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ESALQSHOW traz debate sobre “Desafios e oportunidades do agro brasileiro até 2030”
Abertura do Fórum de Inovação para o Agronegócio Sustentável será na quarta-feira (09), a partir das 8h30
Fortalecer e expandir o papel e as contribuições das universidades, melhorando a integração entre a academia e os demais elos do agronegócio é a proposta do ESALQSHOW, Fórum de Inovação para o Agronegócio Sustentável, que debaterá este ano os “Desafios e oportunidades do agro brasileiro até 2030”. A abertura do evento será na quarta-feira, dia 9, a partir das 8h30, com o hasteamento das bandeiras no Prédio Central da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Universidade de São Paulo (Esalq/USP), em Piracicaba, SP.
Na sequência, às 9h30, os Secretários de Agricultura do Estado de São Paulo, Gustavo Junqueira, e de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Marcos Vinholi, transferem seus Gabinetes para Piracicaba até sexta-feira. A solenidade de abertura está prevista para as 10 horas, no Salão Nobre, seguida pela Palestra Cátedra Luiz de Queiroz.
O ESALQSHOW contará com uma vasta programação durante os três dias, entre eles o Encontro de Lideranças em Agricultura, o Prêmio Novo Agro Santander, o Agtech Valley Summits, Painel Startups no Agronegócio – Academyday, StartupDay e Integração e Inovação no Vale do Piracicaba, Painel Agricultura Digital – Conectividade, Painel Agricultura Familiar e Pequeno Produtor, Clínica de Consultoria para Startups e Empreendedores, além de uma Feira de Inovação e Tecnologia.
“Além de promover o empreendedorismo, o ESALQSHOW vem para dar mais visibilidade às iniciativas acadêmicas para o mercado nacional e internacional”, aponta Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente do conselho consultivo do ESALQSHOW 2019.
Lideranças se reúnem para traçar oportunidades do setor nos próximos anos
Quais são os desafios e oportunidades que o agronegócio terá até 2030? Este será um dos questionamentos a serem debatidos durante o Encontro de Lideranças em Agricultura, que será no dia 9 de outubro, a partir das 14 horas.
Sob o tema “Relações Internacionais no Agro”, o debate contará com a presença de Flávio Campestrin Bettarello (secretário adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura), Guo Pei (professor e pesquisador da China Agricultural University), Jorge Cabral (embaixador de Portugal no Brasil), Ricardo Carciofi (membro do Grupo de Países Productores del Sur) e Yang Wanming (embaixador da China no Brasil).
“A proposta é apresentar e debater as diferentes perspectivas da agricultura sob a ótica da academia, das agências de pesquisa, setores produtivos, governos e cooperação internacional. A ideia é de contextualizar, de maneira ampla, estratégica e global, a visão de cada um destes especialistas e profundos conhecedores do setor sobre o tema central do ESALQSHOW que são os desafios e oportunidades do agro até 2030 e o que é preciso ser feito neste contexto”, aponta Luiz Carlos Corrêa Carvalho, que será o mediador do debate.
Agtech Valley Summits
Com o objetivo de levantar as principais questões e desafios para o setor, discutir as últimas tendências do mercado e envolver líderes da academia, produtores e empresas, o Agtech Valley Summits terá palestras, debates e mesas redondas, nos dias 10 e 11 de outubro. O evento contará com quatro painéis diários que ocorrerão das 9h às 16h30.
No dia 10 de outubro o tema central será “O agro brasileiro e seus caminhos” e os painéis abordarão assuntos como: Comércio Exterior – Os Caminhos até 2030, Mercado Brasil-China e Mecanismos Financeiros.
Já no dia 11, a programação será sobre “A inovação tecnológica no agro a favor de uma alimentação mais saudável e da energia renovável”. Os palestrantes e debatedores tratarão de Alimentos Saudáveis, Etanol e Açúcar, Sistemas de Produção e o Profissional do Futuro: Visões da Academia e do Mercado.
Feira de Inovação e Tecnologia
A Feira de Inovação e Tecnologia é um espaço dinâmico em que os participantes discutirão desafios, soluções e tendências, estimulando o networking, a formação de parcerias e promovendo novas ideias, tecnologias, produtos e serviços.
No painel “Startups no Agronegócio – Academyday”, os participantes poderão obter informações de como transformar conhecimento em inovação e o papel das universidades dos institutos de pesquisa. Já o painel “Agricultura Familiar e Pequeno Produtor” abordará as políticas para Inclusão de modelos sustentáveis, oportunidades de mercado e sucessão familiar e viabilidade do negócio.
No “Painel Agricultura Digital – Conectividade” as palestras abordarão Instrumentação, Monitoramento, Conectividade e o Mercado da Agricultura Digital.
O espaço funcionará durante os três dias de ESALQSHOW, das 9h às 17h. Haverá ainda área de exposições junto aos auditórios com a participação de centros de pesquisa, empresas e startups.
Clínica de Consultoria para Startups e Empreendedores
Para a edição deste ano, o ESAQLSHOW contará com uma programação exclusiva para os empreendedores e startups que desenvolvem inovações para o agronegócio. A “Clínica de Consultoria para Startups e Empreendedores”, que será nos dias 10 e 11 de outubro, das 9h às 17h, vai oferecer sessões de consultoria individual, com o objetivo de auxiliar no desenvolvimento das atividades a fim de materializar ideias em soluções e formatar os modelos de negócios. Os atendimentos são gratuitos e ocorrerão por agendamento prévio.
Casa do Produtor Rural
Já pensou em fazer uma horta em casa reaproveitando materiais como canos, pneus e garrafas pets? Como cultivar hortaliças hidropônicas ou ainda fazer uma composteira doméstica? Estes serão alguns dos temas oferecidos pela Casa do Produtor Rural da Esalq/USP durante o ESALQSHOW.
As oficinas foram dividas nos módulos: Olericultura, Fruticultura, Ambiental, Faça Você Mesmo, Controle Biológico de Pragas, Agroindustria, CPRural Responde, Meliponicultura e Fungicultura. Todas as atividades são gratuitas e ocorrerão das 9h às 17 horas, no Espaço Inovar, na Central de Aulas.
Durante o ESALQSHOW, os participantes do evento poderão aprender sobre os diferentes temas agrícolas como: controle alternativo de pragas e doenças em hortas domésticas, sistema integrado de produção de peixes e hortaliças, a importância da qualidade de água na agricultura, preparo de solo, plantio, adubação e colheita para o cultivo de cenouras e beterrabas.
23 projetos e serviços desenvolvidos pela Esalq/USP
A programação do ESALQSHOW 2019 contará com a apresentação de 23 iniciativas que estão disponíveis à sociedade. São projetos e serviços desenvolvidos nos 11 departamentos da Esalq/USP, que integrarão a Feira de Inovação e Tecnologia do ESALQSHOW, e que já estão disponíveis ao mercado.
“O objetivo é aproximar a academia da comunidade, divulgar os trabalhos desenvolvidos em atividades de ensino, pesquisa e extensão, além de produtos e serviços disponíveis à sociedade. Por meio desta ação, a instituição abre suas portas e oferece a oportunidade de conhecer, por meio de estandes no evento, os departamentos que integram a Instituição”, explica Durval Dourado Neto, diretor da Esalq/USP.
Entre os estandes, está o espaço “Agroindústria, Alimentos e Nutrição” que mostrará as inovações em ciência e tecnologia na produção de bebidas, envolvendo ferramentas de garantia e controle de qualidade no processo. O público também poderá ter acesso aos estudos de inovação para conservação de frutas nativas, que mostrará como os produtos naturais à base de óleos essenciais são utilizados como agentes antimicrobianos.
Outro espaço é o “Ciências Exatas” que apresentará informações sobre a evolução da ciência estatística, sua importância no meio científico e nas ciências agrárias. “Atualmente, muito se fala em Big Data e Machine Learning. Sendo assim, um dos serviços oferecidos será demonstrar orientações e assessoria sobre novos desafios, que vêm para auxiliar no planejamento de experimentos e também na análise de dados”, explica a docente Sônia Maria De Stefano Piedade, que acompanhará esse estande na Feira.
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Competitividade da carne frango em relação à carne suína alcança o maior nível desde novembro de 2020
Frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.
Levantamentos do Cepea mostram que a competividade da carne de frango frente à suína está no maior patamar dos últimos quatro anos – desde novembro de 2020.
Na parcial de novembro (até o dia 19), o frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.
Pesquisadores do Cepea explicam que isso acontece pelo fato das valorizações da proteína suína estarem mais intensas que as da de frango.
O mesmo cenário é observado frente à carne bovina, cujos preços também vêm subindo com mais força que os da proteína avícola ao longo de novembro.
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JBS e Nigéria assinam acordo para investir em segurança alimentar e desenvolver cadeias produtivas sustentáveis
Plano de investimento de US$ 2,5 bi em 5 anos inclui a construção de 6 fábricas e a colaboração com o Governo da Nigéria no fomento da produção local.
A JBS, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, assinou na última quinta-feira (21) um memorando de entendimentos com o Governo da Nigéria com a intenção de investir no desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis para a produção de alimentos no país africano.
Maior economia da África e país mais populoso do continente, a Nigéria tem também uma das taxas de crescimento populacional mais altas do mundo: segundo projeções das Nações Unidas, a população nigeriana alcançará 400 milhões até 2050 — o país tem hoje mais de 250 milhões de habitantes. O PIB nigeriano, hoje em US$ 363,82 bilhões, poderá mais que dobrar até 2050, chegando a US$ 1 trilhão. Ao mesmo tempo, o país enfrenta uma das maiores taxas de insegurança alimentar do mundo, com 24,8 milhões de pessoas passando fome (WFP). Na África Subsaariana, 76% da população em extrema pobreza vive da agricultura (WB).
“Nosso objetivo é estabelecer uma parceria sólida e apoiar a Nigéria no enfrentamento da insegurança alimentar. A experiência nas regiões em que operamos ao redor do mundo mostra que o desenvolvimento de uma cadeia sustentável de produção de alimentos gera um ciclo virtuoso de progresso socioeconômico para a população, em especial nas camadas vulneráveis”, afirmou o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni.
Pelo memorando, a JBS irá desenvolver um plano de investimento de cinco anos, que abrangerá estudos de viabilidade, projetos preliminares das instalações, estimativas orçamentárias e um plano de ação para desenvolvimento da cadeia de suprimentos. O Governo da Nigéria, por sua vez, assegurará as condições econômicas, sanitárias e regulatórias necessárias para a viabilização e sucesso do projeto. O documento prevê a construção de 6 fábricas — 3 de aves, 2 de bovinos e uma de suínos — com investimento de US$ 2,5 bilhões.
A produção de proteína no país responde por 10% do PIB, e fornece 40% da demanda doméstica. A ampliação da produção local tem o potencial de não apenas melhorar a segurança alimentar, mas reduzir significativamente as importações, gerando empregos locais e apoiando milhões de pequenos produtores.
O plano de investimento da JBS na Nigéria incluirá um amplo trabalho de desenvolvimento das cadeias produtivas locais, com apoio aos pequenos produtores e a estímulo de práticas agrícolas sustentáveis, a exemplo de como a Companhia já atua com seus milhares de parceiros em outras regiões do mundo. Um exemplo é o programa como Escritórios Verdes, que dá assistência técnica gratuita para produtores rurais brasileiros aumentarem a eficiência de sua produção, atendendo aos mais rigorosos critérios socioambientais.
Conforme diagnóstico realizado pela Força Tarefa de Sistemas Alimentares do B20, o braço empresarial do G20, durante a presidência do Brasil, estimular o aumento da produtividade através da adoção de tecnologias inovadoras no campo e da assistência técnica aos produtores, especialmente para os pequenos agricultores, é essencial para garantir o aumento da produção agrícola, preservando os recursos naturais e promovendo ao acesso das populações mais vulneráveis a alimentos de qualidade. Essa foi uma das recomendações da força-tarefa, posteriormente adotada pela declaração final dos líderes do G20.
“Nosso objetivo é colaborar com o Governo da Nigéria no sentido de apoiar a implementação do Plano Nacional de Segurança Alimentar, compartilhando nossa expertise no desenvolvimento de uma cadeia agroindustrial sustentável e as melhores práticas com o objetivo de aumentar a eficiência, a produtividade e a capacidade produtiva do país”, concluiu Tomazoni.
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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo
Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024
No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.
Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.
“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.
Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.
“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.
Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.
As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.
Mudanças estabelecidas
Prazos
Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.
O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.
Desburocratização da declaração
A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.
A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.