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Especialista orienta sobre uso de grãos alternativos nas dietas

O Presente Rural entrevistou, de forma exclusiva, o diretor do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA), Ariovaldo Zani.

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Foto: Giuliano De Luca/OP Rural

Um dos assuntos que ganha cada dia mais destaque do setor do agro é a disponibilidade de grãos alternativos que visam atender as crescentes demandas da produção animal, com redução de custos sem perda de produtividade. O Presente Rural entrevistou, de forma exclusiva, o diretor do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA), Ariovaldo Zani, que também atua como CEO do Sindirações, presidente da Câmara de Sustentabilidade e Bem-estar Animal da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), diretor do Departamento de Insumos do Deagro/Fiesp, conselheiro curador da Facta e professor associado do Pecege/Esalq/USP. Confira.

O Presente Rural – Quais são os grãos alternativos que podem ser usados na avicultura no Brasil? Eles podem reduzir os custos com nutrição?

Diretor do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal/CBNA, Ariovaldo Zani – Foto: Arquivo Pessoal

Ariovaldo Zani – Os cereais de inverno, como o trigo, cevada, aveia e centeio constituem fonte nutricional valiosa, são ricos em carboidratos, proteínas, vitaminas, minerais e energia, necessários ao crescimento dos animais, principalmente aqueles voltados à produção, à exemplo das vacas leiteiras que consomem silagem, dos ruminantes e, inclusive, de frangos de corte, poedeiras e suínos, quando apresentados na forma de farelo ou grão. Muito embora a oportunidade de inclusão na formulação de dietas para creche, crescimento e terminação seja indiscutível, a safra brasileira desses insumos ainda é bastante modesta e concentrada nas regiões Sul e Sudeste. Considerando a hipotética escassez sazonal e regional de milho, soja e farelo, toda e qualquer discussão voltada ao fomento (inovação científica para desenvolvimento de novas variedades mais resistentes, programas de extensão rural, incentivos fiscais e linhas de crédito), se torna necessária, com intuito de incrementar a produção desses grãos alternativos e compensar, cada vez mais, a escassez sazonal do milho e da soja e até servir na mitigação da hipotética especulação dos preços.

O Presente Rural – Quando falamos em produção avícola é necessário atrelar pontos muito importantes, tais como preços dos insumos, boa nutrição, expectativas do mercado e os impactos na indústria. Como o senhor enxerga o mercado de produção de aves, levando em conta os pontos acima citados e a nutrição com grãos alternativos?

Ariovaldo Zani – A indústria de alimentação animal brasileira consumiu no ano passado mais de 50 milhões de toneladas de milho e algo em torno de 18 milhões de toneladas de farelo de soja. Os preços desses insumos (entre dezembro/22 e a média resultante do intervalo entre janeiro/15 e janeiro/19; praticados no Estado de São Paulo) avançou ao redor de 150%. Já o efeito dos mesmos pressupostos dessa simulação sobre o custo hipotético em dólares das rações para frangos de corte e suínos resultou em incremento de 45% e 60%, respectivamente. Contudo, o avanço em reais/tonelada escalou mais de 120% e 140%. Apesar da persistência dessa desvalorização cambial demasiada, a expectativa é que o custo de produção das rações seja aliviado pelo incremento na produção do milho e da soja, que deve avançar 14,5% e 10,5%, respectivamente, na super safra de mais de 300 milhões de toneladas, prevista pela Conab. Resta agora torcer para que os efeitos climáticos não comprometam a produtividade e a evolução da lavoura possa aliviar o custo desses principais insumos.

O Presente Rural – Existem estudos que comprovem a eficiência desses grãos alternativos em dietas?

Ariovaldo Zani – Dentre tantas publicações, ainda em 2002 o estudo “Effect of feeding whole wheat on performance of broiler chicken” publicado na revista Animal Feed Science and Technology concluía que a adição de trigo integral na dieta comercial de frangos de corte alterava algumas características de carcaça e melhorava a eficiência alimentar. No ano passado, estudo publicado no jornal European Poultry Science comprovou que a substituição parcial dos ingredientes tradicionais por crescentes adições de centeio não prejudicou o desempenho das aves e demonstrou como essa alternativa pode contribuir positivamente com o conceito contemporâneo de uma produção cada vez mais sustentável, conforme estudo intitulado “Impacts of rye addition in diets on performance, foot pad health and select organ traits: a pilot field study”.

O Presente Rural – Outros aditivos teriam que ser incorporados às rações para ‘suprir a falta’ de milho ou farelo de soja nas dietas?

Ariovaldo Zani – A redução das emissões da descarga de fósforo e nitrogênio diminuíram consideravelmente por conta da substituição de parte dos nutrientes tradicionalmente inseridos (milho, farelo de soja, fosfato orgânico e inorgânico) por aditivos alimentares (aminoácidos, enzimas, microminerais orgânicos, etc.) adicionados ao sistema produtivo e capazes de garantir o mesmo desempenho zootécnico. Ainda em 2016 o estudo publicado no Journal of Animal Science (Environmental impact of using Specialty feed ingredients in swine and poultry Production: A life cycle assessment) demonstrou o impacto dos aminoácidos lisina, metionina, treonina e triptofano e da enzima fitase nos sistemas de produção de suínos e de frangos na América do Sul (caso do Brasil), na Europa (Alemanha, predominantemente) e na América do Norte (notadamente Estados Unidos), de acordo com as normas internacionais (ISO 14040/44) para determinação do ciclo de vida dos recursos empregados “do campo até a porteira”, intervalo compreendido da preparação das rações até a criação dos animais e manejo dos dejetos resultantes. Essa análise do ciclo de vida dos insumos permitiu entender melhor como a suplementação com aditivos contribui na mitigação do impacto ambiental e na economia de recursos empregados, independentemente do nível tecnológico empregado nos sistemas produtivos de suínos e frangos de corte. No caso do Brasil, as rações de suínos e frangos de corte suplementadas, quando comparadas à dieta “controle” (sem qualquer suplementação), resultaram, respectivamente, em redução da ordem de 23% e quase 50% quanto ao potencial de eutrofização (indesejável excesso de fosfatos insolúveis e principalmente compostos nitrogenados/nitratos, que deterioram a qualidade da água). No caso da acidificação, seu potencial foi reduzido em 20% na produção de suínos e mais de 53% nos sistemas de frangos de corte, sobretudo porque a suplementação com aminoácidos reduziu a quantidade de nitrogênio nas rações e nas excretas, que consequentemente diminuiu a emissão de amônia. O efeito adicional foi complementado pela adição da enzima fitase, que permitiu diminuir o uso do fosfato inorgânico, considerado também recurso de disponibilização finita.

O Presente Rural – Essas dietas com grãos alternativos podem ser usadas em todo o processo produtivo da avicultura?

Ariovaldo Zani – A utilização dos grãos alternativos na alimentação varia conforme a idade e tipo de ave. Por exemplo, em rações para frangos de corte, o trigo e a cevada são utilizados em menor proporção em relação ao milho e ao farelo de soja, fontes de energia e proteína, respectivamente. No caso das poedeiras, o trigo e a cevada podem ser dosados em maior quantidade, uma vez que necessitam maior balanceamento de energia e proteína.

O Presente Rural – Como o senhor enxerga a importância do setor avícola no Brasil?

Ariovaldo Zani – Por conta de ocupar o pódio da produção internacional e reconhecido protagonismo exportador, a avicultura responde pela geração de milhões de empregos diretos e indiretos, é responsável por considerada fatia do Produto Interno Bruto (PIB) e contribui decisivamente no superávit da balança comercial, mas sobretudo, constitui atividade imprescindível para abastecimento e garantia da segurança alimentar doméstica e global.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse gratuitamente a edição digital Avicultura Corte e Postura. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

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Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango

Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

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O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

Foto: Shutterstock

Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.

O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

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Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.

Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.

O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil

Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

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A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Foto: Freepik

Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.

A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.

Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias

Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.

Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.

Fonte: Assessoria Mapa
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Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global

Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

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O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.

A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.

No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.

Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).

Indústria e produção de ovos

O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.

A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras

As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”

Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.

A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.

Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.

Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.

Fonte: Assessoria ABPA
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