Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias

Especialistas discutem melhorias na gestão de risco climático na agricultura

Evento reúne pesquisadores, autoridades, especialistas em políticas agrícolas, Proagro, crédito e seguro rural e representantes do setor produtivo.

Publicado em

em

Foto: Gabriel Faria

Entre esta terça (18) e a próxima quinta-feira (20) será realizada na Embrapa Sede, em Brasília (DF), a 8ª Reunião da Rede Zarc Embrapa de Pesquisa e Desenvolvimento. O evento reúne pesquisadores, autoridades, especialistas em políticas agrícolas, Proagro, crédito e seguro rural e representantes do setor produtivo para discutir a gestão de riscos climáticos na agricultura brasileira.

Uma preocupação crescente para a agricultura brasileira tem sido o agravamento dos riscos climáticos observado nas últimas décadas, em particular nos últimos anos. Entre as consequências estão o aumento da frequência e intensidade de eventos adversos com danos e prejuízos crescentes aos sistemas de produção, a redução progressiva de janelas de cultivo agrícola e de áreas de produção sustentáveis, dificuldades à implantação da segunda safra em várias regiões do país, expansão do semiárido e surgimento de regiões áridas no Brasil.

Dados do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, do Ministério da Integração, indicam que eventos climáticos extremos causaram prejuízos de R$ 443 bilhões no Brasil, entre 2014 e 2023. Os impactos nos sistemas de produção agropecuários representam 81% desse total, com um crescimento expressivo nos anos mais recentes. “A reunião tem como objetivo discutir a experiência e visão de representantes do setor produtivo, da pesquisa, do setor de seguros e crédito rural, e de formuladores e operadores de políticas agrícolas, sobre a gestão de riscos climáticos na agricultura”, explica o pesquisador Eduardo Monteiro, da Embrapa, coordenador da Rede Zarc.

Programação
No primeiro dia do evento, a discussão será sobre política agrícola e gestão de riscos, com foco no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Participam da discussão autoridades da Embrapa, Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Banco Central e Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg).

No período da tarde a discussão continua com foco na gestão de riscos e sustentabilidade da agricultura, no crédito e no seguro rural. Participam como palestrantes e debatedores representantes da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Mapa.

Na quarta-feira pela manhã um painel irá abordar as estratégias de atuação das cooperativas agropecuárias na gestão de riscos e sustentabilidade de seus cooperados. Participam representantes da Coamo, CCGL, Comigo, Cocamar, Coopercitrus, Capal.

Já no período da tarde a programação terá foco em práticas de manejo agronômico como ferramentas úteis na gestão de riscos. Esta temática é uma inovação que a Embrapa vem desenvolvendo para ser incluída no Zarc em todo o país. A proposta é levar em consideração o manejo de solo e outras técnicas conservacionistas adotadas na propriedade como mais um indicador para definição do risco. Quanto melhor o manejo, maior a resiliência do sistema produtivo e menor o risco de perdas por falta de chuva, por exemplo.

Na quinta-feira pela manhã, a pauta é dedicada às tecnologias de monitoramento e levantamento massificado de dados em áreas de produção. Participarão como palestrantes representantes da Embrapa, Polícia Federal, e de algumas empresas que atuam no tema como Serasa, Visiona, SCCON e Agrorobótica. No período da tarde, a pauta é voltada aos colaboradores da Rede de pesquisa, com temas mais específicos de projetos de pesquisa e desenvolvimento em andamento, resultados preliminares e apresentação de novas propostas.

A 8ª Reunião da Rede Zarc Embrapa não é aberta ao público em geral, mas direcionada a setores de governo, organizações e empresas diretamente ligadas ao tema. Porém, interessados em acompanhar o conteúdo poderão assistir a transmissão ao vivo pelo canal da Embrapa no Youtube (https://www.youtube.com/@embrapa).

Gestão de riscos climáticos na agricultura e o Zarc
A gestão de riscos compreende o conjunto de ações coordenadas para identificação e avaliação riscos, implementação de estratégias de prevenção, redução do impacto ou transferência do risco e, por fim, acompanhamento dos resultados. O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) é um estudo agrometeorológico de avaliação de riscos, que delimita regiões de produção e épocas de plantio de acordo com suas probabilidades de perda de produção causada por eventos meteorológicos adversos.

Uma análise ampla desses indicadores de risco para as diferentes culturas e regiões permitem aos produtores e técnicos avaliarem e decidirem quais as possibilidades e melhores opções quanto: culturas viáveis para o seu município; a melhor época de plantio e produção; características de cultivares, se resilientes ou de alto potencial produtivo; a necessidade de práticas de manejo agronômico complementares ou obrigatórias; uso preferencial de cultivares de ciclo curto, intermediário ou longo; e as vantagens e desvantagens ao se concentrar recursos em uma única safra ou distribuir em duas ou mais.

As informações do Zarc são utilizadas no Proagro e na subvenção federal ao prêmio do seguro rural (PSR) como critério para evitar situações de risco muito alto, contribuindo para evitar perdas excessivas em áreas ou épocas de alto risco para a agricultura. O Ministério da Agricultura e Pecuária publica as portarias de Zarc com todas as informações. Os resultados do Zarc para mais de 40 culturas, diversos tipos de solo e em todos os municípios do Brasil também podem ser consultados facilmente pelo produtor rural por meio do aplicativo Plantio Certo.

Fonte: Assessoria Embrapa Agricultura Digital

Notícias

Colômbia abre mercado para exportação de grãos secos de destilaria

Com esta nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 105ª abertura neste ano, totalizando 183 aberturas em 58 destinos desde o início de 2023.

Publicado em

em

Foto: Shutterstock

O Governo da Colômbia autorizou, a partir desta sexta-feira (06), a exportação pelo Brasil de grãos secos de destilaria ao país, conhecidos como DDG ou DDGS, para aquele país.

O insumo é uma fonte proteica e energética utilizada na produção de ração para ruminantes, suínos, aves, peixes e camarões. Os DDG/DDGS são gerados a partir da produção de etanol de milho na segunda safra.

A plantação é feita na mesma área da safra principal, após a sua colheita e no mesmo ano agrícola. Assim, não demanda terra adicional para ser cultivada, o que resulta em melhor aproveitamento dos recursos naturais.

Com esta nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 105ª abertura neste ano, totalizando 183 aberturas em 58 destinos desde o início de 2023.

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo

Notícias

Câmara Temática de Gestão de Risco Agropecuário cria GTs para fortalecimento das políticas públicas no setor

Objetivo é enfrentar os desafios críticos no setor, como os riscos climáticos, operacionais, de crédito e a necessidade de inovação tecnológica.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Em busca de aprimorar as políticas públicas voltadas ao setor do agronegócio, a Câmara Temática de Gestão de Risco Agropecuário do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) criou quatro Grupos de Trabalho (GTs) focados em temas prioritários como inovação tecnológica, riscos climáticos, operacionais e crédito. “A criação desses GTs é uma resposta ao crescente reconhecimento da importância de uma abordagem estruturada para lidar com os riscos que afetam a produção agrícola. A adesão de representantes de todos os setores envolvidos, como seguradoras, produtores e o próprio governo, mostra o comprometimento com a sustentabilidade e a resiliência do agro brasileiro”, destacou o presidente da Câmara Temática, Vitor Ozaki. 

O GT de Política Integrada de Gestão de Riscos na Agropecuária visa propor uma política que vá além do seguro rural, englobando outros riscos da cadeia produtiva como os tecnológicos, sanitários e logísticos.  

Já o GT de Inovação Tecnológica, Científica e de Negócios se propõe a desenvolver novas ferramentas digitais e modelos de parceria para modernizar o ZARC (Zoneamento Agrícola de Risco Climático) e melhorar o acesso às informações de risco. 

Tem também o GT de Integração Crédito e Seguro Rural com foco na criação de sinergias entre as políticas de crédito rural e o seguro rural, buscando aumentar a resiliência financeira dos produtores e melhorar o acesso a financiamentos sustentáveis, como o FIAGRO. 

E, por último, o GT de Acompanhamento e Inovações no Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural (PSR) que será responsável por monitorar a execução do PSR, identificar desafios orçamentários e operacionais, além de propor inovações que expandam o alcance do programa entre os produtores rurais. 

A gestão de risco é um tema estratégico para o agronegócio brasileiro, que tem enfrentado desafios cada vez maiores devido à imprevisibilidade climática e às oscilações do mercado. Nesse contexto, o papel da Câmara Temática e dos GTs se torna ainda mais relevante para assegurar a sustentabilidade financeira dos produtores rurais e a competitividade do setor. “A Câmara Temática é um espaço privilegiado de debate técnico que permite aprimorar as políticas públicas e integrar diversos atores do setor, gerando soluções concretas para problemas complexos. As contribuições dos Grupos de Trabalho serão decisivas para o futuro da gestão de risco no agronegócio”, afirmou o diretor de Gestão de Risco, Jônatas Pulquério.   

Os Grupos de Trabalho terão prazos de até 12 meses para a entrega de relatórios finais, com diagnósticos e propostas que visam aprimorar a gestão de risco no agro, além de fortalecer programas como o PSR e o PROAGRO.  

Com essas iniciativas, o Mapa reafirma seu compromisso com a criação de soluções integradas e inovadoras, capazes de enfrentar os desafios e garantir o crescimento sustentável do agronegócio no Brasil. 

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo

Notícias

Portaria define 11 novos postos para adidos agrícolas na África, Ásia e Américas

Com a ampliação, o Brasil passa a contar com sete adidos agrícolas em embaixadas na África e fortalecerá sua presença em importantes parceiros econômicos e mercados potenciais, expandindo as oportunidades para o setor agrícola nacional.

Publicado em

em

O Ministério da Agricultura e o Ministério das Relações Exteriores definiram os locais dos 11 novos adidos agrícolas do Brasil no exterior. As futuras adidâncias serão na Argélia, Bangladesh, Chile, Costa Rica, Emirados Árabes Unidos, Etiópia (incluindo União Africana, Djibuti e Sudão do Sul), Filipinas (incluindo Ilhas Marshall, Micronésia e Palau), Irã, Malásia (incluindo Brunei), Nigéria e Turquia.

Com a ampliação, o Brasil passa a contar com sete adidos agrícolas em embaixadas na África e fortalecerá sua presença em importantes parceiros econômicos e mercados potenciais, expandindo as oportunidades para o setor agrícola nacional. “As novas adidâncias reflete o reconhecimento da importância do agronegócio e de sua maior inserção no mercado internacional para o Brasil. Com os novos postos iremos potencializar ainda mais as oportunidades para o setor, gerando empregos e renda para os brasileiros, principalmente em virtude das aberturas de mercados”, pontuou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.  

No mês de julho, o Governo Federal havia assinado o Decreto presidencial autorizando o aumento das adidâncias agrícolas de 29 para 40 postos. Essa ampliação do número foi a maior desde que a função foi criada, em 2008, pelo Decreto nº 6.464, já que estão sendo implementadas de uma única vez. 

Os adidos agrícolas desempenham funções de assessoramento junto às representações diplomáticas brasileiras no exterior. Suas principais atividades envolvem a identificação de oportunidades de comércio, investimentos e cooperação para o agronegócio brasileiro. Para isso, mantêm interlocução com representantes dos setores público e privado, formadores de opinião relevantes na sociedade civil e academia. 

Atualmente, há adidos agrícolas nos seguintes locais: África do Sul, Alemanha, Angola, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China (dois adidos), Colômbia, Coreia do Sul, Egito, Estados Unidos da América, França (Delegação do Brasil junto às Organizações Internacionais Econômicas Sediadas em Paris), Índia, Indonésia, Itália (Delegação Permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura e aos Organismos Internacionais), Japão, Marrocos, México, Suíça (Delegação do Brasil junto à Organização Mundial do Comércio e outras organizações econômicas em Genebra), Peru, Reino Unido, Rússia, Singapura, Tailândia, Bélgica (Missão do Brasil junto à União Europeia em Bruxelas, dois adidos) e Vietnã. 

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo
ABMRA 2024

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.