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Equipe do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono continua pesquisa em SC

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Os consultores do Projeto estão durante toda esta semana realizando visitas técnicas em propriedades e empresas que trabalham com sistemas sustentáveis de produção de suínos no estado de Santa Catarina. No segundo dia de visitas técnicas, eles passaram por indústrias e granjas em três cidades do Estado: Granja Pizzatto e LPC Tecnologia Ambiental, ambas em Concórdia, CTR Indústria de Fertilizantes em Jaborá e Master Agropecuária, em Videira. 
 
Os consultores tiveram a oportunidade de conhecer de perto experiências exitosas ligadas ao escopo do Projeto, como empresas que atuam na redução da emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE). 
As visitas técnicas têm como objetivo conhecer os casos de sucesso de empresas e instituições que atuam direta e indiretamente no desenvolvimento de tecnologias e sistemas para uma atividade agropecuária mais sustentável. As três primeiras visitas foram acompanhadas pelo engenheiro agrícola e pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Paulo Armando de Oliveira.
 
Granja Pizzatto – Concórdia/SC
 
A Granja Pizzatto 2 possui um plantel de 2.450 matrizes em sistema de UPD (Unidade Produtora de Leitões Desmamados). Conta com 14 colaboradores e produz 30,2 desmamados por matriz ano. O proprietário Antônio Pizzatto coordena os trabalhos da unidade com ajuda do seu filho Rodrigo, que alia os conhecimentos da profissão de médico veterinário ao de gestor do negócio.
 
A unidade utiliza a compostagem de dejetos como forma de transformar os efluentes em um composto orgânico de alto valor agronômico. O sistema utiliza uma fonte de matéria orgânica (serragem) que, misturada com os efluentes líquidos por meio de processo mecânico, elimina a água presente nos dejetos e deixa o produto final pronto para o uso na agricultura – seco e isento de maus odores.
 
A compostagem é uma tecnologia adequada para unidades de produção de suínos que possuem limitações de área para distribuição de fertilizantes orgânicos líquidos. Após o tratamento, o composto é estável, podendo ser armazenado por longos períodos, além de facilitar o  transporte para uso em outras propriedades, na produção de hortaliças, frutas, flores, entre outros.
 
A orientação do projeto de compostagem foi liderada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A unidade está em fase final de implantação do projeto de captação das água da chuva, filtragem e armazenagem em cisterna. Ao término, o processo ampliará as tecnologias sustentáveis utilizadas na propriedade. Para o médico veterinário e consultor do Projeto, Fabiano Coser, é um modelo de negócio a ser seguido.
 
LPC Tecnologia Ambiental – Concórdia/SC
 
A empresa LPC Tecnologia Ambiental é pioneira na fabricação de equipamentos utilizados para compostagem automatizada de dejetos suínos, também conhecida comercialmente como UMAC (Unidade Mecanizada e Automatizada de Compostagem).
 
Segundo Renato Baccin, diretor da LPT, o sistema utilizado pela empresa minimiza a geração de Gases de Efeito Estufa (GEE), elimina o mau cheiro, reduz a proliferação de moscas e outros vetores, além de ser viável economicamente.  
 
CTR Indústria de Fertilizantes – Jaborá/SC
 
A CTR Indústria de Fertilizantes é uma empresa recentemente inaugurada que utiliza como matéria prima o composto orgânico originário do tratamento dos efluentes de granjas de suínos da região. O composto é submetido a processos tecnológicos que agregam valor, possibilitando a venda aos consumidores finais por meio de grandes redes de varejo: donas de casa, jardineiros, produtores de alimentos orgânicos, entre outros. 
 
O diretor da CTR, Fernando Rafael Curioletti, ressalta que uma das vantagens do produto é a facilidade de uso, pois o fertilizante orgânico pode ser utilizado com segurança como um condicionador de solo para plantas de jardins.
 
Master Agropecuária – Videira/SC
 
A Master tem como slogan "Master, mais tecnologia, mais sabor”, um dos pontos que a fez se tornar uma empresa de vanguarda na produção de suínos. O empresário Mário Faccin é o gestor da empresa, que possui atualmente 32.000 fêmeas, 7 unidades de produção de leitões e 280 parceiros terminadores. Parte de sua produção é industrializada com a marca Sulita. 
 
Receberam os consultores do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono o gerente de meio ambiente, Cleonei Gregolin, o gerente de operações do Sítio 1, Rafael Krummer, o gerente da Granja São Roque 1, Moisés Schlosser, e o  coordenador ambiental da unidade de São Roque, Thiago Murigi.
 
A granja São Roque possui 10.000 matrizes em UPL e foi pioneira em Santa Catarina na geração de energia elétrica a partir de biogás. O combustível é conduzido para uma central por meio de gasodutos que alimentam três geradores que podem trabalhar de forma contínua fornecendo energia para a rede da CELESC. Esta é uma maneira de gerar energia renovável reduzindo a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE). A central geradora de energia elétrica opera a mais de cinco anos na propriedade e de forma sustentável reduz os gastos com energia elétrica.
 
“Saímos muito entusiasmados em virtude da competência dos consultores ao dominar a atividade e conhecer muito do sistema. Além disso, o Projeto busca facilitar a linha da agricultura de baixa emissão de carbono para torná-la mais acessível aos suinocultores, pois é uma demanda nossa utilizar o biogás para termos mais possibilidade de diminuição de CO2”, destaca Gregolin. 
O Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono, coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento com apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), tem o intuito de, ao longo de um ano, avaliar e disseminar alternativas economicamente viáveis para o tratamento de dejetos na suinocultura, tecnologia esta preconizada pelo Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC). Para tanto, serão realizados levantamentos no Brasil e no exterior de modelos de tratamento, seguidos da avaliação econômica de cada um deles. Os modelos viáveis serão difundidos pelo Projeto por meio de Workshops nas principais regiões produtoras do Brasil.

Fonte: EMBRAPA

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Poder de compra do suinocultor cai e relação de troca com farelo atinge pior nível do semestre

Após pico histórico em setembro, alta nos preços do farelo de soja reduz competitividade e encarece a alimentação dos plantéis em novembro.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A relação de troca de suíno vivo por farelo de soja atingiu em setembro o momento mais favorável ao suinocultor paulista em 20 anos.

No entanto, desde outubro, o derivado de soja passou a registrar pequenos aumentos nos preços, contexto que tem desfavorecido o poder de compra do suinocultor.

Assim, neste mês de novembro, a relação de troca de animal vivo por farelo já é a pior deste segundo semestre.

Cálculos do Cepea mostram que, com a venda de um quilo de suíno vivo na região de Campinas, o produtor pode adquirir, nesta parcial de novembro (até o dia 18), R$ 5,13 quilos de farelo, contra R$ 5,37 quilos em outubro e R$ 5,57 quilos em setembro.

Trata-se do menor poder de compra desde junho deste ano, quando era possível adquirir R$ 5,02 quilos.

Fonte: Assessoria Cepea
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Aurora Coop lança primeiro Relatório de Sustentabilidade e consolida compromisso com o futuro

Documento reúne práticas ambientais, sociais e de governança, reforçando o compromisso da Aurora Coop com transparência, inovação e desenvolvimento sustentável.

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Fotos: Aurora Coop

A Aurora Coop acaba de publicar o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, referente ao exercício de 2024, documento que inaugura uma nova etapa na trajetória da cooperativa. O lançamento reafirma o compromisso da instituição em integrar a sustentabilidade à estratégia corporativa e aos processos de gestão de um dos maiores conglomerados agroindustriais do país.

Segundo o presidente Neivor Canton, o relatório é fruto de um trabalho que alia governança, responsabilidade social e visão de futuro. “A sustentabilidade, para nós, não é apenas um conceito, mas uma prática incorporada em todas as nossas cadeias produtivas. Este relatório demonstra a maturidade da Aurora Coop e nossa disposição em ampliar a transparência com a sociedade”, destacou.

Em 2024, a Aurora Coop registrou receita operacional bruta de R$ 24,9 bilhões, crescimento de 14,2% em relação ao ano anterior. Presente em mais de 80 países distribuídos em 13 regiões comerciais, incluindo África, América do Norte, Ásia e Europa, a cooperativa consolidou a posição de destaque internacional ao responder por 21,6% das exportações brasileiras de carne suína e 8,4% das exportações de carne de frango.

Vice-presidente da Aurora Coop Marcos Antonio Zordan e o presidente Neivor Canton

De acordo com o vice-presidente de agronegócios, Marcos Antonio Zordan, os números atestam a força do cooperativismo e a capacidade de geração de riqueza regional. “O modelo cooperativista mostra sua eficiência ao unir produção, competitividade e compromisso social. Esses resultados são compartilhados entre os cooperados e as comunidades, e reforçam a relevância do setor no desenvolvimento do país”, afirmou.

A jornada de sustentabilidade da Aurora Coop foi desenhada em consonância com padrões internacionais e com base na escuta ativa dos públicos estratégicos. Entre os temas prioritários figuram: uso racional da água, gestão de efluentes, transição energética, práticas empregatícias, saúde e bem-estar animal, segurança do consumidor e desenvolvimento local. “O documento reflete uma organização que reconhece a responsabilidade de atuar em cadeias longas e complexas, como a avicultura, a suinocultura e a produção de lácteos”, sublinha Canton.

Impacto social e ambiental

Em 2024, a cooperativa gerou 2.510 novos empregos, alcançando o marco de 46,8 mil colaboradores, dos quais 31% em cargos de liderança são ocupados por mulheres. Foram distribuídos R$ 3,3 bilhões em salários e benefícios, além de R$ 580 milhões em investimentos sociais e de infraestrutura, com destaque para a ampliação de unidades industriais e melhorias estruturais que fortaleceram as economias locais.

A Fundação Aury Luiz Bodanese (FALB), braço social da Aurora Coop, realizou mais de 930 ações em oito estados, beneficiando diretamente mais de 54 mil pessoas. Em resposta à emergência climática no Rio Grande do Sul, a instituição doou 100 toneladas de alimentos, antecipou o 13º salário dos colaboradores da região, disponibilizou logística para doações, distribuiu EPIs a voluntários e destinou recursos à aquisição de medicamentos.

O relatório evidencia práticas voltadas ao uso eficiente de recursos naturais e à gestão de resíduos com foco na circularidade. Em 2024, a cooperativa intensificou a autogeração de energia a partir de fontes renováveis e devolveu ao meio ambiente mais de 90% da água utilizada, devidamente tratada.

Outras iniciativas incluem reflorestamento próprio, rotas logísticas otimizadas e embalagens sustentáveis: 79% dos materiais vieram de fontes renováveis, 60% do papelão utilizado eram reciclados e 86% dos resíduos foram reaproveitados, especialmente por meio de compostagem, biodigestão e reciclagem. Em parceria com o Instituto Recicleiros, a Aurora Coop atuou na Logística Reversa de Embalagens em nível nacional. “O cuidado ambiental é parte de nossa responsabilidade como produtores de alimentos e como cidadãos cooperativistas”, enfatiza Zordan.

O bem-estar animal e a segurança do consumidor estão no cerne da atuação da cooperativa. Práticas rigorosas asseguram o respeito aos animais e a inocuidade dos alimentos, garantindo a confiança dos mercados internos e externos.

Futuro sustentável

Para Neivor Canton, a publicação do primeiro relatório é um marco institucional que projeta a Aurora Coop para novos patamares de governança. “Este documento não é um ponto de chegada, mas de partida. Ao comunicar com transparência nossas ações e resultados, reforçamos nossa identidade cooperativista e reiteramos o compromisso de gerar prosperidade compartilhada e preservar os recursos para as futuras gerações.”

Já Marcos Antonio Zordan ressalta que a iniciativa insere a Aurora Coop no rol das empresas globais que aliam competitividade e responsabilidade. “A sustentabilidade é o caminho para garantir longevidade empresarial, fortalecer o vínculo com a sociedade e assegurar alimentos produzidos de forma ética e responsável.”

O Relatório de Sustentabilidade 2024 da Aurora Coop confirma o papel de liderança da cooperativa como referência nacional e internacional na integração entre desempenho econômico, responsabilidade social e cuidado ambiental. Trata-se de uma publicação que fortalece a identidade cooperativista e projeta a instituição como protagonista na construção de um futuro sustentável.

Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.

Fonte: O Presente Rural
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Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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