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Espaço Científico da 6ª FAVESU promove apresentação de pesquisas voltadas à avicultura e à suinocultura
Na edição deste ano, além dos vencedores das três categorias: suinocultura, frango de corte e postura comercial, o espaço também contará com outras 11 pesquisas que podem ser conferidas pelo público participante da feira.

O Espaço Científico da 6ª FAVESU é uma iniciativa que visa dar oportunidade para que os pesquisadores possam apresentar trabalhos em três áreas importantes para a avicultura e suinocultura. Na edição deste ano, além dos vencedores das três categorias: suinocultura, frango de corte e postura comercial, o espaço também contará com outras 11 pesquisas que podem ser conferidas pelo público participante da feira.
Além da possibilidade de apresentar seus trabalhos, os pesquisadores vencedores nas três áreas receberão uma premiação em dinheiro na quantia de R$ 1 mil, terão direito a publicação do seu trabalho no Jornal do Agronegócio (jornal de circulação nacional da AVES e ASES), e ainda poderão ter seu estudo divulgado nas mídias da FAVESU e das associações.
Um dos responsáveis pela coordenação científica da 6ª FAVESU, o médico-veterinário Eustáquio Moacyr Agrizzi reafirma o compromisso da iniciativa com o incentivo à pesquisa. “É uma grande oportunidade para esses profissionais, tanto estudantes como atuantes nas áreas de zootecnia e veterinária, já serem inseridos nos assuntos dos mercados avícola e suinícola. Esses trabalhos também promovem a união de universidades de diferentes Estados, o que mostra a importância que a FAVESU tem no cenário nacional”, disse o Eustáquio Moacyr Agrizzi.
Confira abaixo todos trabalhos aceitos, que estão sendo expostos no Espaço Científico:
Categoria suinocultura
Área: Inspeção sanitária de produtos de origem animal
Condenações por pneumonia em abates de suínos no estado do Espírito Santo Autores: Agostinho Sergio Scofano, Jessica Nogueira Teixeira, Sarah Salvador Orlandi e Nathalie Costa da Cunha
Área: Sanidade
Avaliação da biosseguridade da suinocultura comercial capixaba com ênfase na doença de Aujeszky. Autores: Agostinho Sergio Scofano, Jessica Nogueira Teixeira, Sarah Salvador Orlandi e Nathalie Costa da Cunha.
Área: Bem-estar
Efeitos do bem-estar animal na criação de suínos e sua influência na qualidade final da carne – revisão de literatura. Autores: Natália Carnelli Briel, Maíra Formentini, Mércia Regina Pereira de Figueiredo e Gabriela Iantorno.
Categoria frango de corte
Área: Insumos alternativos para milho e soja
Efeitos dos níveis de grãos secos de destilaria (DDG) em substituição parcial ao farelo de soja sobre o desempenho de frangos de corte. Autores: Kelly Morais Maia Dias, Carlos Henrique de Oliveira, Romário Duarte Bernardes e Artur Macêdo Ribeiro;
Farinha de insetos como alimento alternativo em dietas para frangos de corte – revisão de literatura. Autores: Nathana Rudio Furlani, Joyce Barcellos, Jorge Cunha Lima Muniz e Melissa Izabel Hannas;
Valores de energia metabolizável e coeficientes de digestibilidade de aminoácidos de coprodutos do etanol de milho para frangos de corte. Autores: Artur Macedo Ribeiro, Kelly Morais Maia Dias, Carlos Henrique de Oliveira e Romário Duarte Bernardes.
Área: Ambiência
Efeitos da suplementação de compostos fenólicos sobre o sistema antioxidante de frangos de corte submetidos ao estresse por calor – revisão de literatura. Autores: Samuel Oliveira Borges, Rayanne Andrade Nunes, Hallef Rieger Salgado e Arele Arlindo Calderano.
Área: Ambiência e Bem-estar
Suplementação de cromo e de vitamina E em dietas para frangos de corte em condições de estresse por calor. Autores: Romário Duarte Bernardes, Kelly Morais Maia Dias, Carlos Henrique de Oliveira e André Fellipe Silva da Silveira
Efeito da suplementação de lignina sobre metabólitos séricos e rendimento de carcaças de frangos de corte submetidos ao estresse térmico. Autores: Rayanne Andrade Nunes, Hallef Rieger Salgado, Samuel Oliveira Borges e Arele Arlindo Calderano.
Categoria postura comercial
Área: Inspeção sanitária de produtos de origem animal
Qualidade de ovos lavados e armazenados em diferentes temperaturas. Autor: Willian Schultz.
Área: Insumos alternativos para milho e soja
A utilização dos coprodutos da mandioca como fonte alimentícia na avicultura caipira agroecológica – revisão de literatura. Autores: Maíra Formentini, Natália Carnelli Briel, Mércia Regina Pereira de Figueiredo e Gabriela Iantorno.
Área: Sanidade
Registro de Plasmodium sp. em codornas japonesas (Coturnix coturnix japonica) da região serrana do Espírito Santo. Autores: Matheus Joaquim dos Santos Candido, Maristela Peckle Peixoto, Isabella Vilhena Freire Martins e Jankerle Neves Boeloni
Plantas medicinais usadas na sanidade animal de aves caipiras no norte do espírito santo – relato de caso. Autores: Natália Carnelli Briel, Maíra Formentini, Mércia Regina Pereira de Figueiredo e Gabriela Iantorno;
Klebsiella spp. Um perigo oportuno: análise histopatológica, bacteriológica e resistência antibiótica – relato de caso. Autores: Matheus Joaquim dos Santos Candido, Amanda Azevedo Assis, Dirlei Molinari Donatele e Jankerle Neves Boeloni.
Conheça os membros da comissão avaliadora do Espaço Científico da 6ª FAVESU:
Eustáquio Moacyr Agrizzi: médico-veterinário e gerente de expansão da Uniaves;
Carolina Covre: médica-veterinária e coordenadora técnica na Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES) e Associação de Suinocultores do Espírito Santo (ASES);
Tarcísio Simões Pereira Agostinho: mestre em zootecnia e médico-veterinário na Cooperativa Agropecuária Centro Serrana (Coopeavi);
Marcelo Andreão Faitanin: médico-veterinário e técnico de produção e de controle da qualidade nas Granjas JAOP e em Osvaldo Perim Supermercados Ltda;
Alan Paulo Moreira Teixeira: médico-veterinário e fiscal Estadual Agropecuário no Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) atuando como Subgerente de Fiscalização de Produtos de Origem Animal e coordenador do Serviço de Inspeção Estadual do Espírito Santo;
João Dionísio Henn: mestre em Nutrição de suínos e Aves e Doutor em Produção Animal, zootecnista e analista A na área de Gestão da Inovação – Análise Diagnóstica e Prospectiva de Sistemas Sociais, Econômicos, Ambientais e Avaliação dos Impactos das Inovações Tecnológicas na Embrapa Suínos e Aves;
Ideraldo Luiz Lima: mestre e doutor em nutrição animal e zootecnista proprietário da IL Lima, empresa de consultoria especializada em produção avícola e nutrição animal.

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025
Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves
A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.
Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.
Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.
Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves
Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.
Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.
Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.
Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro
Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.
No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.
Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável
Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”
Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.
Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.
As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).
Maior mercado mundial de bioinsumos
O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.
A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.
Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.
Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.



