Conectado com

Bovinos / Grãos / Máquinas Condição merece atenção

Estefanofilariose prefere os meses mais quentes

Também chamada de úlcera do úbere de verão ou da lactação, enfermidade é caracterizada por lesões na porção anterior do quarto mamário

Publicado em

em

Arquivo/OP Rural

Artigo escrito pela equipe técnica da Ceva

A chegada dos meses mais quentes e úmidos do ano traz consigo novos desafios sanitários. É o caso da estefanofilariose, também chamada de úlcera de verão, da lactação ou do úbere, parasitose de caráter zoonótico, que acomete os bovinos – particularmente os leiteiros – e outras espécies animais. No Brasil, a doença é mais prevalente na estação mais chuvosa e quente do ano, época que coincide com altas populações dos vetores biológicos. O número de casos é menor na estação seca e inverno.

A doença é causada por nematódeos (vermes redondos) do gênero Stephanofilaria spp, responsáveis por lesões ulceradas na pele, geralmente localizadas na porção anterior do quarto mamário.  Inicialmente as lesões apresentam-se como pequenas pápulas que evoluem para nódulos, há secreção com perda de pelos e até formação de crostas.  Essas lesões causam grande desconforto aos animais, atraem outras moscas, que aumentam ainda mais a irritação, e podem ser contaminadas, secundariamente, por microrganismos que dificultam a cicatrização e podem ser causadoras de mastites.

“A dermatite papular evolui para a formação de nódulos, perda de pelos (alopecia) e ulceração com presença de crostas. (fotos A e B). Geralmente, as lesões têm aspecto circular ou elíptico. No início, podem apresentar 1 cm de diâmetro, mas podem chegar a 25 cm com a evolução do quadro. Na maioria dos casos, há prurido e exsudação sero-sanguinolenta. A lesão pode permanecer por longo período de tempo, caso não seja tratada (foto 2). A cura espontânea pode acontecer, mas esperar por ela acarretará riscos de infecções bacterianas secundárias, miíases, mastites e prejuízo significativo ao bem-estar animal”, explica o médico veterinário Marcos Malacco, gerente técnico de bovinos da Ceva Saúde Animal.

Vacas sofrem mais

As lesões acometem, frequentemente, o úbere (quartos anteriores), podendo também afetar cabeça, região escapular, tetos, jarretes, cauda, garupa, quarto posterior e quartela. As vacas com estefanofilariose podem ter o processo de ordenha mais demorado, devido ao estresse dos animais à manipulação das teteiras nos quartos mamários lesionados. Além disso, pode haver acúmulo de sujidades e moscas, que poderão prejudicar a qualidade do leite.

Outros problemas

“Outros problemas podem resultar em lesões parecidas com as da estefanofilariose, como eczema do úbere, dermatofilose, dermatofitose, dermatite de contato, dermatite por picada de insetos e ácaros, sarna corióptica e paraqueratose por deficiência de zinco. A estefanofilariose é confirmada pela presença dos parasitos por meio da histopatologia de tecidos biopsiados ou em esfregaços e impressões da lesão, analisados em microscopia direta no laboratório”, explica Malacco.

Até agora não havia no mercado uma solução assertiva, em dose única, com carência zero para o leite, mas está chegando ao mercado um endectocida injetável, pronto para uso, com baixo volume de dose, indicado para o tratamento de infestações parasitárias em bovinos.

Ciclo da estefanofilariose

Estágio 1

A Haematobia irritans (mosca-do-chifre), em nosso meio, é considerada o hospedeiro intermediário da Stephanofilaria spp e responsável pela transmissão aos bovinos.

Estágio 2:

Após atingirem o estágio infectante no hospedeiro intermediário, as moscas estão prontas para infectar o hospedeiro definitivo. A infecção ocorre quando as moscas contendo os estágios infectantes da Stephanofilaria spp (microfilárias) picam o animal a fim de se alimentarem.  A microfilárias se desenvolverão até os estágios adultos que se reproduzirão e darão origem a novas microfilárias.

Estágio 3:

Os adultos (filárias) podem ser encontrados na base dos folículos pilosos e as microfilárias podem ser encontradas livres profundamente na derme ou mais superficialmente no exsudato das lesões cutâneas, quando podem ser ingeridas pelo hospedeiro intermediário durante sua alimentação nos animais.

Outas notícias você encontra na edição de Bovinos, Grãos e Máquinas de agosto/setembro de 2019.

Fonte: O Presente Rural

Bovinos / Grãos / Máquinas

Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

Publicado em

em

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo

Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

Publicado em

em

Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
Continue Lendo

Bovinos / Grãos / Máquinas

Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

Publicado em

em

Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.