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Equipes volantes da Secretaria da Agricultura atuam na vigilância ativa para Influenza aviária no Rio Grande do Sul
Trinta e duas equipes de fiscais atuam em áreas de fronteira com Argentina e Uruguai, sítios de aves migratórias e grandes lagoas.
Desde que casos de Influenza aviária foram registrados na América do Sul, 32 equipes volantes de fiscais da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) vêm trabalhando na vigilância ativa para a doença, em regime de escala semanal. As equipes, que vão se revezando, atuam em oito regiões do Estado: nas áreas de fronteira com Argentina e Uruguai, sítios de aves migratórias e grandes lagoas.
O trabalho consiste em vigilância observacional em locais com coleções de águas, como lagos, lagoas, barragens, lavouras de arroz e açudes, que servem como ponto de parada de aves de vida livre. Os fiscais têm utilizado drones e binóculos para fazer essas observações. “O objetivo é a detecção precoce de qualquer suspeita, em caso de eventual ingresso da influenza aviária”, explica a fiscal estadual agropecuária Ananda Paula Kowalski, do Programa Estadual de Sanidade Avícola.
De 20 a 27 de março, Pablo Fagundes Ataide, Renata Marques e Guilherme Leite Dumer, que compõem uma das 32 equipes de fiscais agropecuários, estiveram monitorando a Lagoa dos Patos e o Parque Nacional da Lagoa do Peixe, unidade de conservação localizada nos municípios de Tavares e Mostardas e administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A equipe conta com o auxílio de um drone na observação de aves migratórias, que costumam fazer uma parada no local antes de prosseguir viagem rumo ao Norte.
Os fiscais também estão conversando com produtores, moradores, comerciantes e lideranças locais sobre o risco de ingresso da doença no Rio Grande do Sul, os principais sinais clínicos a serem observados e os canais para notificação em caso de suspeita. No caso específico da Lagoa do Peixe, houve prioridade para o diálogo com os pescadores que atuam no local.
“Em nossa atividade na região, avistamos aves de todos os tipos, todas saudáveis. Entramos em várias propriedades rurais e conversamos com produtores a respeito da gripe aviária, levando informativos com os dados da secretaria, para que as pessoas sinalizem a presença de aves mortas, tanto as aves de fundo de quintal quanto as silvestres”, conta Renata, que trabalha na Inspetoria de Defesa Agropecuária de Ivoti, Regional Porto Alegre.
Para Pablo, foi uma oportunidade de sair das atividades rotineiras de sua inspetoria de origem, em Encruzilhada do Sul, na Regional Rio Pardo. “Trabalhamos mais com bovinos e equinos, eventos, fiscalização de agropecuárias. A nossa regional não está inserida nas áreas que contam com avicultura comercial expressiva, aqui é mais avicultura de subsistência”, disse Pablo. “Foi uma semana de grande aprendizado sobre as aves migratórias e a região da Lagoa do Peixe, especialmente no convívio com os técnicos do ICMBio.”
Dados da vigilância para Influenza aviária
O Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul já acumula 1.545 ações de vigilância ativa desde janeiro de 2023, com estimativa de 1,03 milhão de aves observadas. Também foram realizadas 921 ações de educação sanitária, com alcance estimado de 386 mil pessoas. Nas ações de vigilância ativa, foram registrados três casos suspeitos, todos já descartados.
A vigilância passiva recebeu 59 notificações de casos suspeitos, com colheita de amostras em 12 dessas ocorrências. Todos os laudos foram negativos para influenza aviária. O painel de acompanhamento das ações pode ser consultado aqui.
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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano
Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).
O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.
No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.
No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.
No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.
Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.
A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro
Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.
A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.
Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.
O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.
Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro
Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.
No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.
Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.
No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.