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Especialista destaca importância do marmoreio para qualidade de carne

Entre as oportunidades para produzir carne com mais marmoreio, Pedro Veiga indicou a aplicação de vitamina A e castração no dia do nascimento do bezerro, ampliar a quantidade de amido nas dietas, reduzir a resistência do animal à insulina, entre outras situações que envolvem toda a cadeia, desde a escolha da genética até a forma de cortar a carne no frigorífico.

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Foto: Shutterstock

A 26ª edição do Seminário Nacional de Criadores e Pesquisadores abordou temas relacionados à sustentabilidade e à qualidade da carne. Para isso, a entidade convidou um time de especialistas para falar sobre esse e outros assuntos ligados ao melhoramento genético de bovinos no dia 22 de julho, em Ribeirão Preto, SP. Um dos especialistas foi o gerente Global de Tecnologia de Bovinos de Corte da Cargill, doutor em Zootecnia e pós doutor em Ciência da Carne, Pedro Veiga, que apresentou palestra com o tema “quais são os desafios para a produção de carne de qualidade”.

Gerente Global de Tecnologia de Bovinos de Corte da Cargill, doutor em Zootecnia e pós doutor em Ciência da Carne, Pedro Veiga: “O marmoreio não define maciez, mas ajuda muito em sabor e suculência, principalmente para quem gosta de carne bem passada” – Foto: Divulgação/ANCP

Segundo ele, o mercado de carne Premium e carne gourmet está crescendo bastante no Brasil e, embora represente apenas 2,5% do volume de gado abatido, o crescimento é muito rápido, entre 20% e 25% ao ano.

Em cidades grandes ou médias já existem pessoas trabalhando com carne de qualidade. “Esse é um mercado que cresce e que remunera bem, mas é preciso ter cuidado para produzir e atender às expectativas do consumidor”, ressalta.

Em sua palestra, Veiga abordou os vários processos que vão desde o momento em que a vaca emprenha até a chegada da carne ao prato do consumidor, com destaque para o processo de construção da carne, no qual não se pode errar em nenhum dos pontos.

“Com uma abordagem holística, enfatizamos que a produção de carne de qualidade é um processo longo, que envolve várias etapas que compõem sua construção, entre elas genética, nutrição, manejo, bem-estar, definição de ponto ótimo de abate, manejo pré-abate, além de processamento de carcaça pós-abate”, destacou.

Qualidade da carne

Ele destacou, no entanto, que é preciso ter em mente o que é qualidade da carne, que depende de vários fatores, inclusive socioculturais. “Dependendo para quem estou oferecendo meu produto, os anseios de qualidade de carne mudam muito”, pontuou. No entanto, Veiga afirma que marmoreio é a principal característica para uma carne mais valorizada no mercado. “Quase 100% das pessoas que buscam por carne de qualidade buscam arduamente um produto com mais marmoreio, que interfere no sabor e na suculência”, destacou. “O marmoreio não define maciez, mas ajuda muito em sabor e suculência, principalmente para quem gosta de carne bem passada”, reforçou o palestrante durante o seminário. “Sabor hoje é o principal atributo qualitativo, a maciez deixou de ser”, justificou sua posição.

Fidelidade

Veiga destacou que o consumidor paga a mais por essa carne, mas que precisa que seus anseios sejam atendidos para ser um consumidor da marca. “Produzir carne de qualidade é um quebra-cabeça, exige genética, nutrição, manejo, bem-estar animal. Tudo isso vai ditar a carne que produzimos, mas quem demite ou não a gente é o consumidor. Ele que vai assinar o cheque ou demitir a gente. Ele está disposto a pagar a mais por essa carne, mas você tem que atender as suas expetativas, que também são maiores. Se ele criou essa expectativa e não foi atendido, dificilmente será fiel à sua marca”, mencionou o especialista.

Mercado

O palestrante destacou o crescente mercado para as carnes mais nobres, mas que ainda há muito a crescer no Brasil, sendo esse cenário uma oportunidade para os produtores brasileiros. “Esse mercado de carnes de mais qualidade está crescendo muito e tem falta de produto. A gente vê surgir muitos projetos de carne de qualidade, com os pés no chão, bem embasados, mas ainda são situações localizadas”, destacou Veiga.

Sugestões

Entre as oportunidades para produzir carne com mais marmoreio, o zootecnista indicou a aplicação de vitamina A e castração no dia do nascimento do bezerro, ampliar a quantidade de amido nas dietas, reduzir a resistência do animal à insulina, entre outras situações que envolvem toda a cadeia, desde a escolha da genética até a forma de cortar a carne no frigorífico.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de bovinocultura, commodities e maquinários agrícolas acesse gratuitamente a edição digital Bovinos, Grãos e Máquinas.

Fonte: O Presente Rural

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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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