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Escassez de água e aumento dos custos podem entravar crescimento da piscicultura no Paraná

Apesar da liderança absoluta do Estado paranaense na produção nacional, alguns fatores caem como um alerta: escassez hídrica e aumento dos custos com ração e de energia.

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Mobilização constante junto a órgãos públicos e privados resulta em reuniões com secretários nacionais e estaduais, deputados e representantes do setor

A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) tem unido esforços junto aos piscicultores, por meio da Comissão Técnica de Aquicultura, para garantir a sustentabilidade da atividade. A mobilização constante junto a órgãos públicos e privados resulta em reuniões como a realizada em julho, na sede da entidade, em Curitiba (PR), com secretários nacionais e estaduais, deputados e representantes do setor.

Na ocasião, o secretário Nacional da Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Jairo Gund, recebeu uma lista de solicitações dos produtores paranaenses. “Daqui tiramos posicionamentos concretos que vão ajudar a resolver gargalos e desenvolver a atividade no Estado e também para o Brasil”, relatou Gund.

Presidente do Sistema Faep/Senar-PR, Ágide Meneguette: “Imagina licenciar um empreendimento e, quando os investimentos já estão rodando, descobrir que não tem água” – Fotos: Divulgação/Faep/Senar-PR

Para o presidente do Sistema Faep/Senar-PR, Ágide Meneguette, existe a necessidade urgente de debater a distribuição dos recursos hídricos no Estado. “Nós contratamos a Embrapa para fazer um estudo sobre a questão hídrica e resíduos das indústrias. A entrega da primeira fase é 2023. Fazemos isso porque olhamos para o desenvolvimento hoje e para garantir o futuro”, destacou. “Esse é um assunto sério. Imagina licenciar um empreendimento e, quando os investimentos já estão rodando, descobrir que não tem água”, disse o deputado estadual Marcio Nunes.

O secretário de Desenvolvimento Sustentável e Turismo, Everton Souza, disponibilizou a equipe técnica para esclarecer dúvidas e gerar soluções para possíveis impasses. “Nosso compromisso é ofertar água para todo mundo e, para isso, há uma grande mobilização nossa do ponto de vista técnico. Estamos sempre abertos para ouvir e fazer as adequações necessárias para aprimorar a disponibilidade hídrica no Estado”, apontou Souza. “Precisamos que os órgãos que regulam essa questão ambiental e da água possam ser mais acessíveis, mantendo a seriedade e o rigor da preservação”, pontuou o deputado estadual Elio Rush.

O que é?

Outorga do uso da água: é o ato administrativo que expressa os termos e as condições mediante as quais o poder público permite o uso de recursos hídricos de determinada bacia hidrográfica por um prazo específico. Pode ser prévia ou de direito.

Outorga prévia: tem validade de dois anos e é um pré-requisito para o produtor iniciar o processo de licenciamento ambiental. Os custos variam, partindo de cerca de R$ 700.

Outorga de direito: com o licenciamento ambiental efetivado, o produtor pode pedir a outorga de direito, que tem validade de seis anos e garante o uso dos recursos por esse período.

Escassez de água e aumento dos custos podem entravar crescimento

Apesar da liderança absoluta, alguns fatores caem como um alerta, que podem entravar o avanço da piscicultura no Paraná. Um deles é a escassez hídrica. Para conseguir o licenciamento do empreendimento, o piscicultor precisa ter aprovado pelo IAT um pedido de outorga prévia do uso da água, indicando o volume que os tanques devem consumir. Para autorizar o uso dos recursos hídricos, os técnicos vão avaliar se a bacia tem vazão disponível.

Em algumas microrregiões, no entanto, os recursos estão perto do limite. A partir de portarias do IAT, o Boletim Informativo do Sistema Faep/Senar-PR mapeou 24 áreas críticas em diversas regiões. Nessas localidades, os produtores podem ter dificuldade para conseguir a outorga do uso da água.

“São bacias em que há muita gente dispondo dos recursos hídricos e pouca água disponível. Estão no limite ou perto. Aí, o produtor não consegue autorização ou lida com um recurso limitado. Estamos fazendo estudos com cooperativas e usuários, para que não se chegue a esse ponto em outros rios. É um crescimento que precisa de cautela”, explica a engenheira agrônoma Gláucia Tavares Paes de Assis, responsável pela análise de outorgas do IAT. “Isso já é um problema real. Temos tido indeferimentos em algumas áreas, sempre por problemas de vazão, porque não tem água para usar”, explica.

Todo o processo de pedido de outorga do uso da água é feito de forma on-line. Na solicitação, o produtor precisa apontar o volume que o empreendimento vai demandar. Por isso, a recomendação é que o projeto seja elaborado por um técnico agrícola, que dimensione as reais necessidades do negócio. “Ocorre que estudos hidrológicos têm chegado com vazão superestimada. Isso pode resultar em indeferimentos, principalmente em locais de escassez hídrica”, aponta Gláucia.

Outro fator que preocupa os produtores é o aumento dos custos com ração e de energia. No caso da alimentação, a alta está atrelada à valorização internacional e recorrente da soja e do milho. No caso da energia elétrica, os custos foram puxados pela crise hídrica e da estiagem prolongada. Os gastos com energia correspondem, em média, a 8% dos custos totais em empreendimentos com tanques escavados. “Por todos esses entraves, antes de ingressar na atividade, o produtor precisa fazer um cálculo de viabilidade do projeto, apoiado em diagnóstico e pesquisa de mercado”, recomenda o técnico do Sistema Faep/Senar-PR Alexandre Blanco.

Em julho do ano passado, o governo do Paraná lançou o Programa Paraná Energia Rural Renovável (Renova-PR), voltado a estimular a adoção de sistemas fotovoltaicos e biodigestores no campo, por meio da equalização da taxa de juros. Até a primeira quinzena de julho, são 2.538 projetos executados a partir das linhas de financiamento do programa, totalizando a marca de R$ 500 milhões.

 

Fonte: Ascom Faep/Senar-PR

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Dilvo Grolli recebe Menção Honrosa da ABCA por sua contribuição à agronomia brasileira

Reconhecimento destaca seu papel no avanço científico, na inovação cooperativista e na consolidação do Show Rural como vitrine tecnológica do agro.

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A Academia Brasileira de Ciência Agronômica (ABCA) prestou, dias atrás, homenagem especial ao presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. Ele recebeu o título de Menção Honrosa pela relevante contribuição ao fortalecimento da Engenharia Agronômica no Paraná e no Brasil. O reconhecimento é concedido a personalidades que, além de estimular avanços científicos e tecnológicos no agro, destacam-se como empreendedores que impulsionam o crescimento de suas regiões e do País.

Fotos: Divulgação/Coopavel

Dilvo Grolli tem trajetória reconhecida no cooperativismo paranaense e nacional. Sua visão de futuro e capacidade de liderança contribuíram para transformar a Coopavel em uma das cooperativas mais respeitadas do País, referência em gestão, inovação e apoio ao produtor rural. Ele também é um dos idealizadores do Show Rural Coopavel, criado ao lado do agrônomo Rogério Rizzardi, evento que se tornou um dos maiores centros difusores de tecnologia agrícola do mundo e que impacta diretamente a evolução do agronegócio paranaense e de estados vizinhos.

Exemplo

O presidente da ABCA, professor-doutor Evaldo Vilela, destacou a grandeza dessa contribuição ao afirmar que Dilvo Grolli é um exemplo de liderança que transforma. “Sua dedicação ao cooperativismo, ao conhecimento agronômico e à inovação, traduzida na criação do Show Rural, tem impacto direto no desenvolvimento sustentável do agro brasileiro”.

Ao agradecer a honraria, Dilvo ressaltou o papel indispensável da Engenharia Agronômica para o Brasil. “A agronomia é uma das bases que sustentam o agronegócio moderno. Sem esse conhecimento técnico e científico, o campo não teria alcançado o nível de produtividade e competitividade que hoje coloca o Brasil entre os maiores produtores de alimentos do mundo”, afirmou. Também destacou a importância dos agrônomos ao sucesso das cooperativas: “Profissionais da agronomia têm participação decisiva no crescimento de instituições como a Coopavel, que chega aos seus 55 anos dedicada ao desenvolvimento da agropecuária brasileira”.

A solenidade também enalteceu outros líderes locais, entre eles o empresário Assis Gurgacz, igualmente homenageado por sua atuação e pelo apoio contínuo ao desenvolvimento do setor produtivo, e a agronomia por meio da FAG. O professor Evaldo destacou que figuras como Dilvo Grolli e Assis Gurgacz ajudam a consolidar um ambiente favorável à inovação, à sustentabilidade e ao aprimoramento técnico da agropecuária brasileira, bem como da agronomia.

 

Fonte: Assessoria Coopavel
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Copacol reconhece desempenho dos produtores no Experts do Agro

Com participação de 120 produtores, evento premiou melhores resultados regionais e apresentou o próximo desafio: alcançar 500 sacas por alqueire somando soja e milho.

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A dedicação, o conhecimento e a capacidade de inovação dos cooperados foram reconhecidos pela Copacol na cerimônia de premiação do Projeto Experts do Agro. O evento reuniu em Cafelândia agricultores, familiares, técnicos e parceiros que, ao longo nos últimos dois anos, trabalharam com foco em eficiência, sustentabilidade e melhores resultados no campo.

Divido em três regiões (Baixa, Alta e Sudoeste) o Experts do Agro teve a participação de 120 cooperados e cooperadas, que participaram de encontros e treinamentos intensos, com análises de estudos exclusivos do Centro de Pesquisa Agrícola (CPA). O conhecimento obtido por cada um dos agricultores foi aplicado em áreas de cultivo e os melhores resultados tiveram o reconhecimento da Cooperativa.

Fotos: Divulgação/Copacol

Foram premiados os três melhores de cada região. Cada um foi presenteado com uma viagem à Foz do Iguaçu, com hospedagem em resort e direito à um acompanhante. Na região baixa, regional de Nova Aurora, os premiados foram: com 4.304,5 pontos, Sidney Polato de Goioerê André Gustavo, com 4.343,15 pontos e com 4.388,5 pontos Simone Chaves Oenning, de Nova Aurora, que se destacou com o maior resultado da região, com produtividade de 208 sacas por alqueire.

Na região alta, regional de Cafelândia, os vencedores foram: com 4.177,8 pontos, Elton José Müller, de Bom Princípio, Toledo Elci Dalgalo, de Cafelândia, com 4.208,5 pontos e com 4.260 pontos, também de Cafelândia, Marcio Rogério Scartezini, que se destacou com produtividade de 221,6 sacas por alqueire.

Já no Sudoeste, os destaques foram os produtores: com 4.205,4 pontos, Willian Rafael Dallabrida, de Flor da Serra Ricardo Galon, de Salto do Lontra, com 4.630 pontos e com 4.724 pontos, Douglas dos Santos Cavalheiro, de Pérola do Oeste, que colheu 241,9 sacas por alqueire.

Proporcionar ao produtor tecnologia e conhecimento técnico para garantir uma safra com maior produtividade e rentabilidade foi a proposta do Projeto Experts do Agro. No decorrer dos anos, vários desafios foram lançados aos cooperados e superados pelos participantes: Projeto 160, Produtividade com Qualidade Soja + Milho 440 e Excelência 460.

A partir de 2026, os cooperados serão desafiados a participar do Projeto Safra 500: total de sacas de milho soja por alqueire. “Evoluímos muito no decorrer das seis décadas de atuação da Copacol e com as pesquisas realizadas avançamos de maneira rápidas. Tivemos elevadas produtividades graças a essa aplicação de tecnologias no campo. Agora, temos pela frente um novo desafio, que também será alcançado com o desenvolvimento de estudos que auxiliam os produtores”, afirma o diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol.

Destaque

Diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol: “Evoluímos muito no decorrer das seis décadas de atuação da Copacol e com as pesquisas realizadas avançamos de maneira rápidas. Tivemos elevadas produtividades graças a essa aplicação de tecnologias no campo”

Com a maior produtividade entre todos os participantes do Projeto Experts do Agro, Douglas Cavalheiro aplicou na propriedade todo o conhecimento obtido nos treinamentos. O resultado superou as expectativas do cooperado do Sudoeste paranaense, onde a Copacol está expandindo a atuação nos últimos anos.

“A Copacol tem feito a diferença em nossas vidas. No Sudoeste não tínhamos oportunidades de nos capacitar, de buscar crescimento. Com a chegada da Cooperativa, estamos evoluindo a cada ano em produtividade, em conhecimento técnico e inovação, e por meio do CPA temos à disposição o que há de mais avançado para produzir. Estou feliz não só pelo prêmio, mas pela presença da Cooperativa em nossa região”, comemora o campeão de produtividade.

Atrações

Além da premiação dos cooperados, o encerramento do Experts do Agro contou um panorama amplo do mercado atual de grãos, com Ismael Menezes, especialista em economia e mercado agrícola, com mais de 20 anos de experiência no setor do agro. Duante a cerimônia, o gerente técnico, João Maurício Roy, e o supervisor do CPA, Vanei Tonini, apresentaram um resumo da safra, o desempenho elevado da Cooperativa na comparação com as demais áreas agrícolas e os avanços alcançados pelos participantes do Experts do Agro ao longo dos últimos dois anos.

“Conseguimos traduzir os resultados de pesquisas do CPA em informações que chegam lá no campo. Foram dois anos de troca de experiências com êxito. Encerramos em grande estilo reconhecendo os produtores que mais se destacaram nos manejos e na aplicação das tecnologias. Com produtividade 30% maior que a média geral da Cooperativa, finalizamos com sucesso o Experts do Agro”, exalta João.

Critérios de avaliação

Além da boa produtividade no Experts do Agro, os produtores premiados se destacaram também na boa condução dos manejos, como: Incremento de produtividade em relação à média da unidade em sacas por alqueire qualidade estrutural do solo cobertura do solo com consórcio milho + braquiária, cobertura pré-trigo cobertura após o milho segunda safra manejo de buva e participação nos encontros dos Experts do Agro.

Fonte: Assessoria Copacol
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Nova edição de Nutrição & Saúde Animal destaca avanços que moldam o futuro das proteínas animais

Conteúdos exclusivos abordam soluções nutricionais que ampliam índices produtivos e fortalecem a sanidade de aves, suínos, peixes e ruminantes.

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A nova edição do Jornal Nutrição e Saúde Animal, produzida por O Presente Rural, já está disponível na versão digital e reúne uma ampla cobertura técnica sobre os principais desafios e avanços da produção animal no Brasil. A publicação traz análises, pesquisas, tendências e orientações práticas voltadas aos setores de aves, suínos, peixes e ruminantes.

Entre os destaques, o jornal aborda a importância da gestão de micotoxinas na nutrição animal, tema discutido no contexto da melhoria da eficiência dos rebanhos . A edição também traz conteúdos sobre o uso de enzimas e leveduras e o papel dessas tecnologias na otimização de dietas e no desempenho zootécnico .

Outro ponto central são os avanços na qualificação de técnicos e multiplicadores, essenciais para promover o bem-estar animal e disseminar práticas modernas dentro das granjas . O jornal destaca ainda o impacto estratégico dos aminoácidos na nutrição, além de trazer uma análise sobre conversão alimentar, tema fundamental para a competitividade da agroindústria .

Os leitores encontram também reportagens sobre o uso de pré-bióticos, ferramentas de prevenção contra Salmonella, estudos sobre distúrbios de termorregulação em sistemas produtivos e avaliações sobre os efeitos da crescente pressão regulatória e tributária sobre o setor de proteína animal .

A edição traz ainda artigos sobre manejo, probióticos, qualidade de ovos, doenças respiratórias em animais de produção e desafios sanitários relacionados a patógenos avícolas, temas abordados por especialistas e instituições de referência no país .

Com linguagem acessível e foco técnico, o jornal reforça seu papel como fonte de atualização para produtores, gestores, consultores, médicos-veterinários e demais profissionais da cadeia produtiva.

A versão digital já está disponível no site de O Presente Rural, com acesso gratuito para leitura completa, clique aqui.

Fonte: O Presente Rural
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