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VOZ DO COOP

Avicultura Excelência com matrizes

Especialista destaca pontos de atenção no manejo de fêmeas e ovos férteis

Cada avó fêmea vai produzir em torno de 47 matrizes e cada avô vai ser responsável por 470 matrizes. São essas matrizes que vão garantir ovos férteis por cerca de 40 semanas. Qualquer erro nessa fase prejudica todas as fases seguintes, que incluem a incubação dos ovos, a criação dos animais nas propriedades rurais e o abate nas agroindústrias.

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Arquivo/Gilson Abreu/AEN

A excelência da avicultura brasileira tem início da importação de avós de alto valor genético. Cada avó fêmea vai produzir em torno de 47 matrizes e cada avô vai ser responsável por 470 matrizes. São essas matrizes que vão garantir ovos férteis por cerca de 40 semanas. Qualquer erro nessa fase prejudica todas as fases seguintes, que incluem a incubação dos ovos, a criação dos animais nas propriedades rurais e o abate nas agroindústrias.

Por isso, o manejo de matrizes e ovos incubáveis em produção foi um dos temas do Simpósio Facta de Atualização da Avicultura, que aconteceu de maneira online, em março, reunindo profissionais gabaritados para falar sobre os desafios e oportunidades da avicultura brasileira.

Especialista em agronegócio da BRF, Denilson Vanin, que deu luz a questões importantes no manejo de fêmeas e ovos incubáveis, tema que norteou sua palestra durante o Simpósio Facta de Atualização da Avicultura – Foto Arquivo pessoal

O manejo de fêmeas e ovos incubáveis norteou a palestra do especialista em agronegócio da BRF, Denilson Vanin, que deu luz a questões importantes, como matéria-prima da alimentação, conformidade dos lotes, maturidade sexual, além de manejo dos ovos nas granjas.

“O objetivo geral das reprodutoras pesadas é produzir aves saudáveis, com conformação adequada para maximizar a produção de ovos férteis”, destacou, orientando sobre práticas básicas para ter sucesso, como “manter a granja com um bom status sanitário, respeitar o meio ambiente e o bem-estar das aves e entregar qualidade aos produtores”.

De acordo com ele, a recria das aves começa na quinta e vai até a 22ª ou 24ª semana dependendo da interpretação. A partir da semana 25, a fêmea começa a produzir ovos férteis até semana 66.

Para essa fêmeas, lembrou em sua palestra online, é preciso ter alguns pontos de atenção, como o cuidado com o arraçoamento ou com excesso ou falta de equipamentos para alimentação das aves. Entre eles, destacou o manejo da água, lembrando que “ave que não bebe não come”, o manejo da ração, “com estímulos e volume de forma assertiva”, o manejo de ambiência, muito baseado em ventilação e qualidade do ar, e o manejo de luz, provocando “estímulos no momento adequado”.

Na hora da transferência e acasalamento, Vanin lembrou que machos e fêmeas precisam estar “no mesmo estágio de desenvolvimento sexual” e que é preciso atenção à agressividade, receptividade, adaptação dos animais aos equipamentos e controle de alimentação diferenciado entre fêmeas e machos, destacando ainda a atenção com o tamanho do macho. “O desenvolvimento das 14 primeiras semanas determina o tamanho dos machos em produção. Ele atinge a maturidade sexual em 18 a 19 semanas, mas se não atingir vai continuar crescendo” e isso é um problema para o setor.

Ninhos e ovos

As matrizes vão colocar seus ovos nos ninhos das granjas, que podem ser automáticos ou manuais. Essa etapa é bastante sensível. Se o ovo ficar muito tempo sem ser recolhido, por exemplo, pode facilitar a contaminação por agentes patógenos que vão atrapalhar ou mesmo inviabilizar o processo seguinte, de incubação.

Vanin destacou que é preciso ter a quantidade correta de ninhos em relação ao número de matrizes, mas observar outras questões, como a qualidade da cama do aviário, a limpeza de ovos quebrados, fezes e troca do substrato a cada 30 dias, desinfecção semanal, além do primeiro puleiro estar entre 45 a 50 centímetros acima do piso no caso de ninhos manuais e 35 a 45 centímetros acima do piso para ninhos automáticos.

Ele destacou que além de ovos incubáveis, a indústria precisa estar atenta ao embrião de um dia e o que impacta na viabilidade do embrião, como ambiente, usar adequadamente os equipamentos, fazer transporte adequado, estocagem em temperatura e locais adequados. “A barreira de proteção natural do ovo é casca e a cutícula. Uma cutícula boa melhora a passagem de oxigênio. Também precisamos ter atenção com a quantidade de ovos na cama, atenção com a coleta certa, estar com mãos limpas. Qualidade de cama ruim quer dizer ovo ruim, embrião ruim pintinho ruim e frango ruim”, destacou o palestrante, atestando a necessidade de tratar com excelência essa fase na produção da indústria avícola brasileira.

O Simpósio Facta de Atualização da Avicultura é uma realização da Facta (Fundação Apinco de Ciência e Tecnologia Avícolas). O evento, que também contou com palestras sobre incubação de ovos, frangos de corte nas granjas e abate e processamento, reuniu profissionais de várias partes do Brasil de maneira online, nos dias 09, 10, 16 e 17 de março.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse gratuitamente a edição digital Avicultura – Corte & Postura.

Fonte: O Presente Rural

Avicultura

Com foco em eficiência e agilidade, recolha de ovos férteis ganha automação na Copacol

Esteiras transportam automaticamente os ovos férteis das granjas até o setor de classificação: o processo ocorre sem o contato humano, proporcionando maior sanidade e também agilidade na função.

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Fotos: Divulgação/Copacol

A automação na recolha avança nos núcleos de produção de ovos férteis da Copacol e o sucesso da primeira estrutura em pleno funcionamento é comemorado por cooperados que realizaram esse investimento, em Nova Aurora, no Oeste do Paraná. “A vantagem do sistema envolve principalmente a qualidade da produtividade: observamos redução de trincas de ovos, agilidade no processo, e maior biosseguridade na recolha”, afirma Francismar Sanches Perandré, gerente de produção de pintainhos da Copacol.

O custo do investimento varia conforme a extensão das esteiras implantadas entre os galpões e a sala de classificação, além da topografia dos terrenos onde as estruturas estão instaladas. Em Nova Aurora, os galpões da Granja São Roque, integrados à Copacol, iniciaram as operações dos equipamentos: 45 mil ovos passam diariamente pelas esteiras. Antes, a recolha era feita manualmente pelos colaboradores, que transportavam os ovos férteis em carrinhos até o setor de classificação.

Tendência

Considerada uma tendência inovadora para o setor já em análise na Cooperativa, a automação na recolha dos ovos férteis foi implantada em seis meses pelos cooperados Paulo Ferreira do Nascimento, José Aparecido de Paula e Souza, Lucas Pecinha de Paula e Souza e Ronaldo Schlogel, proprietários da Granja São Roque, em funcionamento há oito anos.

O sistema teve um custo de R$ 1 milhão e trouxe eficiência na operação e maior comodidade aos colaboradores. “É um projeto inédito na Cooperativa, onde a qualidade se destaca. O sistema supre a falta de mão de obra que enfrentamos, além disso, os colaboradores ficam em uma sala climatizada em condição adequada de trabalho”, afirma um dos sócios, Paulo Ferreira.

Sistema avança

A Copacol possui 26 cooperados na atividade de produção de ovos férteis, que juntos mantém 48 núcleos de produção. Por dia são 683,3 mil ovos selecionados nas granjas, que têm como destino os incubatórios da Cooperativa, onde ocorre análise de incubação: após esse processo que pode levar até cinco dias, o ovo fica por 21 dias até nascimento do pintainho que em seguida terá como destino um dos 1.241 aviários mantidos por 768 avicultores integrados da Copacol.

Por mês, a produção de ovos férteis chega a 20,5 milhões pela Cooperativa. “O sistema de automação está em processo de instalação em outros núcleos. É um investimento que garante benefícios em todo o processo, uma tendência que garante eficiência na recolha, visto que é um serviço contínuo, feito de maneira cuidadosa para eficiência no ciclo de formação do pintainho”, afirma Sanches.

Fonte: Assessoria Copacol
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Avicultura

Manejo de cama de frangos de corte em evidência no 24º SBSA

Doutora em Manejo Ambiental Avícola, Connie Mou vai palestrar no evento dia 11 de abril.

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Doutora em Manejo Ambiental Avícola, Connie Mou, integra o time de especialistas que vão estar em Chapecó (SC) no mês de abril para um dos principais eventos técnicos do setor avícola latino-americano - Foto: Arquivo pessoal

Componente fundamental para o sucesso da avicultura de corte, a cama aviária influencia tanto no desempenho zootécnico das aves quanto nas características de carcaça. O manejo correto para a obtenção de animais saudáveis, com menos custo de produção, maior bem-estar animal e qualidade da carne, será apresentado no 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), pela doutora em Manejo Ambiental Avícola, Connie Mou. A profissional vai ministrar a palestra “Manejo de cama de frangos de corte”, no dia 11 de abril (quinta-feira), às 08 horas, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC).

Connie Mou é gerente técnica de serviços na Danisco Animal Nutrition and Health (IFF). Possui mestrado em Nutrição Avícola pela Virginia Tech e doutorado em Manejo Ambiental Avícola pela Universidade da Geórgia.

Possui experiência na avaliação de ambientes de aviários, na busca por maneiras inovadoras de gerenciar a cama e no uso/análise de dados de sensores para melhorar o desempenho, a saúde e o bem-estar das aves. Seus principais interesses incluem trabalhar no terreno com os produtores de aves, ouvindo os seus problemas e descobrindo como resolver os seus desafios através de um raciocínio científico sólido.

Um dos principais eventos técnicos do setor avícola latino-americano, o 24º SBSA será realizado pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet) entre os dias 09 e 11 de abril. O Simpósio é referência na disseminação do conhecimento, na inovação tecnológica e no intercâmbio de experiências. A programação reunirá profissionais qualificados de renome nacional e internacional.

Inscrições

Para acompanhar as colocações da especialista e demais palestrantes é necessária inscrição no 24º SBSA. As inscrições para o Simpósio e a 15ª Poultry Fair estão no último lote. O investimento é de R$ 850,00 para profissionais e de R$ 480,00 para estudantes.

Os ingressos para acessar somente a feira, sem participar da programação científica, podem ser adquiridos por R$ 200,00. Na compra de pacotes a partir de dez inscrições para o SBSA serão concedidas bonificações. Associados do Nucleovet, profissionais de agroindústrias, órgãos públicos e grupos de universidades têm condições diferenciadas.

O 24º SBSA tem apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRMV-SC), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Prefeitura de Chapecó e da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc).

Fonte: Assessoria Nucleovet
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Avicultura

Simpósio Frangos de Corte discute atual cenário regulatório brasileiro e as exigências dos principais mercados importadores de produtos avícolas

Salmonella e antimicrobianos serão debatidos por Ricardo Hummes Rauber, nos dias 26 e 27 de março

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Ricardo Hummes Rauber é médico-veterinário, mestre em Medicina Veterinária Preventiva, doutor e pós-doutor em Sanidade Avícola e consultor em Saúde Animal - Foto: Divulgação/Assessoria FACTA

Nos dias 26 e 27 de março, a cidade de Maringá (PR) será palco do Simpósio Frangos de Corte: Sanidade e Manejo, organizado pela FACTA. O evento reunirá especialistas dos setores público e privado com o intuito de encontrar soluções eficazes para os desafios enfrentados pela avicultura nacional.

Ricardo Hummes Rauber, médico-veterinário, mestre em Medicina Veterinária Preventiva, doutor e pós-doutor em Sanidade Avícola e consultor em Saúde Animal, será um dos palestrantes do Simpósio e conduzirá uma discussão aprofundada sobre a Salmonella, no primeiro dia do evento. Rauber abordará o cenário regulatório brasileiro e as exigências dos principais mercados importadores de produtos avícolas, destacando a importância da prevenção e do controle dessa bactéria por meio de práticas consistentes de biosseguridade nas granjas de frangos de corte.

“Levando em conta o cenário regulatório no Brasil e as demandas dos principais mercados importadores de produtos avícolas brasileiros, que estabelecem critérios baseados em análises qualitativas dos lotes, fica evidente para as empresas que a prevenção é a estratégia mais eficaz para o controle da salmonela. Isso significa que todos os esforços devem ser direcionados para impedir a contaminação dos lotes por qualquer sorotipo desse agente. Procedimentos consistentes de biosseguridade nas granjas de frangos de corte, controle rigoroso da qualidade de pintos de 1 dia e de rações são alguns  pontos de atenção importantes para a efetividade dos programas de controle de salmonela no Brasil”, adianta o especialista.

No segundo dia, o foco estará na palestra sobre a retirada de antimicrobianos das dietas, tema em destaque diante das crescentes preocupações com a resistência bacteriana. “Em resposta a essa questão, diversas restrições têm sido aplicadas à produção animal, tanto no Brasil quanto internacionalmente. Isso inclui, por exemplo, a proibição de certas moléculas usadas como promotoras de crescimento”, explica Rauber.

Ainda, segundo o médico veterinário, esse cenário de debates e limitações, juntamente com as restrições já em vigor e outras em análise, obriga o setor de produção animal a revisar seus processos. O objetivo é atender às exigências atuais e se preparar para futuras demandas. A implementação e/ou aprimoramento de protocolos rigorosos de biosseguridade, o estabelecimento de critérios para o uso de antibióticos baseados em evidências científicas e a aplicação desses critérios com rigor técnico são exemplos de medidas que precisam ser adotadas para responder a essas necessidades.

Com a participação de especialistas e profissionais, o Simpósio Frangos de Corte: Sanidade e Manejo será um importante espaço de troca de conhecimento e busca por soluções que impulsionem o desenvolvimento sustentável da avicultura brasileira.

Fonte: Assessoria FACTA
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Imeve Suínos março

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