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Notícias Acompanhamento da lavoura

Especialista em classificação de grãos dá dicas para evitar perdas com a umidade no milho

Os prejuízos e danos são menores quando os grãos são colhidos com teor de água até 20%, no máximo. Com essa umidade, o grão vai precisar passar pelo processo de secagem, para que a umidade seja reduzida aos percentuais de armazenagem e comercialização, estipulados entre 12% a 14% pelo Mapa.

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Divulgação/Pixabay

O  cultivo do milho no Brasil é bastante expressivo, não só pelo volume  de grãos produzidos, mas também pela área plantada  que chega ao redor de 21 milhões de hectares referentes as duas safras – normal e safrinha. As expectativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para este ano são de uma área de pouco mais de 15 milhões de hectares e uma produção prevista de 86 milhões de toneladas.

Quando semeado dentro da janela ideal de plantio – de início de janeiro a início de março -, a safrinha pode atingir ótima produtividade, ultrapassando cinco mil quilos por hectare, dependendo da região.

Mas, para as previsões se confirmarem, o produtor precisa fazer a parte dele e tentar não correr riscos, adquirindo, por exemplo,  uma boa cultivar, insumos que eventualmente serão utilizados durante a safra e principalmente monitorar o clima e a umidade dos grãos durante a safra.

Vale destacar que é na colheita que o produtor deve ter o máximo de atenção para não perder o que foi investido anteriormente com o plantio. Se a colheita não for realizada no momento adequado, pode acarretar perdas dos grãos.

Uma colheita bem planejada pode diminuir aproximadamente 6% das perdas da produção total de milho no Brasil. Isto significa que os cuidados são essenciais, bem como o ponto de maturidade fisiológica, ou seja, quando não ocorre mais aumento de matéria seca no grão.

Umidade

Com relação à umidade, os prejuízos e danos são menores quando os grãos são colhidos com teor de água até 20%, no máximo. Com essa umidade, o grão vai precisar passar pelo processo de secagem, para que a umidade seja reduzida aos percentuais de armazenagem e comercialização, estipulados entre 12% a 14% pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O classificador de grãos oficial do Mapa, Mauro Cézar Barbosa, que também é instrutor do Senar-Paraná, orienta o produtor a acompanhar de perto a cultura para tentar evitar eventuais problemas. “Além de fazer o plantio dentro da janela ideal e escolher um bom híbrido para sua região, o produtor vai precisar monitorar o clima durante toda a safra e também a umidade dos grãos para não colher com alta umidade”, explica Mauro, ampliando: “Fazendo o plantio dentro da janela ideal, a colheita vai ocorrer no tempo certo, com chuvas menos intensas”.

Barbosa ainda diz que o produtor que é tecnificado e tem a visão de ser um empresário rural, com certeza fará o monitoramento para colher dentro da menor margem de umidade possível para evitar grandes descontos. No entanto, mesmo obedecendo as orientações,  o instrutor do Senar observa que o produtor não tem o controle das intempéries climáticas. “O fator ambiental escapa da nossa alçada, mas com um bom monitoramento, com certeza os prejuízos serão menores em casos de eventuais mudanças climáticas durante a safra”, expõe.

Na safra anterior, Barbosa conta que teve produtor que entregou o milho com 32% de umidade, por causa das fortes chuvas durante a colheita. “Colher com este percentual é o mesmo que dar um tiro no pé, pois o produtor vai perder dinheiro”, alerta o especialista em classificação de grãos, acrescentando: “Suponhamos que o agricultor comercializa cinco caminhões de grãos com 32% de umidade, o prejuízo será de um caminhão, isto é, ele vai deixar de receber praticamente o valor de uma carga por conta dos descontos”, exemplifica o instrutor.

Medidor de umidade do grão

O especialista destaca ainda que o monitoramento da umidade do grão antes da colheita é fundamental e deve ser feito por aparelho medidor de umidade. “Tem uma gama de medidores de umidade, desde os portáteis até os de bancada. Para o produtor, o mais recomendado é o portátil por ser mais fácil de manusear”, afirma.

Segundo Barbosa, em princípio o custo de um medidor de grãos pode parecer um pouco alto, porém se o produtor deixa de perder 1% de umidade em um único caminhão de cerca de 33 toneladas, ele praticamente já paga o equipamento. O medidor consegue fornecer o teor exato de umidade, se o grão está muito seco ou abaixo dos teores estipulados, nesta situação o grão fica muito quebrado, vira uma quirera e também terá descontos. Se estiver com a umidade acima do estipulado pelas normas, também vai sofrer redução de preço.

De acordo com o especialista em classificação de grãos, o produtor tem hoje tecnologias e legislações que favorecem o investimento na lavoura. “O conhecimento empírico do agricultor é válido, mas hoje não se pode mais basear  decisões apenas em intuição, empirismo. É preciso se adequar, conhecer as legislações e utilizar as tecnologias disponíveis”, enfatiza.

Fonte: Assessoria

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Sete anos de promessas: A Rota do Milho e a falta de avanços

“O diálogo entre as lideranças políticas precisa ser retomado imediatamente, mas com uma diferença: dessa vez, é preciso seriedade e ação concreta.”

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Fotos: Divulgação

Setembro de 2024 marca um triste aniversário: sete anos desde o encontro em Encarnación, no Paraguai, onde representantes políticos e setoriais de Brasil, Argentina e Paraguai se reuniram para abordar a implantação da Rota do Milho.

A proposta, tão simples quanto necessária, era estabelecer uma rota de transporte que reduziria drasticamente os custos logísticos para trazer milho do Paraguai até Santa Catarina, passando por Major Otaño, entrando na região de Misiones, na cidade de Eldorado, e chegando no Estado por Dionísio Cerqueira.

Naquele momento, acreditávamos que estávamos diante de uma solução definitiva para um problema que afeta diretamente a competitividade de nossa produção agropecuária. No entanto, passados sete anos, a Rota do Milho permanece como um projeto esquecido, engavetado pela inércia política.

Em 2016, Santa Catarina enfrentava um déficit de 3,5 milhões de toneladas de milho. Hoje, essa necessidade cresceu para 6 milhões de toneladas, tornando a situação ainda mais insustentável. A dependência do cereal, fundamental para a produção de proteína animal — especialmente suínos, aves e gado leiteiro — tornou-se um dos principais gargalos para o setor produtivo.

Apesar das inúmeras promessas e da presença de autoridades influentes naquela reunião, entre governadores, deputados e prefeitos, a verdade é que nada foi feito. Seguimos pagando caro para trabalhar, sacrificando a rentabilidade dos nossos produtores e a competitividade das nossas indústrias.

Chegou o momento de cobrar de forma incisiva. É inadmissível que as lideranças políticas, que juraram defender os interesses do setor agropecuário, tenham permitido que esse projeto caísse no esquecimento.

Onde estão os políticos que estavam em Encarnación em 2016? O que foi feito desde então? São perguntas que merecem respostas claras e objetivas. O agronegócio catarinense, que é a base da economia de tantas regiões, não pode continuar refém de uma política desinteressada, que só se mobiliza em tempos de interesse, mas não entrega resultados práticos para quem trabalha no campo.

Mas a janela de oportunidade foi aberta novamente. Hoje, tanto o Paraguai quanto a Argentina são governados por líderes de direita, que entendem a importância do agronegócio. O Paraguai, em especial, tem ampliado sua produção de milho e possui um governo comprometido com o crescimento do setor. E o que estamos esperando?

O diálogo entre as lideranças políticas precisa ser retomado imediatamente, mas com uma diferença: dessa vez, é preciso seriedade e ação concreta. Chega de discursos vazios e promessas que se perdem no tempo. Temos de ver resultados práticos. Não podemos mais aceitar que a Rota do Milho siga apenas no sonho, enquanto produtores e indústrias pagam um preço altíssimo pela falta de milho mais acessível.

A abertura dessa rota não só reduziria os custos logísticos — que chegam a ser cinco vezes menores em comparação com o cereal vindo do centro do Brasil —, como também impulsionaria o desenvolvimento das regiões por onde o milho passaria. Todos os envolvidos sairiam ganhando: os produtores, as indústrias e as economias locais e nacionais.

Como representante do setor suinícola, vejo que o tempo das promessas vazias tem que acabar. Precisamos de ação, e precisamos agora. Chega de pagar caro pela ineficiência política. Se não houver uma mobilização séria, o agronegócio catarinense, que já atravessou três anos de crise severa, continuará sofrendo e perdendo competitividade.

Portanto, aos políticos que prometeram e não cumpriram, a mensagem dos nossos produtores é clara: a paciência acabou. Precisamos que vocês cumpram seu papel e coloquem em prática o que foi discutido em 2016.

Caso contrário, estarão condenando não apenas o setor agropecuário, mas também a própria credibilidade perante aqueles que vocês deveriam e dizem representar.

Fonte: Por Losivanio Luiz de Lorenzi, presidente da ACCS e da Coasc
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Eduardo Berbigier assume comitês na Sociedade Rural Brasileira

A posse, conduzida pelo presidente da SRB, Sérgio Bortolozzo, reforça o compromisso de Berbigier com a defesa dos interesses do agronegócio.

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Advogado tributarista Eduardo Berbigier e presidente da SRB, Sérgio Bortolozzo - Foto: Reinaldo de Maria

O advogado tributarista Eduardo Berbigier, com vasta experiência no setor tributário e do agronegócio, foi empossado nos comitês Jurídico e Tributário da Sociedade Rural Brasileira (SRB).

A posse, conduzida pelo presidente da SRB, Sérgio Bortolozzo, reforça o compromisso de Berbigier com a defesa dos interesses do agronegócio. “É uma honra colaborar com o agronegócio nacional e contribuir para o desenvolvimento de políticas que beneficiem esse setor fundamental para a economia do país” afirmou Berbigier, cujo escritório O Berbigier Sociedade de Advogados,  acumula 84 anos de atuação jurídica.

Fonte: Assessoria
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Notícias Safra 2024/2025

Conab aponta perspectiva com cenário positivo para milho e soja, além de novo aumento na área de arroz e feijão

Produção de grãos na temporada 2024/2025 tem potencial para atingir 326,9 milhões de toneladas, o que seria um novo recorde na série histórica.

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Fotos: Shutterstock

Em meio aos desafios climáticos que se apresentam a cada nova safra, arroz e feijão devem apresentar novo crescimento no volume a ser colhido no ciclo 2024/2025. A alta é influenciada pela ligeira recuperação na área plantada dos dois principais produtos de consumo dos brasileiros, como mostra a 12ª edição das Perspectivas para a Agropecuária. A publicação, divulgada nesta terça-feira (17) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Banco do Brasil (BB), aponta ainda que a produção de grãos na temporada 2024/2025 tem potencial para atingir 326,9 milhões de toneladas, o que seria um novo recorde na série histórica.

Foto: Divulgação/Freepik

De acordo com a análise da Conab, a projeção é de um incremento na área destinada ao arroz na temporada 2024/2025 mais intenso do que o identificado na safra 2023/2024. Os preços e a rentabilidade da cultura encontram-se em um dos melhores patamares históricos para o produtor. Com isso, a perspectiva é de uma alta expressiva de 11,1% na área destinada para o grão, e uma produção que deve ficar em torno de 12,1 milhões de toneladas, recuperando o volume obtido na safra 2017/2018. Para a safra de 2024/2025, a perspectiva de maior disponibilidade interna do grão, aliada à demanda aquecida do mercado internacional pelo arroz brasileiro, e a projeção de arrefecimento dos preços internos, abre espaço para um possível aumento das exportações do produto, que podem chegar a 2,0 milhões de toneladas.

Dupla do arroz no prato dos brasileiros, o feijão também tende a apresentar aumento na área no próximo ciclo. Projeta-se um incremento de 1,2% em relação a 2023/2024. Como a produtividade das lavouras tende a apresentar ligeira queda, a colheita da leguminosa deverá se manter dentro de uma estabilidade próxima a 3,28 milhões de toneladas, a maior desde 2016/2017. Com isso, a produção segue ajustada à demanda e deverá continuar proporcionando boa rentabilidade ao produtor.

Cenário positivo

A Conab também prevê um novo aumento para a área destinada à cultura do algodão, podendo chegar a dois milhões de hectares, elevação de 3,2% em relação à safra 2023/2024. Na região do Matopiba, que engloba Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, é onde se espera o maior crescimento em termos proporcionais. Os produtores têm investido na fibra, uma vez que o produto apresenta boa rentabilidade em relação a outros grãos, grande facilidade de comercialização antecipada e excelente competitividade em termos de preço e de qualidade da pluma brasileira no mercado internacional. Esses fatores influenciam na expectativa de produção da temporada 2024/2025, quando se espera uma colheita de 3,68 milhões de toneladas apenas da pluma.

Cenário positivo também é previsto para a produção de soja. Mesmo com a pressão baixista nos preços nacionais e os desafios de rentabilidade, a oleaginosa continua a ser uma cultura lucrativa e com alta liquidez. A crescente demanda global, impulsionada pelo aumento do esmagamento e pela expansão da produção de biocombustíveis, tanto no Brasil quanto internacionalmente, alimenta expectativas de crescimento nas exportações e no esmagamento interno. Esse panorama influencia na projeção de aumento da área plantada, podendo chegar a 47,4 milhões de hectares. A produtividade tende a apresentar recuperação, após problemas climáticos nos principais estados produtores brasileiros. A combinação de maior área e melhor desempenho nas lavouras resulta na projeção de uma colheita em torno de 166,28 milhões de toneladas, 12,82% superior à safra 2023/2024.

Já para o milho, o cenário é de manutenção da área a ser cultivada. Apesar disso, a produtividade deve apresentar recuperação, o que contribui para uma expectativa de alta na produção, estimada em 119,8 milhões de toneladas. Mesmo com o crescimento na safra do cereal, as exportações estão projetadas em 34 milhões de toneladas no ciclo 2024/2025, queda de 5,6%, se comparada com as vendas da safra 2023/2024. No mercado interno, a demanda pelo grão deverá se manter aquecida, uma vez que o bom desempenho do mercado exportador de proteína animal deverá sustentar o consumo por milho, especialmente para composição de ração animal. Além disso, é esperado um aumento da procura do grão para produção de etanol, sendo estimado um crescimento de 17,3% para a produção do combustível produzido a partir do milho.

Parceria com Banco do Brasil

Pela primeira vez, a Perspectivas para a Agropecuária é realizada em parceria com o Banco do Brasil. Trata-se da materialização do início de parceria inédita firmada entre a Companhia e o Banco do Brasil, por meio de Acordo de Cooperação Técnica, que abrangerá atividades de pesquisa, de desenvolvimento, de treinamento, de intercâmbio de tecnologias e de metodologias, de produção de informações agropecuárias e de ações promocionais conjuntas em feiras e eventos estratégicos para as instituições.

No trabalho, a instituição financeira abordou a importância do crédito rural como fomentador de uma agricultura que visa ao desenvolvimento dos negócios por meio de ações ambientais, sociais e de governança; de forma que haja adequação dos processos produtivos ao comportamento climático atual, diversificação da matriz energética, rastreabilidade, certificado de origem da produção, práticas conservacionistas, certificação, crédito para a recuperação ambiental, custeio anual ou que melhorem toda a gestão da atividade rural.

Outras informações sobre o panorama dos principais grãos cultivados no país estão disponíveis na publicação Perspectivas para a Agropecuária na Safra 2024/2025. O documento também traz a projeção de produção e de mercado para carnes bovinas, suínas e aves em 2025.

Fonte: Assessoria Conab
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ABMRA 2024

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