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VOZ DO COOP

Bovinos / Grãos / Máquinas Bovinocultura leiteira

Especialista aponta vantagens e desafios em alojamento free stall e compost barn

Analisando os prós e contras de cada sistema, o professor e engenheiro agrícola Flávio Alves Damasceno salientou que o sucesso de cada sistema vai depender do manejo realizado.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OP Rural

A necessidade de aumentar a produtividade aproveitando ao máximo a área disponível e agregando eficiência, tem tornado cada vez mais comum a adesão ao confinamento na pecuária leiteira. Doutor em Construções Rurais e Ambiência, o professor Flávio Alves Damasceno destaca as vantagens e desafios dos sistemas free stall e compost barn nos sistemas intensivos de criação.

Professor e engenheiro agrícola Flávio Alves Damasceno

Damasceno ressaltou que não existe o melhor sistema, mas sim o sistema que é melhor manejado. A preocupação com o animal é o que mais importa. “Não podemos pensar apenas nos recursos financeiros, temos que oferecer ao animal uma nutrição adequada, uma dieta balanceada e conforto. O produtor precisa pensar como um empresário, investindo no animal para dar a ele todas as condições de produzir mais e com maior qualidade”, enfatizou em sua palestra durante o 10° Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite (SBSBL).

Entre os sistemas intensivos, o free stall e o compost barn se destacam por proporcionarem melhores condições de saúde, conforto térmico e bem-estar aos animais. “Se eu confino, aumento a eficiência produtiva. As instalações também permitem conforto térmico, praticidade no manejo da alimentação, estabilidade da dieta ofertada e os animais têm melhores escores de limpeza. Tudo isso reflete na qualidade do leite.”

No free stall, os animais possuem camas individuais delimitadas por baias. As grandes vantagens desse sistema estão relacionadas à economia nos custos operacionais, pois não há necessidade de uma pessoa para revolver a cama; a mecanização é facilitada; os animais se exercitam regularmente e é mais prático dividi-los em grupos de raça ou produção.

Em contrapartida, são desvantagens o custo maior para construir uma instalação se comparado ao compost barn; é maior a exigência de aprimorar o cuidado no manejo da limpeza; aumenta a competição por baias, especialmente próximo ao corredor de alimentação, e há menor atenção individual ao animal.

Já o compost barn é um formato de alojamento mais recente. Originário nos Estados Unidos, já é operado em países como Itália, Canadá e Israel e tem cada vez mais se popularizado na América do Sul. O sistema é composto por uma área de descanso com cama e uma pista de alimentação com piso de concreto. É vantajoso especialmente por permitir que os animais permaneçam soltos em uma grande área, recoberta por uma cama mais macia. “Nesse caso, diminui a probabilidade de problemas no casco, já que o material da cama é mais confortável. Além disso, há uma melhor detecção de cio, a longevidade é superior, é mais barato construir as instalações e o manejo de dejetos é mais simples”.

Por outro lado, há dificuldade de encontrar materiais para a cama, que é composta por serragem ou maravalha. “O manejo da cama é delicado, há maior produção de poeira e gases nesse sistema, o custo energético é maior, assim como o custo de manutenção, pois exige uma pessoa para manejar a cama. Além disso, por se tratar de um sistema relativamente novo, ainda falta muito conhecimento técnico e profissional para auxiliar o produtor”, mencionou.

Analisando os prós e contras de cada sistema, o engenheiro agrícola salientou que o sucesso de cada sistema vai depender do manejo realizado. O produtor precisa dar atenção desde o momento do planejamento da construção das instalações até simples práticas de rotina. “É necessário fazer um controle de custos de produção e conhecer todas as operações para encontrar alternativas que contribuam para aumentar a produtividade”, emendou.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo na cadeia produtiva acesse gratuitamente a edição digital Nutrição e Saúde Animal.

Bovinos / Grãos / Máquinas Em Uberaba, Minas Gerais

ABCZ vai realizar curso de avaliação morfológica de raças zebuínas leiteiras

O curso é destinado a produtores, profissionais do setor e estudantes de Ciências Agrárias.

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Foto: Divulgação/ABCZ

Para obter uma produção eficiente na pecuária leiteira, o produtor precisa estar atento não só à capacidade produtiva do rebanho, mas também aos aspectos morfológicos dos animais. E durante a ExpoLeite, que acontecerá entre os dias 21 e 25 de outubro, em Uberaba (MG), a ABCZ realizará o Curso de Avaliação Morfológica de Raças Zebuínas Leiteiras, oportunizando uma seleção mais satisfatória nas fazendas, com base em características funcionais para a produção de leite.

O curso é destinado a produtores, profissionais do setor e estudantes de Ciências Agrárias. O conteúdo será aplicado em aulas teóricas e práticas, no dia 21 de outubro. “Os participantes vão aprender a identificar e reconhecer os principais aspectos morfológicos ligados à conservação das raças puras, como as características morfológicas influenciam a produção leiteira, as associações genéticas e fenotípicas entre as características morfológicas e os atributos econômicos da produção de leite e, ainda farão, na prática, a identificação e classificação de fêmeas e machos com aptidão leiteira”, destaca o Superintendente Técnico Adjunto do Leite e Projetos Técnicos da ABCZ, Carlos Henrique Cavallari Machado.

O investimento é de R$ 150,00 para estudantes e de R$ 300,00 para não estudantes. Para se inscrever, clique aqui.

Confira a programação completa.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Bovinos / Grãos / Máquinas Seminário de Criadores e Pesquisadores

Pecuaristas debatem planejamento reprodutivo e desafios da prenhez em novinhas precoces

Transferência de conhecimento tem proporcionado uma evolução expressiva no desempenho genético dos rebanhos, melhorando a qualidade dos animais e, consequentemente, a oferta no mercado.

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Fotos: Fernando Samura

Transmitir uma mensagem com mais clareza e divulgar informações que tenham aplicabilidade no campo. Estes foram os objetivos centrais que nortearam as discussões do 28º Seminário Nacional de Criadores e Pesquisadores, promovido recentemente pela Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP), em Uberaba (MG). Conforme os organizadores, a edição de 2024 foi uma das maiores já realizadas, registrando um crescimento de público de 25% em relação ao ano anterior.

Zootecnista, especialista em Agronegócio e diretora de Mercado e Associados da ANCP, Fernanda Borges: “O Seminário não só reforçou a importância da fase da prenhez ao parto na cadeia produtiva, como também destacou o papel da ANCP em promover a inovação e o desenvolvimento contínuo da pecuária nacional”

Com o tema “Da prenhez ao parto”, o seminário focou nos avanços mais recentes da pecuária de corte, no planejamento reprodutivo e nos desafios associados a prenhez em novilhas precoces, atraindo cerca de 500 participantes, entre criadores associados, pecuaristas, pesquisadores, professores e estudantes de ciências agrárias, técnicos agropecuários, profissionais de programas de melhoramento genético, associações de raças bovinas e empresas da área de genética de todo o país.

O evento ofereceu uma programação rica e diversificada, com especialistas renomados no setor discutindo e compartilhando conhecimentos sobre as novas tecnologias e práticas que estão moldando o futuro da produção bovina no Brasil. Além de palestras e discussões em plenário, os participantes tiveram a oportunidade de acompanhar uma mesa-redonda, o lançamento de novas DEPs (Diferença Esperada na Progênie) e a divulgação do sumário de touros 2024.

ExpoGenética

Esta foi a segunda vez que o Seminário integrou a programação da ExpoGenética, reforçando seu papel como um dos principais fóruns de debate e troca de conhecimento no setor. “A ExpoGenética é um dos principais encontros da pecuária de corte no Brasil, proporcionando uma excelente oportunidade de networking. É um ambiente em que criadores, pesquisadores e empresas se conectam, trocam conhecimentos e estabelecem parcerias que impulsionam o setor”, ressalta a zootecnista, especialista em Agronegócio e diretora de Mercado e Associados da ANCP, Fernanda Borges.

De acordo com a profissional, a escolha do tema que norteou as discussões da 28ª edição do evento se deu em razão de que os criadores têm investido cada vez mais na precocidade sexual de novilhas, buscando com que esses animais emprenhem em idades mais jovens. Contudo, esse avanço trouxe à tona um novo desafio: dificuldades no parto devido ao tamanho, idade e desenvolvimento da fêmea.

Além de oferecer uma plataforma para atualização e a troca de conhecimento, Fernanda diz que o evento visa popularizar o melhoramento genético em toda a cadeia produtiva, atingindo desde pequenos até grandes criadores. “Nosso objetivo é garantir que todos tenham acesso às ferramentas necessárias para desenvolver melhor seu rebanho para que compreendam e reconheçam o potencial que possuem nas mãos”, frisou, acrescentando: “Muitos criadores ainda baseiam suas decisões em achismos, opiniões de vizinhos ou informações genéricas, sem conhecer as reais oportunidades que o melhoramento genético pode oferecer. Neste sentido, o seminário busca formar multiplicadores de conhecimento, de modo que a informação chegue a todos os níveis da cadeia produtiva, contribuindo para o fortalecimento da pecuária nacional”.

Conforme a zootecnista, o Brasil tem um enorme potencial para melhorar não apenas a quantidade, mas também a qualidade da produção de carne. O investimento em genética, segundo ela, é uma alternativa com excelente custo-benefício e pode proporcionar ganhos acumulativos ao longo dos anos, sem complexidades desnecessárias. “O Seminário não só reforçou a importância da fase da prenhez ao parto na cadeia produtiva, como também destacou o papel da ANCP em promover a inovação e o desenvolvimento contínuo da pecuária nacional”, frisou.

Ciência e prática

Fernanda destaca a importância do Seminário Nacional de Criadores e Pesquisadores como o evento mais relevante promovido pela ANCP ao longo do ano. Com quase três décadas de trajetória, o Seminário se consolidou como um importante canal para a disseminação dos avanços em pesquisa e desenvolvimento aplicados à prática pecuária. “A ANCP investe intensamente em pesquisas e no desenvolvimento de conhecimento que possa ser diretamente aplicado pelos produtores no dia a dia. O seminário desempenha um papel importante ao reunir e compartilhar essas inovações, originadas de colaborações com universidades e centros de pesquisa”, menciona.

Essa transferência de conhecimento tem proporcionado uma evolução expressiva no desempenho genético dos rebanhos, melhorando a qualidade dos animais e, consequentemente, a oferta no mercado. “O impacto positivo dessas inovações reverbera por toda a cadeia produtiva da carne, beneficiando todos os envolvidos e garantindo que o conhecimento transmitido durante o seminário se reflita em avanços concretos na prática pecuária”.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de bovinocultura de leite e na produção de grãos acesse a versão digital de Bovinos, Grãos e Máquinas, clique aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Indicador sobe 3% na 1ª dezena, mas pecuaristas esperam maiores altas

No atacado, os preços da carne com osso também registram aumentos, impulsionados pela demanda aquecida, de acordo com colaboradores consultados pelo Cepea.

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Foto: Shutterstock

Levantamentos do Cepea mostram que as cotações do boi gordo seguem em alta, sustentadas pela oferta limitada de animais prontos para abate no spot.

No acumulado da primeira dezena de setembro, o Indicador Cepea/B3 subiu 3,1%, passando de R$ 239,75 no último dia útil de agosto, para R$ 247,20 na última terça-feira (10).

Segundo pesquisadores do Cepea, apesar do movimento altista, pecuaristas se mantêm resistentes em entregar o boi, na expectativa de valores maiores que os atuais.

No atacado, os preços da carne com osso também registram aumentos, impulsionados pela demanda aquecida, de acordo com colaboradores consultados pelo Cepea.

Divulgação recente do IBGE mostra que o volume abatido no segundo trimestre foi recorde, com destaque para a categoria fêmea (vaca e novilha) – foram 8,8 milhões de cabeças no semestre, o que representou 45,7% do total de animais abatidos.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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