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Erosão causa prejuízos econômicos e ambientais no Paraná

Ao avaliar desempenho do manejo do solo e da água em propriedades agrícolas localizadas em microbacias do Estado, cientistas identificaram que frequência com a erosão vem aumentando

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Apenas nas lavouras temporárias, o Paraná perde US$ 242 milhões por ano em nutrientes que são levados pela erosão. A estimativa é do pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) Tiago Telles.

Ao avaliar o desempenho do manejo do solo e da água em propriedades agrícolas localizadas em microbacias do estado, entre os anos de 2014 e 2018, cientistas identificaram que a frequência de problemas com a erosão vem aumentando a cada ano, inclusive com a ocorrência de voçorocas e a formação de sulcos no solo.

O trabalho foi feito por pesquisadores da Embrapa, em parceria com equipes do Iapar, da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e da Itaipu Binacional.

Uso inadequado do Plantio Direto

A partir da década de 1970, o Paraná conseguiu reduzir a erosão com a adoção do sistema de Plantio Direto (SPD). Quando adotada corretamente, essa tecnologia é capaz de reduzir em 95% as perdas de água e solo por erosão, comparada ao sistema de preparo convencional com arados e grades, de acordo com dados da Embrapa Soja (PR).

No entanto, o uso inadequado ou parcial do sistema no estado, principalmente no que se refere à insuficiente produção de palha e de raízes pela adoção de sistemas pouco diversificados de produção (basicamente, sucessões de trigo/soja e milho 2ª safra/soja), tem favorecido os processos erosivos. “O problema, que por um tempo havia sido equacionado no estado, tornando-o exemplo positivo para o Brasil e o mundo, está de volta e, nestes últimos quatro anos, contabilizamos perdas expressivas de água e de solo”, ressalta o pesquisador da Embrapa Henrique Debiasi.

Eventos extremos como as chuvas excessivas, ocorridas em outubro de 2017, na microbacia de Toledo (160 mm em 18 horas, sobre um solo já encharcado por um volume total de 240 milímetros de chuva nos 10 dias antecedentes), também explicam parte do crescimento da erosão no estado. “Apesar de o volume de água ser o mesmo de anos anteriores, a concentração das chuvas tem aumentando, o que contribui para intensificar a erosão. Entretanto, o problema pode ser minimizado com a adoção de medidas que favoreçam a conservação do solo”, explica o cientista da Embrapa.

Manejo do solo

O Paraná tem cerca de 6 milhões de hectares de terras agrícolas. Mais de 80% da área com lavouras temporárias adotam outras práticas conservacionistas, além do SPD, principalmente a rotação de culturas e o cultivo em nível. “O uso dos terraços é a prática menos adotada no estado”, analisa Telles, do Iapar.

A qualidade do manejo do solo, por exemplo, tem piorado, principalmente pela consolidação dos efeitos negativos da sucessão trigo-soja ou milho 2ª safra-soja e consequentemente pela redução da diversificação de culturas.

Para o pesquisador da Embrapa Soja Júlio Franchini, a consorciação de milho com braquiária é o primeiro passo para minimizar os efeitos da compactação, por exemplo, que é redução do volume de solo por compressão. “A compactação prejudica a infiltração de água no solo e amplia a resistência para o crescimento das raízes”, explica Franchini.

Dados da Embrapa, do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural do Paraná (Emater/PR) e da cooperativa Cocamar demonstraram que áreas do Paraná cultivadas há vários anos com a sucessão milho 2ª safra-soja apresentaram, em média, 20 milímetros por hora de infiltração de água. Por outro lado, áreas cultivadas com milho consorciado com braquiária resultaram em valor de infiltração 6,5 vezes maior, equivalente a 130 milímetros/hora.

“Ao introduzir a braquiária no sistema produtivo, há aumento de palhada na superfície do solo e as raízes da braquiária funcionam como descompactadoras, o que melhora a infiltração de água”, destaca o pesquisador.

Para Debiasi, os sistemas diversificados também são os mais lucrativos. Propriedades assistidas pela cooperativa Cocamar, em Maringá (PR), que implantaram na 2ª safra 70% da área com milho e 30% com braquiária solteira tiveram uma vantagem de R$ 280,00 por hectare/ano, comparando-se com o sistema que não usou a braquiária. “Ao introduzir uma cultura de cobertura, o produtor produz menos milho devido à menor área, mas a produtividade da soja e do milho é maior, por isso, só tem vantagens ao longo prazo”, explica Debiasi.

Causas da degradação

Entre as causas de degradação física do solo está o tráfego intenso no campo, promovendo compactação e trazendo outras consequências. As máquinas agrícolas, cada vez maiores, também têm interferido no sistema produtivo, com impacto negativo às práticas conservacionistas.

Outro problema é a adoção parcial do terraceamento, que prevê a criação de barreiras de contenção (terraços) para disciplinar o escoamento das águas das chuvas. Alguns produtores vêm rebaixando os terraços ou não cuidando de sua manutenção, o que também favorece a erosão.

Também merece destaque a intensificação da adoção do plantio morro abaixo, em detrimento do cultivo em nível, prática que vem reduzindo a capacidade de infiltração e armazenamento de água no solo.

Estradas mal posicionadas

Outro ponto observado pelo pesquisador no estudo realizado nas microbacias foi o mau posicionamento das estradas. Como algumas delas não estão integradas ao sistema conservacionista das propriedades, a água da chuva acaba sendo jogada de forma indisciplinada para dentro das propriedades. “Por isso, defendemos a criação de um sistema de conservação integrado entre as propriedades envolvendo, inclusive, o poder público na realocação e conservação das estradas que estão sob sua responsabilidade”, afirma.

“Apesar de o custo médio do terraceamento variar de R$ 200 a R$ 500 por hectare, depois de implantado exige apenas a manutenção. E o retorno econômico e ambiental, a médio e longo prazos, ultrapassa em muito o valor investido”, calcula Debiasi.

Fonte: Embrapa Soja

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ABPA, SIPS E ASGAV promovem churrasco com aves e suínos na Expochurrasco

Presidentes das entidades assumem a churrasqueira para assar mais de 200 quilos de carne; cardápio será comandado pelo chef Marcelo Bortolon

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Foto: Divulgação Expochurrasco

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), Eduardo Santos e o Presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SIPS), José Roberto Goulart, comandarão a churrasqueira de uma ação que as entidades da avicultura e da suinocultura promoverão durante o Festival Internacional do Churrasco (ExpoChurrasco), no dia 20 de abril, no Parque Harmonia, em Porto Alegre (RS).

Com o objetivo de estimular uma presença cada vez maior das carnes de aves e de suínos no cardápio dos churrascos, a ação promoverá um convite à degustação de cortes diferenciados para a grelha.

Ao todo, serão assados mais de 200 quilos de carne nas 6 horas de evento, com cortes de aves, como sobrecoxa desossada, tulipa e coxinha da asa, e de suínos, como costela, panceta, linguiça, sobrepaleta e picanha.

O espaço das associações do setor na Expochurrasco contará com a presença do chef gaúcho Marcelo Bortolon, que preparará receitas especiais, como costela suína ao molho barbecue de goiabada e cachaça, e sobrecoxa de frango ao molho de laranja, mel e alecrim.

“Na capital do estado conhecido pelo churrasco tradicional, vamos assumir pessoalmente a churrasqueira e promover uma grande degustação para incentivar a adoção de mais cortes de carnes de aves e de suínos nas grelhas. A ideia é convidar os visitantes a repetir em suas casas e em suas confraternizações o uso de mais produtos da avicultura e da suinocultura nos cardápios dos churrascos. São uma ótima opção de sabor, com qualidade diferenciada, que agrada a todos os públicos”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Saiba mais sobre a ExpoChurrasco pelo site https://expochurrasco.com.br/

Fonte: Assessoria ABPA
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Biogás rende prêmio à C.Vale

Cooperativa possui melhor planta industrial para geração de biogás

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Indústria para processamento de raiz de mandioca em Assis Chateaubriand (PR) - Foto: Assessoria

Ações de sustentabilidade da C.Vale renderam prêmio nacional à cooperativa. Em solenidade realizada em Chapecó (SC), dia 17 de abril, a cooperativa recebeu o Prêmio Melhores do Biogás, concedido pelo Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano.

Guilherme Daniel com o troféu ladeado por Aírton Kunz (Embrapa Suínos e Aves), Rafael Gonzalez (CBIogás) e Suelen Paesi (Universidade de Caxias do Sul) – Foto: UQ Eventos

A C.Vale conquistou a primeira colocação na categoria Melhor Planta/Geradora de Biogás – Indústria. O segundo lugar ficou com a multinacional Raizen e a terceira colocação com o grupo Cetric.

A cooperativa foi representada pelo supervisor ambiental Guilherme Daniel. “Para a C.Vale, as questões ambientais não são somente uma obrigação para atender aos requisitos legais. São atividades que podem gerar receitas, com ganhos ambientais e econômicos”, afirma o presidente da cooperativa, Alfredo Lang.

A C.Vale aproveita o gás metano (CH4) gerado pelos efluentes das amidonarias e Unidade Produtora de Leitões para gerar energia limpa e minimizar o efeito estufa. No caso das duas indústrias de beneficiamento de mandioca, em Assis Chateaubriand e Terra Roxa, ambas no Paraná (PR), a medida reduz em aproximadamente 75% os custos das indústrias com lenha, ou seja, evita o consumo de mais de 50 mil árvores/ano.

 

Fonte: Assessoria
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Santa Catarina reforça medidas de biosseguridade em eventos com aglomeração de aves passeriformes

Medida visa garantir a biosseguridade e como forma de prevenção e controle da Influenza aviária de Alta Patogenicidade

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Portaria SAR nº 11/2024 mantém suspenso, em todo o território catarinense, a realização eventos com aglomeração de aves - Fotos: Divulgação/Cobrap

A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) publicou, na última sexta-feira (12), a Portaria SAR nº 11/2024, que mantém a suspensão, em todo o território catarinense, da realização de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves. Ficam autorizados apenas os eventos com a participação exclusiva de passeriformes, mediante o cumprimento das condições e exigências da portaria. A medida visa garantir a biosseguridade e como forma de prevenção e controle da Influenza aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).

Está em vigor no país e em Santa Catarina o Decreto de Estado de Emergência Zoossanitária para Gripe Aviária. Com isso, justifica-se a necessidade de regramento específico para a realização de eventos com aglomeração de aves. “Essa portaria é resultado de estudos da equipe técnica da Cidasc e de diálogo com a SAR e representantes do setor. A liberação para eventos com aglomeração de passeriformes irá ocorrer mediante o cumprimento de todas as exigências. Dessa forma, iremos prezar pela sanidade, quando autorizada a realização desses eventos”, explica o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto.

A equipe da Cidasc realizou um estudo técnico estabelecendo critérios para a retomada gradativa e segura de eventos com a participação exclusiva de passeriformes, com normas como a avaliação da densidade populacional de aves comerciais no município que ocorrerá o evento e avaliação do status sanitário do município e região. Levando em consideração essas normas, foi apurado que atualmente 74 municípios atendem os critérios para sediar esses eventos.

Além disso, foram elencadas as exigências de medidas de biosseguridade, tanto no local do evento, quanto de criação de passeriformes. Também é levada em consideração a necessidade da obrigatoriedade de emissão de Guia de Trânsito Animal e apresentação de atestado sanitário dos passeriformes. A gestão e os procedimentos de autorização devem ser encaminhados à Cidasc.

Fonte: Ascom Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária
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