um aumento de mais de 160% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando as vendas foram de US$ 74 milhões.

“Seguimos comprometidos em ampliar a presença dos produtos agrícolas brasileiros nas prateleiras do mundo. Essa estratégia não apenas abre mais oportunidades internacionais para nossos produtos e demonstra a confiança no nosso sistema de controle sanitário, mas também fortalece a economia interna. Com as recentes aberturas comerciais estamos gerando mais empregos e elevando a renda dos produtores brasileiros”, ressaltou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.

Com estes novos mercados, o agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

Fonte: Assessoria Mapa
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Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

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Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
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Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
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