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Especialista destaca tendências para o mercado de commodities em 2024

Marcos Moreschi enalteceu que a soja e o milho possuem uma cadeira de valor muito grande no mercado brasileiro, pois deles são produzidos itens muito importantes.

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Palestrante Marcos Moreschi no Dia do Avicultor O Presente Rural - Fotos: Patrícia Schulz/OP Rural

O mercado de commodities precisa ser estudado com bastante cautela. Esse foi um dos assuntos pautados no 3º Dia do Avicultor O Presente Rural, realizado em 24 de agosto, em formato híbrido, a partir de Marechal Cândido Rondo, PR. O palestrante Marcos Moreschi, bacharel em Administração com ênfase no Comércio Exterior, apresentou um panorama sobre o mercado de grãos e commodities e expôs as tendências para 2024. De acordo com ele, o mercado global de grãos passa por uma série de mudanças e desafios que moldarão seu panorama nos próximos anos. “Da soja ao milho, as tendências apontam para uma evolução significativa em 2024”, destaca.

Marcos enalteceu que a soja e o milho possuem uma cadeira de valor muito grande no mercado brasileiro, pois deles são produzidos itens muito importantes. Da soja colhida no país, 60% é exportada, 38% fica no mercado interno e é esmagada, gerando 20% de óleo e 75% de farelo. Do farelo obtém-se carboidratos e proteínas que são utilizadas para a produção de ração animal e alimentação humana. Do óleo é produzido biodiesel, óleo envasado e óleo industrial. Com relação ao milho, 35% é exportado e o restante é de uso doméstico. Deste número, 77% vira ração animal, 7% etanol, 10% é de uso industrial e 3% é utilizado para a alimentação humana. “A tendência é que estes números mudem nos próximos anos, pois existem sinalizações de que tanto o óleo diesel como o etanol podem ter suas formulações mudadas”, adianta.

Conforme o palestrante, as condições climáticas tem função determinante no mercado de grãos e elas apontam para um bom período climático. “Nos últimos três meses, regiões produtoras do hemisfério Norte enfrentaram chuvas abaixo da média. No entanto, as lavouras de soja e milho nos EUA melhoraram nas últimas safras, apesar de um início preocupante. Existem regiões consideradas secas, mas no geral, a seca não é tão severa quanto a de 2012 e as temperaturas mais amenas tem evitado o pior. Esse cenário deve favorecer a boa safra”, aponta.

O palestrante reforçou que a nível global, a produção de soja está estimada em níveis recordes, o que deve impulsionar a recuperação dos estoques. “No Brasil, as previsões climáticas favoráveis apontam para um plantio mais adiantado na safra 2023/2024. É claro que todos estes dados são estimativas, mas existem grandes probabilidades das previsões tornarem-se fatos concretos”, reflete.

Desafios Logísticos no Brasil

Para ele, a maior problemática está relacionada com os desafios logísticos e de armazenamento. “Com a produção e exportações recordes de soja no Brasil, a capacidade estática de armazenagem é insuficiente para os níveis atuais de produção. Nosso país enfrentará o desafio de exportar 28 milhões de toneladas a mais do que na safra anterior, o que pressiona para a necessidade urgente de melhorias na logística portuária e de transporte”, destaca.
Segundo ele, os portos brasileiros enfrentam atrasos nos embarques em razão das altas demandas e também por conta dos períodos chuvosos. “Essa problemática faz com que o tempo de espera nos portos brasileiros seja muito demorado, o que acarreta em prejuízos financeiros. Esse problema com os portos não é exclusivo do Brasil, na Europa eles também enfrentam este tipo de situação. É preciso resolver esta dificuldade”, almeja.

Perspectivas para o Milho

O palestrante apontou que a próxima safra deve aumentar os estoques globais, especialmente com a recuperação de importantes produtores. “O milho global deve ter uma próxima safra que vai aumentar os estoques globais a níveis mais confortáveis com recuperação dos EUA e da Argentina”, sugere.

Fatores que influenciam

Conforme a perspectiva do profissional, diversos fatores podem influenciar o mercado de grãos e commodities no próximo ano incluindo o clima instável no hemisfério Norte, pois a instabilidade climática pode resultar em perdas significativas nas principais culturas. Em segundo lugar a melhora na atividade econômica mundial também deve refletir e promover o aumento da demanda desses produtos, desta forma, as mudanças nas políticas econômicas mundiais e queda nas taxas de juros também podem influenciar o mercado das commodities. “Precisamos ficar atentos aos mercados de petróleo e energia, porque eles também exercem influência sobre o mercado de grãos”, aponta.

Ele reforçou em sua apresentação que o mercado de grãos e commodities está em constante evolução, e as tendências para 2024 indicam desafios e oportunidades. “A produção de soja e milho continuará a desempenhar um papel fundamental, mas os produtores enfrentam obstáculos logísticos e climáticos. A compreensão desses fatores é essencial para navegar com sucesso neste mercado em constante mudança”, aconselha.

Opinião do avicultor

Avicultor Letiere Scheren

“Conforme as projeções apresentadas pelo palestrante observamos que o mercado de grãos terá uma estabilidade com relação aos preços, o que nos beneficiará com relação aos preços dos insumos para avicultura, isso é uma excelente notícia”, destacou o avicultor Letiere Scheren, de Santa Helena, PR.

Letiere também salientou a relevância de eventos como esse que trazem informações importantes para os avicultores. “Sou grato a equipe do O Presente Rural e da Lar pelo privilégio de participar desta atividade. O evento foi uma excelente oportunidade de rememorar conceitos importantes e de me atualizar com relação às novas práticas que beneficiam e trazem mais produtividade à avicultura”, destacou.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse acesse gratuitamente a edição digital Avicultura Corte e Postura. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

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Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango

Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

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Foto: Shutterstock

O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

Foto: Shutterstock

Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.

O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

Foto: Shutterstock

Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.

Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.

O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil

Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

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A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Foto: Freepik

Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.

A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.

Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias

Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.

Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.

Fonte: Assessoria Mapa
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Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global

Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

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O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.

A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.

No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.

Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).

Indústria e produção de ovos

O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.

A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras

As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”

Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.

A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.

Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.

Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.

Fonte: Assessoria ABPA
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