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Bovinos / Grãos / Máquinas

Erosão volta a atemorizar agricultores

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As nuvens carregadas sempre indicaram um bom sinal no campo. Elas trazem consigo a chuva que hidrata a terra para as plantas crescerem. Mas, recentemente, chuvas torrenciais têm trazido com elas lembranças nada agradáveis, de quando as águas do céu juntavam-se à terra para levar tudo que encontravam nos campos – sementes, plantas e todo o trabalho de cultivo. Mais que isso, a natureza, caprichosa, como em resposta à falta de conservação do solo, esculpia a terra, provocando erosão, mas que muitos agricultores preferiam chamar de um abismo, onde eram enterrados seus investimentos. “Ninguém quer retornar a esse tempo”, resumiu o presidente da Copagril, Ricardo Silvio Chapla, na abertura do Seminário Sobre Manejo e Conservação de Solo, realizado pela cooperativa, ontem (07), em Marechal Cândido Rondon.
O evento reuniu agricultores cooperados e técnicos da região, para tratar do assunto. “Muitos abandonaram práticas conservacionistas, e já estão tendo problemas. Não podemos deixar as boas práticas de manejo e conservação, sob pena de voltarmos a viver situações drásticas como já houve em décadas atrás”, alertou Chapla. Além dele, o pesquisador do Iapar, doutor em Solos e Nutrição de Plantas, Jonez Fidalski, palestrou aos presentes sobre “Terraceamento agrícola, compactação e qualidade física do solo”; e o  engenheiro agrônomo e fiscal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) da regional de Toledo, Ricardo Moraes Witzel, falou sobre legislação e regras afins à questão de conservação do solo.
Situação
Conforme Fidalski, em todo o Brasil estão havendo problemas relacionados à falta práticas de conservação do solo. A região Oeste, diz, precisa ficar atenta porque é comum haver chuvas fortes em pouco tempo, o que colabora para o processo de “lavagem” do solo e formação de erosão. Segundo ele, muitos produtores passaram a retirar o terraceamento, acreditando que apenas o plantio direto daria conta da absorção da água. Mas hoje em dia, as áreas agricultáveis já estão perdendo solo e água quando há chuva de alta intensidade. “Precisamos retomar as práticas de conservação. Os agricultores estão deixando de fazer a manutenção dos terraços e os problemas vão se acumulando a cada chuva”, explica.
Fidalski expõe que esse processo não acontece de uma hora para outra, mas tem sido aos poucos. Ele cita que, primeiro, o produtor trocou os murundus mais altos pelo terraço de base larga, que é uma estrutura mais suave e permite a entrada de máquinas. “Mas com o tempo as máquinas aumentaram seu tamanho e potência e automaticamente os agricultores começaram a diminuir o número de terraços para permitir a trafegabilidade das máquinas. A consequência disso nós já sabemos, que é o aumento do processo erosivo”, lamenta. Também colabora para a situação o fato que o produtor começou a abandonar a semeadura em nível, para fazê-la morro abaixo. “Está havendo uma menor infiltração da água, que ocorre normalmente por conta do plantio direto. Com a redução dos terraços o escorrimento sobre o solo é ainda maior”, acrescenta.
Além da utilização do terraceamento ou murundu, o pesquisador do Iapar destaca a necessidade da rotação de cultura, que dificilmente é praticada pelo agricultor brasileiro. Conforme ele, por motivos econômicos, o agricultor pratica a sucessão de cultura, que geralmente é soja/trigo ou soja/milho ou ainda milho sobre milho. Esta estratégia reflete em uma piora da condição física do solo para absorver a água da chuva.
Solução
De acordo com Jonez Fidalski, a solução para o problema é o mesmo que foi adotado na década de 80: é preciso retomar as práticas de manejo e conservação do solo clássicas, entre elas os terraceamentos, curva de nível nas propriedades, estradas rurais integradas com as lavouras para evitar perda na erosão e perda de fertilidade em decorrência do escorrimento da água das chuvas, plantio direto com qualidade e proteção de fontes. 
Quando começar a mudar a situação? Agora mesmo, diz Fidalski. “Os princípios técnicos não foram perdidos. O que precisa é acompanhamento técnico para manter o sistema, que vai garantir a fertilidade do solo e alta produtividade”, finaliza. Você lê a entrevista completa com o pesquisador do Iapar na próxima edição de O Presente Rural.

Fonte: O Presente Rural

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Bovinos / Grãos / Máquinas Em Uberaba, Minas Gerais

ABCZ vai realizar curso de avaliação morfológica de raças zebuínas leiteiras

O curso é destinado a produtores, profissionais do setor e estudantes de Ciências Agrárias.

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Foto: Divulgação/ABCZ

Para obter uma produção eficiente na pecuária leiteira, o produtor precisa estar atento não só à capacidade produtiva do rebanho, mas também aos aspectos morfológicos dos animais. E durante a ExpoLeite, que acontecerá entre os dias 21 e 25 de outubro, em Uberaba (MG), a ABCZ realizará o Curso de Avaliação Morfológica de Raças Zebuínas Leiteiras, oportunizando uma seleção mais satisfatória nas fazendas, com base em características funcionais para a produção de leite.

O curso é destinado a produtores, profissionais do setor e estudantes de Ciências Agrárias. O conteúdo será aplicado em aulas teóricas e práticas, no dia 21 de outubro. “Os participantes vão aprender a identificar e reconhecer os principais aspectos morfológicos ligados à conservação das raças puras, como as características morfológicas influenciam a produção leiteira, as associações genéticas e fenotípicas entre as características morfológicas e os atributos econômicos da produção de leite e, ainda farão, na prática, a identificação e classificação de fêmeas e machos com aptidão leiteira”, destaca o Superintendente Técnico Adjunto do Leite e Projetos Técnicos da ABCZ, Carlos Henrique Cavallari Machado.

O investimento é de R$ 150,00 para estudantes e de R$ 300,00 para não estudantes. Para se inscrever, clique aqui.

Confira a programação completa.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Bovinos / Grãos / Máquinas Seminário de Criadores e Pesquisadores

Pecuaristas debatem planejamento reprodutivo e desafios da prenhez em novinhas precoces

Transferência de conhecimento tem proporcionado uma evolução expressiva no desempenho genético dos rebanhos, melhorando a qualidade dos animais e, consequentemente, a oferta no mercado.

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Fotos: Fernando Samura

Transmitir uma mensagem com mais clareza e divulgar informações que tenham aplicabilidade no campo. Estes foram os objetivos centrais que nortearam as discussões do 28º Seminário Nacional de Criadores e Pesquisadores, promovido recentemente pela Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP), em Uberaba (MG). Conforme os organizadores, a edição de 2024 foi uma das maiores já realizadas, registrando um crescimento de público de 25% em relação ao ano anterior.

Zootecnista, especialista em Agronegócio e diretora de Mercado e Associados da ANCP, Fernanda Borges: “O Seminário não só reforçou a importância da fase da prenhez ao parto na cadeia produtiva, como também destacou o papel da ANCP em promover a inovação e o desenvolvimento contínuo da pecuária nacional”

Com o tema “Da prenhez ao parto”, o seminário focou nos avanços mais recentes da pecuária de corte, no planejamento reprodutivo e nos desafios associados a prenhez em novilhas precoces, atraindo cerca de 500 participantes, entre criadores associados, pecuaristas, pesquisadores, professores e estudantes de ciências agrárias, técnicos agropecuários, profissionais de programas de melhoramento genético, associações de raças bovinas e empresas da área de genética de todo o país.

O evento ofereceu uma programação rica e diversificada, com especialistas renomados no setor discutindo e compartilhando conhecimentos sobre as novas tecnologias e práticas que estão moldando o futuro da produção bovina no Brasil. Além de palestras e discussões em plenário, os participantes tiveram a oportunidade de acompanhar uma mesa-redonda, o lançamento de novas DEPs (Diferença Esperada na Progênie) e a divulgação do sumário de touros 2024.

ExpoGenética

Esta foi a segunda vez que o Seminário integrou a programação da ExpoGenética, reforçando seu papel como um dos principais fóruns de debate e troca de conhecimento no setor. “A ExpoGenética é um dos principais encontros da pecuária de corte no Brasil, proporcionando uma excelente oportunidade de networking. É um ambiente em que criadores, pesquisadores e empresas se conectam, trocam conhecimentos e estabelecem parcerias que impulsionam o setor”, ressalta a zootecnista, especialista em Agronegócio e diretora de Mercado e Associados da ANCP, Fernanda Borges.

De acordo com a profissional, a escolha do tema que norteou as discussões da 28ª edição do evento se deu em razão de que os criadores têm investido cada vez mais na precocidade sexual de novilhas, buscando com que esses animais emprenhem em idades mais jovens. Contudo, esse avanço trouxe à tona um novo desafio: dificuldades no parto devido ao tamanho, idade e desenvolvimento da fêmea.

Além de oferecer uma plataforma para atualização e a troca de conhecimento, Fernanda diz que o evento visa popularizar o melhoramento genético em toda a cadeia produtiva, atingindo desde pequenos até grandes criadores. “Nosso objetivo é garantir que todos tenham acesso às ferramentas necessárias para desenvolver melhor seu rebanho para que compreendam e reconheçam o potencial que possuem nas mãos”, frisou, acrescentando: “Muitos criadores ainda baseiam suas decisões em achismos, opiniões de vizinhos ou informações genéricas, sem conhecer as reais oportunidades que o melhoramento genético pode oferecer. Neste sentido, o seminário busca formar multiplicadores de conhecimento, de modo que a informação chegue a todos os níveis da cadeia produtiva, contribuindo para o fortalecimento da pecuária nacional”.

Conforme a zootecnista, o Brasil tem um enorme potencial para melhorar não apenas a quantidade, mas também a qualidade da produção de carne. O investimento em genética, segundo ela, é uma alternativa com excelente custo-benefício e pode proporcionar ganhos acumulativos ao longo dos anos, sem complexidades desnecessárias. “O Seminário não só reforçou a importância da fase da prenhez ao parto na cadeia produtiva, como também destacou o papel da ANCP em promover a inovação e o desenvolvimento contínuo da pecuária nacional”, frisou.

Ciência e prática

Fernanda destaca a importância do Seminário Nacional de Criadores e Pesquisadores como o evento mais relevante promovido pela ANCP ao longo do ano. Com quase três décadas de trajetória, o Seminário se consolidou como um importante canal para a disseminação dos avanços em pesquisa e desenvolvimento aplicados à prática pecuária. “A ANCP investe intensamente em pesquisas e no desenvolvimento de conhecimento que possa ser diretamente aplicado pelos produtores no dia a dia. O seminário desempenha um papel importante ao reunir e compartilhar essas inovações, originadas de colaborações com universidades e centros de pesquisa”, menciona.

Essa transferência de conhecimento tem proporcionado uma evolução expressiva no desempenho genético dos rebanhos, melhorando a qualidade dos animais e, consequentemente, a oferta no mercado. “O impacto positivo dessas inovações reverbera por toda a cadeia produtiva da carne, beneficiando todos os envolvidos e garantindo que o conhecimento transmitido durante o seminário se reflita em avanços concretos na prática pecuária”.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de bovinocultura de leite e na produção de grãos acesse a versão digital de Bovinos, Grãos e Máquinas, clique aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Indicador sobe 3% na 1ª dezena, mas pecuaristas esperam maiores altas

No atacado, os preços da carne com osso também registram aumentos, impulsionados pela demanda aquecida, de acordo com colaboradores consultados pelo Cepea.

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Foto: Shutterstock

Levantamentos do Cepea mostram que as cotações do boi gordo seguem em alta, sustentadas pela oferta limitada de animais prontos para abate no spot.

No acumulado da primeira dezena de setembro, o Indicador Cepea/B3 subiu 3,1%, passando de R$ 239,75 no último dia útil de agosto, para R$ 247,20 na última terça-feira (10).

Segundo pesquisadores do Cepea, apesar do movimento altista, pecuaristas se mantêm resistentes em entregar o boi, na expectativa de valores maiores que os atuais.

No atacado, os preços da carne com osso também registram aumentos, impulsionados pela demanda aquecida, de acordo com colaboradores consultados pelo Cepea.

Divulgação recente do IBGE mostra que o volume abatido no segundo trimestre foi recorde, com destaque para a categoria fêmea (vaca e novilha) – foram 8,8 milhões de cabeças no semestre, o que representou 45,7% do total de animais abatidos.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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