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Especialista orienta sobre formas de isolamento e vedação de aviários

Para que um animal esteja totalmente confortável, um quesito essencial que o produtor deve se atentar é a ambiência

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Arquivo/OP Rural

Algo que o produtor já está careca de saber é que o bem-estar animal impacta significativamente nos ganhos que ele terá ao final da produção. Uma ave em situação confortável, bem alimentada e com boa saúde sem dúvida será um frango totalmente rentável ao avicultor. Mas, para conseguir isso, é necessário que seja investido em uma boa estrutura para que este animal possa desempenhar todo o seu potencial produtivo.

Para que um animal esteja totalmente confortável, um quesito essencial que o produtor deve se atentar é a ambiência. O aviário é o local em que a ave vai ampla parte da sua vida. Por isso, é imprescindível que este local esteja adequado para oferecer ao frango o maior conforto possível.

Segundo o médico veterinário e consulto técnico em ambiência de aves, Ricardo Guerra, o avicultor já tem o auxílio da nutrição para oferecer ao seu animal o conforto que ele precisa. “A genética faz o favor de nos fornecer a informação de como deve estar o ambiente para que essas aves possam realmente explorar todo o seu potencial genético”, afirma. Ele informa que quando se fala em qualidade do ar, são reiterados principalmente dois fatores: umidade abaixo de 62% e amônia abaixo de 10 ppm. “Isso porque as aves possuem meios de defesa para evitar patógenos que estão presentes no ar. Então, para que isto funcione corretamente é preciso que umidade e amônia estejam dentro desses parâmetros. Se não, a gente perde a primeira barreira de defesa dos animais”, menciona Guerra.

O especialista comenta que quando se fala em temperatura, as próprias empresas fornecedoras de genética já informam quais são as que deixam o animal no seu melhor conforto. “Eles já nos dão um norte de como deve estar a temperatura de conforto desses animais. Eles falam que é necessário ficar em torno de 32°C no primeiro dia de vida do pintinho e em torno de 20°C depois dos 30 dias”, informa.

Mas, para alcançar estas temperaturas desejadas, é importante que o aviário esteja bem equipado para, quando estiver no alto verão, manter o calor fora, e quando for inverno, manter o frio também longe das aves. “O Brasil ainda está atrasado nesta parte de isolamento térmico, ainda temos muito no que avançar em relação a isso”, diz Guerra. Ele exemplifica: em situações que o clima fora do galpão está a 33°C, dentro da estrutura, vendo a partir de imagem térmica, o teto está a 37°C, uma lateral a 36°C e a outra a 40°C. “Ou seja, eu tenho diferentes temperaturas dentro desse galpão. E quando eu coloco a ave lá dentro eu pioro a situação, isso porque ela é a maior produtora de calor”, conta.

Guerra explica que é preciso entender que a produção total de calor do galpão é a soma que vem atrás do teto, das laterais, sendo elas cortinas ou parede, das cabeceiras, das aves e do sistema de iluminação. “Todos estes fatores são a soma de calor que é introduzido dentro do galpão”, diz.

Dando um exemplo real de como ver a temperatura, o especialista mostra: no galpão é preciso manter a temperatura a 27°C com frangos adultos. Porém, a temperatura fora está em 36°C, o galpão é de 150 x 16 com 2.8 metros de altura com forração e 32 mil frangos que serão abatidos com 3,2 quilos. “Alimentando minha planilha com essas informações, no final do dia eu tenho em distribuição de calor: 32% vindo do teto e 64% das aves. Qual a mensagem? As laterais e as cabeceiras dos galpões influenciam pouco no quesito produção de calor. O que eu tenho que pensar é no meu teto, a nível de estrutura, e nas minhas aves”, diz.

Utilização do exaustor

Guerra comenta que quando se desenha um galpão com as características que ele citou utilizando um determinado exaustor, é preciso trabalhar com uma pressão de .15 a .20, dependendo da velocidade interna do galpão. Ele acrescenta que existe uma regra básica de ventilação que diz que a diferença da temperatura de entrada de ar versus a temperatura que sai do exaustor deve ser igual ou menor a 2,5°C. “Então, por exemplo, se o ar entra a 30°C, tem que sair no máximo a 32,5°C. Todo esse cálculo de ventilação é para remover essa quantidade de calor que vem da estrutura e da ave”, explica.

Dessa forma, é comumente visto uma situação em que há 32% do calor que vem do teto, 4% da cortina e 64% das aves. “Ou seja, eu tenho dois milhões de btu’s que eu preciso remover. Para se ter uma ideia, um palito de fósforo aceso gera 1 btu. Então eu estou com dois milhões de palitos de fósforos acesos dentro do galpão e eu preciso remover isso constantemente”, exemplifica. Guerra diz que para remover esta quantidade de calor e respeitar o diferencial de 2,5°C entre entrada e saída é preciso de 4,2 metros por segundo, ou seja, uma velocidade alta.

Utilizando e respeitando estes números citados por Guerra, o avicultor paga 10 centavos de dólar por quilowatts/hora, um valor aproximado de R$ 0,35. “Colocando estas informações do exaustor, os diferentes tipos de pressão na planilha mostram que este aviário precisará de 16 exaustores para fazer os 4,2 metros por segundo e respeitar os 2,5°C de temperatura de entrada e saída”, pontua.

O especialista explica que considerando o custo de mil dólares cada exaustor, o produtor gastará US$ 16 mil somente no equipamento e vai ter um consumo estimado de US$ 7 mil por ano somente de energia elétrica.

Valor R

Outro detalhe importante para o avicultor é quanto a correta isolação de temperatura que o galpão deve ter. A intenção, segundo Guerra, é que quando está 40°C do lado de fora, que todo este calor permaneça lá. Ele explica que existe uma unidade de medida para medir a temperatura dentro dos aviários, chamada de valor R. “Quanto maior for esse R, mais isolado está o galpão”, explica.

O especialista mostra alguns que são os principais materiais utilizados para melhor vedação dos galpões no mundo. “No Brasil o que mais temos é a telha sanduiche, ou XPS, que é R5 por polegada. Outra que temos visto bastante por aqui é a fibra de vidro, que consegue chegar a mais ou menos a R3 por polegada, dependendo do modelo, estrutura e densidade”, conta.

Porém, um tipo de vedação muito usada no Brasil ainda são as cortinas. “Mas elas têm um valor R de 1.5. Ou seja, a cortina não é um bom isolante térmico. Na hora que esquenta ela esquenta e quando esfria ela esfria”, admite.

Guerra conta que o que também tem sido visto são galpões são isopainéis, que, de acordo com ele, são uma excelente opção. “O isopainél pode chegar a R5. Então, nesse caso, para alcançar R5 é preciso de 2,74 cm, que é uma polegada”, explica.

Porém, mesmo estas sendo boas opções para o avicultor, é preciso que ele tenha cuidado na escolha que fará para o isolamento do seu galpão. “O chamado XPS ou a telha sanduíche é um excelente isolante, ele dá um R5 por polegada. Porém, é preciso tomar cuidado, porque o princípio básico da isolação negativa é a vedação. E com o tempo esse XPS começa a se distanciar entre eles. Então, eu começo a ter um galpão isolado, porém mau vedado. E antes de pensar em isolar, eu preciso pensar em vedar”, afirma o especialista. Guerra explica ainda que se o avicultor quiser solucionar este problema, ele terá que contratar uma empresa para aplicar espuma expansiva em telha por telha fechar esses espaços. “Ou seja, somente aumenta o custo”, diz.

O especialista reitera que os aviários devem ser construídos de forma que as coisas sejam feitas de uma só vez, e depois somente é necessária a manutenção. “Porque refazer o galpão, assim como qualquer outra coisa, se torna mais caro do que construir um novo. Por isso é preciso ter muito cuidado com a opção dessas partes de XPS e telha sanduíche”, afirma. Ele acrescenta que não é muito a favor deste tipo de vedação, porém, é melhor ter esta estrutura do que não ter nenhuma. “Mas existem estruturas mais econômicas e eficientes daquilo que estamos vendo”.

Outras alternativas

Guerra afirma que o que pode ser feito, que o Brasil faz muito bem, é a forração. “Porém, se eu deixar somente a forração eu vou ter o valor R da cortina, que é bastante inferior. O segredo está no que o avicultor vai colocar em cima dessa forração”, explica. Uma opção é uma máquina que injeta em cima do forro um material isolante. “Como por exemplo a celulose. Mas a má notícia desse produto é que temos que fazer tratamentos todo ano, um contra incêndio e outro contra ratos. Isso encarece no momento de colocar esse material. Por isso, não incentivamos ele aqui no Brasil”, expõe.

Outra solução é a fibra de vidro soprada, que é injetada para cima do forro. “Colocamos no mínimo quatro polegadas, ou seja, de 10 a 12 cm. Porém, quando se trabalha com essa parte de soprado vai encarecer também, no custo da construção, porque será necessário fazer caixas em cima desse forro, porque se não fizer, a celulose caminha”, informa. Dessa forma, depois de um ano, o avicultor terá no galpão partes isoladas e outras não isoladas. “A diferença pode ser de 4 a 5°C”, conta.

O especialista fala sobre um material que ele acredita ser bom e está dando certo no Brasil e em outros países. “É a fibra de vidro em rolo, que é usada com 10 cm, ou quatro polegadas. Ela tem um R3 por polegada. Dessa forma vou ter um R12 no meu teto”, afirma. Além do mais, outra boa notícia na utilização deste tipo de forração é que não é necessário aplicar veneno para rato e ela também não pega fogo. “Eu não preciso aplicar nenhum produto nela. Outra coisa que não é necessário ser feito nenhuma estrutura extra, basta simplesmente desenrolar em cima da forração”, diz.

Na prática

Guerra explica o acontece se pegar todos estes isolantes e colocar dentro da mesma fórmula de modelo de galpão utilizada anteriormente, porém agora com isolação. “Colocamos quatro polegadas de fibra de vidro em cima do forro e isopainéis nas laterais. A radiação no teto cai de 32% para 9%, ou seja, reduzimos essa temperatura em praticamente três vezes”, afirma.

Ele conta que desta forma, muda também quem assume a responsabilidade de produzir o calor dentro do aviário. “Agora, neste cenário, a ave produz 90% do calor do ambiente, não mais 64% como antes”, diz. “Então, nos meus cálculos, a ventilação agora é para remover 90% do calor do frango, porque do teto eu já removi três vezes o calor com o material isolante”, explica.

Economia de energia

Com esta diminuição de calor vindo do teto e das laterais por conta da vedação, Guerra explica que então o produtor não precisa mais remover dois milhões de palitos de fósforo acesos, mas sim 1,5 milhão. “Porque eu diminuo a carga térmica dentro do galpão. Agora, eu vou precisar de 3,3 metros por segundo, porque com essa velocidade, para remover essa quantidade de btu’s, eu vou manter os 2,5°C de diferença de temperatura de entrada para temperatura de saída”, explica.

Dessa forma, ele complementa que diminuindo 3,3 metros por segundo e mantendo o mesmo exaustor será necessário agora 11 exaustores. “São cinco a menos para fazer a mesma coisa”, afirma. Além do mais, considerando US$ 1.000 por exaustor, como regra básica, o avicultor irá gastar US$ 11 mil para os equipamentos e US$ 4.740 por ano de energia para trabalhar nesse galpão. “Quando comparado ao aviário sem isolamento, o benefício visto é de US$ 5 mil na compra de exaustor, porque eu vou ter que comprar cinco equipamentos a menos, além de 30% na redução de energia, porque são cinco exaustores a menos para eu ter o mesmo resultado”, conta.

Nas mesmas contas, Guerra ainda acrescenta que são US$ 2.150 por ano de economia para o produtor. “Em cinco anos são US$ 11 mil e em 10 são US$ 22 mil”, diz. Ele reitera que neste quesito é importante que o avicultor pense a longo prazo. “Muitas vezes nós queremos comprar aquilo que acreditamos que seja mais econômico para nós naquele momento, mas não vemos o que isso vai consumir e me custar ao longo da vida”, conclui.

Outras notícias você encontra na edição de Aves de janeiro/fevereiro de 2019 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Avicultura

Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango

Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

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O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

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Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.

O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

Foto: Shutterstock

Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.

Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.

O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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Avicultura

União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil

Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

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A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Foto: Freepik

Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.

A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.

Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias

Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.

Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.

Fonte: Assessoria Mapa
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Avicultura

Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global

Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

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O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.

A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.

No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.

Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).

Indústria e produção de ovos

O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.

A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras

As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”

Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.

A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.

Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.

Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.

Fonte: Assessoria ABPA
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