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Especialistas criam método para calcular custo de desenvolvimento de forrageiras

Para os cálculos, a equipe considerou os custos diretos e indiretos desde o início das pesquisas até o lançamento da tecnologia

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Kadijah Suleiman

Profissionais da Embrapa Gado de Corte (MS) desenvolveram um método para calcular o quanto uma cultivar de forrageira custa para ser desenvolvida. Iniciado em 2014, o trabalho foi coordenado pelo analista Edson Espindola Cardoso e contou com dois pesquisadores da área de economia rural, Fernando Paim Costa e Mariana de Aragão Pereira, todos da Embrapa. Eles avaliaram 16 cultivares desenvolvidas por aquela unidade de pesquisa e estimaram os custos de seu desenvolvimento. O estudo foi divulgado na publicação Custo das cultivares forrageiras lançadas pela Embrapa Gado de Corte: metodologia e resultados.

As gramíneas e leguminosas forrageiras têm importância especial à pecuária de corte. De acordo com os participantes do trabalho, o aumento de oferta de carne na mesa do brasileiro nos últimos 30 anos deve-se, em grande parte, ao desenvolvimento de pastagens de maior valor proteico, das quais o gado se alimenta. Somente o capim marandu gerou impactos da ordem de R$ 2,7 bilhões ao país devido à sua expressiva adoção em sistemas de produção leiteiro e de corte, relataram os autores. No bioma Cerrado, por exemplo, o marandu forma praticamente a metade das pastagens. As sementes de forrageiras geradas no Brasil também são produto de exportação, aumentando a importância dos investimentos em sua pesquisa e desenvolvimento.

“Os custos obtidos na nova metodologia permitem conhecer com mais profundidade os retornos dos investimentos na pesquisa e subsidiam os tomadores de decisão a alocar com mais eficiência os recursos utilizados no desenvolvimento”, acredita Cardoso, frisando ser possível agora calcular parâmetros econômicos sólidos como taxa interna de retorno (TIR) e valor presente líquido (VPL). Ele ressalta também o ineditismo do trabalho: “Por não haver metodologia específica, criamos um modelo para calcularmos o custo de cada forrageira e quanto o governo dispendeu de recursos para sua conclusão”, conta.

A metodologia criada

Para os cálculos, a equipe considerou os custos diretos e indiretos desde o início das pesquisas até o lançamento da tecnologia. Foram considerados valores de projetos de pesquisa; plantas que não foram selecionadas; manutenção do banco de germoplasma; manutenção de setores da Unidade; despesas com trabalhadores envolvidos, como pesquisadores e pessoal de apoio, proporcionais ao tempo de dedicação; despesas com material de consumo; serviços de terceiros e investimentos; custo de depreciação de imóveis e equipamentos.

Todos os valores foram corrigidos pelo Índice Geral de Preços (IGP) da Fundação Getúlio Vargas. “Algo que ajudou muito na elaboração de cálculos foi uma normativa baixada pela Embrapa criando uma tabela de custo de mão de obra dos trabalhadores da Empresa, o que nos deu uma boa base”, conta Cardoso. Da tabela à qual ele se refere constam os custos de mão de obra de trabalhadores por categoria profissional com valores médios por mês, semana, dia e hora.

Os materiais estudados e que serviram de base para as análises foram uma coleção de 450 acessos Brachiaria, outra de 426 acessos de Panicum maximum e uma terceira coleção de 650 acessos do gênero Stylosanthes. Para ter uma visão geral dos trabalhos, Cardoso precisou entrevistar líderes dos projetos e vários outros pesquisadores envolvidos, como os das áreas de entomologia, solos, fitopatologia, nutrição, produção de sementes e socioeconomia. “Com base nas entrevistas, identificamos o número de acessos ou germoplasmas de cada gênero forrageiro – Brachiaria, Panicum e Stylosanthes – recebido pela Embrapa Gado de Corte a partir de 1982, que passaram a compor o patrimônio genético da instituição.”

Por que não se calculou o custo da marandu

Cardoso conta que não foi possível fazer o levantamento do custo da cultivar marandu. Essa forrageira foi introduzida no Brasil por volta de 1967 pelo produtor de sementes Paul Rankin Rayman, e foi submetida a diferentes estudos e cultivada por vários anos no estado de São Paulo, de onde foi distribuída para várias regiões. Em 1977 essa gramínea foi fornecida à Embrapa Gado de Corte e incluída no processo de avaliação de forrageiras da Unidade. Nos anos seguintes, outros centros de pesquisa da Embrapa receberam amostras da planta, que foram submetidas a estudos.

Segundo o especialista, não foi possível resgatar os valores dispendidos durante essas fases, bem como de governos ou instituições privadas que investiram em seus estudos. “Entendemos que se nos apropriássemos apenas dos valores utilizados a partir do momento em que a Embrapa Gado de Corte iniciou seus estudos, em 1977, a informação não retrataria com fidelidade o montante de recursos dispendidos até seu lançamento, em 1984”, explica.

Fonte: Embrapa Gado de Corte

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Preços do suíno vivo sobem na segunda quinzena, mas médias mensais têm comportamentos distintos

Nas primeiras semanas de março, a disponibilidade de animais acima da demanda pressionou os valores tanto do vivo como da proteína. Já na segunda parte do mês, com a oferta mais “ajustada” em relação à procura, os preços subiram um pouco.

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Foto: Julio Cavalheiro

Após caírem na primeira metade de março, os preços do suíno vivo e da carne suína avançam nesta segunda quinzena.

Ainda assim, segundo pesquisadores do Cepea, enquanto em algumas regiões o recente movimento de alta garante aumento na média de março frente à de fevereiro, em outras, a desvalorização mais intensa na primeira quinzena resulta em baixa na média mensal.

Nas primeiras semanas de março, a disponibilidade de animais acima da demanda pressionou os valores tanto do vivo como da proteína.

Já na segunda parte do mês, com a oferta mais “ajustada” em relação à procura, os preços subiram um pouco.

No entanto, nos últimos dias, compradores estiveram mais afastados das aquisições de novos lotes de animais. Segundo agentes consultados pela Equipe de Proteína Animal/Cepea, esse movimento está atrelado ao período da Quaresma, quando a demanda por carne de peixe cresce em detrimento da de carnes vermelhas.

Fonte: Assessoria Cepea
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Fraca demanda pressiona cotações do frango em março

Queda se deve principalmente à demanda enfraquecida pela carne e à consequente baixa liquidez observada ao longo do mês.

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Foto: Jonathan Campos

Os preços médios da maioria dos produtos de origem avícola estão encerrando março abaixo dos registrados em fevereiro.

Segundo pesquisadores do Cepea, a queda se deve principalmente à demanda enfraquecida pela carne e à consequente baixa liquidez observada ao longo do mês.

Já no mercado de pintainho de corte, a procura aquecida pelo animal tem impulsionado os valores.

De acordo com agentes consultados pelo Cepea, o movimento altista pode estar ligado ao interesse da indústria em aumentar o alojamento de frango, sobretudo para atender à demanda externa pela proteína brasileira – vale lembrar que as exportações de carne de frango estão em forte ritmo.

Fonte: Assessoria Cepea
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Em reunião com diretorias da Aiba e Abapa, presidente da Coelba anuncia intenções para solucionar déficit de energia elétrica no Oeste baiano

O déficit de energia elétrica é um problema constante e uma realidade que contribui para travar o progresso na região, e a união dos produtores e associações de classe, mostra o empenho do setor em se mobilizar e buscar soluções.

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Em atendimento às solicitações apresentadas por agricultores em reunião prévia ocorrida em (06) de fevereiro, quando esteve no Oeste da Bahia e ouviu as demandas de energia elétrica, o diretor presidente da Coelba Neoenergia, Thiago Freire Guth, retornou à região, e na última terça-feira (26), reuniu-se com as diretorias da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), na sede da Coelba em Barreiras.

Como ficou acordado, ainda no final de fevereiro, uma comitiva de consultores da Coelba realizou visitas técnicas a propriedades rurais do Oeste baiano para diagnosticar as principais carências energéticas da região, a partir do qual foram realizados estudos de viabilidade com emissão de parecer técnico.

Fotos: Divulgação/Aiba

Durante a reunião, o diretor presidente da Coelba, juntamente com os superintendentes, de Área Técnica, Tiago Martins, e de Expansão de Obras, Anapaula Nobre, fizeram a apresentação do novo plano de investimentos da Coelba para o Oeste da Bahia nos próximos quatro anos. “Temos demandas que não foram atendidas no decorrer dos anos, mas a atual gestão da Coelba vem sendo mais participativa aqui na região. Um momento importante para debater e atualizar os próximos passos da companhia, em termos de investimento, aqui no oeste baiano, e tenho certeza, que daqui para frente, com mais transparência e participação da Coelba. O que ouvimos hoje é que as coisas realmente vão começar a sair do papel para prática, e que as demandas da região e do agronegócio serão atendidas”, avalia o vice-presidente da Aiba, Moisés Schmidt.

O déficit de energia elétrica é um problema constante e uma realidade que contribui para travar o progresso na região, e a união dos produtores e associações de classe, mostra o empenho do setor em se mobilizar e buscar soluções. “É a segunda vez que o presidente da Coelba vem ao oeste, trazendo respostas e anunciando esses investimentos, e nós esperamos que isso venha atender ao produtor, tanto na quantidade necessária, e também na qualidade, que é fundamental”, complementa o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi.

O diretor presidente, Thiago Freire agradeceu a oportunidade e anunciou as intenções da companhia. “É uma região pujante, e do ponto de vista de desenvolvimento do agronegócio, existe uma necessidade energética urgente. A empresa está alocando os recursos necessários para, nos próximos quatro anos, aumentar cerca de 70% da capacidade de energia elétrica da região”, pontuou Guth que ainda falou de parcerias. “É um desafio também em fazer um trabalho conjunto e trazer novas linhas de transmissão e subestações da rede básica, fora do escopo da energia Coelba, uma questão mais de infraestrutura de alta tensão. Propomos fazer esse trabalho em parceria com associações locais, e ouvirmos a necessidade dos clientes e trabalhar juntos, para resolver os problemas que são comuns, tanto para associações e para o desenvolvimento da região, quanto para a própria energia”, complementou o diretor presidente, que ainda confirmou a divulgação de um cronograma da Coelba, sugerido pelos produtores rurais, para acompanhamento das ações e investimentos da companhia na região.

O segundo vice-presidente da Aiba, Seiji Mizote, os diretores, financeiro, Helio Hopp, executivo, Alan Malinski, o gerente de Infraestrutura, Luiz Stahlke participaram do momento, que também foi prestigiado pelos ex-presidentes e conselheiros, João Carlos Jacobsen, Júlio Busato, Celestino Zanela, os produtores rurais Luiz Pradella, Ildo Rambo, Elisa Zanela, e a vice-presidente da Abapa, Alessandra Zanotto. Representando a Coelba Neoenergia ainda estiveram presentes superintendentes, supervisores e engenheiros.

Fonte: Assessofria Aiba
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