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Estradas ruins impedem desenvolvimento em municípios mato-grossenses

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A situação das estradas em Mato Grosso é um entrave para o desenvolvimento econômico e social no Estado. Atoleiros, buracos, falta de acostamento e placas impedem o escoamento da produção, coloca vidas em riscos e causam prejuízos aos produtores de carnes e grãos. Durante a segunda rota do ‘Acrimat em Ação 2014’, a equipe da Associação de Criadores de Mato Grosso flagrou caminhões atolados, veículos acidentados e perdas de produtos em decorrência das más condições das vias.
 
Em Vila Rica, município localizado a 1.259 km da Capital, o acesso é somente por terra e, tanto as rodovia Federal BR 158 quantos as estradas estaduais não estão adequadas para trafegar. O pecuarista Anísio Vilela Neto revela que o município perde com a falta de atenção das autoridades e que a produção fica prejudicada. “Nem sempre conseguimos retirar o gado das propriedades e, quando conseguimos, o atraso para percorrer o trecho até o frigorífico e os hematomas nos animais por causa das estradas representam prejuízos para o pecuaristas”.
 
Além disso, Anísio, que é representante regional da Acrimat, conta que recentemente seis propriedades foram vendidas no município para grandes grupos agrícolas, mas que devido aos problemas para escoar a produção, nenhum deles começaram a investir.
 
E os problemas vão seguindo rodovia abaixo. Em Ribeirão Cascalheira (a 900 km de Cuiabá) a BR 158, que recentemente foi pavimentada, está esburacada e os carros trafegam com dificuldades. Para o vice-presidente do Sindicato Rural do município, Ivo Cabral, falta planejamento na execução das obras e por isso, em pouco tempo de uso, a estrada fica deteriorada. “Fizeram o asfalto, mas não adequado ao fluxo de veículos. Diariamente temos registros de acidentes, são vidas que estão risco, sem falar no prejuízo financeiro”.
 
Em Cocalinho (923 km distante da Capital) o isolamento faz com que a população tenha mais ligação com o Estado de Goiás do que com Mato Grosso. Para chegar ao município, a MT 326 não é pavimenta e não há ponte, sendo necessário utilizar uma balsa. Já para ir até Goiânia, são apenas 60 km sem asfalto e uma ponte está sendo construída pelo governo goiano para interligar o Estado ao município. Tadeu Ferreira Barbosa, presidente do Sindicato Rural, fala que 95% dos moradores preferem ir para o Estado vizinho do que para Mato Grosso. “Não me lembro de ter visto algum governador visitar nossa cidade. Nunca fomos assistidos em nossas reivindicações e agora o governo goiano constrói uma ponte para nos tirar do isolamento. Porém, toda nossa produção gera riqueza para Mato Grosso”.
 
Mais ao Sul, no município de Paranatinga (373 km da Capital), a MT 130 não recebeu nenhum reparo desde o ano passado. O consultor econômico da Acrimat, Amado de Oliveira, descreve que há um ano, quando o Acrimat em Ação passou pela via em 2013, a situação já era precária e que, mesmo após reivindicação da associação ao governo para melhorar as condições da MT, o problema aumentou. “Não só não restauraram o asfalto, como abandonaram de vez. O asfalto praticamente acabou em alguns trechos. Em menos de 10 km vimos dois caminhões tombados por causa de buracos na estrada. Precisamos agir para cobrar uma atitude dos governos municipal, estadual e federal”.
 
A segunda rota do ‘Acrimat em Ação 2014’ visitou sete municípios da região Nordeste e Sul de Mato Grosso, indo de Vila Rica até Rondonópolis. O projeto percorre as regiões produtoras de proteína vermelha para levar informações técnicas e ouvir as demandas do setor. Este ano, o engenheiro agrônomo José Renato Gonçalves realiza a palestra ‘Eficiência produtiva e econômica na bovinocultura de corte a pasto’. 
A partir do dia 24 de abril, a equipe técnica do Acrimat em Ação inicia terceira rota, visitando a região Noroeste e do Arinos, nas cidades de Brasnorte (24), Tabaporã (25), Juara (26), Aripuanã (28), Juruena (29), Castanheira (30) e Juína (02).
Por fim, o Norte do Estado recebe a equipe da Acrimat durante os dias 13 e 23 de maio, tendo início no município de Cotriguaçú (13), Nova Monte Verde (14), Apiacás (15), Alta Floresta (17), Guarantã do Norte (18), Marcelândia (20), Sinop (21), São José do Rio Claro e o encerramento acontece em Cuiabá, no dia 26 de maio.
PARCERIAS
Para realizar o ‘Acrimat em Ação 2014’, a Acrimat contou com a parceria de empresas que acreditam no projeto e na atividade como fonte de renda, oportunidade de emprego e produção de alimentos para o mundo. São elas Dow Agroscience; JBS; BVRio e Trescinco e Ariel.

Fonte: Acrimat

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Comércio exterior e logística no setor agropecuário: desafios e oportunidades para o transporte e escoamento

Exportações de soja em outubro, caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro.

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Fotos: Claudio Neves

O mercado de fretes e a logística de escoamento se destacam como elementos essenciais no atual cenário da agricultura brasileira, especialmente diante do crescimento expressivo da produção de grãos previsto para a safra 2024/25. A estimativa de 322,53 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 8,2% em relação à safra anterior, traz desafios adicionais para a infraestrutura de transporte e os processos logísticos do país. A análise consta na nova edição do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (22).

A melhoria nas condições climáticas tem favorecido o avanço das semeaduras, com destaque para as culturas de soja e milho, mas, para que a produção chegue ao mercado internacional, é crucial um sistema de escoamento eficiente. Nesse sentido, os portos brasileiros desempenham papel fundamental, especialmente os do Arco Norte, que têm se consolidado como uma via vital para exportação. Em outubro de 2024, os portos do Arco Norte responderam por 35,1% das exportações de grãos, superando a participação de 33,9% registrada no mesmo período de 2023.

Com o aumento da produção de soja e milho, as expectativas de escoamento nos próximos meses apontam para um cenário desafiador, com necessidade de otimizar os fretes para atender ao crescimento das exportações. Em outubro, as exportações de soja caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro. Já as exportações de milho, que enfrentam uma redução de 34,1% nas estimativas para a safra 2023/24, exigem adaptação no transporte, uma vez que a oferta menor pode reduzir a demanda por fretes no curto prazo, mas com aumento da competição por capacidade logística.

A movimentação de fertilizantes, por sua vez, também demanda atenção na logística. Em outubro de 2024, os portos brasileiros importaram 4,9 milhões de toneladas de fertilizantes, o que representa um incremento de 5,9% em relação ao mês anterior. Este crescimento contínuo na importação exige um cuidado especial no transporte desses insumos, visto que o Brasil é um dos maiores compradores internacionais e uma base importante de consumo de fertilizantes.

Por outro lado, o transporte de cargas no Brasil segue enfrentando desafios estruturais. De acordo com o Boletim da Conab, a ampliação das capacidades de escoamento nos portos, especialmente no Arco Norte, é uma estratégia chave para lidar com o aumento do volume de exportações e garantir que os fretes se mantenham competitivos.

Em suma, a logística no setor agropecuário brasileiro se apresenta como um elo crucial para garantir o sucesso das exportações de grãos. A integração entre os diferentes modais de transporte, o aprimoramento da infraestrutura portuária e a adaptação às demandas de escoamento serão decisivos para que o Brasil continue sendo um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.

Fretes

Em outubro de 2024, os preços do frete apresentaram variações significativas entre os estados brasileiros. Os preços subiram em estados como Bahia, Goiás e Minas Gerais e Distrito Federal, principalmente devido ao aumento na demanda, impulsionado pela exportação de grãos e a importação de fertilizantes. Em Goiás, a melhora nos preços do milho também gerou aumento na demanda por fretes. Já em estados como Paraná, Piauí e São Paulo, os preços ficaram mais baratos, com o Paraná registrando uma redução de 16,67% na região de Cascavel, refletindo a baixa demanda por grãos. No Piauí, a diminuição nas exportações de soja resultou em uma queda de 4,10% no mercado de fretes. Por outro lado, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade nos preços, com pouca variação nas cotações, devido a um equilíbrio entre a demanda e a oferta de fretes.

O Boletim Logístico da Conab é um periódico mensal que coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Novembro/2024, disponível no site da Companhia.

Fonte: Assessoria Conab
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Clima favorável impulsiona cultivos da primeira safra, aponta boletim de monitoramento

Precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As condições climáticas favoráveis nas primeiras semanas de novembro impactaram positivamente o cenário agrícola brasileiro. Na região Central do país, precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.

O Norte-Nordeste experimentou uma expansão das áreas beneficiadas por chuvas, incluindo regiões do Matopiba que anteriormente enfrentavam déficit hídrico. Esse cenário impulsionou o processo de semeadura na maior parte dessa região.

Foto: Gilson Abreu

Em contraste, o Sul do país registrou uma redução nas precipitações, o que facilitou o avanço da colheita do trigo e a semeadura dos cultivos de primeira safra. De modo geral, as condições agroclimáticas se mostraram favoráveis, proporcionando umidade adequada para o desenvolvimento das lavouras.

No Rio Grande do Sul, a semeadura do arroz progrediu significativamente, com a maior parte concluída dentro do período considerado ideal. A maioria das lavouras encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, beneficiando-se das condições climáticas que favoreceram a germinação e o estabelecimento das plantas. Em Santa Catarina, temperaturas médias e incidência solar adequadas contribuíram para o bom desenvolvimento das culturas.

Estas informações estão presentes no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).

A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab, acesse clicando aqui.

Fonte: Assessoria Conab
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Show Rural investe em obras para melhorar experiência de visitantes

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição.

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Fotos: Divulgação/Coopavel

Avançam os preparativos para a 37ª edição do Show Rural Coopavel, evento que reafirma o Oeste do Paraná como um dos principais polos do agronegócio mundial. De 10 a 14 de fevereiro de 2025, visitantes do Brasil e do exterior terão acesso a um espaço renovado, com melhorias que reforçam o compromisso da Coopavel com a inovação, a sustentabilidade e a excelência em infraestrutura. “Melhorar continuamente é uma das regras que fazem o sucesso do Show Rural, referência em inovações e tendências para o agronegócio”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição. O restaurante do parque está em ampliação em 500 metros quadrados, permitindo o atendimento de mais mil pessoas por refeição. A área de entrega de bebidas é reformulada para otimizar o fluxo, enquanto novos buffets, mesas e utensílios foram adquiridos para manter o alto padrão de qualidade em uma estrutura com capacidade para servir mais de 40 mil refeições diariamente.

A mobilidade no parque também recebe melhorias. São mais de seis mil metros quadrados de ruas asfaltadas. Uma das novidades mais aguardadas é a cobertura da Rua 10, que conecta o Portal 4 ao Pavilhão da Agricultura Familiar. Com 400 metros lineares, essa obra, viabilizada em parceria com a Barigui/Volkswagen, eleva para mais de 6,2 mil metros quadrados a área coberta do parque, garantindo conforto aos visitantes em qualquer condição climática, observa o coordenador geral Rogério Rizzardi.

Para ônibus

Para receber caravanas de todo o Brasil e de outros países será criado um estacionamento exclusivo para ônibus com capacidade para 400 veículos. Estrategicamente localizada, a nova estrutura promete praticidade e organização para os grupos que participam da maior mostra de tecnologia para o campo da América Latina.

Outro destaque é o barracão de 1,2 mil metros quadrados dedicado à gestão de resíduos. Essa estrutura permitirá separação e correta destinação de materiais antes, durante e depois do evento, reforçando o compromisso da cooperativa e do evento técnico com práticas ambientalmente responsáveis.

Evolução

Com essas inovações e investimentos, o Show Rural Coopavel segue como referência global, combinando hospitalidade, tecnologia e respeito ao meio ambiente, reforça o presidente Dilvo Grolli. O tema da 37ª edição será Nossa natureza fala mais alto.

Fonte: Assessoria Coopavel
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