Notícias Tecnologia no campo
Especialista sugere três pontos para a agricultura brasileira avançar com mais conectividade
A gestão remota das atividades no campo, com salas de controle que funcionam quase como uma torre de operações de um aeroporto, monitorando o trabalho de diversos tipos de máquinas e caminhões, ajuda a tomar decisões de forma mais rápida e eficaz, o que consequentemente melhora a produtividade e os rendimentos do setor como um todo.

O avanço da conectividade no campo tem trazido, ao longo dos anos, benefícios importantes para o agronegócio brasileiro. O que antes demandava o envolvimento de mais pessoas e de muito mais tempo, hoje é realizado não só com mais agilidade, mas também com mais eficiência. A gestão remota das atividades no campo, com salas de controle que funcionam quase como uma torre de operações de um aeroporto, monitorando o trabalho de diversos tipos de máquinas e caminhões, ajuda a tomar decisões de forma mais rápida e eficaz, o que consequentemente melhora a produtividade e os rendimentos do setor como um todo. Mas, para que tudo isso seja possível, os equipamentos instalados nas máquinas precisam de acesso à internet, e a realidade brasileira, quando se trata de conectividade, está longe de ser a ideal.

Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da divisão de Agricultura da Hexagon, Alexandre Alencar: “No futuro veremos máquinas totalmente independentes da ação humana executando as operações. Isso não significa acabar com o emprego, mas sim aumentar a produção agrícola” – Foto: Divulgação/Hexagon
Hoje, 73% das propriedades rurais brasileiras ainda não estão conectadas à rede de internet, de acordo o Ministério da Agricultura e a associação ConectarAgro. Na prática, a conectividade permite que o equipamento no campo consiga mandar dados o mais rápido possível, de preferência em tempo real, para as salas de controle. “Isso garante que as aplicações possam ser mantidas rodando e processando o tempo todo com informações atualizadas. No passado, quando não tínhamos nenhum tipo de cobertura de sinal, era comum utilizar um dispositivo de coleta de dados no equipamento, geralmente um pen drive, para armazenar as informações e descarregá-las depois. Infelizmente, essa alternativa ainda é comum em muitas localidades, o que torna o processo mais lento e suscetível a erros, afetando o tempo de reação das empresas na resolução de problemas”, afirma o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da divisão de Agricultura da Hexagon, Alexandre Alencar.
Apesar das limitações que a infraestrutura do país ainda impõe na atividade agrícola, a tecnologia tem ajudado a garantir recordes de produtividade. Abaixo, elenco três pontos de tendência no setor que já têm mostrado avanços, e que podem ganhar mais impulso com investimentos em conectividade.
Uso de imagens e inteligência artificial
Muitas atividades, que antes eram executadas de forma puramente presencial, hoje são aceleradas pelo uso de imagens. Voos por drone, por exemplo, captam dados que ajudam a detectar doenças e pragas em diferentes culturas, apoiando a aplicação precisa de herbicidas e inseticidas.
Nas áreas de floresta, já há robôs que são capazes de realizar a contagem de árvores de forma mais precisa e eficaz, diminuindo a margem de erro e gerando informações de melhor qualidade. “Ainda nas plantações, imagens e sensores permitem o monitoramento do crescimento das plantas, utilizando esse acompanhamento como apoio para recomendações de aplicação de fertilizantes e necessidade de irrigação. Com ferramentas de automação e detecção também é possível percorrer áreas de floresta, detectar formigueiros e, depois, fazer o controle dos locais exatos para aplicação de formicidas”, pontua Alencar.
Tecnologia de automação
O uso de automação plena ainda está longe de ser realidade, mas a tecnologia vem avançando bastante neste sentido. O piloto automático já dá mais autonomia para as máquinas, diminuindo o trabalho do operador, garantindo o alinhamento e minimizando a sobrepassagem durante operações como o plantio. “No futuro veremos máquinas totalmente independentes da ação humana executando as operações. Isso não significa acabar com o emprego, mas sim aumentar a produção agrícola, já que as máquinas trabalham 24 horas por dia executando as operações tanto sob a luz do sol, como também à noite. Aumentar o investimento em automação significa tirar o esforço físico e transformar a ação do homem em esforço intelectual, para que ele trabalhe com decisões e deixe o trabalho pesado e monótono para as máquinas”, enfatiza.
Agricultura mais sustentável
Como produzir gerando menor impacto para a natureza? A sustentabilidade tem sido também um desafio para a agricultura, e aqui a tecnologia tem um papel essencial. No momento em que o produtor utiliza uma ferramenta de automação para economizar na aplicação de um agroquímico, por exemplo, está reduzindo o impacto no meio ambiente. “Utilizando menos produtos químicos, ele diminui a poluição dos lençóis freáticos e das fontes de água. Projetos inteligentes e tecnologias possibilitam minimizar esse impacto e assim contribuir para o meio ambiente”, ressalta.
De acordo com Alencar, a agricultura deve saber usar bem as áreas que ela tem e recuperar as que não são utilizadas, sem invadir florestas nativas que permitem manter a condição natural do planeta de forma equilibrada. “Assim, a missão da tecnologia passa também pela sustentabilidade”, salienta.
Para avançar em todos esses pontos, no entanto, precisamos de uma infraestrutura de conectividade melhor, que possibilite que as empresas continuem investindo e levando para o produtor as melhores soluções. “Faço uma analogia com as estradas: da mesma maneira que as nossas rodovias e modais de transporte ainda não são os ideais para a distribuição da produção, o tráfego de dados também precisa de investimentos para colocarmos o agronegócio brasileiro em um patamar mais elevado”, expõe.

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Dilvo Grolli recebe Menção Honrosa da ABCA por sua contribuição à agronomia brasileira
Reconhecimento destaca seu papel no avanço científico, na inovação cooperativista e na consolidação do Show Rural como vitrine tecnológica do agro.

A Academia Brasileira de Ciência Agronômica (ABCA) prestou, dias atrás, homenagem especial ao presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. Ele recebeu o título de Menção Honrosa pela relevante contribuição ao fortalecimento da Engenharia Agronômica no Paraná e no Brasil. O reconhecimento é concedido a personalidades que, além de estimular avanços científicos e tecnológicos no agro, destacam-se como empreendedores que impulsionam o crescimento de suas regiões e do País.

Fotos: Divulgação/Coopavel
Dilvo Grolli tem trajetória reconhecida no cooperativismo paranaense e nacional. Sua visão de futuro e capacidade de liderança contribuíram para transformar a Coopavel em uma das cooperativas mais respeitadas do País, referência em gestão, inovação e apoio ao produtor rural. Ele também é um dos idealizadores do Show Rural Coopavel, criado ao lado do agrônomo Rogério Rizzardi, evento que se tornou um dos maiores centros difusores de tecnologia agrícola do mundo e que impacta diretamente a evolução do agronegócio paranaense e de estados vizinhos.
Exemplo
O presidente da ABCA, professor-doutor Evaldo Vilela, destacou a grandeza dessa contribuição ao afirmar que Dilvo Grolli é um exemplo de liderança que transforma. “Sua dedicação ao cooperativismo, ao conhecimento agronômico e à inovação, traduzida na criação do Show Rural, tem impacto direto no desenvolvimento sustentável do agro brasileiro”.
Ao agradecer a honraria, Dilvo ressaltou o papel indispensável da Engenharia Agronômica para o Brasil. “A agronomia é uma das bases que sustentam o agronegócio moderno. Sem esse conhecimento técnico e científico, o campo não teria alcançado o nível de produtividade e competitividade que hoje coloca o Brasil entre os maiores produtores de alimentos do mundo”, afirmou. Também destacou a importância dos agrônomos ao sucesso das cooperativas: “Profissionais da agronomia têm participação decisiva no crescimento de instituições como a Coopavel, que chega aos seus 55 anos dedicada ao desenvolvimento da agropecuária brasileira”.
A solenidade também enalteceu outros líderes locais, entre eles o empresário Assis Gurgacz, igualmente homenageado por sua atuação e pelo apoio contínuo ao desenvolvimento do setor produtivo, e a agronomia por meio da FAG. O professor Evaldo destacou que figuras como Dilvo Grolli e Assis Gurgacz ajudam a consolidar um ambiente favorável à inovação, à sustentabilidade e ao aprimoramento técnico da agropecuária brasileira, bem como da agronomia.
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Copacol reconhece desempenho dos produtores no Experts do Agro
Com participação de 120 produtores, evento premiou melhores resultados regionais e apresentou o próximo desafio: alcançar 500 sacas por alqueire somando soja e milho.

A dedicação, o conhecimento e a capacidade de inovação dos cooperados foram reconhecidos pela Copacol na cerimônia de premiação do Projeto Experts do Agro. O evento reuniu em Cafelândia agricultores, familiares, técnicos e parceiros que, ao longo nos últimos dois anos, trabalharam com foco em eficiência, sustentabilidade e melhores resultados no campo.
Divido em três regiões (Baixa, Alta e Sudoeste) o Experts do Agro teve a participação de 120 cooperados e cooperadas, que participaram de encontros e treinamentos intensos, com análises de estudos exclusivos do Centro de Pesquisa Agrícola (CPA). O conhecimento obtido por cada um dos agricultores foi aplicado em áreas de cultivo e os melhores resultados tiveram o reconhecimento da Cooperativa.

Fotos: Divulgação/Copacol
Foram premiados os três melhores de cada região. Cada um foi presenteado com uma viagem à Foz do Iguaçu, com hospedagem em resort e direito à um acompanhante. Na região baixa, regional de Nova Aurora, os premiados foram: com 4.304,5 pontos, Sidney Polato de Goioerê André Gustavo, com 4.343,15 pontos e com 4.388,5 pontos Simone Chaves Oenning, de Nova Aurora, que se destacou com o maior resultado da região, com produtividade de 208 sacas por alqueire.
Na região alta, regional de Cafelândia, os vencedores foram: com 4.177,8 pontos, Elton José Müller, de Bom Princípio, Toledo Elci Dalgalo, de Cafelândia, com 4.208,5 pontos e com 4.260 pontos, também de Cafelândia, Marcio Rogério Scartezini, que se destacou com produtividade de 221,6 sacas por alqueire.
Já no Sudoeste, os destaques foram os produtores: com 4.205,4 pontos, Willian Rafael Dallabrida, de Flor da Serra Ricardo Galon, de Salto do Lontra, com 4.630 pontos e com 4.724 pontos, Douglas dos Santos Cavalheiro, de Pérola do Oeste, que colheu 241,9 sacas por alqueire.
Proporcionar ao produtor tecnologia e conhecimento técnico para garantir uma safra com maior produtividade e rentabilidade foi a proposta do Projeto Experts do Agro. No decorrer dos anos, vários desafios foram lançados aos cooperados e superados pelos participantes: Projeto 160, Produtividade com Qualidade Soja + Milho 440 e Excelência 460.
A partir de 2026, os cooperados serão desafiados a participar do Projeto Safra 500: total de sacas de milho soja por alqueire. “Evoluímos muito no decorrer das seis décadas de atuação da Copacol e com as pesquisas realizadas avançamos de maneira rápidas. Tivemos elevadas produtividades graças a essa aplicação de tecnologias no campo. Agora, temos pela frente um novo desafio, que também será alcançado com o desenvolvimento de estudos que auxiliam os produtores”, afirma o diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol.
Destaque

Diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol: “Evoluímos muito no decorrer das seis décadas de atuação da Copacol e com as pesquisas realizadas avançamos de maneira rápidas. Tivemos elevadas produtividades graças a essa aplicação de tecnologias no campo”
Com a maior produtividade entre todos os participantes do Projeto Experts do Agro, Douglas Cavalheiro aplicou na propriedade todo o conhecimento obtido nos treinamentos. O resultado superou as expectativas do cooperado do Sudoeste paranaense, onde a Copacol está expandindo a atuação nos últimos anos.
“A Copacol tem feito a diferença em nossas vidas. No Sudoeste não tínhamos oportunidades de nos capacitar, de buscar crescimento. Com a chegada da Cooperativa, estamos evoluindo a cada ano em produtividade, em conhecimento técnico e inovação, e por meio do CPA temos à disposição o que há de mais avançado para produzir. Estou feliz não só pelo prêmio, mas pela presença da Cooperativa em nossa região”, comemora o campeão de produtividade.
Atrações
Além da premiação dos cooperados, o encerramento do Experts do Agro contou um panorama amplo do mercado atual de grãos, com Ismael Menezes, especialista em economia e mercado agrícola, com mais de 20 anos de experiência no setor do agro. Duante a cerimônia, o gerente técnico, João Maurício Roy, e o supervisor do CPA, Vanei Tonini, apresentaram um resumo da safra, o desempenho elevado da Cooperativa na comparação com as demais áreas agrícolas e os avanços alcançados pelos participantes do Experts do Agro ao longo dos últimos dois anos.
“Conseguimos traduzir os resultados de pesquisas do CPA em informações que chegam lá no campo. Foram dois anos de troca de experiências com êxito. Encerramos em grande estilo reconhecendo os produtores que mais se destacaram nos manejos e na aplicação das tecnologias. Com produtividade 30% maior que a média geral da Cooperativa, finalizamos com sucesso o Experts do Agro”, exalta João.
Critérios de avaliação
Além da boa produtividade no Experts do Agro, os produtores premiados se destacaram também na boa condução dos manejos, como: Incremento de produtividade em relação à média da unidade em sacas por alqueire qualidade estrutural do solo cobertura do solo com consórcio milho + braquiária, cobertura pré-trigo cobertura após o milho segunda safra manejo de buva e participação nos encontros dos Experts do Agro.
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Nova edição de Nutrição & Saúde Animal destaca avanços que moldam o futuro das proteínas animais
Conteúdos exclusivos abordam soluções nutricionais que ampliam índices produtivos e fortalecem a sanidade de aves, suínos, peixes e ruminantes.

A nova edição do Jornal Nutrição e Saúde Animal, produzida por O Presente Rural, já está disponível na versão digital e reúne uma ampla cobertura técnica sobre os principais desafios e avanços da produção animal no Brasil. A publicação traz análises, pesquisas, tendências e orientações práticas voltadas aos setores de aves, suínos, peixes e ruminantes.
Entre os destaques, o jornal aborda a importância da gestão de micotoxinas na nutrição animal, tema discutido no contexto da melhoria da eficiência dos rebanhos . A edição também traz conteúdos sobre o uso de enzimas e leveduras e o papel dessas tecnologias na otimização de dietas e no desempenho zootécnico .
Outro ponto central são os avanços na qualificação de técnicos e multiplicadores, essenciais para promover o bem-estar animal e disseminar práticas modernas dentro das granjas . O jornal destaca ainda o impacto estratégico dos aminoácidos na nutrição, além de trazer uma análise sobre conversão alimentar, tema fundamental para a competitividade da agroindústria .
Os leitores encontram também reportagens sobre o uso de pré-bióticos, ferramentas de prevenção contra Salmonella, estudos sobre distúrbios de termorregulação em sistemas produtivos e avaliações sobre os efeitos da crescente pressão regulatória e tributária sobre o setor de proteína animal .
A edição traz ainda artigos sobre manejo, probióticos, qualidade de ovos, doenças respiratórias em animais de produção e desafios sanitários relacionados a patógenos avícolas, temas abordados por especialistas e instituições de referência no país .
Com linguagem acessível e foco técnico, o jornal reforça seu papel como fonte de atualização para produtores, gestores, consultores, médicos-veterinários e demais profissionais da cadeia produtiva.
A versão digital já está disponível no site de O Presente Rural, com acesso gratuito para leitura completa, clique aqui.



