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Estratégias integradas serão decisivas para o Brasil ser líder da segurança alimentar global, sustenta Roberto Rodrigues

País enfrenta o desafio de expandir o agronegócio em 40% nos próximos 10 anos a fim de atender ao crescimento mundial de 20% na demanda por alimentos projetada pela FAO. Ex-ministro enfatiza que esta expansão exigirá uma estratégia integrada que aborde questões que pesam sobre o setor.

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Engenheiro agrônomo, ex-ministro da Agricultura, professor emérito da Fundação Getúlio Vargas e empresário Roberto Rodrigues: "A adoção de novas técnicas e práticas de cultivo permitiu que o país cultivasse uma vasta quantidade de grãos em menos terra" - Fotos: Jaqueline Galvão/OP Rural

O engenheiro agrônomo, ex-ministro da Agricultura, Embaixador do Cooperativismo e professor emérito da Fundação Getúlio Vargas, Roberto Rodrigues, lançou um alerta durante sua participação no Inovameat, um dos principais eventos de proteína animal do Paraná, realizado em meados de abril em Toledo (PR).

Segundo Rodrigues, o Brasil enfrenta o desafio de expandir o agronegócio em 40% nos próximos 10 anos a fim de atender ao crescimento mundial de 20% na demanda por alimentos projetada pela Organização Mundial para Alimentação e a Agricultura (FAO). O ex-ministro enfatiza que esta expansão exigirá uma estratégia integrada que aborde questões que pesam sobre o setor. “Eu acredito que o Brasil tem uma chance enorme de ser o campeão mundial da segurança alimentar e energética, mas o país ainda precisa de uma estratégia. Não temos uma estratégia articulada e integrada voltada para o agro”, ressaltou.

Engenheiro agrônomo, ex-ministro da Agricultura, professor emérito da Fundação Getúlio Vargas e empresário Roberto Rodrigues: “O Brasil, já conhecido por sua produção de etanol e biodiesel, também possui um grande potencial para a expansão de energia limpa”

Entre os pontos que precisam ser contemplados nesta estratégia, o ex-ministro destacou a importância da logística e infraestrutura, meio ambiente, garantia de renda no campo, seguro rural, acordos comerciais com outros países, segurança energética e tecnologia. “Esses são temas centrais para que o Brasil seja o campeão mundial da paz. Para isso, precisa ter vontade política e empresarial para fazer as coisas acontecerem”, enfatizou.

Rodrigues salientou que alcançar esta meta não será simples, especialmente considerando que projeções indicam que países como Estados Unidos, Canadá, União Europeia e Oceania não devem apresentar crescimento significativo no setor agrícola. “Diante desses desafios, fica evidente a necessidade urgente de uma abordagem estratégica e integrada por parte do Brasil para garantir sua posição como líder na segurança alimentar global”, reforça.

Emprego de novas tecnologias

O engenheiro agrônomo salienta que o aumento da produção brasileira virá do uso de novas tecnologias, mantendo a Embrapa no centro desse processo. “O Brasil, já conhecido por sua produção de etanol e biodiesel, também possui um grande potencial para a expansão de energia limpa. As fontes de energia renováveis, como hidráulica, solar e eólica, são fundamentais para um futuro sustentável e estão cada vez mais presentes na matriz energética do país”, destacou.

Além disso, Rodrigues abordou a importância de enfrentar as desigualdades sociais, apontando que a manutenção das pessoas no campo será uma consequência do aumento da renda. Ele ressaltou que a agricultura brasileira tem demonstrado um crescimento impressionante em eficiência e sustentabilidade nas últimas duas décadas. “A inovação tecnológica, o uso de bioinsumos e a inteligência artificial têm avançado rapidamente, o que pode levar o Brasil a uma maior produtividade agrícola”, evidencia, acrescentando: “A adoção de novas técnicas e práticas de cultivo permitiu que o país cultivasse uma vasta quantidade de grãos em menos terra, preservando assim milhões de hectares de ecossistemas naturais”, reiterou.

Potência do agro

O setor agrícola do Brasil tem sido um pilar fundamental da economia, registrando um crescimento vultuoso ao longo dos anos, refletido não apenas nos números do Produto Interno Bruto (PIB), mas também na balança comercial do país. A expansão de mais de oito vezes nas exportações desde o ano 2000 é um testemunho da capacidade do Brasil de aumentar sua produção e presença no mercado global.

No entanto, esse crescimento não vem sem desafios e responsabilidades. Aumentar a produção muitas vezes implica em competir com produtores de outros países, o que pode levar a mudanças no mercado global e exigir uma adaptação estratégica. Além disso, há considerações importantes sobre a sustentabilidade e o impacto ambiental da expansão agrícola. “O desmatamento, por exemplo, tem sido uma preocupação crescente, levando à necessidade de práticas agrícolas mais sustentáveis e à conservação dos recursos naturais”, salienta.

Enquanto o Brasil celebra suas conquistas no setor agrícola, é essencial que o país se concentre em manter esse crescimento de maneira responsável e sustentável. “Isso implica investir em tecnologias e práticas que promovam a eficiência produtiva, reduzam o impacto ambiental e garantam o bem-estar das comunidades rurais. Somente assim o Brasil poderá continuar a ser um líder global no agronegócio, contribuindo para a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável não apenas do país, mas também do mundo”, frisa.

Fonte: O Presente Rural

Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Suínos

Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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