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Estradas rurais revitalizadas e selo de sanidade vão favorecer produtores de Nova Londrina

Pavimentação da estrada rural Doutor Pedro Paulo de Melo foi entregue nesta sexta-feira (1º). O investimento nesse trecho de 5 quilômetros foi de R$ 2,2 milhões. Nova Londrina também recebeu autorização para operar o Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte do Paraná

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Foto: Evandro Fadel/SEAB

Os moradores da Vila Rural Itio Kondor, em Nova Londrina, no Noroeste, já podem desfrutar dos benefícios da pavimentação da estrada rural Doutor Pedro Paulo de Melo, entregue oficialmente na sexta-feira (1º) pelo Governo do Estado. Já são mais de 1,2 mil quilômetros de estradas rurais pavimentadas em todas as regiões do Paraná, entregues ou sendo construídas desde 2019, por meio do programa Estradas da Integração.

“O produtor rural não faz o preço dos seus produtos, eles são determinados pelo mercado. Portanto, para que resulte mais recursos no bolso é preciso reduzir o custo de produção, e ter uma boa estrada contribui para isso”, disse o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, que fez a entrega oficial. “Estamos aqui para comemorar o fim do isolamento”.

O investimento nesse trecho de 5 quilômetros foi de R$ 2,2 milhões. De acordo com o prefeito Otávio Henrique, a pavimentação beneficiará diretamente, pelo menos, mil famílias que moram na região. Somente a Vila Rural possui 400 famílias.

O transporte de produtos agrícolas e também os 300 alunos que diariamente precisam do transporte escolar serão beneficiados. “A gente passava por muita humilhação, a estrada interditava e a gente não conseguia chegar na cidade”, falou Raquel Jacinto, moradora há 25 anos no local. “Hoje nós declaramos o fim das dificuldades que sofremos por 25 anos”.

A equipe liderada pelo secretário também vistoriou as obras de pavimentação da estrada Felício Jorge, que ligará os municípios de Nova Aliança do Ivaí a Paraíso do Norte. Eles estiveram ainda em Mirador, onde foi assinado o contrato para o início da pavimentação da estrada que liga a cidade ao distrito de Quatro Marcos. Ali são 4,5 quilômetros que custarão R$ 5,5 milhões.

SUSAF

Ainda em Nova Londrina, Ortigara entregou formalmente a autorização para operar o Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte do Paraná (Susaf/PR) durante a sessão da Câmara Municipal. Com o selo impresso nas embalagens ou rótulos, as agroindústrias inspecionadas e indicadas pelo Serviço de Inspeção Municipal (SIM) poderão vender livremente os produtos de origem animal nos outros municípios paranaenses.

No caso de Nova Londrina, em que as agroindústrias de produtos de origem animal têm um universo potencial de 13,2 mil compradores, o Selo Susaf projeta 11,4 milhões de pessoas, que é a população estimada do Paraná. Atualmente 97 municípios estão autorizados a conceder o selo, alguns deles por meio de consórcios municipais.

O Susaf/PR foi criado por lei em 2013, mas regulamentado somente em 2021. O programa é destinado especialmente à agroindústria familiar e às de pequeno porte. A exigência é que esteja registrada no SIM. Até agora, para romper as divisas municipais havia necessidade de registro no Serviço de Inspeção Estadual – SIP/POA.

“É dever do Estado possibilitar que pequenas indústrias ampliem os horizontes comerciais e que os produtos da agricultura familiar cheguem ao consumidor onde quer que esteja”, afirmou o secretário. “O selo indica que o produto é fabricado respeitando os requisitos de boas práticas impostos por uma legislação moderna”.

A operacionalização desse programa une as entidades que compõem o Sistema de Agricultura do Paraná. “Ele abre fronteiras”, destacou Ortigara. “O Paraná pode ser mais assertivo na ocupação de espaços e o Susaf oferece essa oportunidade.”

Segundo o secretário, manter o serviço é tão ou mais importante que a conquista. “É preciso esse compromisso de fazer com que esse serviço seja sempre aperfeiçoado”, conclamou.

O Susaf/PR compreende um conjunto de ações de inspeção sanitária e de fiscalização dos produtos oriundos da agroindústria familiar e de pequeno porte e da produção artesanal. O serviço de inspeção poderá ser feito pelo município ou por um consórcio de municípios. O sistema é gerido por um conselho e por uma câmara técnica.

Os produtores de derivados de carne, leite, pescado, ovos e mel interessados em aderir ao Susaf/PR devem procurar a prefeitura da localidade onde estão sediados. O município ou consórcios, por sua vez, precisam ter o SIM estruturado e atuante, com médico veterinário responsável e um site oficial onde consta a relação dos estabelecimentos.

URUCUM

Em Paranavaí, o secretário Norberto Ortigara recebeu a diretoria da Associação de Produtores de Urucum de Paranacity e Cruzeiro do Sul. Eles entregaram um documento com solicitações que vão desde questões institucionais, como assistência técnica e melhoramento genético, passando por implementos, infraestrutura e adubo químico e orgânico.

“O Estado tem interesse nessa cultura e quer ajudar”, destacou Ortigara. Ele orientou para que os pedidos sejam formalizados para estudo. A associação possui 42 produtores que cultivam 563 hectares de urucum.

Fonte: AEN PR

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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