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Especialista destaca importância da qualidade de pintinho
Quando se faz a pergunta “O que é boa qualidade de pintinho?”, as respostas podem ser muito diferentes com base na pessoa e no seu papel
Artigo escrito por Mark Foote, especialista em Incubação da Cobb-Vantress na Europa
Quando se faz a pergunta “O que é boa qualidade de pintinho?”, as respostas podem ser muito diferentes com base na pessoa e no seu papel. Por exemplo, o gerente do incubatório gostaria de ver o máximo de pintinhos de grau A e boa qualidade de cicatrização de umbigo. Já o gerente da granja de frangos quer ver pintinhos bem hidratados, ativos e com baixos níveis de mortalidade, enquanto o veterinário quer ver bons pintos ativos, com umbigos bem cicatrizados e sem infecções. O sexista quer pintinhos incubáveis mais tardiamente porque são mais fáceis de sexar. Vários sistemas de medição têm sido promovidos na literatura para relacionar a qualidade das características do pintinho com o potencial de crescimento e desempenho.
- Sistemas de escore visual relacionados com defeitos de pintinhos. Este método é altamente subjetivo e embora rápido e praticado em muitos incubatórios é um mau indicador da mortalidade precoce dos pintinhos.
- Peso do pintinho como indicador de peso de 7 dias e a correlação com o peso final. Embora a investigação indique que o peso de 7 dias é um indicador justo do peso final do frango, não há concordância entre os relatórios de investigação sobre a utilização do peso de pintinhos do dia para prever o peso de 7 dias.
- O Sistema Pasgar avalia reflexos, cicatrização do umbigo, pernas, bico e anomalias residuais da gema. Estas características dos pintinhos parecem ser indicadores confiáveis da mortalidade precoce dos pintinhos, mas não têm se revelado úteis para as previsões de desempenho dos frangos.
- Medições do comprimento do pintinho juntamente com a avaliação da gema residual e da cicatrização do umbigo. Este sistema promove a avaliação da gema residual e da região do umbigo a partir de uma amostra aleatória de 50 pintinhos. Estes fatores estão correlacionados com o risco de infecção por E. coli. O comprimento do pintinho também foi avaliado porque tem uma alta correlação com o desempenho do frango. Desta forma, é possível prever a mortalidade precoce de pintinhos e o desempenho dos frangos.
Ao longo dos anos, a indústria avícola tentou correlacionar os protocolos de incubação ou as características de qualidade dos pintos (qualidade do umbigo, jarretes vermelhos, penas, olhos brilhantes e pintinhos altos e eretos) com níveis de mortalidade de 7 dias. Na prática, a maioria dos incubatórios não teve sucesso em relacionar estas medições com as mortalidades da primeira semana.
Um exemplo de um padrão de mortalidade precoce de pintinhos causado por onfalite (infecção do saco vitelino). Esta infecção é um desafio porque não pode ser detectada no incubatório com inspeção visual. Na realidade, os pintos parecem ser de boa qualidade na chegada na granja.
A questão no incubatório ainda permanece: “como podemos prever a mortalidade dos pintinhos aos 7 dias”?
Para abordar esta questão, foi realizada na Cobb uma série de testes de incubação para avaliar os efeitos dos tempos de incubação na mortalidade precoce de 7 dias. Em cada teste registramos o número de pintinhos nascidos em intervalos de 12 horas. Em cada intervalo de tempo, separamos os pintos nascidos dos ovos que não tinham sido chocados, mas os mantivemos no nascedouro até à eclosão. Pesamos os grupos de pintinhos e identificamos separadamente na granja para registrar os pesos de 7 dias e os níveis de mortalidade.
Nossos dados revelaram a menor mortalidade e os maiores pesos de 7 dias nos grupos de pintinhos que eclodiram cedo na janela de nascimento (24 a 36 horas). Além disso, estes grupos apresentavam o menor rendimento de pintinhos (peso dos pintinhos em percentagem do peso inicial dos ovos).
Primeiramente, é importante notar que você não pode incubar todos os pintinhos ao mesmo tempo e é normal ver uma janela de nascimento de 24 a 30 horas do primeiro ao último pintinho. O tempo de eclosão entre os ovos varia, mas depende amplamente da taxa de desenvolvimento do embrião, onde temperaturas mais altas de incubação aumentam o metabolismo e promovem maior desenvolvimento embrionário e as temperaturas mais baixas reduzem o metabolismo e atrasam o desenvolvimento embrionário. Para uma eclosão e qualidade de pintinho ideais, é fundamental manter uma temperatura e umidade uniformes no nascedouro.
Portanto, perguntamos: o tempo de eclosão influencia os números de mortalidade na primeira semana?
Uma vez que o tempo de eclosão está relacionado com a temperatura de incubação, utilizamos três diferentes perfis de temperatura para incubar os ovos e medimos o impacto destas temperaturas na mortalidade de 7 dias, no rendimento dos pintinhos e no peso corporal de 7 dias. Todos os ovos foram mantidos com as temperaturas da casca do ovo a 100,0°F durante os primeiros 10 dias de incubação. Após 10 dias de incubação, os ovos foram divididos em três grupos e incubados a uma das três temperaturas: 98,5°F (baixa), 100,0°F (normal) ou 101,5°F (alta), e mantidos a esta temperatura até à transferência para os nascedouros. Todos os três grupos foram mantidos separados em três incubadoras individuais (4.800 ovos cada) e todos os ovos tinham o mesmo lote de origem para minimizar as variáveis associadas ao lote ou a idade das matrizes. Na transferência, todos os ovos foram colocados no mesmo nascedouro.
Como mostrado na Figura 3, as altas temperaturas de incubação resultaram num aumento da mortalidade de 7 dias e numa diminuição do peso corporal em relação às temperaturas normais de incubação. A temperaturas de incubação elevadas, o rendimento de pintos foi de cerca de 65%, indicando uma perda excessiva de peso dos ovos e muito provavelmente resultou em pintinhos desidratados. Neste caso, a desidratação impactou no ganho de peso e na mortalidade.
No grupo dos ovos incubados a baixa temperatura (98,5°F), o peso de 7 dias é o mais baixo e a mortalidade de 7 dias é a mais alta. A percentagem de rendimento de pintinhos é também a mais elevada neste grupo. Parece que a baixa temperatura de incubação reduziu a taxa metabólica e/ou atrasou o desenvolvimento, resultando numa menor absorção da gema. A elevada mortalidade de 7 dias pode ter sido o resultado da susceptibilidade à infecção, interagindo com os fatores de stress ambiental.
Há uma variedade de fatores estressantes que podem ter impacto nos pintinhos recém-nascidos antes da entrega na granja. Por exemplo, temperaturas muito elevadas na incubadora, arrefecimento ou sobreaquecimento no processamento dos pintinhos, nas áreas de alojamento e transporte ou na granja podem elevar o stress e a oportunidade de infecções. Os sintomas dos fatores de stress típicos incluem ver os pintinhos ‘ofegantes’ em caixas, devido à falta de ventilação/oxigênio ou ‘amontoados’.
Outras tensões, no entanto, incluindo as correntes de ar frio dirigidas aos pintinhos, quer pelos ventiladores quer pelo vento soprando diretamente para a parte de trás do caminhão, podem também retardar o ganho de peso e tornar os pintos mais susceptíveis à infecção. A temperatura cloacal pode ser utilizada para avaliar o estado dos pintinhos. A temperatura cloacal normal deve estar entre 40,0°C – 40,6°C para o primeiro dia. A 41,0°C, os pintinhos começarão a ‘ofegar’, o que é uma indicação de stress relacionado com o calor.
Para reduzir a mortalidade de 7 dias, os gestores de incubação devem concentrar-se no rendimento percentual de pintinhos e na minimização dos fatores de stress. A regra geral é que um pintinho de um dia deve pesar dois terços ou 67% do peso inicial do ovo. Para alcançar esta perda de peso do ovo de 11 a 13% na transferência. O rendimento de pintinhos é medido a partir dos pesos médios de ovos e pintinhos obtidos de fontes individuais do lote e não se concentra nos pesos individuais de ovos e pintinhos.
O gestor do incubatório deve estar ciente do tempo que um pintinho estará em transporte e ajustar o perfil de incubação em conformidade. O gestor do incubatório deve atingir um rendimento de pintinhos entre 66 e 88 para alojamento de pintinhos a curta distância. Para alojamento de pintos a longa distância, atingir um rendimento de pintos entre 68 – 70. A maior percentagem de rendimento de pintinhos permitirá a perda de peso de pintinhos durante o trânsito, enquanto ainda chegam à granja com o percentual de rendimento de pintinhos próximo do objetivo normal de 66 – 68.
Conclusão
Em resumo, os pontos-chave para a qualidade do pintinho são:
– Adaptar os perfis de incubação para alcançar uma perda de peso ajustada de 11 a 13% por 18 dias de incubação. Os lotes jovens terão uma perda de peso inferior e os lotes mais velhos maiores.
– Atingir um rendimento de pintinhos entre 66 e 68 % para entregas de pintos a curta distância e 68 e 70 para entregas a longa distância.
– Eliminar os fatores de stress após os pintos terem eclodido, ou seja, sobreaquecimento ou falta de ventilação no nascedouro, condições ambientais no processamento dos pintinhos, áreas de espera, transporte e na chegada a granja.
– Evitar o sobreaquecimento, como é comum com ventilação insuficiente ou caixas de pintinhos colocadas demasiadamente próximas e com pouca circulação de ar.
– Evitar correntes de ar frias que possam ser causadas por ventiladores de áreas de espera que sopram sobre os pintinhos.
– Estacionar o caminhão de entrega de frente para os ventos predominantes para que os pintos não fiquem expostos durante a descarga.
Temperaturas de Cloaca devem ser mantidas entre 40°C e 40,6°C a todo o momento no primeiro dia para que os pintinhos mantenham a sua zona de conforto. A 41°C, os pintinhos começarão a ‘ofegar’, o que é uma indicação de stress relacionado com o calor.
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Relatório traz avanços e retrocessos de empresas latino-americanas sobre políticas de galinhas livres de gaiolas
Iniciativa da ONG Mercy For Animals, a 4ª edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais identifica compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes companhias, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de aves na cadeia de ovos.
O bem-estar de galinhas poedeiras é gravemente comprometido pelo confinamento em gaiolas. Geralmente criadas em espaços minúsculos, entre 430 e 450 cm², essas aves são privadas de comportamentos naturais essenciais, como construir ninhos, procurar alimento e tomar banhos de areia, o que resulta em um intenso sofrimento.
Estudos, como o Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA) da ONG internacional Mercy For Animals (MFA), comprovam que esse tipo de confinamento provoca dores físicas e psicológicas às galinhas, causando problemas de saúde como distúrbios metabólicos, ósseos e articulares, e o enfraquecimento do sistema imunológico das aves, entre outros problemas.
Para a MFA, a adoção de sistemas de produção sem gaiolas, além de promover o bem-estar animal, contribui para a segurança alimentar, reduzindo os riscos de contaminação e a propagação de doenças, principalmente em regiões como a América Latina, o que inclui o Brasil.
Focada nesse processo, a Mercy For Animals acaba de lançar a quarta edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA 2024), um instrumento essencial para analisar e avaliar o progresso das empresas latino-americanas em relação ao comprometimento com políticas de bem-estar animal em suas cadeias produtivas.
O relatório considera o compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes empresas, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de galinhas em gaiolas em suas cadeias de fornecimento de ovos.
Destaques
A pesquisa se concentrou na análise de relatórios públicos de companhias de diversos setores com operações em territórios latino-americanos, da indústria alimentícia e varejo aos serviços de alimentação e hospitalidade. Elas foram selecionadas conforme o tamanho e influência em suas respectivas regiões de atuação, bem como a capacidade de se adaptarem à crescente demanda dos consumidores por práticas mais sustentáveis, que reduzam o sofrimento animal em grande escala.
O MICA 2024 aponta que as empresas Barilla, BRF, Costco e JBS, com atuação no Brasil, se mantiveram na dianteira por reportarem, publicamente, o alcance de uma cadeia de fornecimento latino-americana 100% livre de gaiolas. Outras – como Accor, Arcos Dourados e GPA – registraram um progresso moderado (36% a 65% dos ovos em suas operações vêm de aves não confinadas) ou algum progresso, a exemplo da Kraft-Heinz, Sodexo e Unilever, em que 11% a 35% dos ovos provêm de aves livres.
De acordo com a MFA, apesar de assumirem um compromisso público, algumas empresas não relataram, oficialmente, nenhum progresso – como a Best Western e BFFC. Entre as empresas que ainda não assumiram um compromisso público estão a Assaí e a Latam Airlines.
“As empresas que ocupam os primeiros lugares do ranking demonstram um forte compromisso e um progresso significativo na eliminação do confinamento em gaiolas. À medida que as regulamentações se tornam mais rigorosas, essas empresas estarão mais bem preparadas para cumprir as leis e evitar penalidades”, analisa Vanessa Garbini, vice-presidente de Relações Institucionais e Governamentais da Mercy For Animals.
Por outro lado, continua a executiva, “as empresas que não demonstraram compromisso com o bem-estar animal e não assumiram um posicionamento público sobre a eliminação dos sistemas de gaiolas, colocam em risco sua reputação e enfraquecem a confiança dos consumidores”.
“É fundamental que essas empresas compreendam a urgência de aderir ao movimento global sem gaiolas para reduzir o sofrimento animal”, alerta Vanessa Garbini.
Metodologia
A metodologia do MICA inclui o contato proativo com as empresas para oferecer apoio e transparência no processo de avaliação, a partir de uma análise baseada em informações públicas disponíveis, incluindo relatórios anuais e de sustentabilidade.
Os critérios de avaliação foram ajustados à medida que o mundo se aproxima do prazo de “2025 sem gaiolas”, estabelecido por muitas empresas na América Latina e em todo o planeta. “A transição para sistemas livres de gaiolas não é apenas uma questão ética, mas um movimento estratégico para os negócios. Com a crescente preocupação com o bem-estar animal, empresas que adotam práticas sem gaiolas ganham vantagem competitiva e a confiança do consumidor. A América Latina tem a oportunidade de liderar essa transformação e construir um futuro mais justo e sustentável”, avalia Vanessa Garbini.
Para conferir o relatório completo do MICA, acesse aqui.
Para saber mais sobre a importância de promover a eliminação dos sistemas de gaiolas, assista ao vídeo no Instagram, que detalha como funciona essa prática.
Assine também a petição e ajude a acabar com as gaiolas, clicando aqui.
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Sustentabilidade em foco na Conbrasfran 2024
Evento acontece de 25 a 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha.
A importância de uma produção mais sustentável foi a lição mais importante que este ano deixou aponta o presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos. “A natureza nos lembrou que é soberana e da necessidade de nos reciclarmos cada vez mais do que fizemos no passado. Eu digo a humanidade como um todo. As práticas sustentáveis que tanto se fala e que vamos discutir na Conbrasfran, essas práticas que estamos implementando agora é para amenizar o que vem pela frente, já que estamos enfrentando agora as consequências do que foi feito no passado”.
Então, para ele, a lição é a necessidade de insistirmos no tema da sustentabilidade ambiental e social, insistir na educação, na orientação e na disciplina ambiental com o objetivo de mitigar os efeitos climáticos no futuro. “Os efeitos podem ser vistos no mundo todo. Aumento dos dias de calor extremo, chuvas recordes no Brasil, na Espanha e outros países, além das queimadas em várias regiões do mundo também”.
A Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024), que vai ser realizada entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha, vai reunir empresários, indústrias, produtores e lideranças de todo o país para discutir todas as áreas estratégicas. “Vamos falar sobre sanidade avícola, um simpósio tradicional da Asgav será absorvido pela programação da Conbrasfran 2024. Vamos debater qualidade industrial, que trata questões de inspeção, controle, autocontrole e processo produtivo, entre outros temas. Teremos também um seminário sobre segurança do trabalho com uma abordagem do ambiente laboral dos colaboradores e da proteção deles em um quadro em que surgem novos desafios na medida em que aumentamos a produção”, pontuou.
Um dos destaques do evento será o 1º Seminário de Sustentabilidade Ambiental e Adequação Global. “Também teremos discussões sobre a área comercial, que impulsiona a nossa economia e é responsável por levar o nosso produto até a mesa do consumidor brasileiro e de mais de 150 países”, salientou Santos. Ele destaca ainda os debates sobre questões jurídicas e tributárias. “São temas que permeiam o nosso dia a dia e estamos diante de uma reforma tributária, que também será abordada”, afirmou mencionando o Agrologs, que vai falar sobre logística, outro desafio para a cadeia produtiva. “O Brasil precisa avançar em ferrovias, hidrovias é uma necessidade para garantir sustentáculos de competitividade”. “É um evento que vai trazer temas estratégicos”, encerrou.
Os interessados podem se inscrever através do site do evento. E a programação completa da Conbrasfran 2024 também está disponível clicando aqui.
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Conbrasfran 2024 ressalta superação e resiliência da avicultura gaúcha em meio a desafios históricos
Evento será realizado entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha.
Se desafio é uma palavra que faz parte do dia a dia da avicultura, este ano levou o seu significado a um novo patamar, especialmente falando do Rio Grande do Sul. O estado enfrentou enchentes e depois um caso isolado de Doença de Newcastle. “Tudo isso nos abalou sim. Redirecionamos toda a atenção e os nossos esforços para ser o elo de ligação do setor com o poder público, com a imprensa e a atender as demandas dos setores. A organização do evento já estava em curso quando tivemos 45 dias de interdição do prédio onde fica a nossa sede, localizado à beira do rio Guaíba. Tivemos enchente. Para se ter uma ideia, a água chegou até 1,80 metro do 1º andar e não pudemos entrar por conta da falta de luz, de água e outra série de dificuldades”, ressaltou o presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos.
Ainda assim, estes entraves não foram suficientes para desistir da realização da Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024), que vai ser realizada entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha. “Não houve um único questionamento sequer por parte de associados e dirigentes, o que demonstra que o setor está convencido da importância deste encontro e das discussões que ele vai trazer. Serão vários temas, técnicos, conjunturais, temas estratégicos, de planejamento e de superação de desafios, entre outros. E tudo isso fez com que o setor mantivesse acesa a chama para realizar este evento”, destacou Santos.
De acordo com ele, diante dos desafios, as atividades da organização da Conbrasfran 2024 foram acumuladas com o trabalho da linha de frente para atender as demandas cruciais que chegaram, além da interação com órgãos oficiais, imprensa e parceiros estratégicos, como a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). “E mesmo assim, continuamos com a manutenção e organização do evento. E isso nos sobrecarregou sim. Temos uma equipe enxuta, mas que trabalhou bravamente, com máximo empenho, naqueles dias”.
Santos destaca que os esforços levaram a realização de um evento muito especial, que teve a colaboração de grande parte empresários e técnicos do setor. “São muitos os empresários que acreditam nesses movimentos e nos dão carta branca para seguir em frente, que sabem que apesar das dificuldades, continuamos um estado atrativo, com indústrias e produtores de pequeno, médio e grande portes que continuam produzindo por acreditar no empreendedorismo, na pujança na mão-de-obra, na gestão”, disse o executivo lembrando que apesar dos desafios, o estado conseguiu valorizar a produção, manter empresas e ainda está recebendo novos empreendimentos.
Superação
A superação das dificuldades trazidas pelo ano exigiu muito trabalho, organização e confiança. “Precisamos valorizar a confiança daqueles que são nossos associados e dirigentes. A confiança que recebi deles e da minha equipe como dirigente executivo foi importante. Também vale mencionar as estratégias e ações que colocamos em prática para atender todas as demandas que nos chegaram. Sempre buscamos a melhor forma de atender e ajudar os associados”.
E foi também de maneira virtual que estes desafios foram enfrentados. “Interagimos muitas vezes através de plataforma virtual com os serviços oficiais , seguimos em conjunto e dentro das diretrizes da ABPA e tivemos o apoio incondicional da nossa Federação. Com uma soma de esforços, com a confiança de dirigentes que depositam confiança em nosso trabalho, conseguimos ir para a linha de frente e atender as diferentes demandas do setor e da imprensa”, contou Santos que agiu com firmeza em seus posicionamentos e conseguiu liderar o setor na retomada até chegarmos neste momento.
Os interessados podem se inscrever e conferir a programação completa da Conbrasfran 2024 clicando aqui. Outras informaçõe podem ser obtidas pelo e-mail conbrasfran@asgav.com.br, através do telefone (51) 3228-8844, do WhatsApp (51) 98600-9684 ou pelo Instagram do encontro.