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ESG ganha força na suinocultura brasileira

A suinocultura brasileira está na vanguarda desse processo, desenvolvendo ações sociais, ambientais e éticas que ganham ainda mais força a partir de agora.

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A expressão ESG, relacionada às questões ambientais, sociais e de governança de uma empresa, tem tomado conta da pauta do agronegócio nos últimos tempos. Grandes investidores, consumidores e as legislações pressionam cada vez mais os setores produtivos a ter uma agenda verde, positiva aos consumidores e à sociedade e que seja ética.

A suinocultura brasileira está na vanguarda desse processo, desenvolvendo ações sociais, ambientais e éticas que ganham ainda mais força a partir de agora. As maiores indústrias, como JBS e BRF, já anunciaram publicamente que devem neutralizar as emissões de gases do efeito estufa (GEE) nos próximos anos. Grandes cooperativas que representam boa parte do sistema produtivo de suínos no Brasil distribuem lucros a seus associados, disponibilizam crédito, desenvolvem projetos sociais de apoio às comunidades onde estão inseridas nas áreas de educação, meio ambiente, entre outras. A governança das maiores indústrias frigoríficas tem se aprimorado, tornando a suinocultura brasileira ainda mais competitiva.

Grandes produtores já reutilizam água da chuva nas fazendas de suínos para fazer a limpeza das instalações. Uma parcela considerável já utiliza o biogás para produzir energia elétrica e metano nas propriedades, por meio de biodigestores. O mais recente fenômeno é a produção de energia elétrica por intermédio da energia solar. O Brasil é um país tropical e subtropical (região Sul), favorece a geração de energia fotovoltaica.

A Frimesa, com sede no Estado do Paraná, é uma Central de cinco cooperativas (Lar, Copagril, C.Vale, Copacol e Primato) que envolve milhares de produtores de suínos. A cadeia de valor contribui para o desenvolvimento das atividades de produtores de grãos, fábricas de rações e transportadores, além da industrialização, da distribuição e do consumidor final. Em abril deste ano, recebeu o prêmio na categoria de Melhores Práticas ESG entre todas as cooperativas brasileiras do agro. O prêmio, um dos mais importantes e conceituados do país, é concedido pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). O título de empresa mais sustentável é fruto de um trabalho que começou há décadas e vem se aperfeiçoando.

Ações e compromissos da JBS

A líder global de produção de alimentos, com sede no Brasil, tem metas audaciosas em relação às ações ESG. “A JBS é líder global em produção de alimentos à base de proteína, com mais de 450 unidades produtivas e escritórios comerciais espalhados por mais de 20 países. A Companhia conta com mais de 250 mil colaboradores, sendo 145 mil somente no Brasil, e investe em ações concretas que envolvem aperfeiçoar a governança corporativa, preservar e proteger o meio ambiente, garantir o cuidado com animal e cuidar e desenvolver comunidades com as quais nos relacionamos. Em 2021, a JBS se tornou a primeira grande empresa global de proteínas a se comprometer com emissões líquidas zero até 2040, o compromisso mais ambicioso do gênero no setor. Na posição de uma empresa líder, a JBS reconhece a importância de reduzir o impacto e proteger o meio ambiente para combater as mudanças climáticas. Outras metas globais estão relacionadas às esferas social e de governança”, destacou a empresa em entrevista ao jornal O Presente Rural.

Entre as ações estão zerar o balanço líquido de suas emissões de gases causadores do efeito estufa, reduzindo suas emissões diretas e indiretas e compensando toda a emissão residual até 2040. A empresa já investiu US$ 1 bilhão em projetos de redução de emissões das próprias instalações, US$ 100 milhões em projetos de pesquisa e desenvolvimento, auxiliando os esforços de produtores para fortalecer e aumentar a escala de práticas de agricultura regenerativa, incluindo captura de carbono e tecnologias de mitigação de emissões na fazenda.

O compromisso da JBS é também a eliminação de desmatamento ilegal da cadeia de produção (incluindo os fornecedores dos fornecedores da companhia) na Amazônia e outros biomas brasileiros até 2025. Até 2030, a companhia pretende ter uma redução de 15% no uso de água por intensidade em relação a 2019 e usar 60% de toda sua energia elétrica de fontes renováveis.

No meio social, a JBS investe nas cidades em que atua, impulsionando o bem-estar dos colaboradores, suas famílias e comunidade. Desde 2020, investiu mais de R$ 3 bilhões no enfrentamento à Covid-19, tanto para proteger suas equipes e garantir o funcionamento das unidades, como para apoiar ações na área de saúde e no desenvolvimento das comunidades em que estão inseridos, no Brasil e na América do Norte. “Afinal, empresa nenhuma prospera se seu entorno não prosperar também”, destaca a Companhia.

“Somente no Brasil o programa Fazer o Bem Faz Bem impactou positivamente a vida de milhões de pessoas em mais de 300 cidades. Instituído em 2019, o Fazer o Bem Faz Bem é dedicado a promover ações para a transformação e apoio social nas comunidades em que a JBS está presente. A iniciativa incentiva o voluntariado entre os colaboradores”. Além disso, a empresa busca a “continuidade no fornecimento de oportunidades educacionais e de desenvolvimento para mudança de vida dos colaboradores e de suas famílias”.

Na área da governança, a JBS entende ética e compliance como ativos. Em 2017, foi instituída uma diretoria global de compliance, que se dedica ao tema de forma independente, com reporte direto ao Conselho de Administração. Uma série de atividades são realizadas segundo o programa “Faça Sempre o Certo” e com a participação de sete comitês de ética, um institucional e seis para cada Unidade de Negócio no Brasil.

Treinamentos para aplicação do Código de Conduta e Ética, due diligence de terceiros feita de forma automatizada, mapeamento de risco e uso da Linha Ética, canal para tratar de temas sensíveis com toda a segurança e confidencialidade, fazem parte do cotidiano da JBS. Tudo com auditoria externa.

 Fotos: Shutterstock

Ações e compromissos da BRF

Uma das potências globais em produção de alimentos, com mais de 100 mil colaboradores, espalhados por 117 países, atendendo milhares de clientes em todo o mundo, a BRF tem incorporado em seu DNA cada vez mais as práticas ligadas ao tripé ESG. Ações ambientais, sociais e de governança estão nos pilares da empresa, que aposta em produção sustentável do começo ao fim da cadeia. Desde 2013, a empresa lança o relatório de sustentabilidade, que pode ser acessado por qualquer pessoa pelo site da companhia.

Nas granjas de produtores integrados da BRF diferentes estratégias para conferir um ambiente mais agradável aos suínos ganham espaço constantemente. Garantir o bem-estar animal passa por disseminar conhecimento aos colaboradores, que, por sua vez, os repassam aos produtores integrados e os orientam – especialmente no caso dos extensionistas que estão a campo. Em 2021, a Companhia formou 208 novos oficiais de Bem-Estar Animal (BEA). Entre 2019 e 2020, outros 569 já haviam sido capacitados

No final de 2020, a BRF anunciou uma série de metas e compromissos públicos pelo bem-estar animal, que visa garantir melhor qualidade de vida dos suínos que fazem parte de sua cadeia produtiva.

Em 2021, a BRF se comprometeu em ser Net Zero até 2040, o que representa reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e neutralizar as emissões residuais em todas as etapas de produção.

Em setembro de 2020, os produtores integrados da companhia já haviam recebido o Manual de Práticas Seguras para Granjas de Aves e Suínos na Agropecuária. O documento reforça o compromisso com a segurança nas operações dos integrados e busca consolidar os propósitos de sustentabilidade da empresa. Desta forma, a BRF estimula que todos os seus parceiros tenham sempre atitudes e comportamentos de prevenção e sustentáveis em todas suas atividades.

A produtora integrada da BRF Roseli Marcon participou de um dos painéis da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – COP26, que foi realizada em Glasgow, na Escócia, em novembro de 2021. Por meio de videoconferência direto de Capinzal, município do Meio Oeste de Santa Catarina, Roseli abordou sua experiência e cuidado ao produzir. Com propriedade em Luzerna, Roseli foi uma das produtoras pioneiras na instalação de painéis solares na região Sul do Brasil. Ela tem 364 placas de geração de energia solar que atendem toda a granja e proporcionam uma economia superior a US$ 2,4 mil por mês na conta de luz. “Além de obter redução nos custos, é uma energia mais limpa”, ressalta a produtora.

O Instituto BRF, responsável pelos investimentos sociais da companhia, completou 10 anos do seu Programa de voluntariado corporativo. A iniciativa promove a cidadania corporativa a partir de ações sociais e de campanhas anuais desenhadas pelo Instituto BRF e organizadas localmente pelos Comitês de Investimento Social, grupos voluntários de colaboradores nas unidades da BRF responsáveis por levar até as comunidades os temas e projetos desenvolvidos pelo Instituto BRF.

Em 2021, foram realizadas campanhas nos Dias Mundiais do Meio Ambiente e da Alimentação, além do Natal. Os comitês promovem também as chamadas “ações de solidariedade”, que surgem por demandas identificadas por eles ou pedidos recebidos de instituições, como doações de sangue, arrecadações de doações e mutirões para melhoria do espaço físico e do atendimento das organizações sociais. Nesses 10 anos de programa, o Instituto BRF expandiu sua atuação tradicional nas cidades que contam com unidades fabris e corporativas da BRF para cidades com centros de distribuição, escritórios administrativos e filiais de vendas, passando a fazer parte também dos Programas de Excelência da Companhia.

O Comitê de Capinzal, SC, um dos mais antigos e ativos, mantém há anos uma parceria com o Hemosc Joaçaba para doações de sangue periódicas. Já o Comitê de Mineiros, GO, comemorou o Dia Mundial do Meio Ambiente realizando limpeza na trilha do Homem Seco no Parque Nacional das Emas e no Parque Ecológico Canto do Cerrado. Em outubro de 2021, retomou o tema com o plantio de árvores na região do Pinga Fogo, na Serra dos Caiapós. Os comitês de Salvador, BA, e Fortaleza, CE, coordenaram iniciativas em conjunto com toda a equipe regional de vendas do Nordeste, centros de distribuição e escritórios, têm promovido arrecadações para contribuir com as necessidades de diversas entidades.

No fim de 2021, 40 mil refeições natalinas foram distribuídas em Curitiba, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro por meio da parceria entre Instituto BRF e o Programa Cozinhas Solidárias.

Fundado em 2012 pela BRF, o Instituto BRF é uma associação privada para direcionar de forma estratégica os investimentos sociais da companhia. O objetivo é dar suporte às iniciativas cidadãs que contribuem para o desenvolvimento das comunidades localmente. Desde a sua criação, por meio das ações de voluntariado e projetos de investimento direto, o Instituto BRF já impactou meio milhão de pessoas, mobilizou 30 mil voluntários e realizou mais de duas mil ações sociais em 60 cidades ao redor do país.

Brasil na vanguarda

O líder global de sustentabilidade de uma multinacional nas áreas de nutrição e saúde animal e vida sustentável, Carlos Saviani, explica que o Brasil está na vanguarda, desenvolvendo cada vez mais práticas relacionadas ao meio ambiente, às questões sociais e à governança. “ESG pode ser usado para dizer quanto que um negócio busca de diferentes formas minimizar os seus impactos no meio ambiente, como construir um mundo mais justo e responsável para as pessoas, para os seus funcionários, mas também para as pessoas que não são usuárias de seus produtos, e como que ela mantém os melhores processos de administração para que empresa não esteja envolvida em fraudes, não corra riscos administrativos e não comenta erros contábeis. Que seja uma empresa ética do ponto de vista administrativo, mas também cuidando de uma forma correta para a geração de lucro, para a geração de resultados, pois seus acionistas dependem dos resultados. ESG está relacionado à redução de riscos de maneira geral, tanto os riscos ambientais e sociais quanto os riscos relacionados ao negócio”, destaca Saviani.

“O ESG está sempre buscando os três Ps (people, planet, profit), que são pessoas, planeta e a lucratividade. Esses três andam sempre juntos e é onde o ESG se encontra com sustentabilidade. A sustentabilidade nada mais é do que a capacidade de uma pessoa ou de uma empresa se manter, se sustentar ao longo dos anos, das décadas, das gerações vindouras. É a capacidade que você, como uma empresa, tem de continuar existindo e continuar existindo de uma forma que se auto perpetue ao longo dos anos, tanto no lado ambiental e no lado social quanto na parte da lucratividade”, enfatiza.

“É uma é uma sigla relativamente recente que vem sendo adotada pelas empresas. A parte econômica, de governança e administrativa, não é segredo para ninguém que as empresas já estão atendendo há muitos anos. A parte social também já tem um pouco mais de tempo. Começou muito com as políticas internas de segurança no trabalho, de motivação e elevação da motivação dos funcionários, retenção de funcionários, e que vem se estendendo para as comunidades, para os usuários dos produtos ou mesmo para projetos sociais fora do escopo da empresa. E o mais recente é o lado ambiental, que foi o último que foi agregado. Por isso a sigla completa como ESG é relativamente recente, algo que começou nessa última década, porque o ambiental é o que está despertando mais interesse, mais preocupação nos últimos anos e é aonde mais desenvolvimento tem que ocorrer dentro dos três”, aponta.

Para ele, a produção de alimentos, depois do setor de energia e transporte, é o setor que está mais em foco em relação às pegadas ambientais. “Dentro do setor de produção de

alimentos, as fazendas, o setor produtivo, porque é onde grande parte dos impactos estão. Todas empresas, frigoríficos, empresas processadoras de carne, estão fazendo compromissos para reduzir suas pegadas ambientais no Brasil”, expõe Saviani.

A grande boa notícia da sustentabilidade, principalmente do ponto de vista ambiental, principal área foco no setor do agronegócio, é que na grande maioria dos casos existe uma correlação positiva entre reduzir pegadas ambientais e reduzir custos.

Ainda de acordo com ele, o principal desafio está na montagem de um plano estratégico. “A empresa, seja ela uma propriedade rural, uma produtor, uma fábrica processadora de alimentos, um frigorífico, precisa ter uma estratégia clara para mapear quais são os riscos principais da empresa na parte social ambiental e de governança, quais as áreas que precisam de melhorias, quais as áreas que precisam de medições para montar um plano. Esse é o primeiro passo”, sintetiza o profissional.

Fonte: O Presente Rural

Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Suínos

Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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