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Especialista recomenda atenção ao fígado dos suínos para não comprometer o desempenho
O fígado tem grande responsabilidade no processo de produção de proteínas nos animais. O órgão está envolvido na degradação de substâncias tóxicas e na produção da bile, encarregada de auxiliar na digestão de gorduras. Augusto Heck, gerente técnico de suínos da Biomin, acrescenta que, no caso dos fetos, o órgão também participa da produção de células do sistema imune.
“Um fígado saudável assegura a síntese de proteínas importantes, como albumina, além de ser reservatório de ferro, vitaminas e glicogênio. No entanto, vários desafios põem em risco as funções hepáticas, como contaminação por micro-organismos patogênicos e micotoxinas. As micotoxinas são substâncias tóxicas produzidas por fungos e comumente encontradas em matérias-primas ou rações. Aflatoxinas, Fumonisinas e até mesmo Zearalenona são tidas como fontes de agressão ao fígado, podendo levar a lesões irreversíveis”, descreve o gerente da Biomin, empresa de soluções naturais para nutrição animal do grupo DSM.
Heck explica que algumas doenças causadas por vírus e bactérias têm grande influência nos problemas hepáticos. “A circovirose é um exemplo de doença viral que provoca uma falha geral no sistema imunológico dos suínos, podendo causar hepatite. Atualmente, a doença é menos frequente graças ao uso de vacinas. A leptospirose tem transmissão bacteriana pelos ratos. O animal apresenta sinais clínicos, como febre, hepatite, nefrite e problemas reprodutivos. Mas, assim como a circovirose, seus danos podem ser minimizados por meio de um protocolo adequado de vacinação, além do controle de roedores”.
Para o suinocultor, o desafio está no correto diagnóstico desses problemas. Isso porque os sinais clínicos de problemas hepáticos somente são detectáveis em condições de grande comprometimento do órgão. Nesse caso, o animal fica pálido e diferentes partes do corpo adquirem tom amarelado, conhecido tecnicamente por icterícia – a conjuntiva ocular (membrana do olho) é o sinal mais comum. Carcaças e órgãos que chegam no frigorífico com essa tonalidade são condenados.
Em matrizes, a atenção precisa ser ainda maior. Augusto Heck assinala que um dos momentos mais críticos acontece próximo ao parto e durante a produção de leite, devido à elevada demanda de energia dessas tarefas. Esse aumento faz com que as fêmeas mobilizem uma parte importante de suas reservas corporais na forma de gordura e proteína, acarretando agressões ao seu organismo, num fenômeno chamado estresse oxidativo. Os resultados podem ser leitões fracos ao nascer pelo baixo peso, além da elevada mortalidade. “A produção de leite também será afetada e, consequentemente, os leitões serão desmamados com baixo ganho de peso”.
Diante dessa situação, os suinocultores precisam, sobretudo, fazer a gestão do escore corporal visual das matrizes na gestação e lactação. “Manter as fêmeas na condição ideal na gestação permite maior consumo na lactação, momento de elevada demanda de nutrientes para a produção de leite. O estímulo ao consumo na maternidade deve ser feito com maior oferta de ração por dia nos momentos mais frescos, em especial a partir da segunda semana de lactação. Se houver disponibilidade de mão de obra, recomendo incluir de um a dois arraçoamentos noturnos”, aconselha o especialista da Biomin.
O uso de aditivos naturais, como os fitogênicos, podem auxiliar o aumento do interesse e consumo da ração, pois tornam o cheiro e gosto mais atrativos, além de favorecer a digestão dos alimentos e a absorção dos nutrientes. “É uma ferramenta acessível muito interessante para diminuir a mobilização das reservas corporais da matriz suína, mesmo em condições de estresse térmico. Outro fator é o controle da temperatura ambiente, focando no conforto das matrizes, pois os leitões têm o escamoteador. Fêmeas e leitões têm faixas de temperatura de conforto muito distintas. A zona de conforto térmico da fêmea fica entre 16 e 22 °C.”, completa.
Augusto Heck pede atenção à oferta de água em quantidade e qualidade, com bebedouros de vazão de 2 litros/minuto de água fresca (12 a 18 °C) e sem contaminação microbiológica.
“O cuidado precisa estar concentrado no pós-parto, sobretudo se houve necessidade de auxiliar no parto. Quando inflamações e infecções ocorrem nessa fase, atrasam o atingimento do pico de consumo de ração na lactação e favorecem o emagrecimento. Não existe uma única solução, apenas a combinação de várias estratégias, como manejo ambiental, gestão de micotoxinas, vacinação e manejo nutricional, que podem, juntos, proporcionar melhor desempenho das matrizes e leitões”.
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Granja Faria vence em produção de ovos em Santa Catarina, pela premiação Melhores Lotes Cobb
Homenagem foi entregue em cerimônia realizada em Orleans (SC), no dia 12 de novembro.
A Cobb-Vantress, mais antiga casa genética avícola em operação no mundo, premiou, no dia 12 de novembro, a Granja Faria com o melhor resultado em Ovos Totais da premiação Melhores Lotes, etapa Santa Catarina. A empresa registrou média de 195,61 ovos produzidos por fêmea, no ano de 2023.
Eduardo Loewen, gerente regional do Serviço Técnico da Cobb para Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Contas-chaves e Paraguai, entregou placa comemorativa ao proprietário da granja vencedora, Eldemar Kestring Mazon, e à equipe liderada por Maria Sônia Brugnara Ferrareies, João Paulo Panho, João Vieira Coelho e Gilberto Vieira Coelho. A cerimônia de premiação foi realizada em Orleans (SC).
A unidade da Granja Faria premiada nesta edição do troféu Melhores Lotes Regionais Cobb está localizada em Lauro Müller, em Santa Catarina.
“Reconhecemos todo o profissionalismo da equipe da Granja Faria para conquistar um resultado tão importante. Somos gratos pela parceria de longo prazo e pela oportunidade de contribuir com um desempenho tão expressivo na avicultura brasileira. Nosso agradecimento a toda a equipe da Granja Faria”, disse Loewen.
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Aleris apresenta soluções nutricionais voltadas para desafios da avicultura em workshop pré-OVUM 2024
O encontro técnico teve como tema ‘Desafios no campo e soluções naturais para a nutrição de aves’, reunindo avicultores e distribuidores LATAM em Punta del Este
A Aleris, referência em aditivos nutricionais naturais à base de levedura, celebrou o sucesso de seu workshop realizado para parceiros distribuidores e clientes da América Latina em Punta del Este, Uruguai. O evento, promovido em 12 de novembro, abordou o tema “Desafios no campo e soluções naturais para a nutrição e saúde de aves” e antecedeu a abertura oficial do 28º Congresso Latino-Americano de Avicultura – OVUM 2024, encerrado no último dia 15.
O destaque do workshop foi o Provillus 4Poultry, uma solução inovadora desenvolvida com a tecnologia exclusiva MAC (Microbiota Activating Compounds), que promove uma modulação adequada da microbiota, garantindo benefícios significativos para a saúde, o desempenho e o bem-estar das aves. “O Provillus 4Poultry representa um avanço na nutrição animal, trazendo em sua tecnologia o conceito pós-biótico atrelado aos benefícios de uma microbiota diversa e robusta”, afirmou Marcos Nascimento, Coordenador Técnico Global de Avicultura e Suinocultura da Aleris.
Roberta Rodrigues, Coordenadora Comercial LATAM da Aleris, reforçou o compromisso da empresa em oferecer soluções sustentáveis e inovadoras. “Nosso workshop foi uma oportunidade estratégica para fortalecer parcerias, explorar novos mercados e apresentar tecnologias desenvolvidas para atender às demandas da avicultura latino-americana”, destacou.
O evento também foi essencial para consolidar a presença da Aleris em mercados estratégicos da América Latina, como Argentina, Peru, Colômbia, Chile, Equador, México, República Dominicana e Paraguai. Segundo a empresa, essas ações pavimentam o caminho para uma expansão dos planos de crescimento para os próximos anos.“Acreditamos que nossas soluções à base de leveduras são essenciais para auxiliar a saúde dos animais e impulsionar os índices produtivos”, concluiu Roberta Rodrigues.
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Evonik discutiu nutrição de aves mais precisa para melhor desempenho, bem-estar e sustentabilidade em Punta del Este, Uruguai
Especialistas destacam metionina e suas diferenças em produção, pureza e segurança de abastecimento com seus impactos nos resultados em campo
Uma redução dos níveis de proteína bruta em dietas de aves modernas é uma das tendências mais importantes da nutrição animal. Entre o benefícios desta iniciativa estão um menor custo de formulação, o atendimento das exigências das linhagens genéticas atuais e uma redução da excreção de nitrogênio com a consequente redução do impacto ambiental da produção, explicou o diretor Técnico da Evonik, Victor Naranjo, no estande da empresa, que participou do OVUM 2024, o 28º Congresso Latino-Americano de Avicultura, realizado em Punta del Este, no Uruguai.
Nesta estratégia, que prevê uma nutrição mais precisa, a formulação compreende níveis mais elevados de aminoácidos industriais na mesma medida em que se reduz os níveis de proteína. Assim, para o especialista, existem oportunidades de alcançar uma nutrição mais precisa em níveis de aminoácidos e proteína com utilização de aminoácidos industriais. “Entretanto, essa implementação exige uma abordagem holística, que é uma nutrição com níveis adequados de aminoácidos”, pontuou Naranjo.
O diretor de Marketing Estratégico de Essencial Nutrition da Evonik na América Latina, Nei Arruda, destaca a importância da formulação com metionina, que é o primeiro aminoácido limitante em dietas para as aves. “Se 70% deste requerimento vem da soja e do milho, os outros 30% devem vir de fonte suplementar. E uma maneira de otimizar a fonte de metionina é através da biodisponibilidade, que contribui para atender esta exigência de forma mais econômica”, disse o especialista.
Segundo ele, é necessário estar atualizado com relação aos requerimentos das aves e entender as condições atuais de produção, de mercado, dos custos da dieta para atingir maior eficiência alimentar e melhor conversão alimentar. “Assim, precisamos estar atentos aos requerimentos primeiro, depois aos ingredientes e a biodisponibilidade”, disse Arruda no estande da Evonik em Punta del Este.
DL-Metionina
Uma série de estudos realizados em diversos países mostra que, entre as fontes disponíveis de metionina, a DL-metionina é 100% disponível para cobrir os requerimentos de metionina e de cisteína, o que é especialmente importante. Aves em desafios terão uma necessidade maior de cisteína e antioxidantes e, neste caso, esta fonte de metionina já atende esta necessidade.
Outro benefício da cisteína é que ela contribui para um bom empenamento das aves. Considerando que a pena protege a pele do animal, ela ainda contribui para redução de perdas por lesões de pele. Quando trabalhamos com bioeficácia, a DL-metionina nos permite saber com precisão o requerimento de metionina e cisteína porque estudos comprovam que ela é 100% disponível.
Disponibilidade
O gerente de Negócios da Evonik, Felipe Chagas, salienta que, apesar de a metionina ser considerada uma commodity pelo mercado, os nutricionistas precisam estar atentos porque nem todos os produtos são iguais. “Os processos de desenvolvimento e fabricação de produtos são diferentes entre as empresas. Eles envolvem ensaios de qualidade, pureza de produto e até a disponibilidade do produto ao mercado, entre vários outros fatores que impactam diretamente os resultados em campo”, afirmou.
Chagas ressalta a importância de se conhecer bem cada ingrediente na ração. “É crucial que o nutricionista saiba exatamente quais nutrientes está formulando na dieta, porque, mesmo falando da metionina, o nosso padrão de qualidade é diferenciado, temos que considerar a bioeficácia de cada produto. E no caso da DL-Metionina, a nossa tem um padrão de pureza diferenciado”, disse o especialista direto do estande da companhia em Punta del Este.
O vice-presidente Regional da Evonik para as Américas da Linha de Negócios Nutrição Animal, Paulo Teixeira, enfatiza a questão do fornecimento de produtos lembrando que a empresa tem cinco plantas de metionina espalhadas em diferentes continentes, como o americano, o europeu e o asiático, como estratégia para assegurar o abastecimento. “Temos duas plantas na Antuérpia, na Bélgica, mais duas em Cingapura e outra nos Estados Unidos. Nosso processo de fabricação ocorre por meio de reações químicas, ou seja, não é um bioaminoácido”.