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Notícias Segundo IBGE

Estimativa de maio prevê safra recorde de 262,8 milhões de toneladas em 2021

Produção de 2021 deve ser 3,4% superior à do ano passado

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Arquivo/OP Rural

A safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas deve chegar ao recorde de 262,8 milhões de toneladas em 2021, segundo a estimativa de maio do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado na quinta-feira (10) pelo IBGE. O resultado trouxe a segunda queda consecutiva na estimativa mensal este ano. Mesmo assim, a produção de 2021 deve ser 3,4% superior à do ano passado, que alcançou 254,1 milhões de toneladas.

Em relação à estimativa de abril, houve queda de 1,7 milhão de toneladas (-0,6%). De acordo com o analista da pesquisa, Carlos Barradas, a retração se deve ao atraso na colheita da soja, que reduziu a janela de plantio do milho. Essa mudança deixou as lavouras mais dependentes do clima e, devido à baixa ocorrência de chuvas em estados produtores, a produção foi prejudicada.

“Esse atraso acabou afetando a segunda safra do milho, que vem depois da colheita da soja. Então essa queda pode ser explicada pelo plantio fora da época ideal de boa parte das lavouras e pela falta de chuvas, principalmente, no Paraná e no Mato Grosso”, diz o pesquisador.

Atualmente, a segunda safra do milho corresponde a 73,9% da produção total do grão. Em maio, a estimativa da produção dessa safra caiu 4,4% em relação a abril, declínio de 3,4 milhões de toneladas. Comparado ao que foi produzido em maio do ano passado, é uma queda de 4,3%.

Somando as duas safras, o milho deve chegar à produção de 99,2 milhões de toneladas, queda de 3,2% na comparação com a estimativa de abril. A produção total também deve ser 3,9% menor do que a do ano passado, apesar dos aumentos de 6,0% na área plantada e de 6,2% na área a ser colhida.

O milho é um dos três principais produtos do grupo de grãos, cereais e leguminosas. Os outros dois são o arroz e a soja. Juntos, eles representam 92,6% da produção e respondem por 87,7% da área a ser colhida. A cultura com maior participação nesse volume de produção é a soja, cuja safra deve ser recorde este ano, ao chegar a 132,9 milhões de toneladas. É um aumento de 9,4% frente à produção de 2020, o que representa 11,4 milhões de toneladas a mais. Também houve aumento de 0,7% na comparação com a estimativa de abril.

“Tanto a produção total de grãos, de 262,8 milhões de toneladas, quanto a produção de soja, com 132,9 milhões, são recordes na série histórica do LSPA. Esse aumento na produção da soja é, principalmente, consequência do preço do grão no mercado internacional, que está bom. Com isso, o produtor aumentou as áreas de plantio”, explica Barradas.

Outra estimativa de produção que cresceu em relação a abril foi a do arroz (2,4%), que deve chegar a 11,4 milhões de toneladas. De acordo com o analista do LSPA, essa produção será suficiente para abastecer o mercado interno. Em 2020, os preços do cereal tiveram alta devido ao aumento do consumo interno e do crescimento das exportações. Neste ano, a produção do arroz deve ser 2,8% superior à do ano passado.

“Como a maior parte do arroz produzido no Brasil é irrigado, ele não depende tanto do clima. Mas, na época de colheita, o ideal é que não chova para não atrapalhar os trabalhos mecânicos. Foi isso o que aconteceu no Rio Grande do Sul, que é responsável pela maior parte (70,2%) da produção brasileira desse grão”, analisa o pesquisador.

Ele ressalta que a produção de feijão, estimada em 2,9 milhões de toneladas, também deve atender ao consumo interno. A estimativa é 2,3% menor do que a de abril, mas fica muito próxima do que foi produzido no ano anterior, com retração de 577 toneladas.

A estimativa da produção do algodão também diminuiu em relação à previsão do mês anterior e, em maio, foi de 5,7 milhões de toneladas (-3,4%). Já a estimativa da produção do café cresceu 4,3% frente a abril. Mas comparado ao que foi produzido em 2020, a queda é de 21,0%.

No Brasil, há o cultivo de duas espécies de café. A produção do café arábica deve chegar a 2,0 milhões de toneladas, crescimento de 6,0% em relação ao mês anterior e declínio de 29,3% frente ao total produzido em 2020.

“Esse declínio se deve à bienalidade negativa da safra em 2021. O café é uma cultura que produz muito em um ano e produz menos no ano seguinte. Em 2020 tivemos um recorde de produção de café arábica, a maior da série histórica da pesquisa. E como houve essa produção grande no ano passado, a queda já era esperada este ano”, diz.

Já a produção do café canephora, também conhecido como conillon, deve somar 919,8 mil toneladas, aumento de 0,9% frente à previsão de abril e de 6,3% em relação a 2020.

Produção do Centro-Oeste deve cair 1,8% em 2021

Quatro das cinco grandes regiões tiveram aumento em suas estimativas de produção em relação à safra de 2020: Sul (10,8%), Sudeste (6,0%), Nordeste (5,3%) e Norte (1,4%). Já o Centro-Oeste, que responde por 45,5% da produção nacional de grãos, leguminosas e oleaginosas, deve ter recuo de 1,8% na quantidade total produzida. A participação na produção tem a seguinte distribuição entre as outras regiões: Sul (30,8%), Sudeste (10,4%), Nordeste (9,1%) e Norte (4,2%).

Entre as unidades da Federação, o Mato Grosso lidera, com uma participação de 26,9% na produção total do país, seguido pelo Paraná (14,6%), Rio Grande do Sul (13,9%), Goiás (9,8%), Mato Grosso do Sul (8,4%) e Minas Gerais (6,5%), que, somados, representaram 80,1% do total nacional.

Capacidade dos estoques varia -0,1% no 2º semestre de 2020

Também divulgada na quinta-feira (10) pelo IBGE, a Pesquisa de Estoques mostrou uma queda de 0,1% no total de capacidade útil disponível para armazenamento no Brasil, no segundo semestre de 2020 frente ao semestre anterior, chegando a 176,3 milhões toneladas. O Mato Grosso continua possuindo a maior capacidade de armazenagem do país, com 43,6 milhões de toneladas. O Rio Grande do Sul e o Paraná aparecem logo depois, com 32,7 e 32,1 milhões de toneladas de capacidade, respectivamente.

Quanto aos tipos de armazenamento, a pesquisa mostrou que os silos seguem predominando, tendo alcançado 87,3 milhões de toneladas (49,5% da capacidade útil total). Na sequência, aparecem os armazéns graneleiros e granelizados, que atingiram 66,1 milhões de toneladas de capacidade útil armazenável e os armazéns convencionais, estruturais e infláveis, com 22,9 milhões de toneladas.

Fonte: IBGE

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Quarenta empresas de nutrição animal participam do SIAVS 2024

Maior feira dos setores no Brasil reunirá diversas soluções para a cadeia produtiva

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Foto O Presente Rural

Cerca de quarenta empresas fornecedoras em diversos segmentos da área de nutrição animal já confirmaram participação na exposição do Salão Internacional de Proteína Animal (SIAVS), maior evento dos setores no Brasil, que acontecerá entre os dias 06 e 08 de agosto, no Distrito Anhembi, em São Paulo (SP).

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) – entidade organizadora do evento – empresas com variados perfis estarão no espaço de exposição do evento, de empresas brasileiras a grandes multinacionais, com focos variados dentro da nutrição animal.

As empresas se somam às outras centenas de marcas presentes no SIAVS, de agroindústrias produtoras e exportadoras de carne de frango, carne suína, carne bovina, ovos e peixes de cultivo, além de fornecedores de equipamentos, genética, insumos farmacêuticos e outros elos da cadeia produtiva que estarão nos mais de 22 mil metros quadrados destinados apenas à área de exposição.

“Temos presença massiva de segmentos inteiros dentro da exposição do SIAVS, que cresceu já 50% em relação à edição passada. Esta forte expansão é um marco importante do que se espera para a edição deste ano, com novos recordes registrados”, avalia o diretor da feira do SIAVS, José Perboyre.


Informações sobre expositores, credenciamento e detalhes da programação estão disponíveis no site do evento.

Fonte: ABPA
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Porto de Paranaguá bate recorde de movimentação em 24 horas: 146 mil toneladas

Foram mais de 146 mil toneladas movimentadas no corredor de exportação em três navios com destino à China e Espanha. O número representa um aumento de 5% em relação à marca anterior, registrada entre os dias 29 e 30 de agosto de 2019 (138.988,98 toneladas).

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Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Mais de 146 mil toneladas de soja foram movimentadas no Corredor de Exportação Leste do Porto de Paranaguá entre os dias 20 e 21 de abril, o que significa um recorde operacional em 24 horas (entre todos os produtos). O número também representa um aumento de 5% em relação à marca anterior, registrada entre os dias 29 e 30 de agosto de 2019 (138.988,98 toneladas).

“Três berços movimentaram mais de 146 mil toneladas de grãos e farelos de soja com destino à China e Espanha. A movimentação com excelência na operação de três navios permitiu mais um recorde histórico para a Portos do Paraná”, disse o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. “Estes números são resultados dos investimentos em gestão portuária dos portos paranaenses”. Três embarcações receberam o produto: Nikolas D, Guo Yuan 32 e Guo Yuan 82.

Ele cita como fatores responsáveis pelo recorde a manutenção de equipamentos e estratégias logísticas para melhor aproveitamento dos berços e das equipes da operação, além da demanda mundial pela commodity. “A movimentação total também trouxe resultados importantes para as empresas envolvidas. Oito terminais embarcaram mais de mil toneladas/hora por equipamento. É um número impressionante alcançado devido às manutenções anuais e à inteligência logística portuária”, enfatizou Garcia.

Este trabalho de planejamento operacional e de engenharia rendeu aos portos paranaenses quatro prêmios de gestão portuária pelo governo federal. Atualmente os portos paranaenses são reconhecidos pela melhor administração do Brasil. Os portos de Paranaguá e Antonina alcançaram a nota máxima no Índice de Gestão das Autoridades Portuárias (IGAP) na principal categoria entre os portos públicos brasileiros.

Recordes

Além dos números expressivos em movimentação diária, os portos de Paranaguá e Antonina registraram oito recordes seguidos de produtividade mensal, desde agosto de 2023. O mais recente foi em março deste ano, com 5.968.934 toneladas movimentadas, 11% a mais que em 2023 (5.357.799 toneladas).

Além dos oito meses de recordes seguidos, os números gerais revelam um crescimento significativo em 2024. No primeiro trimestre houve aumento de 16% em comparação ao ano passado. Foram mais de 16 milhões de toneladas movimentadas só este ano. Na exportação, os destaques vão para as commodities de soja e açúcar, já na importação o fertilizante é o produto mais movimentado.

Fonte: AEN-PR
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Negócios com o trigo seguem lentos nesta entressafra

Apesar da quebra de safra nacional em 2023 e da consequente baixa oferta de cereal de qualidade para panificação, as cotações domésticas não apresentam oscilações expressivas desde novembro de 2023, ainda conforme levantamentos do Cepea.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As negociações envolvendo trigo seguem pontuais no Brasil. Segundo pesquisadores do Cepea, neste período de entressafra, produtores estão avaliando as condições de mercado, as previsões climáticas e outros fatores para, então, decidirem sobre a semeadura do cereal ou de culturas alternativas.

Por enquanto, as expectativas são de que a área diminua, sobretudo devido aos elevados custos.

Do lado da demanda, pesquisadores do Cepea apontam que agentes de indústrias estão atentos à ampla oferta de trigo argentino a preços mais competitivos que os nacionais, o que tem deixado esses compradores relutantes em pagar valores maiores por novos lotes no spot brasileiro.

Apesar da quebra de safra nacional em 2023 e da consequente baixa oferta de cereal de qualidade para panificação, as cotações domésticas não apresentam oscilações expressivas desde novembro de 2023, ainda conforme levantamentos do Cepea.

Fonte: Assessoria Cepea
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SIAVS 2024 E

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