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Suínos Durante Pork Nutrition 2022

Especialistas debatem formas de melhorar performance e reduzir custos mexendo na nutrição

Componente chega a 80% do custo do suíno. Discussão leva a dois caminhos: as informações levantadas ao serem levadas para a prática vão resultar ou em uma melhora de desempenho ou em redução de custo.

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Fotos: Giuliano De Luca/OP Rural

Especialistas em nutrição animal em todo o mundo se debruçaram em um debate de atualizações entre os dias 20 e 22 de setembro, em Foz do Iguaçu, PR, durante o Pork Nutrition Congress & Networking 2022, evento híbrido, transmitido em português, inglês e espanhol. Na pauta, o componente que custa R$ 8 a cada R$ 10 investidos em todo o processo produtivo da suinocultura: a nutrição.

Presidente do Pork Nutrition Congress & Networking, Daniel Pigatto Monteiro: “O evento reuniu os decisores e formadores de opinião das grandes integradoras de suínos, além de dez universidades representadas por professores e alunos de mestrado e doutorado. Cumprimos com o objetivo de trazer informação técnica, de altíssima qualidade”

O presidente do Pork Nutrition Congress & Networking, o médico-veterinário, mestre em Ciências Veterinárias e doutor em Ciência Animal Daniel Pigatto Monteiro, explica que o evento reuniu tomadores de decisão das principais empresas do setor suinícola do Brasil e representantes de diversos países. “Nosso balanço é bastante positivo. Somado o público presencial e online, participaram quase 400 profissionais, o que é um bom público para profissionais da área de nutrição em suinocultura. O evento reuniu os decisores e formadores de opinião das grandes integradoras de suínos, além de dez universidades representadas por professores e alunos de mestrado e doutorado. Cumprimos com o objetivo de trazer informação técnica, de altíssima qualidade”, explica.

Monteiro destaca ainda a importância de, a partir de agora, empregar os conhecimentos no dia a dia das integradoras. “A gente sabe que a nutrição chega a 80% do custo do suíno, então as informações que estão sendo levadas do Pork Nutrition para a prática vão resultar, ou em uma melhora de desempenho, ou em redução de custo”, destacou. “Disponibilizamos debates com temas atuais, apresentados por pessoas com bagagem em cada área de sua especialidade em nutrição de suínos”, ampliou o presidente do evento.

Monteiro frisou ainda a importância da troca de experiências de diferentes profissionais, em realidades distintas ao redor do mundo. “A gente começou o Pork Nutrition em 2019 para ser latino americano. Hoje já temos a grande maioria dos países, do México ao Uruguai, com profissionais presentes, além de Estados Unidos, Canadá, da Europa e da China. O congresso híbrido permite essa flexibilidade”, mencionou.

Programação

Apesar de ser focado em nutrição, a palestra de abertura tratou das perspectivas econômicas para a suinocultura moderna, seguido de um debate, com o doutor em economia aplicada, Sérgio De Zen, que fez um panorama positivo do setor para os próximos anos.

Debates importantes foram feitos para esclarecer dúvidas dos congressistas

As experiências nutricionais em diferentes sistemas de produção da América Latina foi o tema da palestra do médico-veterinário pela Universidade do Chile, Subgerente de Nutrição e genética na empresa Agrosuper, Wolfgang Peralta.

O zootecnista, doutor em bioclimatologia animal e nutrição de suínos e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Bruno Silva, foi o responsável pela palestra sobre imprinting sensoriais: vínculos para melhorar o desempenho das matrizes e suas progênies.

Professor doutor Charles Stark falou sobre a experiência norte americana em manejos de qualidade em fábricas de rações. Já na visão da Europa, a palestra do doutor Ioannis Mavromichalis demonstrou as tendências em nutrição de creche.

Os efeitos e aspectos práticos da maior produtividade de leitões foi tema da palestra do médico veterinário e mestre em Nutrição de Monogástricos Fernando Jorge Bartoli, seguido de Charles Stark, que voltou ao palco para falar sobre o impacto do processamento alimentar sobre a performance zootécnica.

A experiência empresarial Master Agroindustrial, de Santa Catarina, encerrou os trabalhos do segundo dia, com a palestra do médico veterinário e CEO da Master, Mario Faccin.

“Planos alimentares: arraçoamento ad libitum e controlado” foi o tema da palestra que abriu os trabalhos do último dia do Pork Nutrition. Proferida pelo zootecnista, mestre em Produção e Nutrição de Monogástricos Gustavo Freire Resende Lima.

Na sequência os congressistas assistiram palestra com o médico veterinário, doutor em Medicina Veterinária e professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Carlos Augusto Mallmann, que falou sobre as novas fronteiras estratégicas para gerenciar micotoxinas na cadeia produtiva.

O evento encerrou com um assunto de mercado com a palestra do bacharel em Direito, especialista em Marketing e em Exporetações e Importações, o consultor Osler Desouzart, que falou sobre o impacto da China no futuro da suinocultura da América Latina.

Próxima edição

A próxima edição do Pork Nutrition Congress & Networking já tem data marcada: acontece de 19 a 21 de setembro de 2023, em Foz do Iguaçu, PR. “Temos que fazer um evento ainda melhor para o próximo ano”, sustenta o presidente Daniel Pigatto Monteiro.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola e da piscicultura acesse gratuitamente a edição digital Suínos e Peixes.

Fonte: O Presente Rural

Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Suínos

Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos

Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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