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Bovinos / Grãos / Máquinas

Estimativa de safra recorde de grãos é de 227,9 milhões de toneladas

Além de aumento na área plantada, resultado deve ser influenciado de forma positiva pelas condições climáticas

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A safra de grãos 2016/17 deve chegar a 227,9 milhões de toneladas, com aumento de 22,1% ou 41,3 milhões de toneladas frente as 186,6 milhões de toneladas da safra passada. A previsão está no 7º Levantamento da safra, divulgado na terça-feira (11) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A alta em relação à safra 2015/2016 se deve a aumento de área plantada e à produtividade média, livre de  condições climáticas adversas como ocorreu no ano passado. A previsão é de aumento de 3% na área total cultivada em relação à safra anterior, podendo chegar a 60,1 milhões de hectares. Estão incluídas nesse prognóstico culturas de segunda e de terceira safras.

Para a soja, a expectativa é de crescimento de 15,4% na produção, devendo atingir 110,2 milhões de toneladas, com aumento de 14,7 milhões de t em relação à safra anterior e ampliação de 1,4% na área, que deve chegar a 33,7 milhões de hectares.

No caso do milho total, a expectativa é de que alcance 91,5 milhões de toneladas (37,5% de crescimento), com 29,9 milhões de toneladas na primeira safra e 61,6 milhões na segunda. A área total do milho deve alcançar 17,1 milhões de hectares (ampliação de 7,3%). No total, milho e soja representam quase 90% dos grãos produzidos no país.

O feijão primeira safra deve chegar a 1,38 milhão de toneladas, resultado 33,4% superior a 2015/2016. O feijão segunda safra deve produzir 1,22 milhão de toneladas, sendo 607,1 mil do grão em cores, 216,1 mil do preto e 393,6 mil do caupi. A produção de feijão total pode chegar a 3,29 milhões de toneladas, com área total de 3,1 milhões de hectares. Já o algodão pluma deve crescer 14,3% e chegar a 1,47 milhão de toneladas, mesmo com redução de 2,6% na área cultivada.

O estudo atual traz informações sobre a produção regional da cultura do feijão e a preferência do brasileiro para alguns tipos mais presentes na sua mesa: feijão comum cores (com destaque para o carioca), comum preto e feijão caupi. O primeiro, de maior consumo, tem cerca de 80% de sua produção cultivada nos estados da Região Centro-Sul. Já o comum preto, de consumo em alguns estados, é produzido basicamente no Sul do país, enquanto que o caupi, de consumo tipicamente nordestino, tem produção de 60% em alguns estados do Nordeste.

Fonte: Mapa

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Ciclo curto, manejo atento

É crucial que os pecuaristas adotem práticas de manejo cuidadosas, como nutrição adequada, monitoramento constante e assistência profissional durante o parto.

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Fotos: Shutterstock

A evolução da pecuária de corte no Brasil tem sido marcada pela busca incessante por eficiência produtiva. Uma das práticas que ganha destaque é a prenhez precoce em fêmeas jovens, uma estratégia que promete otimizar a produção e aumentar a rentabilidade das fazendas. Com a introdução de técnicas avançadas de manejo reprodutivo e melhoramento genético, é possível inseminar novilhas em idades cada vez mais jovens, encurtando o ciclo produtivo e aumentando o número de bezerros desmamados.

 

Os benefícios dessa prática são evidentes: as fêmeas começam a contribuir para a produção mais cedo, permitindo um maior retorno sobre o investimento ao longo de sua vida. Além disso, a prenhez precoce está alinhada com as exigências do mercado por animais mais jovens e bem acabados, especialmente para mercados como o chinês, que valoriza animais abatidos mais cedo.

No entanto, essa estratégia não está isenta de desafios. Fêmeas jovens, ainda em fase de crescimento, enfrentam maiores riscos durante o parto. O canal de parto menor e a inexperiência reprodutiva aumentam as chances de complicações, como distocia, que pode comprometer tanto a saúde da mãe quanto do bezerro. Para mitigar esses riscos, é crucial que os pecuaristas adotem práticas de manejo cuidadosas, como nutrição adequada, monitoramento constante e assistência profissional durante o parto.

A prenhez precoce é uma ferramenta poderosa para impulsionar a produtividade, mas requer um manejo responsável. O equilíbrio entre eficiência e bem-estar animal deve ser prioridade. Com as técnicas corretas e atenção aos detalhes, é possível colher os frutos dessa inovação, sem comprometer a saúde e longevidade das fêmeas, garantindo assim o sucesso sustentável da pecuária de corte.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de bovinocultura de leite e na produção de grãos acesse a versão digital de Bovinos, Grãos e Máquinas, clique aqui. Boa leitura!

Fonte: Por Giuliano De Luca, jornalista e editor-chefe do O Presente Rural
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Potencial das pastagens brasileiras e o avanço na produção sustentável de carne bovina

Um sistema bem planejado, aliado à adequada adubação, permite potencializar a taxa de lotação e propicia uma forragem de melhor qualidade, com boa disponibilidade, por maior tempo.

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Foto: Divulgação

Para a eficiência na produção de carne bovina, particularmente no contexto de animais mantidos a pasto, é crucial minimizar custos e maximizar índices produtivos, garantindo o sucesso financeiro da operação. No cerne da produção de carne desses bovinos está o manejo meticuloso das culturas forrageiras e outras práticas essenciais para o sucesso da atividade. O sistema inicia na escolha de gramíneas e outras culturas forrageiras, que devem respeitar as características locais de solo, clima e sazonalidade anual.

Neste contexto, um sistema bem planejado, aliado à adequada adubação, permite potencializar a taxa de lotação e propicia uma forragem de melhor qualidade, com boa disponibilidade, por maior tempo. Além disso, é possível considerar que o animal alocado em um sistema bem planejado fará menor deslocamento em busca de nutrientes, favorecendo o consumo, reduzindo gastos energéticos e, consequentemente, aumentando a produção.

O primeiro ponto a se considerar é a condição do solo e a necessidade de correção. A coleta de amostras e análises regulares da terra e também da forragem são essenciais para determinar a disponibilidade de nutrientes, incluindo níveis de proteínas, energia, fibras e minerais. A compreensão da composição nutricional da forragem permite um melhor aproveitamento da área disponível, além de direcionar a formulação de uma dieta de suplementação mais precisa.

Outro ponto importante é prevenir o subpastejo e o superpastejo, ajustando taxas de lotação e adotando sistemas de manejo que promovam a regeneração da pastagem. Isso significa entender a realidade de cada propriedade para poder adotar a prática que melhor se enquadre.

Existem alguns modelos mais comumente utilizados, sendo o pastejo contínuo um dos principais sistemas adotados por conta da praticidade. É uma possibilidade que precisa de atenção no ajuste da quantidade de animais de acordo com a disponibilidade de forragem, visto que os animais permanecem o tempo todo na mesma área.

Outra estratégia mais interessante é o pastejo rotacionado, que consiste na utilização de dois ou mais piquetes, que são alternados para que um esteja em uso, e os demais, em descanso e rebrota da forragem. Nesse caso, o produtor precisa ajustar a lotação e também se atentar para o momento correto de entrada e saída dos animais de acordo com a altura de cada cultura forrageira. Este sistema, se trabalhado corretamente, permite melhor aproveitamento na colheita da forragem, maximizando a produção de gado a pasto.

Essas práticas de manejo planejados não só sustentam o ecossistema, mas também aumentam a capacidade de suporte do solo e o sequestro de carbono. Além disso, pastagens bem geridas atenuam os processos de erosão do solo e melhoram a biodisponibilidade dos nutrientes, tornando o sistema capaz de se manter ao longo dos anos, o que implica em um processo produtivo sustentável. Ao aproveitar o potencial regenerativo dos próprios animais que pastam, os produtores contribuem para a restauração de pastagens degradadas e para a preservação dos ecossistemas naturais.

Na sequência, o próximo passo se dá pela escolha da forrageira mais adequada, que deve respeitar a meta produtiva, a região de inserção, a sazonalidade e o aporte nutricional. No Brasil, a predominância do cultivo de forragens direcionadas aos bovinos são gramíneas, principalmente as Brachiarias (Urochloa spp.) e os Panicuns (Megathyrsus spp). Apesar disso, por ser um país de grandes dimensões, com variedade de solo, temperatura e pluviosidade, os produtores têm diversas outras possibilidades a serem direcionadas para cada região, inclusive de algumas leguminosas como a aveia e a leucena. Ao escolher uma cultura adequada, o produtor consegue planejar as demais estratégias nutricionais em busca de atingir os objetivos de produção.

Entre as possibilidades de complementação do aporte nutricional para os animais, a suplementação se dá como excelente alternativa, já que é de fácil acesso ao produtor. O mercado oferece hoje uma série de produtos prontos para uso ou para formulações de dietas à pasto, contemplando os diferentes períodos do ano e as diferentes defasagens na pastagem que precisam ser supridas. Ou seja, projetar uma estratégia nutricional ideal para a produção de carne bovina alimentada a pasto envolve equilibrar as necessidades nutricionais do gado com os recursos forrageiros disponíveis.

Nesse ponto, é importante desenvolver uma dieta balanceada que atenda às exigências nutricionais do gado nas diferentes fases de produção (ex.: crescimento, terminação, lactação). Além disso, é necessário considerar fatores como idade, peso, estado fisiológico e metas de produção, ao formular dietas. Assim, é possível determinar a necessidade de suplementação somente mineral, proteica ou ainda proteica energética.

Outro ponto de extrema importância e muitas vezes esquecido é o acesso a água limpa e fresca para todos os animais, essencial para a digestão adequada, absorção de nutrientes e saúde geral. Por fim, o investimento em uma infraestrutura adequada, com sistemas de água, cercas e instalações para facilitar o manejo eficiente do rebanho é o complemento de uma atividade bem gerida.

O pasto sempre foi uma ferramenta de fácil acesso para o produtor e, se bem utilizada, pode trazer resultados satisfatórios. Ao implementar estas estratégias, é possível aumentar a eficiência nos sistemas de produção, melhorando o desempenho, a rentabilidade e a sustentabilidade, mantendo o sistema viável.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de bovinocultura de leite e na produção de grãos acesse a versão digital de Bovinos, Grãos e Máquinas, clique aqui. Boa leitura!

Fonte: Por Wellington Luiz de Paula Araújo Zootecnista, doutor em Nutrição e Produção Animal
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Bovinos / Grãos / Máquinas Em Chapecó - Santa Catarina

Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite acontece em novembro

Primeiro lote de inscrições segue até 02 de outubro.

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Fotos: Divulgação/MB Comunicação

Referência em disseminação de conhecimento, aperfeiçoamento da classe, desenvolvimento de novas tecnologias e troca de experiências, o 13º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite (SBSBL) ocorrerá nos dias 05, 06 e 07 de novembro, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC). O evento, promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), está com as inscrições abertas e contará com os painéis indústria, qualidade da forragem, saúde, manejo e ambiente. A programação ainda engloba a 8ª Brasil Sul Milk Fair e o 3º Fórum Brasil Sul de Bovinocultura de Corte.

Presidente do Nucleovet, Tiago Mores: “Nossa missão é entregar um evento completo que demonstre e reforce a pujança da bovinocultura brasileira”

O presidente do Nucleovet, Tiago Mores, ressalta que o evento é organizado para oportunizar discussões atuais, com apresentação de novas soluções e geração de conexão entre empresas e profissionais. “Recebemos médicos veterinários, zootecnistas, técnicos, profissionais de agroindústrias, produtores rurais e estudantes de todo o Brasil e da América-Latina, nossa missão é entregar um evento completo que demonstre e reforce a pujança da bovinocultura brasileira”.

Na visão de Mores, o sucesso do evento também tem sido baseado em uma abordagem pragmática de assuntos do cotidiano e que possam agregar informação técnica e aplicação prática.

O presidente da comissão científica, Claiton André Zotti, explica que a programação é elaborada por uma comissão responsável por avaliar os temas de maior relevância para o setor na atualidade. “Com uma equipe formada por profissionais de diversos segmentos da cadeia produtiva, conseguimos construir uma programação riquíssima e que engloba importantes debates”, destaca.

Zotti reforça que as discussões são levantadas por renomados pesquisadores do setor, qualificando ainda mais a grade técnico-científica do evento. “Tratamos de um ramo complexo e desafiador, temos novas práticas e técnicas sendo desenvolvidas a todo momento. É crucial que profissionais da bovinocultura de leite e de corte mantenham-se atualizados acerca dos avanços do setor”.

Fonte: Assessoria MB Comunicação
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