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Estiagem e previsão de frio com geadas podem reduzir potencial do milho safrinha no Paraná

Em Marechal Rondon, Oeste do Estado, 24,5 mil hectares estão preenchidos com a cultura, o que deve render 142 mil toneladas

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Com 24,5 mil hectares das lavouras preenchidas com milho segunda safra, ou milho safrinha, e previsão de colheita de 142 mil toneladas, o que corresponde a 5,8 toneladas por hectare, dois assuntos causam preocupações aos produtores rurais de Marechal Cândido Rondon, Oeste do Paraná: a estiagem que teima em continuar e a recente previsão de institutos apontando frio rigoroso antes do tempo acompanhado de geadas. Tudo isso, conforme profissionais do setor, é motivo de apreensão. Contudo, a princípio não está sendo trabalhado com a possibilidade de perdas.

De acordo com o técnico do Departamento de Economia Rural (Deral) de Toledo, João Luiz Raimundo Nogueira, nos municípios de abrangência do escritório a área cultivada com milho soma 434.465 hectares, diante de uma produção estimada em 2,5 milhões toneladas. Já o trigo tende a ocupar 24 mil hectares, com expectativa de serem colhidas 72,2 mil toneladas. Ocorre que as áreas de ambas as culturas foram reduzidas neste ano na comparação com 2017 em Marechal Rondon. Ano passado eram 25,2 mil hectares com milho safrinha e agora são 24,5 mil; já o trigo baixou de 1,5 mil para mil hectares.

Clima

O indicativo do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) é de que a estiagem perdure por mais dias, o que pode comprometer a rentabilidade das culturas mais difundidas no solo regional. “O período é de apreensão por não chover, de modo que não temos avaliação neste momento. Se o clima continuar assim, daí começa a preocupar bastante”, menciona Nogueira.

Outro motivo de apreensão está na possibilidade de frio antecipado acompanhado de geadas, o que viria a danificar as lavouras. “Se isso concretizar, a gente passa a ter muita preocupação, por ser um período em que o milho está na fase de floração, então é fundamental que não ocorra nada disso entre maio e junho. O plantio já atrasou, então se a geada chegar cedo complica”, diz.

“Ao semear o milho o produtor não trabalha com essa expectativa de geada nos meses de maio e junho, o que seria um desastre, pois a lavoura está em fase crítica no sentido de evoluir para frutificação. É importante que não ocorra geada forte de maio até 15 de junho, pois a colheita acontecerá a partir do mês de julho. A princípio, há expectativa de que se consolide uma boa produtividade”, frisa Nogueira.

Perda de potencial

O engenheiro agrônomo da Agrícola Horizonte, Cristiano da Cunha, diz que a previsão é de que 90% das lavouras da área de ação da empresa sejam cultivadas com milho safrinha, de 2% a 3% com trigo e 7% com outras culturas como aveia, nabo e forrageiras utilizadas na alimentação do gado de leite.

“Até o momento, a expectativa para a colheita de milho safrinha é muito boa, com potencial para produzir de 150 a 260 sacas por alqueire”, expõe, alertando: “porém, a continuidade da estiagem retira o potencial produtivo porque muitas áreas chegam na fase de florescimento, quando o milho precisa ser polinizado, etapa na qual o grão de pólen sai do pendão e poliniza os estigmas que são as bonequinhas das espigas”, menciona o profissional.

Se não chover, acrescenta Cunha, o grão de pólen pode se tornar inviável em função da falta de umidade e dificuldade de ocorrer polinização. “Atualmente em torno de 20% a 25% das áreas já estão na fase de florescimento e polinização e 80% a 75% ainda vão entrar em florescimento nos próximos dias. Se a chuva retornar a partir do dia 02 (próxima quarta-feira) a gente pode ter essas lavouras tardias com melhor resultado do que as adiantadas em função do estágio em que se encontram, ou seja, as lavouras em etapa de florescimento vão sofrer um pouco mais do que as áreas que vão entrar nesse estágio em alguns dias”, explica.

Atraso

O engenheiro pondera ser necessário lembrar que as lavouras de milho estão com ciclo atrasado em 25 dias na análise com 2017 devido ao atraso no plantio da soja em função de não ter chovido na época adequada, o que consequentemente atrasou a colheita da soja e o plantio do milho safrinha. “O frio preocupa, pois as geadas fortes devastam as lavouras, principalmente as mais atrasadas, e este ano estamos com 25 a 30 dias de atraso. Para dizer que não teremos problemas com o frio, não podemos ter geada até o fi m de junho. A partir daí se tiver geada as áreas afetadas serão menores”, aponta.

Além do mais, salienta ele, geadas severas podem acarretar em perda na qualidade dos grãos, uma vez que a planta perde toda área foliar em função de ser queimada pela geada, impedindo o grão de ser preenchido adequadamente. “A geada preocupa, mas neste momento o que mais gera apreensão é essa falta de chuva”, frisa.

Recomendação

No caso de lavouras em fase de pré-florescimento, Cunha recomenda os produtores a aplicarem fungicida para preservar as folhas do ataque de doenças. “Mesmo com o clima seco a gente está tendo noites com bastante orvalho. Essas horas que a folha fica molhada pelo orvalho são suficientes para que os fungos causem danos e colonizem essas folhas, vindo a trazer problemas de baixa de produtividade lá na frente”, conclui.

Fonte: O Presente

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Investidores dos Estados Unidos conhecem Programa de Conversão de Pastagens do Brasil 

Delegação participou de um dos maiores eventos do cenário mundial de investimentos do agronegócio.

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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) marcou presença no Global AgInvesting New York, um dos mais importantes eventos do cenário mundial de investimentos no agro, que reúne fundos, bancos e empresas que atuam no setor. O evento ocorreu entre os dias 15 e 17 de abril, no Sheraton New York Times Square, nos Estados Unidos.

A comitiva do Mapa contou com a participação do secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais, Julio Ramos, do diretor de Promoção Comercial e Investimentos, Marcel Moreira, e da adida agrícola junto à Embaixada do Brasil em Washington, Ana Lúcia Viana.

Fotos: Divulgação/Mapa

Na oportunidade, foi apresentado o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD), que tem por objetivo incorporar 40 milhões de hectares de pastagens degradadas aos sistemas produtivos brasileiros de alimentos, biocombustíveis e florestas de alta produtividade, através da adoção de tecnologias de produção sustentáveis.

Durante os três dias do evento, os representantes do Mapa se reuniram com diversos investidores interessados no PNCPD.

“Com esse programa, pretendemos não apenas dobrar a produção brasileira nos próximos dez anos, mas também converter pastagens degradadas em áreas produtivas diversificadas. O objetivo é atender às metas nacionais de redução do desmatamento e recuperação da vegetação nativa, fortalecendo a segurança alimentar mundial e a resiliência climática”, ressaltou Marcel Moreira.

De acordo com os representantes do Ministério, a presença brasileira potencializou ainda a promoção dos benefícios do programa, que incluem a segurança alimentar global, a conservação das florestas nativas brasileiras, a fixação de carbono, além da geração de renda e emprego para o Brasil.

“Foi uma ótima oportunidade para o Brasil dialogar com fundos privados, bancos estrangeiros e grandes empresas interessadas em investir em nosso país, reconhecendo o nosso potencial para o desenvolvimento sustentável mundial. Representando o ministro Carlos Fávaro e o secretário Roberto Perosa, deixamos o encontro com grandes perspectivas e oportunidades. É o Brasil sendo protagonista mais uma vez uma vez em programas de sustentabilidade e geração de emprego, desempenhando um importante papel no combate à insegurança alimentar mundial”, comentou Julio Ramos.

Fonte: Assessoria Mapa
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Poder de compra do avicultor cresce frente ao milho, mas cai em relação ao farelo

Os preços do cereal estão caindo com mais intensidade em relação ao frango vivo, comparando-se as médias da parcial de abril com as observadas em março.

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Foto: Guilherme Viana

O poder de compra de avicultores paulistas vem crescendo frente ao milho.

Isso porque, segundo pesquisas do Cepea, os preços do cereal estão caindo com mais intensidade em relação ao frango vivo, comparando-se as médias da parcial de abril com as observadas em março.

Já no caso do farelo de soja, outro importante insumo da alimentação do setor, o poder de compra de avicultores está menor – os valores do derivado registram pequena queda mensal.

Para o frango vivo, pesquisadores do Cepea indicam que a pressão sobre as cotações vem das fracas vendas internas da carne.

Muitos compradores estão um pouco mais afastados da aquisição de novos lotes de animais, evitando formar estoques elevados da proteína.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Notícias Rio Grande do Sul

Sindilat apoia decreto de proteção da cadeia láctea

O decreto do Governo do Estado limita a utilização de benefícios fiscais por empresas que adquirem leite em pó ou queijo importados

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Foto: O Presente Rural

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) apoia o decreto do Governo do Estado que limita a utilização de benefícios fiscais por empresas que adquirem leite em pó ou queijo importados. “Qualquer medida que valorize o produtor e o leite do produtor gaúcho é bem-vinda para as indústrias de laticínio do Rio Grande do Sul”, indica o presidente do Sindilat, Guilherme Portella. O decreto deve ser publicado nesta sexta-feira (19/04) no Diário Oficial do Estado e passa a vigorar a partir de 2025.

O presidente do Sindilat salienta que a medida não representa prejuízo para a indústria leiteira, uma vez que quase a totalidade do leite em pó e derivados lácteos que vêm do Uruguai e Argentina são adquiridos por indústrias transformadoras. “Mais de 80% do leite em pó e derivados lácteos que entram para reprocessamento no Brasil vêm via empresas que fazem produtos como chocolates, sorvetes e biscoitos, por exemplo. A indústria de laticínios não importa leite em pó de fora”, destaca.

 

 

Fonte: Assessoria
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